resposta
resumo sobre que levou Anibal a atacar Roma=AnÃbal (247 a.C. — 183 a.C.) foi um general cartaginês e destacado tático e lÃder militar, filho de AmÃlcar Barca. Ficou conhecido pelo seu desempenho na segunda guerra púnica contra a República de Roma.
AnÃbal cresceu na atual Espanha e, segundo a lenda o pai fê-lo jurar, aos 10 anos, diante do altar do deus Melcarte (Hércules ou Héracles), que nunca seria amigo dos romanos. "Segurando uma das minhas mãos, ele me conduziu ao altar de Melcarte. Pediu para que eu jurasse jamais ser amigo dos romanos", teria dito o prÃncipe, segundo relata o historiador romano Tito LÃvio.
Acompanhou seu pai AmÃlcar à Hispânia (237 a.C.) e ajudou-o a lá estabelecer uma provÃncia. Quando AmÃlcar morreu, em 229 a.C., o império cartaginês na Hispânia havia dobrado de extensão.A Conquista da Espanha=Por ocasião da morte de Asdrúbal, a quem haviam confiado o governo da Ibéria depois da morte de AmÃlcar Barca, os cartagineses inicialmente aguardaram um pronunciamento das tropas, e quando lhes chegaram notÃcias de seu exército a respeito da escolha unânime de AnÃbal pêlos soldados para comandá-los, eles convocaram prontamente uma assembleia-geral do povo, que ratificou a uma voz a escolha dos soldados. Assumindo o comando AnÃbal pôs-se em ação imediatamente com o objetivo de subjugar a tribo dos Olcades, e chegando diante de Altaia, sua cidade mais poderosa, acampou ali com o seu exército e logo capturou-a mediante vigorosos e terrificantes ataques sucessivos; em face desse sucesso o resto da tribo foi tomado de pânico e submeteu-se aos cartagineses. Depois de impor um tributo à s cidades e de obter assim recursos consideráveis em dinheiro, AnÃbal retirou-se para o seu aquartelamento de inverno em Nova Cartago. Graças à generosidade demonstrada por ele na ocasião para com as tropas sob seu comando, fazendo-lhes pagamentos e prometendo-lhes mais, AnÃbal lhes inspirou um forte devotamento e grandes esperanças.
Muitos foram interceptados pela cavalaria no próprio rio, pois os cavalos podiam firmar-se melhor contra a corrente, e os cavaleiros estavam a uma altura maior que a dos homens da infantaria. Finalmente o próprio AnÃbal atravessou o rio e atacou os bárbaros, pondo em fuga mais de cem mil homens. Após essa derrota nenhum dos povos daquele lado do Ãber se aventurou com facilidade a enfrentar os cartagineses, à exceção dos cidadãos de Segunto. AnÃbal tentou tanto quanto pôde manter-se afastado da cidade destes últimos, porquanto não desejava dar aos romanos qualquer pretexto válido para a guerra antes de ele mesmo haver estabelecido firmemente o seu domÃnio sobre todo o território restante, seguindo quanto a isso as sugestões e advertências de seu pai AmÃlcar. Mas os cidadãos de Segunto mandaram reiteradas mensagens a Roma, em parte por estarem alarmados a respeito de sua própria segurança e por preverem o que iria acontecer, e em parte por desejarem manter os romanos informados do notável progresso dos cartagineses em seus planos na Ibéria. Os romanos, que muitas vezes lhes haviam dado pouca atenção, mandaram nessa ocasião comissários seus para fazerem um relato da situação. Simultaneamente AnÃbal, tendo subjugado as tribos que pretendia, chegou com suas forças para passar o inverno em Nova Cartago, dê certo modo o orgulho e a capital do império cartaginês na Ibéria. Lá ele encontrou os comissários romanos, concedeu-lhes uma audiência e ouviu-lhes a mensagem. Os romanos instavam-no a abster-se de atacar moradores da cidade de Segunto, que segundo disseram estavam sob sua proteção, e de atravessar o Ãber, de conformidade com os compromissos assumidos no tratado concluÃdo na época de Asdrúbal. AnÃbal, sendo jovem e estando cheio de Ãmpeto belicoso, encorajado também pelo sucesso de seus cometimentos e animado pelo ódio inveterado a Roma, em sua resposta aos comissários aparentou estar defendendo os interesses dos cidadãos da cidade de Segunto e acusou os romanos de pouco tempo antes, por ocasião de uma querela entre facções contrárias em Segunto em que foram chamados a atuar como árbitros, terem mandado matar injustamente alguns dos cidadãos de Segunto mais ilustres. Os cartagineses, disse ele, não podiam relevar essa violação da boa fé, pois um de seus princÃpios ancestrais era nunca fechar os olhos à causa das vÃtimas de injustiças. Mas AnÃbal mandou pedir instruções a Cartago, pois os cidadãos de Segunto, confiantes em sua aliança com os romanos, estavam hostilizando alguns dos povos sujeitos aos cartagineses.
