resposta
resumo sobre Revolucao de Avis=Nos fins do século XIV uma transformação muito importante aconteceu em Portugal: a morte do rei D. Fernando em 1383, deu origem a uma crise política que, envolvendo os vários grupos sociais, veio a levar ao poder uma nova família real e a iniciar uma orientação diferente na vida dos portugueses.
D. Fernando tinha uma única filha, D. Beatriz, que, apenas com doze anos de idade, casara com o rei de Castela, pondo-se assim termo a uma série de guerras em que D. Fernando se envolvera com aquele reino.
Essas guerras tinham agravado os problemas do país, provocando o descontentamento popular: gastou-se muito dinheiro com a guerra, muitos homens morreram, a falta de mão-de-obra agravou-se, os produtos alimentares subiram de preço.
D. Fernando morreu alguns meses depois deste casamento. Nem D. Beatriz tinha filhos, nem, entretanto, nascera nenhum outro sucessor legítimo do rei.
A viúva de D. Fernando - D. Leonor Teles - nunca fora bem vista pelo povo. De fato, quando o rei se apaixonara por ela, D. Leonor já era casada, e foi necessário obter, por influência de D. Fernando junto ao Papa, a anulação de seu primeiro casamento. Por outro lado, por causa de Leonor Teles, D. Fernando desistiu de outros casamentos que teriam sido, politicamente, mais úteis ao país.
A agravar tudo isto, depois de ser rainha, D. Leonor vingou-se duramente de todos os que tinham desaprovado o seu casamento, levando o rei a condenar a morte ou tormentos muitos deles, especialmente os homens dos ofícios da cidade de Lisboa que tinham declarado abertamente a sua discordância.
O povo não gostava, pois, da viúva de D. Fernando. No entanto, pelo contrato de casamento, cabia-lhe governar o reino como regente até que um filho de D. Beatriz completasse 14 anos.
Assim, D. Leonor Teles, a regente, depois de não ter comparecido ao funeral de D. Fernando - o que agravou o descontentamento popular - mandou aclamar rainha D. Beatriz.
Naquele tempo, a aclamação de um novo soberano era feita através de "pregões" lidos por emissários da Corte nas principais vilas e cidades do Reino.
Em lisboa, Santarém, Elvas e outros lugares, a leitura dos pregões desencadeou revoltas populares: as populações dessas localidades injuriavam os pregoeiros e recusavam-se a aceitar a aclamação de uma rainha que era mulher de um rei estrangeiro (Castela), o que poderia dar origem à união dos dois países e em consequência a perda de independência de Portugal.
Entretanto, o descontentamento com a regência de Leonor Teles e a grande influência que junto dela tinha o Conde de Ourém - João Fernandes Andeiro - levaram a que fosse planejado o assassinato deste, prevendo-se desde logo o apoio do povo de Lisboa. D. João, Mestre de Avis ficou encarregado de matar o "Andeiro"; à mesma hora Álvaro Pais, antigo funcionário de D. Fernando, chamaria o povo ao palácio para proteger o Mestre de Avis.Realizado o plano e morto o "Andeiro", o povo de Lisboa pediu a D. João que aceitasse ser o "Regedor e Defensor do Reino", ficando a seu cargo a direção da luta contra D. Beatriz e o rei de Castela.
Leonor Teles refugia-se em Alenquer e pede auxílio ao seu genro, D. João de Castela. Este, aproveitando-se da situação, avançou com seus exércitos sobre Santarém, retirou a regência de Leonor Teles e , intitulando-se "Rei de Portugal", dirigiu-se para Lisboa, cercando a cidade.Este abuso do rei castelhano fez com que muitos burgueses, até aí hesitantes, aderissem á causa do Mestre de Avis, juntando-se ao povo que o apoiava. Pelo contrário, a maior parte do clero e da nobreza respeitavam a legalidade da sucessão e apoiavam D. Beatriz.
Entretanto, um pequeno exército português, chefiado por D. Nuno Álvares Pereira - um dos nobres que tomara o partido do Mestre de Avis - vence os castelhanos no lugar de Atoleiros, no Alentejo.Em Lisboa, o cerco prolongou-se por vários meses. Os lisboetas resistiram no meio das maiores privações e dificuldades. O aparecimento da peste nas tropas castelhanas obrigou o rei de Castela a levantar o cerco e retirar.
Os partidários do Mestre de Avis e da independência de Portugal começavam a ter uma maior certeza da vitória.
Foram convocadas Cortes em Coimbra em março de 1385 e o Mestre de Avis foi aclamado rei de Portugal.Os castelhanos reagiram a esta decisão, como era de se esperar, invadindo novamente Portugal. Mas os portugueses saíram ao seu encontro e travou-se em Aljubarrota, em agosto de 1385, uma batalha decisiva: usando a tática do quadrado e aproveitando as vantagens da colocação no terreno(os inimigos estavam de frente para o sol), as tropas portuguesas, chefiadas pelo próprio rei D. João I e por D. Nuno Álvares Pereira, conseguiram a vitória, pondo o exército inimigo em fuga.A paz definitiva com Castela só veio a ser assinada alguns anos depois, em 1411.
