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Quais foram os motivos do 11 de setembro. URGENTE

2007-03-04 21:43:59 · 7 respostas · perguntado por Anonymous em Notícias e Eventos Outras - Notícias e Eventos

7 respostas

Podemos afirmar que os atentados ao World Trade Center e ao Péntagono ocorridos a 11 de Setembro constituíram desde já, um dos acontecimentos mais importantes do século XXI. Pela primeira vez na história a superpotência norte-americana sofreu um ataque dentro do seu próprio território orquestrado por uma organização terrorista, confirmando que definitivamente estamos perante uma nova realidade não internacional e Westefáliana, mas sim transnacional, em que os Estados, velhos actores das relações internacionais se relacionam com novos poderes emergentes. Como defende Eric Hobsbawm "...as guerras do século XXI não serão somente entre Estados, mas também entre Estados e organizações não-estatais, suficientemente ricas e fortes para poder combater.".
As consequências dos atentados foram extremamente negativas para a população nova-iorquina ( não para as elites dirigentes ), tendo originado cerca de 6 500 vítimas. A morte de milhares de civis e a uso de aviação comercial na operação realizada constituem actos demonstradores da violência, do desrespeito pela vida humana e da xenofobia que tão bem caracterizam os movimentos fundamentalistas, sejam eles políticos, religiosos ou económicos.
Todavia, a condenação de todo e qualquer acto terrorista deve também incidir sobre a intervenção militar dos E.U.A e do Reino Unido sobre o Afeganistão, onde habita um dos povos mais pobres e oprimidos do mundo. A justificação dos bombardeamentos a que o Afeganistão se encontra sujeito é baseada na posição intransigente do governo autocrático Taliban que se recusou a entregar Bin Laden, e a eliminar do seu território as bases da Al Qaeda, a organização terrorista islâmica chefiada pelo multi-milionário saudita.
Osama Bin Laden é um velho conhecido dos E.U.A. Durante a guerra que opôs o Afeganistão à União Soviética, o actual inimigo público nº1 norte-americano foi treinado, armado e financiado pela C.I.A, com o objectivo de expulsar as forças comunistas do Afeganistão. Todavia, o final do conflito não determinou o fim da actividade de Bin Laden, tendo este apoiado directamente o exército bósnio na Guerra dos Balcãs, o movimento independentista Checheno que luta contra a Rússia, e mais recentemente o UÇK, durante a crise do Kosovo. Foi durante este período que Bin Laden desenvolveu a Al Qaeda, financiada pelos largos donativos em prole da guerra santa e pelos lucros do tráfico de droga facilmente laváveis nas off-shores dos mercados ocidentais.
A ruptura nas relações entre Bin Laden e os E.U.A apenas ocorreu em 1990, quando a Arábia Saudita autorizou o estabelecimento de bases militares norte-americanas no seu território, o que do ponto de vista da Al Qaeda, constituía um acto semelhante à ocupação soviética do Afeganistão, não devendo o guardião dos lugares santos permitir que estes fossem sujeitos à presença de "forças infiéis".
Bin Laden volta-se então para o Afeganistão, onde se desenrolava uma guerra civil fratricida entre as tribos que tinham resistido ao imperial-comunismo soviético, nas quais se incluíam as milícias talibans. Segundo a Organização das Mulheres Afegãs " O Presidente Jimmy Carter financiou a exportação de uma forma extrema de Islão, de origem saudita, para o Paquistão onde escolas religiosas foram criadas, produzindo centenas de milhares de guerrilheiros da jihad.".
Os Taliban além de contarem com o apoio de diversos movimentos fundamentalistas islâmicos, tiveram no início da década de noventa ajuda financeira dos E.U.A ( pelo menos parcialmente ) com o objectivo de estabilizar o troço afegão de uma via procurada pela companhia petrolífera norte-americana Unocal para uma conduta de petróleo e gás natural que evitasse passar pelo Irão. Os "estudantes de teologia" vieram mais tarde a obter o poder em quase todo o Afeganistão, governando o território com uma mão de ferro indiferente aos mais básicos direitos humanos. Contudo, este facto não impediu a Administração Clinton de apoiar o projecto de construção da Unocal acordado com o governo Taliban em 1998.
No entanto, os atentados terroristas às duas embaixadas norte-americanas na África Oriental cometidos pelo grupo islâmico radical dirigido por Osama Bin Laden, alojado no Afeganistão, levaram a que os E.U.A ordenassem ataques aéreos contra suspeitas bases de treino, levando a Unocal a desistir do seu projecto.