Inteiramente dominado pela irreflexão e pelo ódio, AnÃbal não alegou as razões verdadeiras, refugiando-se em pretextos infundados, como costumam fazer os homens descuidados quanto ao dever quando possuÃdos pela paixão. Não teria sido muito melhor para ele pedir aos romanos a restituição de Sardó (as atuais Córsega e Sardenha que eram consideradas como uma só) e também do tributo que lhes tinha sido exigido de maneira tão injusta por eles aproveitando-se dos infortúnios de Cartago? E no caso de sua recusa poderia tê-los ameaçado com a guerra. Silenciando, porém, quanto à causa verdadeira e inventando uma inexistente a respeito dos cidadãos de segunto, ele mostrou que estava entrando na guerra não somente sem razão mas também violentando a justiça. Os comissários romanos, percebendo claramente a inevitabilidade da guerra, embarcaram para Cartago a fim de levar um protesto análogo aos governantes cartagineses. Eles não poderiam esperar de forma alguma que a guerra viesse a ocorrer na Itália, e pensavam que iriam combater na Ibéria, com a cidade de Segunto servindo de base.
Logo após AnÃbal deixou Nova Cartago e avançou com seu exército em direção a Segunto. Essa cidade está situada nos contrafortes marÃtimos da cadeia de montanhas que separa a Ibéria da Celtibéria, a uma distância aproximada de 1,3 KM do mar. O território dos cidadãos d Segunto é propÃcio a qualquer espécie de cultivo e é o mais fértil de toda a Ibéria. AnÃbal, agora acampado diante das fortificações da cidade, passou a sitiá-la vigorosamente, prevendo as muitas vantagens que lhe adviriam de sua captura. Em primeiro lugar ele pensou que privaria dessa maneira os romanos de qualquer possibilidade de uma campanha na Ibéria; em segundo lugar, estava convencido de que com esse golpe inspiraria um terror generalizado, tornando mais dóceis as tribos ibéricas já dominadas, e mais cautelosas aquelas ainda independentes, enquanto acima de tudo ele passaria a ser capaz de avançar em segurança, sem deixar inimigo algum em sua retaguarda. Além disso, ele iria dispor de fundos e suprimentos abundantes para a expedição planejada, elevaria o moral de suas tropas graças aos despojos de guerra distribuÃdos entre elas e apaziguaria o ânimo de seus concidadãos em Cartago enviando-lhes outros despojos. Diante de todas essas ponderações ele prosseguiu activamente no cerco, ora dando o exemplo aos soldados ao participar pessoalmente das operações extenuantes de ataque à s muralhas, ora exortando as tropas e expondo-se destemidamente ao perigo. Afinal, depois de oito meses de provações e ansiedade os cartagineses capturaram de assalto a cidade. Uma enorme quantidade de presas de guerra — dinheiro, escravos e bens — caiu em suas mãos. O dinheiro, de conformidade com as determinações de AnÃbal, foi reservado para a realização de seus planos; os escravos (oram distribuÃdos entre os seus homens de acordo com a hierarquia, e os diversos bens foram mandados imediatamente para Cartago. Os resultados obtidos não decepcionaram a sua expectativa, nem ele deixou de atingir o seu objetivo inicial: AnÃbal deu à s suas tropas maior entusiasmo para enfrentar o perigo e a Cartago maior disposição para atender-lhe aos pedidos, enquanto ele próprio, reservando esses fundos, pôde concluir muitos preparativos importantes para a realização de seus planos.AnÃbal se prepara para lutar contra Roma=Os embaixadores romanos, após ouvir as alegações dos cartagineses nada mais lhes disseram além do seguinte: o participante mais idoso da embaixada, apontando para a sua toga na altura do peito, declarou aos membros do Conselho que lhes trazia ali a paz e a guerra ao mesmo tempo; sendo assim, ele deixaria cair da toga e lhes passaria qualquer das duas que lhe pedissem. O magistrado dos cartagineses lhe pediu que escolhesse por si mesmo, e quando o embaixador romano lhe disse que deixaria cair a guerra a maioria do Senado gritou em unÃssono que a aceitava. Dito isso, os embaixadores e os membros do Conselho se separaram.
