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2007-03-02 04:17:18 · 17 respostas · perguntado por Gustavo D 1 em Artes e Humanidades Livros e Autores

17 respostas

Cordel, cordões, de material orgânico usadas e fabricadas em quase todo Brasil

Literatura de Cordel, versos narrando o cotidiano, principalmente no Nordeste. Dado esse nome por terem sido feitos em cadernos e pendurados nas cordas - cordel.
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"A literatura de cordel é um tipo de poesia popular, originalmente oral, e depois impressa em folhetos rústicos expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome. São escritos em forma rimada e alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, o mesmo estilo de gravura usado nas capas. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola.


A história da literatura de cordel começa com o romanceiro luso-espanhol da Idade Média e do Renascimento. O nome cordel está ligado à forma de comercialização desses folhetos em Portugal, onde são pendurados em cordões, lá chamados de cordéis. Inicialmente, eles também contém peças de teatro, como as de autoria de Gil Vicente (1465-1536). São os portugueses que trazem o cordel para o Brasil, na segunda metade do século XIX. Hoje muitos folhetos ficam expostos horizontalmente em balcões ou tabuleiros. Embora seja pouco freqüente, também há criações de cordel em prosa. Esse tipo de literatura popular existe também na Sicilia (Itália), na Espanha, no México e em Portugal. Na Espanha é chamada de pliego de cordel ou pliegos sueltos (folhas soltas).

Os temas incluem fatos do cotidiano, episódios históricos, lendas e temas religiosos. As façanhas do cangaceiro Lampião (Virgulino Ferreira da Silva, 1900-1938) e o suicídio do presidente Getúlio Vargas (1883-1954) são alguns dos assuntos de cordéis de maior tiragem. É comum os autores criarem seus versos improvisadamente diante de um acontecimento ou uma pessoa que queiram homenagear. As formas variaram pouco ao longo do tempo.

No Brasil, a literatura de cordel é produção típica do Nordeste, sobretudo no estados de Pernambuco, da Paraíba e do Ceará. Costuma ser vendida em mercados e feiras pelos próprios autores. Em outros Estados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, é encontrada em feiras de produtos nordestinos. Nos grandes centros, já há impressões mais sofisticadas. Mas de modo geral a produção está em declínio."

2007-03-02 04:20:29 · answer #1 · answered by lu♪s ♫ 7 · 11 3

A literatura de cordel é assim chamada pela forma como são vendidos os folhetos, dependurados em barbantes (cordão), nas feiras, mercados, praças e bancas de jornal, principalmente das cidades do interior e nos subúrbios das grandes cidades. Essa denominação foi dada pelos intelectuais e é como aparece em alguns dicionários. O povo se refere à literatura de cordel apenas como folheto.
A tradição dessas publicações populares, geralmente em versos, vem da Europa. No século XVIII, já era comum entre os portugueses a expressão literatura de cego, por causa da lei promulgada por Dom João V, em 1789, permitindo à Irmandade dos Homens Cegos de Lisboa negociar com esse tipo de publicação.

Esse tipo de literatura não existe apenas no Brasil, mas, também, na Sicilia (Itália), na Espanha, no México e em Portugal. Na Espanha é chamada de pliego de cordel e pliegos sueltos (folhas soltas). Em todos esses locais há literatura popular em versos.

Segundo Luís da Câmara Cascudo, no livro Vaqueiros e cantadores (Porto Alegre: Globo, 1939. p.16) os folhetos foram introduzidos no Brasil pelo cantador Silvino Pirauá de Lima e depois pela dupla Leandro Gomes de Barros e Francisco das Chagas Batista. No início da publicação da literatura de cordel no País, muitos autores de folhetos eram também cantadores, que improvisavam versos, viajando pelas fazendas, vilarejos e cidades pequenas do sertão. Com a criação de imprensas particulares em casas e barracas de poetas, mudou o sistema de divulgação. O autor do folheto podia ficar num mesmo lugar a maior parte do tempo, porque suas obras eram vendidas por folheteiros ou revendedores empregados por ele.

O poeta popular é o representante do povo, o repórter dos acontecimentos da vida no Nordeste do Brasil. Não há limite na escolha dos temas para a criação de um folheto. Pode narrar os feitos de Lampião, as "prezepadas" de heróis como João Grilo ou Cancão de Fogo, uma história de amor, acontecimentos importantes de interesse público.

Segundo Ariano Suassuna, um estudioso do assunto, a literatura popular em versos do Nordeste brasileiro pode ser classificada nos seguintes ciclos: o heróico, o maravilhoso, o religioso ou moral, o satírico e o histórico.

Atualmente, a literatura de cordel não tem um bom mercado no Brasil, como acontecia na década de 50, quando foram impressos e vendidos dois milhões de folhetos sobre a morte de Getúlio Vargas, num total de 60 títulos.

Hoje, os folhetos podem ser encontrados em alguns mercados públicos, como o Mercado de São José, no Recife, em feiras, como a de Caruaru, e em sebos (venda de livros usados). Há uma coleção de folhetos de cordel disponível para consulta, no acervo da Biblioteca Central Blanche Knopf e no Museu do Homem do Nordeste, da Fundação Joaquim Nabuco.

