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2007-03-08 11:59:55 · 6 respostas · perguntado por Makelen 1 em Artes e Humanidades Filosofia

6 respostas

O Mundo das Idéias



Antes de Platão (427-347 a.C.), Empédocles (494-434 a.C.) e Demócrito (460-370 a.C.) haviam observado que apesar de os fenômenos da natureza "fluírem", havia "algo" que nunca se modificava (as quatro raízes ou os átomos).

Para Platão tudo o que podemos tocar e sentir na natureza "flui". Não existe, portanto, um elemento básico que não se desintegre. Absolutamente tudo o que pertence ao mundo dos sentidos é feito de um material sujeito à corrosão do tempo. Ao mesmo tempo, tudo é formado a partir de uma forma eterna e imutável.

Para exemplificar a visão de Platão, considere um conjunto de cavalos. Apesar deles não serem exatamente iguais, existe algo que é comum a todos os cavalos; algo que garante que nós jamais teremos problemas para reconhecer um cavalo. Naturalmente, um exemplar isolado do cavalo, este sim "flui", "passa". Ele envelhece e fica manco, depois adoece e morre. Mas a verdadeira forma do cavalo é eterna e imutável.

Numa outra situação, considere que você passe em frente a uma vitrine de uma padaria (sua primeira padaria) e vê sobre um tabuleiro cinqüenta broas exatamente iguais, todas em forma de anõezinhos. Apesar de você perceber que um anãozinho está sem o braço, o outro perdeu a cabeça e um terceiro tem uma barriga maior que a dos outros, você chega à conclusão que todas as broas têm um denominador comum. Embora nenhum dos anõezinhos seja absolutamente perfeito, você suspeita que eles devem ter uma origem comum. E chega à conclusão de que todos foram assados na mesma fôrma.

Platão ficou admirado com a semelhança entre todos os fenômenos da natureza e chegou, portanto, à conclusão de que "por cima" ou "por trás" de tudo o que vemos à nossa volta há um número limitado de formas. A estas formas Platão deu o nome de idéias. Por trás de todos os cavalos, porcos e homens existe a "idéia cavalo", a "idéia porco" e a "idéia homem". (E é por causa disto que a citada padaria pode fazer broas em forma de porquinhos ou de cavalos, além de anõezinhos. Pois uma padaria que se preze geralmente tem mais do que uma fôrma. Só que uma única fôrma é suficiente para todo um tipo de broa.)

Platão acreditava numa realidade autônoma por trás do mundo dos sentidos. A esta realidade ele deu o nome de mundo das idéias. Nele estão as "imagens padrão", as imagens primordiais, eternas e imutáveis, que encontramos na natureza. Esta concepção é chamada por nós de a Teoria das Idéias de Platão.

Em resumo, para Platão a realidade se dividia em duas partes. A primeira parte é o mundo dos sentidos, do qual não podemos ter senão um conhecimento aproximado ou imperfeito, já que para tanto fazemos uso de nossos cinco (aproximados e imperfeitos) sentidos. Neste mundo dos sentidos, tudo "flui" e, consequentemente, nada é perene. Nada é no mundo dos sentidos; nele, as coisas simplesmente surgem e desaparecem. A outra parte é o mundo das idéias, do qual podemos chegar a ter um conhecimento seguro, se para tanto fizermos uso de nossa razão. Este mundo das idéias não pode, portanto, ser conhecido através dos sentidos. Em compensação, as idéias (ou formas) são eternas e imutáveis.

Assim como os filósofos que o antecederam, Platão também queria encontrar algo de eterno e de imutável em meio a todas as mudanças. Foi assim que ele chegou às idéias perfeitas, que estão acima do mundo sensorial. Além disto, Platão considerava essas idéias mais reais do que os próprios fenômenos da natureza. Primeiro vinha a idéia cavalo e depois todos os cavalos do mundo dos sentidos. A idéia galinha vinha, portanto, antes da galinha e do ovo.

2007-03-08 12:23:13 · answer #1 · answered by Marcelo 4 · 0 0

Para Platão tudo o que podemos tocar e sentir na natureza "flui". Não existe, portanto, um elemento básico que não se desintegre. Absolutamente tudo o que pertence ao mundo dos sentidos é feito de um material sujeito à corrosão do tempo. Ao mesmo tempo, tudo é formado a partir de uma forma eterna e imutável.

Para exemplificar a visão de Platão, considere um conjunto de cavalos. Apesar deles não serem exatamente iguais, existe algo que é comum a todos os cavalos; algo que garante que nós jamais teremos problemas para reconhecer um cavalo. Naturalmente, um exemplar isolado do cavalo, este sim "flui", "passa". Ele envelhece e fica manco, depois adoece e morre. Mas a verdadeira forma do cavalo é eterna e imutável.

Numa outra situação, considere que você passe em frente a uma vitrine de uma padaria (sua primeira padaria) e vê sobre um tabuleiro cinqüenta broas exatamente iguais, todas em forma de anõezinhos. Apesar de você perceber que um anãozinho está sem o braço, o outro perdeu a cabeça e um terceiro tem uma barriga maior que a dos outros, você chega à conclusão que todas as broas têm um denominador comum. Embora nenhum dos anõezinhos seja absolutamente perfeito, você suspeita que eles devem ter uma origem comum. E chega à conclusão de que todos foram assados na mesma fôrma.