AnÃbal, que estava passando o inverno em Nova Cartago, mandou em primeiro lugar os iberos de volta à s suas respectivas cidades, esperando dleixá-los dessa maneira prontos a servir e cheios de entusiasmo para o futuro; em seguida ele deu instruções ao seu irmão Asdrúbal quanto à maneira de conduzir o governo da Ibéria e à s medidas a tomar com vistas a resistir aos romanos na eventualidade de sua ausência; em terceiro lugar de tomou precauções com o objetivo de proteger a LÃbia, adotando a polÃtica muito sensata de mandar soldados da LÃbia para a Ibéria e da Ibéria para a LÃbia, criando graças a essa medida laços de lealdade recÃproca entre as duas provÃncias. As tropas quê atravessaram para a LÃbia compunham-se de tersitas, de mastianos, de oretes iberos e de olcades, em número de mil e duzentos cavaleiros e treze mil e oitocentos e cinquenta soldados de infantaria; além destes havia oitocentos e setenta baleários (esse nome significa literalmente "fundeiros", dado a esse povo por sua habilidade no manejo da funda, e por extensão passou a aplicar-se ao próprio povo e à s suas ilhas). Ele aquartelou a maioria dessas tropas em Metagônia, na LÃbia, e as restantes na própria Cartago. Das chamadas cidades dos metagonitas ele mandou quatro mil soldados de infantaria para Cartago, onde serviriam como um reforço e ficariam como reféns. AnÃbal deixou na Ibéria com seu irmão Asdrúbal cinquenta qüinqüerremes, duas quadrirremes e cinco trirremes, estando trinta e duas qüinqüerremes e todas as trirremes devidamente tripuladas. Ele também deixou para constituÃrem a cavalaria libifenÃcios e lÃbios em número de quatrocentos e cinquenta, trezentos ilurgetes e mil e oitocentos numÃdios, recrutados entre os masÃlios, masaisÃlios, macoies e maurúsios, habitantes das proximidades do mar, e para constituÃrem a infantaria onze mil e oitocentos e cinquenta lÃbios, trezentos lÃgures e quinhentos baleários, assim como vinte e um elefantes.
Após tomar as precauções para a segurança da LÃbia e da Ibéria AnÃbal estava esperando ansiosamente a chegada dos mensageiros que os celtas deveriam enviar-lhe. Ele se tinha informado com precisão acerca da fertilidade das lerias no sopé dos Alpes e nas proximidades do rio Pados, da densidade de sua população, da bravura de seus homens na guerra e principalmente de seu ódio aos romanos desde a guerra anterior contra estes, mencionada por mim no livro precedente para capacitar os meus leitores a seguirem toda a minha narração prestes a ser iniciada. Diante de tudo isso ele nutria grandes esperanças em relação a tais homens, e teve o cuidado de mandar mensageiros com todas as promessas aos chefes celtas, tanto do outro lado dos Alpes quanto nas próprias montanhas, imaginando que o único meio de levar a guerra aos romanos na Itália seria, depois de vencer se possÃvel as dificuldades da rota e atingir aquela região, usar os celtas como colaboradores' e aliados na luta. Após a chegada dos mensageiros com a informação de que os celtas concordavam e o esperavam, dizendo ao mesmo tempo que a travessia dos Alpes era extremamente extenuante e difÃcil mas de modo algum impossÃvel, AnÃbal trouxe as suas tropas do aquartelamento de inverno quando começou a primavera. Em face das notÃcias recém-chegadas a respeito dos acontecimentos em Cartago seu moral estava muito alto, e confiante na boa disposição de seus concidadãos AnÃbal convocou ostensivamente as suas tropas e conclamou-as ajuntar-se a ele, revelando-lhes a exigência dos romanos no sentido de que ele e os oficiais mais categorizados de todo o seu exército lhes fossem entregues e enfatizando ao mesmo tempo a excelência da região que iriam invadir e os sentimentos amistosos dos celtas e sua disposição de serem seus aliados. Notando que suas tropas lhe manifestavam calorosamente a sua aprovação AnÃbal as elogiou, e depois de ordenar-lhes que estivessem prontas no dia pré-fïxado para a partida dissolveu a assembleia.