O apoio inicial dos E.U.A a Bin Laden e aos Taliban demonstra o verdadeiro significado da política externa norte-americana em relação ao Médio Oriente em particular, e ao mundo em geral, uma política assente não na promoção dos valores democráticos que os E.U.A afirmam defender, mas sim nos seus interesses particulares. Veja-se por exemplo o caso da Arábia Saudita, uma monarquia absoluta baseada na doutrina wahabita ( a mesma adoptada pelos Talibã ), representante de uma das facetas mais fundamentalistas e impiedosas do Islão Sunita. Contudo, o facto de constituírem o maior exportador mundial de petróleo leva os E.U.A a ignorarem a impunidade com que a Casa de Saud reprime qualquer movimento de oposição.
Além de se caracterizarem por uma autocracia opressora, os regimes dos petrodólares ( nos quais se inserem não só a Arábia Saudita, mas também o Kuwait, o Bahrein, o Qatar ou os Emirados Árabes Unidos ) apresentam elevados índices de pobreza e desigualdade social entre uma minoria muito rica, e uma maioria extremamente pobre que não consegue ver satisfeita as mais básicas necessidades humanas. Todo o sentimento de desesperança, insatisfação e exclusão consequentes constituem as condições ideais da emergência do fundamentalismo religioso; segundo Carvalho Ferreira " Ao sentirem que a ciência, o dinheiro e a riqueza não resolvem as catástrofes naturais nem os dilemas existenciais da vida e da morte, entregam-se espontaneamente aos poderes dos deuses e dos seus apóstolos na terra.".
Conscientes de que o Médio Oriente apresenta todas as características de um grande barril de pólvora pronto a explodir, os movimentos fundamentalistas recorrem a uma política de propaganda populista que condena os Estados "anti-islâmicos" comparsas dos E.U.A, quando na verdade os seus objectivos são semelhantes: a concentração de poder e de riqueza numa oligarquia dirigente abençoada por Alá.
O principal dos argumentos evocados pelo fundamentalismo islâmico como postulado do ódio "anti-americano" refere-se ao apoio dos E.U.A à política de ocupação militar israelita que não tem outro objectivo senão a expulsão da população palestiniana das suas terras, a extensão da colonização dos territórios ocupados, e a eliminação física de líderes políticos palestinianos, actos estes ilegítimos não só do ponto de vista ético e moral, mas que também violam o direito internacional. Os atentados de 11 de Setembro contribuíram para o acentuar da violência e do terrorismo de Estado nos territórios da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, como poderemos comprovar nas palavras do ministro israelita da Defesa Benjamin Bem-Eliezer " É um facto que matámos 14 palestinianos em Jénin, Kabatyeh e Tammoun, sem que o mundo dissesse nada.". Outro dos motivos que desperta o ódio fundamentalista contra o Ocidente ( mais particularmente contra os E.U.A e o Reino Unido ) encontra-se relacionado com a política de sanções imposta pela O.N.U à população Iraquiana, negando-lhes ajuda médica e medicamentos essenciais à sua sobrevivência.
A retaliação dos E.U.A e do Reino Unido aos ataques terroristas de 11 de Setembro revelam mais uma vez o carácter "humanitário" das políticas destas potências em relação aos povos do Médio Oriente. Para além dos "danos colaterais" provocados pelos bombardeamentos estratégicos que não deixam de atingir hospitais e áreas residenciais, e dos milhares de refugiados que fogem da repressão Talibã e das "bombas humanitárias", sendo vitimados pelo cansaço, pela fome e pela ausência de programas de ajuda alimentar baseados na implementação de corredores humanitários, e de redes de distribuição de alimentos, a operação Liberdade Duradoura abrange o apoio financeiro, logístico e militar à Aliança do Norte. Esta, segundo Robert Fisk constitui uma "...confederação de senhores da guerra, patriotas, violadores e torciários que controla uma parte do Afeganistão...", cujos líderes no passado foram responsáveis pelo assassinato de milhares de pessoas, por casamentos forçados e pela violação de mulheres.
Os E.U.A e o Reino Unido conhecem o verdadeiro carácter dos seus novos peões de guerra, defendendo um processo político para o Afeganistão pós-Talibã assente na convocação da Loya Girga, uma assembleia que reuna representantes das várias etnias que habitam o país. Contudo, é necessário ter em conta dois factos essenciais: em primeiro lugar, esta proposta não é nova, tendo os E.U.A sugerido exactamente o mesmo após a derrota da União Soviética pelos mujahidines; em segundo lugar, a Aliança do Norte já reconheceu publicamente que deseja ser o centro político do novo Afeganistão. Assim, é importante questionarmo-nos sobre a possibilidade do apoio norte-americano, russo e britânico poder gerar novos Bin Ladens.
