Dezenas de relatos que colhi revelam, em sua absoluta maioria, o mesmo esquema: o pai, ou padrasto, expulsa o filho de casa (quase nunca a mãe), a escolaridade é interrompida e a pessoa vai para as ruas se virar com o que tem.
E emprego?
Se fossem apenas pessoas que se vestem diferente, a moda daria um jeito.
Mas não, essas pessoa (travestis, travecos, bonecas, shemales, tgirls, ou como queira nomeá-las) são mais que isso.
A liberdade sexual que revelam abala qualquer estrutura. Qunado elas de despem o que acontece?
Freud enlouquece tentando explicar uma mulher que não tem inveja do pênis.
Jung fica catatônico ao estar frente a frente com o arquetípico demiurgo andrógino.
W. Reich gargalha ao ver suas máquinas de orgone explodirem.
E Dali...Bem, Dali as desenhou.
Os movimentos GLBTT, quando levantam a bandeira da visibilidade, as chamam para a linha de frente, e o que ganham em troca.
Exclusão social.
Será que a solução é eu parar de rotulá-las?
Que oxumarê lhes dê axé.
2007-03-07
09:56:10 ·
update #1