Como nasceu a palavra cordel? Existem duas versões. A primeira, e essa está na enciclopédia Larousse Cultural, é que os livretos, ou folhetos, passaram a se chamar de cordel porque eram exibidos em feiras do Nordeste pendurados em uma cordinha. Alguns pesquisadores discordam. Afirmam que cordel é porque a lombada do folheto era costurada com linha, cordão.

A capa dos folhetos. No começo, muito longe no tempo, era a xilogravura – o desenho talhado na madeira. Hoje, o cordel anda metido a besta: entrou na era da informática.

Mas isso é o de menos no reino da informação. Vamos a outros fatos mais significativos. O relato, por exemplo, de um dos mais importantes estudiosos da literatura popular nordestina, o jornalista paraibano Assis ngelo, que comanda na Rádio Capital um dos programas de maior audiência do rádio paulista, o São Paulo, Capital Nordeste. A literatura popular em versos, segundo ele, desenvolveu-se no Brasil como em nenhuma parte do mundo. O folheto de cordel foi, durante décadas, praticamente o único veículo de informação com que contava o povo sertanejo. Era o jornalzinho da aldeia. Os poetas cantadores faziam chegar aos pontos mais distantes não apenas os romances, as fantasias, as histórias fantásticas. Mas também notícias. As valentias do cangaceiro Lampião, as decisões de governos, a biografia de políticos.

Mas nem tudo da literatura popular em versos do Nordeste está guardado nos livretos que completaram cem anos.

Viva o cordel! Folhetos que guardam tantos versos inesquecíveis, como os que agora homenageiam Lula da Silva. Mas gostaria de encerrar este texto mostrando ao leitor um pouco do que, infelizmente, o cordel não guardou. Fragmentos de versos que andam pelas ruas, sem registro impresso. Sem autor. A chamada literatura oral.

Versos como estes:
Saudade é um parafuso
que na rosca, quando cai,
só entra se for torcendo,
porque batendo não vai.
E se enferrujar por dentro,
Pode quebrar, mas não sai.

2007-03-02 05:14:17 · answer #2 · answered by Lilizinha 4 · 5 1

é um tipo de literatura nordestina.

2007-03-02 05:27:36 · answer #3 · answered by pedroalpqp 2 · 4 1

Cordel, literatura nordestina principalmente pernambucana. No passado o cordel tinha a finalidade de fazer rima com as mazelas sociais, fazia-se uma crítica da sociedade, ainda hoje a literatura de Cordel não perdeu sua essência porém vários outros temas já foram inseridos nestes. Fácil reconhecer um cordel, já viste aqueles versinhos que vai formando uma musiquinha em que todas as linhas vão rimando? Então isto é Cordel.

2007-03-02 04:55:09 · answer #4 · answered by Anonymous · 4 1

Trata-se de um gênero popular de poesia muito praticado no Brasil. Essa literatura, que tem o nome de cordel porque os folhetos ficavam pendurados em cordões nos locais de venda, veio de Portugal. Aqui, chegou junto com os colonos e encontrou um solo fértil. Tanto que até hoje é uma tradição forte e viva, principalmente no nordeste do país.

2007-03-02 04:24:28 · answer #5 · answered by Marko 6 · 4 1

É uma corda fina. Mas creio que você deva estar se referindo à "Literatura de Cordel", onde os poetas populares do norte-nordeste, publicavam seus livrinhos com histórias da região e penduravam em cordéis, nas vias públicas, para divulgação e venda.

2007-03-02 04:22:34 · answer #6 · answered by Euseidetudo 5 · 4 1

Só pra complementar, vcs sabiam que o Brasil tem o terceiro maior acervo de literatura de cordel do mundo ( em Londrina-Pr, não me recordo se na UEL ou na Biblioteca Pública) e que os outros dois países são a França e o Japão?
abraços
cleu

2007-03-02 06:47:20 · answer #7 · answered by coleuza 1 · 4 2

Forma metafórica de se referir a literatura que leva este nome.
Cordel, vem de cordão. Analogamente, é a literatura vendida em banquetas penduradas em cordões muito comuns nas feiras livres e centros de cidades nordestinas. Literatura de cordel.
Esta literatura, é a literatura do poeta matutino no sertão e do nordeste brasileiro.
Geralmente são versificadas em sua forma e tratam temas dos mais diversos que compõe o imaginanário do povo.
É muito divertida, sutil e inteligente.
Os gêneros são variados: épicos, clássicos, folclóricos, românticos, políticos, religiosos e outros.
Coisa que muito aprecio.
Recomendo; Juvenal e o Dragão; Pavão Misterioso; O homem da vaca e o poder da fortuna; Boi mandingueiro e cavalo misterioso; Encontro de Lampião com São Pedro; A chegada de Lampião ao inferno; Peleja de Cego Aderaldo com Zé Pretinho do Tucum; Viagem a São Saruê e tantos outros...Infância querida...

2007-03-02 04:37:48 · answer #8 · answered by Gryphus 4 · 3 1

Cordel é uma Literatura popular do Nordeste Brasileiro onde contam diversas histórias em rimas!!!
Aventuras;
Romances;
e etc...

2007-03-02 04:27:06 · answer #9 · answered by Verbo Transitivo Indireto 2 · 4 2

é um tipo de literatura popular, típica nordestina.
mais informações nos links

2007-03-02 04:25:52 · answer #10 · answered by soubrette 2 · 3 1

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