Na verdade, a intervenção militar chefiada pelos E.U.A reflecte outros interesses que a mera captura de Bin Laden e o derrube do governo Talibã. Como atrás referi, o Afeganistão apresenta uma localização geográfica que lhe propícia ser a passagem de um eventual oleoduto que ligaria o Cazaquistão e o Turcomenistão, ao Paquistão, possibilitando assim a não passagem pelo Irão, com o qual os E.U.A não têm as melhores relações diplomáticas. Neste momento o único impedimento à implementação deste projecto é a intransigência dos Talibã, sendo necessária a promoção de um novo governo que assegure um clima de estabilidade ( e que para tal utilize todos os meios necessários ) propício ao desenvolvimento das actividades das grandes empresas petrolíferas.
Do ponto de vista da política interna dos Estados ocidentais, a nova guerra ( supostamente ) contra o terrorismo tem sido a argumento para a aprovação de novas legislações que traduzem o aumento do poder dos governos, sendo postos em causa direitos, liberdades e garantias individuais em risco de deixarem de ser os corolários fundamentais dos regimes democráticos. Nos E.U.A, a Administração Bush conseguiu ver aprovada a sua lei contra o terrorismo que concede às autoridades federais novos poderes para realizarem, à escala nacional, escutas telefónicas, investigação de correios electrónicos e registos nas residências de pessoas suspeitas de actividades terroristas. Na Europa desenvolve-se um processo análogo, pretendendo a Comissão incluir na sua proposta de legislação "anti-terrorista" a definição ampla de terrorismo defendida pelo Reino Unido. Esta considera que todo o indivíduo, cuja acção visa "...influenciar o governo ou intimidar todo ou parte do público...com o objectivo de promover uma causa política, religiosa ou ideológica." é um suspeito de actividades terroristas. Nas palavras de Emir Sader, a nova definição proposta pela Comissão "...marca a transição de uma visão liberal para uma de carácter mais autoritário.".
Finalmente, é necessário referir que a intervenção militar no Afeganistão perpetuada pelos E.U.A e Reino Unido surge num contexto de crise do capitalismo global provocada pela suplantação da oferta de capitais e mercadorias sobre a procura destes. Segundo Immanuel Wallerstein "A economia mundo capitalista desenvolve-se com tanto sucesso que está a destruir-se, e por isso defrontamo-nos com uma bifurcação histórica que aponta para a desintegração deste sistema mundo, sem que nos seja oferecida garantida alguma melhoria da nossa existência social".
Face a esta situação, a receita clássica da guerra para injectar fundos numa economia em crise é mais uma vez posta em prática. Apesar dos acontecimentos de 11 de Setembro terem demonstrado que a existência de um terrorismo que se infiltra e alimenta-se nas sociedades ocidentais, a Câmara dos Representantes e o Senado norte-americanos aprovaram imediatamente o Sistema de Defesa Anti-míssil. A ideia de criação do NMD, constituído por uma rede protectora de satélites e radares sobre o território norte-americano, e a instalação de mísseis e radares a bordo de navios e bases, para a protecção dos E.U.A e dos seus aliados não constitui uma novidade.
A Administração Reagan foi responsável pelo empreendimento de um projecto bastante similar que ficou conhecido como "Guerra das Estrelas", segundo Noam Chomsky "...vendido á opinião pública como um projecto de «defesa», e á comunidade empresarial como subsídio público á tecnologia de ponta.". Embora o NMD constitua, alegadamente, um meio de protecção dos ataques dos "Estados párias" , o certo é que vai implicar o financiamento de projectos de investigação tecnológica, cujos frutos poderão, eventualmente, ser aplicados na área civil, contribuindo para o crescimento económico do país ( a Internet, por exemplo, foi pela primeira vez aplicada no sistema militar). Os subsídios públicos que, neste contexto, poderiam ser utilizados para apoiar as famílias e os milhares de orfãos vítimas dos atentados terroristas de 11 de Setembro são assim canalizados para sectores avançados da indústria.
Perante este panorama, importa-nos reflectir sobre o mundo que desejamos, e os meios que deverão ser utilizados para atingir tal fim. A verdadeira luta contra o terror passa não só pelo julgamento de Bin Laden, pela eliminação da Al Qaeda, e pelo derrube dos Talibã, mas também pela destruição de todos os regimes opressivos do planeta, sejam eles políticos, económicos ou religiosos. Torna-se necessária a emergência de uma forma de pensamento e acção a longo-prazo que incida sobre as causas, e não combata cegamente e com interesses terceiros as consequências.
A procura da paz mundial passa inevitavelmente pela consagração de novos princípios basilares assentes não apenas na liberdade, mas também na igualdade e solidariedade, e nunca no lucro e no mercado, responsáveis pela expansão de um capitalismo cada vez mais intolerável que se recusa a globalizar a riqueza (quem serão os verdadeiros "anti-globalistas"? ), globalizando em vez disso as guerras, a miséria do trabalho precário e sem direitos, e a destruição ambiental, colocando assim em risco as condições de sobrevivência das gerações futuras.


