Olá,
Tive a oportunidade de estudar um pouco sobre a área de biocombustíveis.
Concordo que o atual sistema de produção em monocultura de cana de açúcar em grande extensão não é o mais apropriado e estratégico no âmbito social, econômico e ambiental.
Além de contaminar o solo com pesticidas e provocar a sua deterioração, a monocultura pode a médio e longo prazo desertificar ou tornar o solo muito pobre, tornando-o economicamente inviável para a agricultura.
Contudo, existem outros sistemas propostos de enorme vantagem técnica e econômica que fazem da produção de biocombustíveis um meio e não um fim para a agricultura e economia.
Permitem a rotação de culturas, o controle de pragas e o emprego durante o ano inteiro de muitas pessoas voltadas ao processo de produção, mantendo e dando sustentabilidade para o homem no campo.
Não sei se você já teve a oportunidade de conhecer o conceito de MUAI - Mini-Usinas de Álcool Integradas.
É um modelo descentralizado de produção de álcool, onde a propriedade rural é planejada para desenvolver diversas outras atividades e culturas em rotação, além de frutas, hortaliças, sorgo, ração e pecuária de corte sendo auto-suficiente na produção interna de energia elétrica e combustíveis, podendo gerar excedentes dos mesmos.
Como muitas propriedades podem produzir e serem auto-suficientes nestes insumos, o custo de produção cairia muito e a venda dos excedentes beneficiaria os consumidores não havendo a formação de cartéis e monopólios.
Nos links abaixo é possível ter uma idéia melhor desta proposta que oferece alternativas aos clássicos problemas gerados pela monocultura no meio-ambiente.
http://www.unicamp.br/fea/ortega/MarcelloMello/mini-usina-Ortega.pdf
http://www.cori.unicamp.br/foruns/energia/evento2/ORTEGA.ppt
Analisando o aspecto da emissão do gás carbônico na atmosfera, tanto os biocombustíveis quanto os derivados de petróleo geram este composto em sua queima.
Contudo, há uma vantagem na produção e uso de biocombustíveis em relação a extração e consumo dos derivados de petróleo.
No ciclo de desenvolvimento das plantas elas capturam o gás carbônico que já existe normalmente concentrado na atmosfera.
Na queima dos biocombustíveis, o gás carbônico é devolvido novamente ao meio atmosférico sem alterar a sua concentração natural.
Contudo, o petróleo provém de jazidas subterrâneas e do fundo dos oceanos, estando o mesmo fora do ciclo normal do gás carbônico presente na atmosfera.
A sua extração e posterior queima aumenta a sua concentração natural na atmosfera, agravando o efeito estufa.
Atualmente, a prática da queima da cana de açúcar durante a colheita está sendo eliminada, uma vez que existem hoje alternativas para o aproveitamento desta biomassa em processos de co-geração nas plantas da usina.
Outras tecnologias, prometem a obtenção de adicionais de álcool à partir da capacidade de fermentar os açúcares que ainda se encontram presentes no bagaço de cana.
O Brasil é o país com o maior potencial para a produção de álcool no mundo, contando ainda com 90 milhões de hectares de terras agricultáveis para diversas finalidades.
Torna-se estratégico definir um modelo de produção e de distribuição descentralizado, capaz de gerar milhões de empregos e uma distribuição maior de renda para os trabalhadores e profissionais envolvidos.
O processo de concentração da produção em grandes propriedades concentra a riqueza na mão de poucos, além de causar sérios prejuízos ao meio ambiente e ao desenvolvimento do país.
Precisamos nos mobilizar e conscientizar as pessoas para que os legisladores e o meio político promovam uma adequada política de produção de biocombustíveis, contando com um modelo de planejamento e desenvolvimento sustentáveis a médio e longo prazo.
Desta forma, seria possível gerar riqueza e crescimento ao país, caso contrário, assistiremos a sua deterioração ambiental, econômica e social a médio e longo prazo.
Se cada um fizer a sua parte, produzir biocombustíveis poderá ser uma benção e não uma maldição.
Um grande abraço!!!
2007-03-09 08:08:37
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answer #1
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answered by Peregrino 6
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Bingo. O resultado de qualquer processo de combustão gera CO2 e libera calor. O povo engole qualquer coisa e fica achando que o etanol vai ser a solução para o problema do aquecimento global, sem contar que ops bio-combustíveis possuem alguns aspéctos de grande desvantagem em relação ao produto fóssil, tais como uso de pesticidas, contaminaação de cursos d'água, esgotamento de fontes de fertilizantes minerais, a monocultura reduz a biodiversidade, substituição de áreas de produção de alimentos. O que o Bush quer é reduzir a dependência do petróleo, reduzindo assim o custo que os EUA teriam assumir futuramente em guerras pelo óleo mimeral. A vaantagem disso tudo é que a cachaça deve baratear ainda mais. abcs.
2007-03-09 03:52:40
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answer #2
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answered by Anonymous
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Muito boas as informações q tu postou.
Mas na verdade mesmo o Bush não esta trocando 6 por 1/2 duzia ou gás carbonico por gás carbonico.
Ele esta tentando trocar Hugo Chavez por Lula q, convenhamos xinga ele muito menos.
2007-03-09 04:44:51
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answer #3
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answered by Spieler 2
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umas das vantagens é que o pé-de-cana (a planta) num é o cara que bebe 7dias por semana não. passa o gas carbonico no solo. diminuindo a poluição ja exitente.
2007-03-09 03:43:55
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answer #4
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answered by UM CERTO ALGUÉM 4
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