Para assinalar o acontecimento, D. João I mandou iniciar, no local, a construção do mosteiro de Santa Maria da Vitória, conhecido por mosteiro da Batalha.
2007-03-05 00:08:11
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answer #1
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answered by Anonymous
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porque vc nao cria coragem e vai pesquisar
2014-05-19 14:39:43
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answer #2
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answered by simone 1
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Revolução de Avis
Nos fins do século XIV uma transformação muito importante aconteceu em Portugal: a morte do rei D. Fernando em 1383, deu origem a uma crise política que, envolvendo os vários grupos sociais, veio a levar ao poder uma nova família real e a iniciar uma orientação diferente na vida dos portugueses.
D. Fernando tinha uma única filha, D. Beatriz, que, apenas com doze anos de idade, casara com o rei de Castela, pondo-se assim termo a uma série de guerras em que D. Fernando se envolvera com aquele reino.
Essas guerras tinham agravado os problemas do país, provocando o descontentamento popular: gastou-se muito dinheiro com a guerra, muitos homens morreram, a falta de mão-de-obra agravou-se, os produtos alimentares subiram de preço.
D. Fernando morreu alguns meses depois deste casamento. Nem D. Beatriz tinha filhos, nem, entretanto, nascera nenhum outro sucessor legítimo do rei.
A viúva de D. Fernando - D. Leonor Teles - nunca fora bem vista pelo povo. De fato, quando o rei se apaixonara por ela, D. Leonor já era casada, e foi necessário obter, por influência de D. Fernando junto ao Papa, a anulação de seu primeiro casamento. Por outro lado, por causa de Leonor Teles, D. Fernando desistiu de outros casamentos que teriam sido, politicamente, mais úteis ao país.
A agravar tudo isto, depois de ser rainha, D. Leonor vingou-se duramente de todos os que tinham desaprovado o seu casamento, levando o rei a condenar a morte ou tormentos muitos deles, especialmente os homens dos ofícios da cidade de Lisboa que tinham declarado abertamente a sua discordância.
O povo não gostava, pois, da viúva de D. Fernando. No entanto, pelo contrato de casamento, cabia-lhe governar o reino como regente até que um filho de D. Beatriz completasse 14 anos.
Assim, D. Leonor Teles, a regente, depois de não ter comparecido ao funeral de D. Fernando - o que agravou o descontentamento popular - mandou aclamar rainha D. Beatriz.
Naquele tempo, a aclamação de um novo soberano era feita através de "pregões" lidos por emissários da Corte nas principais vilas e cidades do Reino.
Em lisboa, Santarém, Elvas e outros lugares, a leitura dos pregões desencadeou revoltas populares: as populações dessas localidades injuriavam os pregoeiros e recusavam-se a aceitar a aclamação de uma rainha que era mulher de um rei estrangeiro (Castela), o que poderia dar origem à união dos dois países e em consequência a perda de independência de Portugal.
Entretanto, o descontentamento com a regência de Leonor Teles e a grande influência que junto dela tinha o Conde de Ourém - João Fernandes Andeiro - levaram a que fosse planejado o assassinato deste, prevendo-se desde logo o apoio do povo de Lisboa. D. João, Mestre de Avis ficou encarregado de matar o "Andeiro"; à mesma hora Álvaro Pais, antigo funcionário de D. Fernando, chamaria o povo ao palácio para proteger o Mestre de Avis.
Realizado o plano e morto o "Andeiro", o povo de Lisboa pediu a D. João que aceitasse ser o "Regedor e Defensor do Reino", ficando a seu cargo a direção da luta contra D. Beatriz e o rei de Castela.
Leonor Teles refugia-se em Alenquer e pede auxílio ao seu genro, D. João de Castela. Este, aproveitando-se da situação, avançou com seus exércitos sobre Santarém, retirou a regência de Leonor Teles e , intitulando-se "Rei de Portugal", dirigiu-se para Lisboa, cercando a cidade.
Este abuso do rei castelhano fez com que muitos burgueses, até aí hesitantes, aderissem á causa do Mestre de Avis, juntando-se ao povo que o apoiava. Pelo contrário, a maior parte do clero e da nobreza respeitavam a legalidade da sucessão e apoiavam D. Beatriz.
Entretanto, um pequeno exército português, chefiado por D. Nuno Álvares Pereira - um dos nobres que tomara o partido do Mestre de Avis - vence os castelhanos no lugar de Atoleiros, no Alentejo.
Em Lisboa, o cerco prolongou-se por vários meses. Os lisboetas resistiram no meio das maiores privações e dificuldades. O aparecimento da peste nas tropas castelhanas obrigou o rei de Castela a levantar o cerco e retirar.
Os partidários do Mestre de Avis e da independência de Portugal começavam a ter uma maior certeza da vitória.