fontehttp://pt.indymedia.org/ler.php?numero=2800&cidade=1

um abraço!

2007-03-04 21:50:25 · answer #1 · answered by Gregorio 7 · 0 0

Este site explica bem! É uma apresentação!

http://www.pentagonstrike.co.uk/pentagon_bp.htm#Main

2007-03-05 07:59:09 · answer #2 · answered by Nfm 2 · 1 0

Na minha opinião, os ataques às torres do WTC foram planejados pelo próprio Governo sórdido e corrupto dos EUA. Já provaram que são capazes de tudo! Encontraram um bode expiatório, que foi Bin Laden e a Al Qaeda. Acontece que não acho que a verdadeira razão tenha sido o petróleo. A verdadeira razão é que os EUA sempre foram aliados de ISRAEL. Israel tem toda a proteção, atenção e colaboração financeira dos Estados Unidos, que os defende incondicionalmente. Desde mto tempo que Israel tem o sonho de dominar toda aquela região do Oriente Médio. Bush fará isso. Depois se retirará de lá deixando tudo nas mãos do xerife Israel que dominará e controlará a região com pulso de ferro, é o que acho.

2007-03-05 05:57:45 · answer #3 · answered by Anonymous · 1 0

Especulações e teorias da conspiração

A partir das fatídicas colisões contra as estruturas que formam a alma dos americanos, tem havido muita especulação sobre seu planejamento na derrubada desses ícones, em especial relacionadas com a possibilidade de haver mais seqüestradores que iriam executar o ataque surpresa. Atrás dessa procura desesperada por informações, formou-se uma comissão para organizar as inúmeras hipóteses, no entanto até agora a comissão do 11 de Setembro não conseguiu explicar de forma racional e coerente os inúmeros fenômenos que rondam esses eventos e mesmo sabendo que existe muita informação disponível da internet, apoiada por milhares de peritos, que põe em litígio as versões oficiais do 11 de Setembro, apresentando para isso as mais variadas provas cientificas até agora nada de novo foi acrescentado, demonstrando que os políticos norte-americanos não são interessados em fazer justiça ou evitar outros ataques e sim explorar os eventos para alimentar a sua ambição política. Um dos problemas por explicar continua a ser o buraco feito no Pentágono pelo Boeing, pois esse mesmo buraco é completamente redondo e não constam no seu perimetro a existência das asas do avião, entretando várias testemunhas afiançam que se deram 2 explosões e nessa altura não viram o embate de nenhum avião. O quarto avião seqüestrado foi intencionalmente derrubado em um campo próximo a Shanksville, Pensilvânia, após os passageiros enfrentarem os terroristas segundo as fontes oficiais, a curiosidade é que não foi encontrado nenhum corpo ou partes deles segundo o médico legista que lá se deslocou - "Apenas observei um monte de metal calcinado como se tivesse sido jogado do ar no local e policiais de um lado para o outro, mas nem um corpo...".

2007-03-06 18:13:29 · answer #4 · answered by Anonymous · 0 0

O ódio . Bush e Osama bin Laden ainda vão ceifar muitas vidas.

2007-03-05 05:57:52 · answer #5 · answered by STAN 7 · 0 0

Este Baldio, que parece ser um nosso irmão português (pelo "sotaque") deu uma ótima contribuição. Falou tudo.

2007-03-05 05:55:05 · answer #6 · answered by Anonymous · 0 0

.
Os americanos queriam o petróleo.
Derrubaram as torres e colocaram a culpa no Bin...

Não há melhor motivo para invadirem o território dele...
É lá que está o petróleo...



Um abraço.

2007-03-05 05:47:43 · answer #7 · answered by Roberto Moura 7 · 0 0

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