Após completar os arranjos supracitados durante o inverno e garantir assim a segurança da LÃbia e da Ibéria, AnÃbal pôs-se em marcha no dia combinado com um exército de noventa mil soldados de infantaria e doze mil de cavalaria. Atravessando o rio Iber ele começou a subjugar as tribos dos ilurgetes, dos bargúsios, dos airenôsios e dos andosinos até aos Pirenéus, e dominando-os todos e capturando-lhes algumas cidades de assalto com uma rapidez realmente inesperada, mas à custa de muitos e duros combates e com grandes perdas, ele designou Ãnon para o comando de toda a região desse lado do rio; no caso dos bargúsios AnÃbal deu-lhe poderes discricionários, pois desconfiava deles mais que de todos os outros por causg de seus sentimentos amistosos para com os romanos. Ele destacou de seu próprio exército dez mil soldados de infantaria e mil de cavalaria, deixando-os com Ãnon, e confiou-lhe a guarda de todos os equipamentos pesados da força expedicionária. AnÃbal mandou ao mesmo tempo um número igual de soldados para suas casas, com o objectivo de deixá-los bem dispostos em relação a ele e de alimentar-lhes as esperanças de um retorno seguro para o resto dos iberos, não somente dos que lhe prestavam serviço no exército mas também dos que ficavam em sua terra; assim, se algum dia tivesse de pedir-lhes reforço eles corresponderiam prontamente à sua expectativa. Com suas forças restantes, aliviadas assim do estorvo de seus equipamentos e constituÃdas agora de cinquenta mil soldados de infantaria e cerca de nove mil de cavalaria, ele avançou através dos Pirenéus para a travessia do Ródano, levando nessa ocasião um exército não muito forte em número de soldados, mas eficiente e perfeitamente preparado graças à sequência ininterrupta de guerras na Ibéria.Inicia-se a Segunda Guerra Púnica=AnÃbal organiza um grande exército com cerca de 9 mil cavaleiros, 50 mil soldados de infantaria e 34 elefantes de guerra e, em 218 a.C, deixa a Espanha nas mãos de seu irmão Asdrúbal e atravessa os Pirenéus, para evitar a zona costeira sob influência de Roma. Passa pelo Ródano e marcha através dos Alpes para o norte da Itália, perdendo grande parte das tropas e de seus elefantes durante a árdua jornada por causa das condições climáticas adversas e da hostilidade dos povos locais.Infligiu derrotas arrasadoras à s forças romanas em Trébia (218 a.C), Lago Trasimeno (217 a.C.) e Cannae (216 a.C.), que continuam a ser exemplos clássicos de tática militar. Durante a campanha, fica cego de um olho e perde metade de seus homens. Apesar de subjugar diversas comunidades do sul da Itália, o norte e centro permaneceram leais a Roma. AnÃbal não foi capaz de enfraquecer o ferrenho orgulho romano e o curso da guerra foi-se tornando gradualmente contra ele, até que em 203 a.C. foi obrigado a retornar à Ãfrica com seu exército. No ano seguinte foi derrotado em Zama por Cipião, o Africano. Seu programa de reformas em Cartago (196 a.C.) levou seus inimigos a se queixarem a Roma, e ele fugiu.Na corte do rei AntÃoco=Algum tempo depois da batalha de Zama, pouco importa, pois que é sabido que, vendo as coisas mal paradas, AnÃbal fugiu para a Ãsia, refugiando-se junto do rei AntÃoco. à certo também que ele foi recebido mui cordialmente pelo rei, que lhe tributou