*Preconceito linguístico é quando alguém critica o outro pela sua expressão verbal ou mesmo escrita...
Olhe que no YR é um espaço aberto e enriquecedor de preconceito linguístico... nem necessita de procurar por estrangeiros que falem ou escrevam brasileiro ............
2007-03-10 02:03:03
·
answer #1
·
answered by Anonymous
·
2⤊
0⤋
O Preconceito Lingüístico
A idéia de Brasil como país monolingüe ainda é extremamente veiculada, seja pela escola, seja pelas instituições sociais, políticas ou religiosas, seja pela mídia. A aceitação de um Brasil monolingüe gera um grave problema, “pois na medida em que não se reconhecem os problemas de comunicação entre falantes de diferentes variedades da língua, nada se faz também para resolvê-los” (Bortoni-Ricardo, 1984, p. 9). Paradoxalmente, com tantas referências aos povos indígenas na imprensa devido à comemoração dos “500 anos de Brasil”, ainda nos esquecemos das línguas indígenas. Também não levamos em conta as variantes do português em contato com idiomas estrangeiros nas colônias de imigrantes. Por fim, não são consideradas todas as variantes lingüísticas do português, sejam regionais ou sociais. Ainda dá status falar “corretamente”, na idéia ingênua de que a língua dita culta é uma ponte para a ascensão social. Quem não domina a variante padrão é marginalizado/a e ridicularizado/a: na hora de preencher uma vaga profissional, num concurso vestibular, numa situação de conferência, na escola. Essa variante padrão, no entanto, é reservada a uma ínfima parte da população brasileira (a mesma que detém o poder econômico e político). Não é difícil perceber que o modo de falar “correto” é aquele dessa elite e que o modo “errado” é vinculado a grupos de desprestígio social. Conforme Marcos Bagno (1999), há no Brasil uma “mitologia” do preconceito lingüístico, que prejudica toda a nossa educação e nossa formação enquanto cidadãos para além de um termo teórico. Bagno enumero oito mitos que, no conjunto, servem para solidificar e transmitir a visão (essa sim, errada) de que o Brasil apresenta uma unidade lingüística e que são os/as brasileiros/as que não sabem falar português corretamente (portanto, não há dialetos, variantes, mas sim deformações do português).
Do ponto de vista científico, tais afirmações chegam a ser ridículas e só conseguimos defendê-las a partir de argumentos como: “é certo falar/escrever assim porque assim ensina a Gramática”, “é correto isso porque em Portugal se faz dessa maneira”, “essa forma é feia, não soa bem, não é de bom tom”. A eleição de uma variedade “culta”, padrão tem a ver com causas políticas e históricas, não lingüísticas strictu sensu. Ao estudar com seriedade e sem preconceitos a língua, o que percebemos é que todas as variantes são “corretas”, que todos sabem gramática e que há regularidades no que se convencionou chamar de “erro” gramatical.
Outro equívoco que contribui para a disseminação do preconceito lingüístico é restringir à gramática o ensino da língua. Cada vez mais acredita-se que o domínio da gramática normativa garante leitores/escritores críticos e ativos. Essa falsa noção é largamente difundida, tanto na escola, como em inúmeros manuais “inovadores”, colunas de jornais e programas de rádio e televisão. Não é preciso muita investigação científica para desmistificar tal noção. Ao descrever seu objeto de estudo, os gramáticos têm a falsa idéia de que o compreenderam. Exclui-se, dessa forma, todas as variáveis que interpelam a linguagem e a constituem (fatores biológicos, sociais, históricos, políticos, culturais, afetivos etc.).
O preconceito lingüístico acaba sendo mais uma arma daqueles que mantêm o poder em suas mãos. A marginalização lingüística restringe o acesso a documentos vitais ao cidadão, como a constituição e os contratos. A cidadã ou o cidadão que não domina a variedade padrão está privado de seus direitos (será que podemos, então, considerá-la/o como cidadã/o?).
Abraços
2007-03-02 10:56:10
·
answer #2
·
answered by Anonymous
·
3⤊
0⤋
O preconceito lingüístico é o mesmo que existe em relação à raça ( distinção ou discriminação ), religião ou sexo.
Têm preconceito as pessoas que rejeitam as diferenças de pronúncia e julgam-nas erradas, assim como o fato das pessoas se equivocarem quanto à concordãncia.
As pessoas acreditam que só se comunica quem fala e escreve corretamente de acordo com as regras garamaticais. TODOS se comunicam indistintamente. Do contrário não conseguiríamos sair do Sul e conversar no Nordeste. Claro que há diferenças, mas é uma questão de aquisição de vocabulário e de interesse do falante.
Pior mesmo é acreditar e querer impor que há uma ( 1 ) única língua num país enorme e tão diversificado. Isso não acontece só no Brasil. O idioma é um só: português. Mas a língua como meio de expressão é imensa, diversificada e não é empecilho para que alguém possa expressar desejos, sentimentos, conhecimento, cultura.
beijinhos.
2007-03-02 11:23:35
·
answer #3
·
answered by Belinha 7
·
2⤊
0⤋
e a discriminação em relação a dialetos regionais que não deveria ocorrer por ser verdadeiras jóias culturais pessoas que praticam esta indiferença desconhecem o verdadeiro sem tido da cultura
2007-03-02 11:12:01
·
answer #4
·
answered by pr_gouveia 4
·
2⤊
0⤋
.
Deve ser o que sinto, quando vejo um(a) argentino(a) falando...
Tenho um pavor medonho... Aquela boca mole ao falar... (arghhh)...
Um abraço.
2007-03-02 10:55:21
·
answer #5
·
answered by Roberto Moura 7
·
2⤊
0⤋
O preconceito lingüístico acaba sendo mais uma arma daqueles que mantêm o poder em suas mãos. A marginalização lingüística restringe o acesso a documentos vitais ao cidadão, como a constituição e os contratos. A cidadã ou o cidadão que não domina a variedade padrão está privado de seus direitos (será que podemos, então, considerá-la/o como cidadã/o?).
2007-03-02 12:43:34
·
answer #6
·
answered by chya 2
·
1⤊
0⤋
Pessoas que nao gostam de outras linguas(idiomas)
2007-03-02 11:06:14
·
answer #7
·
answered by Anonymous
·
0⤊
1⤋
não aceitar o dialeto de outra região,ou por ser carregado ou meio pobre gramaticalmente.
2007-03-02 11:05:34
·
answer #8
·
answered by erica g 2
·
0⤊
1⤋
O preconceito lingüístico é uma forma de preconceito a determinadas variedades lingüísticas. Para a lingüística, os chamados erros gramaticais não existem nas línguas naturais, salvo por patologias de ordem cognitiva. Ainda segundo esses lingüistas, a noção de correto imposta pelo ensino tradicional da gramática normativa originam um preconceito contra as variedades não-padrão.
2007-03-02 10:56:28
·
answer #9
·
answered by Anonymous
·
0⤊
1⤋
é a regra que define uma língua
2007-03-09 07:55:28
·
answer #10
·
answered by xama41 2
·
0⤊
1⤋