Foram convocadas Cortes em Coimbra em março de 1385 e o Mestre de Avis foi aclamado rei de Portugal.
Os castelhanos reagiram a esta decisão, como era de se esperar, invadindo novamente Portugal. Mas os portugueses saíram ao seu encontro e travou-se em Aljubarrota, em agosto de 1385, uma batalha decisiva: usando a tática do quadrado e aproveitando as vantagens da colocação no terreno(os inimigos estavam de frente para o sol), as tropas portuguesas, chefiadas pelo próprio rei D. João I e por D. Nuno Álvares Pereira, conseguiram a vitória, pondo o exército inimigo em fuga.
A paz definitiva com Castela só veio a ser assinada alguns anos depois, em 1411.
Para assinalar o acontecimento, D. João I mandou iniciar, no local, a construção do mosteiro de Santa Maria da Vitória, conhecido por mosteiro da Batalha.
V
2007-03-04 12:21:26
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answer #3
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answered by Anonymous
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A Dinastia de Avis (ou Joanina) ou Segunda dinastia foi uma dinastia de Reis de Portugal, que reinou no paÃs entre 1385 e 1580. Inicia-se depois da derrota de Castela na batalha de Aljubarrota em 14 de Agosto de 1385 e do fim da crise de 1383-1385, quando o Mestre da Ordem de Avis, D. João, filho natural de el-rei D. Pedro I foi aclamado rei nas Cortes de Coimbra. A dinastia de Avis termina depois da morte de D. Sebastião na batalha de Alcácer-Quibir (24 de Agosto de 1578) e da morte sem descendência faz sucessor, o seu tio D. Henrique. Segue-se a união pessoal entre Portugal e os demais reinos de Filipe II e a Dinastia Filipina.
[editar] Reis da dinastia de Avis
João I de Portugal (r. 1385 - 1433, depois do Interregno)
Duarte I de Portugal (r. 1433 - 1438)
Afonso V de Portugal (r. 1438 - 1481)
João II de Portugal (r. 1481 - 1495)
Manuel I de Portugal (r. 1495 - 1521)
João III de Portugal (r. 1521 - 1557)
Sebastião I de Portugal (r. 1557 - 1578)
Henrique I de Portugal (r. 1578 - 1580)
António I de Portugal (r. 1580)
[editar] Outros membros
Isabel de Portugal, duquesa da Borgonha, consorte de Filipe II, Duque da Borgonha
Henrique, Duque de Viseu
Pedro, Duque de Coimbra
Fernando, o Infante Santo
Santa Joana Princesa
Fernando de Portugal,Duque de Viseu, pai do rei Manuel I
Isabel de Portugal, imperatriz da Alemanha
Precedido por
Dinastia de Borgonha, ou Afonsina 2ª Dinastia da Monarquia Portuguesa
1385 — 1580 Sucedido por
(crise dinástica)
Dinastia Filipina
O acontecimento que marca o inÃcio das transformações da mentalidade do homem medieval, em Portugal, foi, principalmente, a Revolução popular de 1383. Essa revolução foi deflagrada a partir da morte de D. Fernando, que por conseguinte, levou sua esposa, D. Leonor Teles, espanhola de nascimento, a assumir o governo de Portugal. Essa, mancomunada com seu patrÃcio, o Conde de Andeiro, pretendia anexar Portugal ao trono espanhol. Descoberta a manobra de D. Leonor, o povo rebela-se, sob o comando do Mestre de Avis, filho bastardo de D. Pedro I (de Portugal). A luta pelo trono português, a qual ficou conhecida como Revolução de Avis, durou dois anos.
Terminada a Revolução, o Conde de Andeiro é assassinado, o povo toma o trono e elege o herdeiro natural, o Mestre de Avis, o novo rei de Portugal. Ele torna-se então D. João I, dando inicio à dinastia de Avis.
Essa dinastia marca uma das mais importantes etapas da história de Portugal. Pois, compreende o inÃcio da renovação cultural portuguesa. D. João I era tido como um rei culto, determinado e empreendedor. Entre outras coisas, escreveu o livro Montaria. Suas idéias foram tão importantes que tiveram continuação no reinado de seu filho D. Duarte. No entanto, o governo de D. João I, não foi apenas vitorioso no campo cultural. Ao aliar-se aos burgueses, detentores do poder econômico da época, ele proporcionou a expansão ultramarina de Portugal.
A partir da Tomada de Conta (1415), os navegantes portugueses chegaram à Ãfrica, à Ãsia e à América. Essa nova realidade mercantil provocou uma crise no sistema feudal e no pensamento mÃstico-religioso que dominavam a época. O Teocentrismo, pouco a pouco, cedeu espaço ao Antropocentrismo. Essa nova visão refletiu-se nas grandes obras do perÃodo, que passaram a ter como centro de interesse o próprio homem.
2007-03-04 19:44:28
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answer #4
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answered by Millena :D 3
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