As décadas de 80 e 90 foram marcadas pela aceleração da globalização das economias, pelo crescimento da regionalização e pela especialização, fenômenos que afetaram a evolução do comércio internacional, com reflexos sobre a competitividade entre as nações. Assim, construir indicadores de competitividade no comércio e apontar quais os pontos fortes e fracos da economia torna-se fundamental para que um país/zona possa melhor se inserir no cenário internacional, sendo este o objetivo do presente estudo. Trata-se de ferramenta importante para que os governantes definam e implementem políticas públicas corretamente orientadas. Os resultados permitem concluir que a formação do MERCOSUL contribuiu positivamente para o Brasil manter ou ampliar sua posição no mercado internacional, assim como as políticas comerciais comuns adotadas pelo NAFTA e pela União Européia estão na origem dos desempenhos observados pelas exportações brasileiras nesses espaços econômicos.
Nesse novo contexto mundial, tornar-se mais competitivo no cenário internacional resulta em benefícios internos que podem advir tanto do aumento das exportações como da redução das necessidades de importação. Em ambos os casos, é recomendável que a melhora no desempenho comercial seja decorrente de maior eficiência na esfera produtiva, com redução de custos e aumento de produtividade. Isto porque, no âmbito da política comercial, de modo geral, as decisões resultam em práticas protecionistas, fontes do acirramento dos conflitos internacionais na área do comércio. Contudo, historicamente, o que se observa é uma determinação dos países e/ou zonas de optar pelo protecionismo e, conseqüentemente, obter vantagens competitivas construídas, contrárias ao princípio de maior eficiência econômica como principal regulador das trocas internacionais.
Fortalecer-se para melhor competir com outros países ou blocos econômicos tem sido a justificativa apresentada pelos signatários de acordos de integração econômica mais recentes, como o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), por exemplo. No entanto, a formação de uma área de livre comércio, ao eliminar tarifas, altera também as condições de competitividade entre os países membros, ainda que de forma diferenciada para os diversos setores da economia nacional. Esta é uma das razões que obrigam os novos parceiros comerciais integrados a adotar uma política gradual para a consolidação dos acordos regionais.
Nesse sentido, a construção de indicadores de competitividade no comércio, ao apontar os pontos fortes e fracos da economia, é fundamental para que um país ou zona possa melhor inserir-se no cenário internacional, pois trata-se de ferramenta importante para que os governantes definam e implementem políticas públicas corretamente orientadas. Além disso, ações que visem melhorar o padrão de competitividade externa são particularmente relevantes para segmentos de produtos que enfrentam retração na demanda mundial, como é o caso do mercado de produtos agrícolas (Teixeira e Delgado, 1993; Lafay et al., 1999).
2007-03-09 04:58:34
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answer #1
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answered by Vanyle 6
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