Os parques evoluíram para o high-tech, mas nasceram há muito tempo, com as brincadeiras infantís nas praças. Estas foram se sofisticando, elementos como o carrossel foram entrando, a montanha-russa de madeira, até chegar ao parque de diversões dos anos 40, com trem fantasma, roda gigante e tudo o mais. Anos antes, nos Estados Unidos, em Long Island, nasceu o Luna Park, modelo de diversão para toda a família. Mas Walt Disney achou que o parque poderia dar mais, um misto de brinquedos e jardins, um pouco de magia do seu acervo e figuras vivas como animais da fazenda. Em 1954 nasceu a Disneylândia, em Anaheim, Califórnia, mudando todo o conceito de diversão para toda a família. Você poderia passear por uma rua do faroeste, com bonecos fazendo movimentos simples, como uma velha balançando em sua cadeira. Nada demais! O parque em si não era diferente dos outros, apenas mais bem cuidado. O brinquedo que conhecemos como "polvo" era feito de figuras do Dumbo voando (esta atração ainda existe), o carrossel era um belíssimo brinquedo totalmente recondicionado e cheio de música de carrilhão, o brinquedo que por aqui teve o nome de "samba", virou a dança das xícaras (de Alice), havia um passeio no submarino Nautilus muito fraquinho e extinto etc. O público lotou a Disneylândia de tal modo, que Anaheim cresceu e sufocou o parque, se ligando ao resto de Los Angeles. Parques imitando a Disneylândia se multiplicaram, verdadeiras arapucas. Pelo mundo, os parques procuraram seguir o exemplo de Disney, especialmente na Europa, o Legoland e o Tivoli. Orlando Orfei lançou o Tivoli no Rio de Janeiro, grandes parques se espalharam pelo país e pelo mundo. Era hora de dar um salto à frente. Na Feira Mundial, o grupo Disney experimentou uma novidade, bonecos que falavam e se movimentavam, os audianimatrônicos. O Small World, o Carrossel do Progresso e o discurso de Lincoln, com o boneco levantando da cadeira e tudo mais. Ali estava a base para o salto gigante que foi a Disneyworld. Disney teve o cuidado de comprar vastas fazendas em volta do parque, criou lagos, plantou muito, mudou o terreno. Os parques, na verdade, não ficam em Orlando, uma cidadezinha de plantadores de laranja no meio da Flórida, mas nos arredores, em Buena Vista. O primeiro parque foi o Reino Mágico (Maagic Kingdom), com atrações e hotéis capazes de receber 150 mil pessoas por dia com conforto e serviços perfeitos, o que não aconteceu na Califórnia. Disney morreu em 1966 mas, como disse seu irmão Roy, viu o parque pronto, porque ele tinha a capacidade de sonhar! Roy foi a força motriz do segundo e mais ambicioso projeto, EPCOT, que simularia uma cidade do futuro. EPCOT se divide em dois setores, o mundo do futuro (mas olhando muito para o passado) e um lago com pavilhões de nações de todo o mundo em volta. Depois, veio a MGM-Disney, os parques aquáticos, as vilas (onde está o Cirque de Soleil) e o Animal Kingdom. Logo depois do aparecimento da Disneylândia, surgiu o parque da Universal. No início, era apenas um passeio pelos bastidores desta grande empresa, mas aos poucos grandes atrações começaram a ameaçar o absoluto predomínio da Disney, como o incrível King-Kong e o Terremoto, em que uma estação do metrô simplesmente desaba em cima de você; A Universal também ficou sufocada em Los Angeles e teve de apelar para Orlando e lá instalar um mega-parque, com o apoio de Spielberg e dos personagens da família Picapau. Como o público foi exigindo mais adrenalina, surgiu outro parque gêmeo ao lado Islands of Adventure, com uma montanha russa dupla, em que os carrinhos duelam. Meio por fora, correm os parques baseados em animais exóticos, o Sea World e o Busch Gardens, na vizinha cidade de Tampa. MAs ambos tiveram de incluir todo tipo de tecnologia, pois parecem verdadeiros cemitérios, se compararmos a abundância de agitação dos outros parques. Em Orlando também se multiplicaram as arapucas, casas assombradas, castelos medievais onde se come frango frito com as mãos etc. Há muita coisa boa por fora, como a turma do Charlie Brown e o Knotts-Berry Farm, para os pequeninos. E no Brasil? Podemos citar dois grandes parques outdoors, o Hop Hari em São Paulo, baseado em personagens da Vila Sésamo e o Beto Carrero, que remonta a Disneylândia do começo, tendo um grande circo como tema. No Rio, infelizmente, o grande projeto da Terra Encantada faliu, e ficou apenas 30 por cento pronta. O Tivoli teve de fechar porque ficava às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas. Bem, falei resumidamente, mas talvez demais. Espero ter ajudado em alguma coisa!
2007-03-10 07:58:22
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answer #1
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answered by pestilpen3 5
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