Platão ficou admirado com a semelhança entre todos os fenômenos da natureza e chegou, portanto, à conclusão de que "por cima" ou "por trás" de tudo o que vemos à nossa volta há um número limitado de formas. A estas formas Platão deu o nome de idéias. Por trás de todos os cavalos, porcos e homens existe a "idéia cavalo", a "idéia porco" e a "idéia homem". (E é por causa disto que a citada padaria pode fazer broas em forma de porquinhos ou de cavalos, além de anõezinhos. Pois uma padaria que se preze geralmente tem mais do que uma fôrma. Só que uma única fôrma é suficiente para todo um tipo de broa.)

Platão acreditava numa realidade autônoma por trás do mundo dos sentidos. A esta realidade ele deu o nome de mundo das idéias. Nele estão as "imagens padrão", as imagens primordiais, eternas e imutáveis, que encontramos na natureza. Esta concepção é chamada por nós de a Teoria das Idéias de Platão.

Em resumo, para Platão a realidade se dividia em duas partes. A primeira parte é o mundo dos sentidos, do qual não podemos ter senão um conhecimento aproximado ou imperfeito, já que para tanto fazemos uso de nossos cinco (aproximados e imperfeitos) sentidos. Neste mundo dos sentidos, tudo "flui" e, consequentemente, nada é perene. Nada é no mundo dos sentidos; nele, as coisas simplesmente surgem e desaparecem. A outra parte é o mundo das idéias, do qual podemos chegar a ter um conhecimento seguro, se para tanto fizermos uso de nossa razão. Este mundo das idéias não pode, portanto, ser conhecido através dos sentidos. Em compensação, as idéias (ou formas) são eternas e imutáveis.

Assim como os filósofos que o antecederam, Platão também queria encontrar algo de eterno e de imutável em meio a todas as mudanças. Foi assim que ele chegou às idéias perfeitas, que estão acima do mundo sensorial. Além disto, Platão considerava essas idéias mais reais do que os próprios fenômenos da natureza. Primeiro vinha a idéia cavalo e depois todos os cavalos do mundo dos sentidos. A idéia galinha vinha, portanto, antes da galinha e do ovo.

2007-03-12 07:36:15 · answer #2 · answered by igor c 1 · 0 0

Voltando para Atenas, Platão dedicou-se inteiramente à especulação metafísica, ao ensino filosófico e à redação de suas obras, atividade que não foi interrompida a não ser pela morte.

Esta veio operar aquela libertação definitiva do cárcere do corpo, da qual a filosofia - como lemos no Fédon - não é senão uma assídua preparação e realização no tempo. Morreu o grande Platão em 348 ou 347 a.C., com oitenta anos de idade.

Sócrates mostrara no conceito o verdadeiro objeto da ciência. Platão aprofunda-lhe a teoria e procura determinar a relação entre o conceito e a realidade fazendo deste problema o ponto de partida da sua filosofia.

O sistema metafísico de Platão centraliza-se e culmina no mundo divino das idéias; e estas contrapõe-se a matéria obscura e incriada.

Entre as idéias e a matéria estão o Demiurgo e as almas, através de que desce das idéias à matéria aquilo de racionalidade que nesta matéria aparece.

♫ ♫ ♪ ♫ Bom domingo, Helda ♪ ♫ ♫ ♪ ♫

2007-03-11 16:13:49 · answer #3 · answered by ★HELDA★C★ ★ ★ ★ ★ 7 · 0 0

O mundo das idéias para Platão são as nossas vivências e experiências, com tudo e em tudo. As transformações no mundo da matéria não alteram nossos registros vividos, pois eles permanecem sendo nossas verdades internas. Mesmo que tudo mude e nunca mais tenhamos a mesma experiência ou vivencia, ela viverá eternamente em nós.
Beijos.

2007-03-09 18:58:00 · answer #4 · answered by Lenda. 7 · 0 0

Oi,

Segundo Platão, o conhecimento humano integral fica nitidamente dividido em dois graus:
- o conhecimento sensível, particular, mutável e relativo,
- e o conhecimento intelectual, universal, imutável, absoluto, que ilumina o primeiro conhecimento, mas que dele não se pode derivar.
A diferença essencial entre o conhecimento sensível, a opinião verdadeira e o conhecimento intelectual, racional em geral, está nisto: o conhecimento sensível, embora verdadeiro, não sabe que o é, donde pode passar indiferentemente o conhecimento diverso, cair no erro sem o saber; ao passo que o segundo, além de ser um conhecimento verdadeiro, sabe que o é, não podendo de modo algum ser substituído por um conhecimento diverso, errôneo. Poder-se-ia também dizer que o primeiro sabe que as coisas estão assim, sem saber porque o estão, ao passo que o segundo sabe que as coisas devem estar necessariamente assim como estão, precisamente porque é ciência, isto é, conhecimento das coisas pelas causas.

* Profundo...

Um abraço

2007-03-08 21:54:44 · answer #5 · answered by Tin 7 · 0 0

Curto e grosso hein!!

Platão achava que tudo o que podemos tocar e sentir na natureza "flui". Não existe, portanto, um elemento básico que não se desintegre. Absolutamente tudo o que pertence ao "mundo dos sentidos" é feito de um material sujeito à corrosão do tempo. Ao mesmo tempo, tudo é formado a partir de uma forma eterna e imutável

2007-03-08 20:09:59 · answer #6 · answered by Penso; logo Descartes existe. 7 · 0 1

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