EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA GLOBAL NO BRASIL: DE ONDE PARTIMOS, ONDE ESTAMOS E ONDE PODEMOS CHEGAR Nos últimos vinte anos, o tema da educação para a cidadania teve sua visão e seu estudo significativamente ampliados pela incorporação de uma perspectiva global de educação. De uma educação voltada à cidadania ela adquiriu o status mais amplo de educação para a cidadania global. E essa foi uma mudança que ocorreu também no Brasil, como destaca o texto da orelha, ao apontar que “o livro explora de forma pioneira exemplos concretos de iniciativas brasileira em educação, que iluminam os caminhos em prol de uma cidadania global mais ampla”. De fato, essa perspectiva global conferida à educação para a cidadania vem moldando inúmeras iniciativas educacionais em quase todo o mundo, e seus impactos positivos vêm iluminando o campo da educação global. Este livro procura desvendar como a educação para a cidadania global tem se manifestado no Brasil do início dos anos noventa até recentemente, e quais poderão ser seus desdobramentos e implicações daqui para a frente. Procura também identificar a origem de iniciativas em cidadania global que se manifestaram nos setores formal e não formal da educação, tomando como base três estudos de caso e uma série de exemplos ou instantâneos, reunidos em capítulo específico. A autora teve também o cuidado de realizar uma pesquisa destinada a prover insights no campo da educação global no Brasil. Essa pesquisa demonstra que a educação para a cidadania em nosso país tem se manifestado sob diferentes rótulos, como educação ambiental e educação para a paz, para citar dois exemplos. Essas iniciativas têm sido implementadas segundo uma concepção holística da educação global, principalmente quando aplicadas no campo da educação não formal. E ao mencioná-las a autora procura, principalmente, validar os esforços dos criadores dessas iniciativas, contribuindo para colocar em destaque os esforços de pessoas que, muitas vezes, mesmo não obtendo o reconhecimento e o apoio dos setores governamentais e acadêmicos, colaboram para transformar os contextos educacionais no Brasil. (texto reproduzido da contracapa do livro)
Beijos
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2007-03-06 11:19:02
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answer #1
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answered by Anonymous
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Uma educação sem exclusão social, onde há maior interação dos aprendizes com o contexto de uma sociedade mais justa e soberana para a conscientização da paz.
2007-03-06 19:21:47
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answer #2
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answered by bservus 3
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Educação para cidadania é principalmente educação para a vida. Não adianta esse blá, blá, blá de educação como perspectiva mais ampla sem atentarmos para um fato primordial em educação: deve-se investir pesado nas séries iniciais do ensino básico (educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental).
Não existe cidadania, globalizada ou não, se os indivíduos não forem capazes de dominar a sua língua materna, ter domínio da leitura, escrita, cálculos, domínio da capacidade de expressão através da língua. Alfabetização,,já!
Perversamente, os sistemas educacionais (municipais, estaduais, ou federais) não investem nisso, e o que é pior, apesar de vivermos a "globalização", a organização do sistema escolar obedece a normas ultrapassadas: como é possível um professor trabalhar com 28, 30 alunos (na educação infantil,pasmem!), 30 a 35 nas séries iniciais e 40, 50 por turma na séries mais avançadas, como sétimo e oitavo ano? Numa organização que obedecia à uma hierarquia rígida e onde família e escola eram autoridades constituídas ficava fácil trabalhar com 50 alunos na classe (o professor falava e todo mundo ouvia e ainda havia professor auxiliar,estagiários etc). Hoje, as coisas mudaram, os alunos, graças a Deus, têm voz e podem se expressar, podem falar, mas como fazer isso, com apenas um professor para cada 30, 40,50 crianças? Fica dificil...
Corrigir erros e avançar a partir deles no processo de aprendizagem? Nem pensar...
Os sistemas educacionais precisam fazer uma revisão na organização escolar, nas condições de trabalho, para que o professor possa exercer o seu ofício.
Nas escolas de áreas de risco, por exemplo, as crianças ficam sem aulas,por causa da guerra entre "bandidos e mocinhos" (não me perguntem quem é quem...na verdade acho que não existem mocinhos nessa história...). Seria mais sábio o poder público, ao invés de levar os professores até as áreas de risco, trazer as crianças até escolas "do asfalto", onde as aulas seriam garantidas,mesmo longe de suas comunidades. Mas, o populismo que impera no poder público impede medidas como essas.
Algumas pessoas pensam que educação para a cidadania global é feita somente equipando as escolas com computadores e outros equipamentos mais sofisticados. Educação se faz com investimento, dando condições de trabalho aos professores, com planejamento politico. E nem é preciso boa vontade. Competência basta!
2007-03-06 19:47:49
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answer #3
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answered by Anonymous
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