Antes de se desesperar diante do monte de fios soltos na escova, na blusa, no chão do banheiro, conheça os novos tratamentos que prometem recuperar a cabeleira perdida
Desconfortável para os homens, a queda de cabelo nas mulheres ganha ares de tragédia. Ponto mais que importante do visual, perdê-lo, em pequenas ou grandes quantidades, assusta mesmo! Segundo levantamento médico recente, 50% da mulheres que procuram um dermatologista reclamam de perda acentuada dos fios. “Antes de qualquer tratamento, temos que considerar a queda natural”, explica o tricologista (especialista em cabelo) Valcinir Bedin, de São Paulo (SP). O tempo de vida de um fio é de aproximadamente quatro anos; após esse período, ele cai, dando lugar a um novo. “Caso não haja predisposição genética e a queda seja contínua, devemos procurar pelas causas internas e externas”, conclui o especialista. Por que, afinal, o cabelo cai? Além da herança genética e doenças específicas do couro cabeludo, como dermatite seborréica, fungos e micoses, outros fatores — que não parecem relacionados — podem desencadear o problema.
• Dança dos hormônios: a tireóide é uma glândula produtora de hormônios, responsáveis pelo equilíbrio do metabolismo. Assim, tanto o hipertiroidismo (produção maior de hormônios) quanto o hipotiroidismo (produção menor), ambos provocados por disfunções orgânicas, modificam o ciclo capilar reduzindo os fios. Já a glândula supra-renal e os ovários são responsáveis pelos hormônios sexuais. Sempre que sofrem algum distúrbio, o cabelo cai. “Unhas e cabelo são chamados anexos da pele. Quando o organismo percebe algum problema, economiza energia para uma situação de emergência. Um dos recursos é parar de alimentar os anexos. Por isso, eles caem”, explica Valcinir.
• Ferro em baixa: no exame de sangue, as taxas de referência valem apenas para detectar anemia ou doença infecciosa. Mas não servem para sabermos se o ferro é suficiente para o crescimento dos fios. Muitas vezes, as quantidades estão normais para um exame clínico, mas baixas para manter cabelos fortes e volumosos. Assim, não basta um exame laboratorial simples. Deve-se medir a dosagem do ferro sérico e da ferritina.
• Aceleração máxima: quando enfrentamos uma situação de medo, angústia, pressão, o nosso organismo entra em estado de alerta e desencadeia uma rede de reações. O cérebro passa a produzir cortisol em grande quantidade, ficando mais ligado. Dado o alarme, o corpo economiza energia, mandando-a apenas para as atividades orgânicas vitais. Por isso, novamente os anexos são desprezados e os fios começam a cair. Não há um fator preponderante para a queda, mas há, sim (oba!), novidades no tratamento.
O fio da meada
Dizem que perder 100 fios por dia é natural. Mas como faço para contá-los?
Você não precisa contar um a um. Há uma maneira mais prática: após desembaraçar o cabelo, passe os dedos delicadamente sob os fios três vezes seguidas. Se na terceira vez continuarem a sair tufos generosos, é hora de consultar um especialista.
Por que toda vez que uso condicionador os fios parecem se “soltar” nas minhas mãos?
Enquanto o xampu abre as escamas para que os agentes detergentes possam limpar profundamente os fios, o condicionador fecha as escamas, deixando o cabelo sedoso, maleável e fácil de pentear. Assim, o cabelo que já estava solto do couro cabeludo, mas preso em nós, se desprende com mais facilidade, dando a impressão de que houve uma queda acentuada. Porém, a mesma dica acima vale aqui: tufos generosos em queda livre pedem uma avaliação profissional.
Lavar o cabelo todo dia facilita a queda?
Não. O nosso couro cabeludo é impermeável (não permite a passagem de líquidos) e, portanto, não absorve a água. Assim, a história de que o excesso de água pode apodrecer a raiz é mito. Porém, vale lembrar que lavar o cabelo à noite e prendê-lo ainda molhado pode favorecer o aparecimento de algum fungo desencadeador de doença que induza à queda.
O uso constante de tintura, escova e chapinha pode provocar a queda?
Depende. Todos os processos atingem apenas a parte externa do fio, chamada hasta. Quando executadas em excesso e sem os cuidados de hidratação constante com produtos adequados, os fios ficam mais vulneráveis e sujeitos a quedas, dando a impressão de que a calvície é iminente. Mas, quando realizadas de forma correta, e seguindo sempre as regras de mnutenção, a possibilidade de eles caírem é reduzida.
Se minha mãe tiver calvície eu também terei?
Não necessariamente. Você pode herdar a predisposição a ter problemas com o cabelo, mas isso não significa que ela se manifeste. Assim como a alergia, há pessoas que têm a tendência, mas nunca a desenvolvem.
2007-03-09 00:47:05
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answer #1
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answered by Anonymous
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