Olá,
Muito boa a sua pergunta dando assim um pouco de conhecimento desse ícones da arte brasileira!
Gianfrancesco Sigfrido Benedetto Martinenghi de Guarnieri, o Gianfrancesco Guarnieri
(Ator e dramaturgo ítalo-brasileiro )
1934 - 2006
Ator e dramaturgo ítalo-brasileiro nascido em Milão, Itália, escritor de peças de profundo interesse pelas questões de natureza política e social. Filho do maestro e violoncelista Edoardo e de Elza, exímia tocadora de harpa, que vieram para o Rio de Janeiro (1937), fugindo do fascismo, onde ele viveu a infância. Aos 18 anos, já morando em São Paulo, onde o pai foi diretor do Teatro Municipal da capital paulista, descobriu o teatro ao militar no movimento estudantil. Nessa época, seus companheiros de labuta eram o também dramaturgo Oduvaldo Vianna Filho e a atriz Beatriz Segall, entre outros. Assim participou ativamente, como ator e autor, do processo de renovação do teatro brasileiro promovido pelo Teatro de Arena de São Paulo. Estreou introduzindo a temática dos modernos conflitos urbanos com a peça Eles não usam black-tie (1958), que levou ao palco os problemas sociais causados pela industrialização, entre eles a luta por melhores salários. A peça virou filme dirigido por Leon Hirszman, com o mesmo nome e o autor em um dos papéis principais (1981). Mudou de temática com sua segunda peça, Gimba (1959), sobre um bandido de morro, mas também foi sucesso. Em sua terceira peça, A semente (1961), retomou ao enfoque das lutas políticas. Outras peças importantes do autor foram O filho do cão (1964), os musicais Arena conta Zumbi e Arena Conta Tiradentes (1965), ambos no mesmo ano e em colaboração com Augusto Boal, e Ponto de partida (1977). Também atuou em novelas televisivas como o Ariovaldo de Meu pé de laranja lima (1970), o Tonho da Lua de Mulheres de areia (1973), o Chico de Os Inocentes (1974), o Júlio de Éramos Seis (1977), o King Petrus II de Que Rei Sou Eu? (1989), o Saldanha da Rainha da Sucata (1990), o Vicente Rocha de O mapa da mina (1993) e o Giulio Esplendore de Terra Nostra (1999), entre várias outras, onde ganhou maior popularidade. Sua carreira também foi marcada por outros longas-metragens, entre eles O Grande Momento (1958), O Jogo da Vida (1977), As Três Mortes de Solano (1978), Asa Branca (1980) e O Quatrilho (1995). Após cinco anos longe dos palcos devido aos seus problemas de saúde, voltou ao teatro para um espetáculo juvenil O Pequeno Livro das Páginas em Branco (2003). Recebeu a medalha de mérito Ordem do Ipiranga (2005) do governo paulista e foi homenageado no 18º Prêmio Shell de Teatro São Paulo (2006), por sua contribuição ao teatro brasileiro. Sofrendo de insuficiência renal crônica e fazendo hemodiálise três vezes por semana, após cinco anos de tratamento, morreu em função de complicações geradas por conta de uma crise renal, no hospital Sírio-Libanês, São Paulo, depois de 50 dias de internamento. Seu último papel na TV foi Pepe, na novela Belíssima, na Globo (2006). Era casado há 40 anos com a socióloga Vanya Sant'Anna, com 62 anos. Antes, havia sido casado com Cecília Thompson, com quem teve seus primeiros filhos, Flávio e Paulo Guarnieri.
Grande Otelo
(Ator)
1915-1992
Sebastião Bernardes de Souza Prata não era carioca, como muitos podem imaginar. Era mineiro, nascido em Uberlândia, em 1915. Ganhou o sobrenome da família que o educou - Prata - até que ele resolvesse se aventurar no Rio de Janeiro e em São Paulo em busca de sua vocação: ser ator.
Na Ópera Nacional, onde estudou, ganhou dos colegas o apelido de Pequeno Otelo. Ele preferiu e se auto-entitulou The Great Otelo, mais tarde abrasileirado e dando a ele o nome pelo qual se tornaria conhecido: Grande Otelo.
Assim começou a carreira de um dos maiores atores brasileiros, que passou pelos palcos dos cassinos e dos grandes shows das mais importantes casas noturnas do Rio. Passou também pelo teatro, pelo cinema e pela televisão, deixando sempre a lembrança de personagens marcantes.
Sua principal atividade foi o cinema. Apareceu pela primeira vez na tela em Noites Cariocas, em 1935. Trabalhou em alguns filmes conhecidos como Futebol e Família (39) e Laranja da China (40), conseguindo fama suficiente para ser chamado para trabalhar no primeiro filme produzido pela Atlântida: Moleque Tião, de 1943.
O sucesso se consolidou ao formar dupla com outro grande mito do cinema nacional: Oscarito. Juntos, participaram de mais de dez chanchadas como Carnaval no Fogo, Aviso aos Navegantes e Matar ou Correr.
Mas ele não era apenas comediante. Como ator dramático, marcou presença em vários filmes, dentre os quais Lúcio Flávio - Passageiro da Agonia e Rio, Zona Norte.
Grande Otelo morreu de enfarte ao desembarcar em Paris, às vésperas de seus 78 anos, a caminho do Festival dos Três Continentes, em Nantes, onde seria homenageado.
2007-03-11 08:02:21
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answer #1
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answered by ana 6
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