Poesia épica
“ A Ilíada e a Odisséia, (Inserir link para Ilíada e Odisséia) epopéias escritas em versos épicos e atribuídas ao legendário Homero, são as duas mais antigas obras literárias que conhecemos. Compostas provavelmente durante o século VIII a.C., nada têm de primitivo e representam a culminância de séculos de poesia oral. Composições desse tipo, em versos, foram criadas antes da invenção da escrita e conservadas graças à memória de incontáveis gerações de poetas-cantores, os aedos. É bom esclarecer que a poesia grega não era o que atualmente chamamos de "poesia". Não havia rimas, e sim uma estruturação do verso em sílabas longas e breves, de tal modo que a declamação adquiria uma musicalidade muito própria à língua grega.E os versos eram sempre acompanhados de música, pois para os gregos a poesia e a música andavam sempre juntas...”
Fonte: http://warj.med.br/ini/ini07.asp
Poesia Lírica
A Poesia lírica canta sentimentos: o amor, a saudade, a despedida, a impossibilidade de correspondência amorosa, o desespero da distância, o apelo às coisas simples da natureza, a beleza, a contemplação, ente outros. O belo mito grego de Orfeu e Eurídice (link para O mito de Orfeu e Eurídice) nos ajuda a entender o espírito lírico da poesia. Depois de conhecer esta história fica fácil entender porque se escolheu esse nome ( Lírico: [Do gr. lyrikós, pelo lat. lyricu.] Adj. 1. Relativo a lira; 2. Diz-se do gênero de poesia em que o poeta canta as suas emoções e sentimentos íntimos; 3. Que tem ou revela lirismo;4. Fig. Sentimental; sonhador; apaixonado) .
- Podemos cantar sentimentos através de canções para amigos e de amor como fizeram os primeiros trovadores lá na Idade Média com suas cantigas trovadorescas:
- Ai flores, ai flores do verde pino,
Se sabedes novas do meu amigo?
Ai, Deus, e u é?
Ai flores, ai flores do verde ramo,
Se sabedes novas do meu amado?
Ai, Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amigo, Aquel que mentiu do que pôs comigo?
Ai, Deus, e u é?
- Ou ainda as dores de amor que sempre estiveram presente na vida do homem:
"Amor é fogo que arde sem se ver"
(Camões)
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Ou as idéias de liberdade que sempre impulsionaram o homem como por exemplo O Romanceiro da Inconfidência da poeta brasileira Cecília Meireles:
“Após dez anos de pesquisa, é publicado o livro Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles. Esse livro apresenta um tema histórico e nacionalista que remete à Inconfidência Mineira.
“...Eu digo - por ter ouvido -
que os filhos do Reino, em breve,
cativos aqui serão.
Tenha ou não tenha sentido,
quem a dizê-lo se atreve
merece averiguação. A minha denúncia é breve,
pois nem sei se houve delito,
nem se era conspiração.
Mas, se ninguém os escreve,
aqui deixo, por escrito,
os nomes que adiante vão. Haja ou não haja delito,
esses nomes assinalo,
e escrevo esta relação.
O que outros dizem, repito.
E apenas meu nome calo,
por ser o mais fiel vassalo,
acima de suspeição.”
(trecho de Romance XLI ou Dos Delatores – Cecília Meireles)
2007-03-04 07:22:15
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answer #1
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answered by José F 4
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