grande honra, dizendo-lhe ainda que o tomava entre seus conselheiros, não só nas coisas particulares, mas ainda nas públicas, porque o nome de AnÃbal era famoso e acatado por toda a parte. Além disso, ele votava também um grande ódio aos romanos, o que era um grande incentivo para se fazer a guerra. Por isso, parecia que ele fora ter muito a propósito à quele paÃs, não somente para incentivar a coragem do rei, mas também para que se iniciasse a guerra contra os romanos. E dizia que o único meio para isso era passar à Itália, a fim de ajuntar soldados italianos, por meio dos quais, unicamente, aquela provÃncia, vencedora de todas as outras nações, poderia ser subjugada. Ele pediu ao rei cem navios, dezasseis mil homens de infantaria e mil de cavalaria, somente ; prometeu entrar na Itália com aquele pequeno exército e com ele agitar as cidades italianas, que elo sabia ainda muito temerosas e que assaz se perturbavam somente ao ouvir pronunciar o seu nome, por causa das guerras que ele lhes havia movido e que ainda lhes estavam esculpidas na memória. Além disso, ele animava-se em renovar a guerra Púnica, se o rei lhe permitisse mandar homens a Cartago para incitar o partido barcimano, que, ele sabia, detestava a dominação romana. Depois que o rei satisfez ao seu pedido, ele mandou chamar Anston Tirenso, homem astuto e mui sagaz, muito indicado para levar a cabo essa incumbência, ao qual fez grandes promessas, persuadindo-o a ir a Cartago, falar com seus amigos e levar-lhes algumas cartas. Dessa maneira, AnÃbal exilado e fugitivo movia por todo o mundo a guerra contra os romanos. Tais determinações não teriam sido vãs e inúteis, se AntÃoco tivesse seguido e apoiado mais os conselhos de AnÃbal, como havia feito no princÃpio, que não o dos seus aduladores e cortesãos.
Mas a inveja, peste que desde todos os tempos sempre contaminou os palácios dos prÃncipes e reis, engendrou muitos inimigos contra AnÃbal. Temendo que ele caÃsse nas boas graças do rei, por esses conselhos (pois ele era um general astuto e sagaz), e que por esse motivo ele galgasse o apogeu do poder e da autoridade, tudo faziam para torná-lo suspeito ao rei.
Aconteceu também, nesse tempo, que P. VÃlio, o qual tinha vindo como embaixador a Ãfeso, conferenciou muitas vezes com AnÃbal. Por esse motivo, os que lhe queriam mal tomaram vários pretextos para caluniá-lo e o mesmo rei começou também a suspeitar dele, tanto que, dali por diante, não o chamou mais para ouvir os seus conselhos. Ao mesmo tempo, como dizem alguns, P. Africano (que era um dos embaixadores mandados ao rei AntÃoco) conversou em particular com AnÃbal e lhe pediu, entre outras coisas, que lhe dissesse, na verdade, quem ele julgava ter sido o mais valente e ilustre general dentre todos: AnÃbal respondeu-lhe: "Em primeiro lugar, Alexandre, rei da Macedôma, em segundo lugar, Pirro, rei do Ãpiro, e em terceiro lugar eu mesmo." P. Africano, então, sorrindo disse-lhe: "Que dirias, AnÃbal, se me tivesses vencido?" — "Sem dúvida, respondeu ele, eu me colocaria então acima de todos os outros" . Diz-se que essa resposta agradou a Cipião, porque ele não se via desprezado nem diminuÃdo, em comparação com os outros, mas conservado à parte, como fora de com¬paração por alguma bajulação secreta de AnÃbal.
Depois de todas estas coisas, AnÃbal, tendo ocasião de falar com AntÃoco, começou a contar-lhe a sua vida, desde pequenino, e a dizer-lhe também do ódio que sempre devotara aos romano e assim destruiu os mal-entendidos e caiu novamente nas boas graças dele, de modo que voltou à cordialidade e amizade do rei, que ele havia perdido. Por isso, o rei tinha determinado nomeá-l" seu almirante, como comandante da sua esquadra que ele fazia aparelhar para passar à Itália e ter assim uma prova da magnanimidade e da perÃo daquele que era um excelente general e perpétuo inimigo dos romanos. Mas, um certo Toas, prÃncipe dos etólios, contradizendo a esta sentença, ou por inveja, ou talvez porque essa era sua opinião, mudou a deliberação do rei, e o fez desistir de todas as su.n determinações, que todavia eram de grande importância para a guerra que eles pretendiam levar a cabo. Pois ele aconselhou AntÃoco que fosse ele mesmo à Grécia e dirigisse as operações, e não permitisse que um cuiro lhe tirasse a glória dessa guerra. O rei deixou-se persuadir por essas razões e foi à Grécia, para fazer a guerra aos romanos. Pouco tempo depois, reunindo-se para deliberar se deveria corromper os tessálios para fazê-los passar para o seu lado, perguntaram especialmente a AnÃbal qual era a sua opinião; este discorreu com tanto entusiasmo sobre os tessálios e sobre o assunto, que todos aprovaram as suas palavras e lhe deram o seu as¬sentimento. Ele era de opinião que não se deveriam inquietar a respeito dos tessálios, mas, ao contrário, fizessem todo o possÃvel para atrair ao seu partido o rei Felipe da Macedônia, ou então, para persuadi-lo a se conservar neutro, sem se intrometer, nem em favor de um, nem de outro. Além disso ele aconselhou a se fazer a guerra, de perto, aos romanos, e para isso ofereceu-se para ajudá-los em tudo o que pudesse. Ouviram-no falar, mui atenciosamente; sua opinião, porém, foi mais apreciada do que posta em prática. Pelo que, muitos se maravilharam de que um general, que tinha por tantos anos feito guerra aos romanos, quase vitorioso em toda a parte, fosse então tido em pouco pelo rei, quando se tinha principalmente necessidade da sua experiência e do seu conselho. Que general mais sagaz e astuto poderiam encontrar em todo o mundo, mais indicado para fazer a guerra aos romanos? Todavia o rei, no começo, não teve em conta a sua experiência; mas não se passou muito tempo, que ele, desprezando o conselho de todos os outros, confessou que somente AnÃbal tinha previsto as coisas com acerto.
Depois que os romanos haviam conseguido a vitória, na guerra que se travou na Grécia AntÃoco retirou-se da Europa para Ãfeso, não se preocupando absolutamente com nada, para passar tranquilamente seus dias em paz, nem pensando que os romanos trariam seus exércitos pai a Ãsia. As bajulações dos aduladores acomodavam-se muito aos seus desejos, bajulações que crni uma peste perpétua, para os reis e grandes prÃncipes que se deixam louvar e se comprazem em ser enganados, pois preferem ouvir o que lhes agrada; mas AnÃbal, que conhecia o poder dos romanos até onde chegava a sua ambição, advertiu o rei, esperasse outras coisas, que não a paz; e pensou que os romanos não se haveriam de deter, até que tivessem experimentado se lhes seria possÃvel levar os confins do seu império à terça parte do mundo como haviam feito na Ãfrica e na Europa. AntÃoco, impressionado e incitado pela autoridade de tal personagem, ordenou imediatamente a Polixênidas, homem muito experimentado e hábil em guerras marÃtimas, que fosse enfrentar a esquadra romana, que se aproximava: mandou AnÃbal à Sina para reunir um maior número de navios. Depois nomeou-o chefe dessa esquadra, e também a ApoÃônio, um dos seus cortesãos e favoritos, os quais, tendo sabido que Polixênidas se tinha saÃdo mal no encontro com os romanos, foram atacar os rodianos, que eram amigos e aliados dos romanos. Nessa batalha, AnÃbal atacou Eudamo, comandante dos rodianos, que dirigia a ala esquerda, tinha já cercado a nau capitânia e sem dúvida obteria a vitória: mas os da outra ala sobrevieram, depois de ter posto em fuga a ApoÃônio e lhe tiraram das mãos a coroa que ele já contava como certa Depois desta batalha por mar, que não teve um fim feliz, não encontramos notÃcia de que AnÃbal tenha realizado algum outro feito brilhante. Além das condições que os romanos haviam imposto a AntÃoco pediam que AnÃbal, perpétuo inimigo de seu governo, lhes fosse entregue. AnÃbal, prevendo isso há muito tempo, afastou-se de AntÃoco, depois da memorável batalha que se travou perto de Magnésia, onde foi destruÃdo o poder do rei e depois de ter vagado sem rumo, cá e lá, por fim refugiou-se junto de Prúsias, rei da BitÃnia.
[editar] A Morte de Anibal
Permaneceu na corte do rei Prússias até se suicidar, entre 183 e 182 a.C., já em torno de 64 anos.
AnÃbal foi um dos maiores generais da história. Seu gênio militar baseava-se na habilidade de utilizar combinadamente cavalaria e infantaria e na capacidade de inspirar profunda lealdade em exércitos mercenários.
2007-03-07 13:00:29
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answer #3
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