República Velha (1889 – 1930)
Os treze presidentes. Ao longo da República Velha, que é a denominação convencional para a história republicana que vai da proclamação (1889) até a ascensão de Getúlio Vargas em 1930, o Brasil conheceu uma seqüência de treze presidentes. O traço mais saliente dessa primeira fase republicana encontra-se no fato de que a polÃtica esteve inteiramente dominada pela oligarquia cafeeira, em cujo nome e interesse o poder foi exercido.
Desses treze presidentes, três foram vices que assumiram o poder: Floriano Peixoto, em virtude da renúncia de Deodoro da Fonseca; Nilo Peçanha, pela morte de Afonso Pena; e, finalmente, Delfim Moreira, pela morte de Rodrigues Alves, ocorrida logo após a sua reeleição
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TEM TAMBÃM:
HISTÃRIA DO BRASIL REPÃBLICA
República Velha, República da Espada, Presidência civil, PolÃtica dos governadores, Café-com-leite, Divisões, Aliança Liberal, coronelismo, Revolução de 30.
Introdução
O perÃodo que vai de 1889 a 1930 é conhecido como a República Velha. Este perÃodo da História do Brasil é marcado pelo domÃnio polÃtico das elites agrárias mineiras, paulistas e cariocas. O Brasil firmou-se como um paÃs exportador de café, e a indústria deu um significativo salto. Na área social, várias revoltas e problemas sociais aconteceram nos quatro cantos do território brasileiro.
A República da Espada ( 1889 a 1894 )
Em 15 de novembro de 1889, aconteceu a Proclamação da República, liderada pelo Marechal Deodoro da Fonseca. Nos cinco anos iniciais, o Brasil foi governado por militares. Deodoro da Fonseca, tornou-se Chefe do Governo Provisório. Em 1891, renunciou e quem assumiu foi o vice-presidente : Floriano Peixoto. O militar Floriano, em seu governo, intensificou a repressão aos que ainda davam apoio à monarquia.
A Constituição de 1891 ( Primeira Constituição Republicana )
Após o inÃcio da República havia a necessidade da elaboração de uma nova Constituição, pois a antiga ainda seguia os ideais da monarquia. A constituição de 1891, garantiu alguns avanços polÃticos, embora apresentasse algumas limitações, pois representava os interesses das elites agrárias do pais. A nova constituição implantou o voto universal para os cidadãos ( mulheres, analfabetos, militares de baixa patente ficavam de fora ). A constituição instituiu o presidencialismo e o voto aberto.
República das Oligarquias
O perÃodo que vai de 1894 a 1930 foi marcado pelo governo de presidentes civis, ligados ao setor agrário. Estes polÃticos saiam dos seguintes partidos: Partido Republicano Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro (PRM). Estes dois partidos controlavam as eleições, mantendo-se no poder de maneira alternada. Contavam com o apoio da elite agrária do paÃs.
Dominando o poder, estes presidentes implementaram polÃticas que beneficiaram o setor agrário do paÃs, principalmente, os fazendeiros de café do oeste paulista.
PolÃtica do Café-com-Leite
A maioria dos presidentes desta época eram polÃticos de Minas Gerais e São Paulo. Estes dois estados eram os mais ricos da nação e, por isso, dominavam o cenário polÃtico da república. SaÃdos das elites mineiras e paulistas, os presidentes acabavam favorecendo sempre o setor agrÃcola, principalmente do café (paulista) e do leite (mineiro). A polÃtica do café-com-leite sofreu duras crÃticas de empresários ligados à indústria, que estava em expansão neste perÃodo.
Se por um lado a polÃtica do café-com-leite privilegiou e favoreceu o crescimento da agricultura e da pecuária na região Sudeste, por outro, acabou provocando um abandono das outras regiões do paÃs. As regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste ganharam pouca atenção destes polÃticos e tiveram seus problemas sociais agravados.
PolÃtica dos Governadores
Montada no governo do presidente paulista Campos Salles, esta polÃtica visava manter no poder as oligarquias. Em suma, era uma troca de favores polÃticos entre governadores e presidente. O presidente apoiava os candidatos dos partidos governistas nos estados, enquanto estes polÃticos davam suporte a candidatura presidencial e também durante a época do governo.
O coronelismo
A figura do "coronel" era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava. Era usado o voto de cabresto, onde o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo de violência para que os eleitores de seu "curral eleitoral" votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votasse nos candidatos indicados. O coronel também utilizava outros "recursos" para conseguir seus objetivos polÃticos, tais como: compra de votos, votos fantasmas, troca de favores, fraudes eleitorais e violência.
O Convênio de Taubaté
Essa foi uma fórmula encontrada pelo governo republicano para beneficiar os cafeicultores em momentos de crise. Quando o preço do café abaixava muito, o governo federal comprava o excedente de café e estocava. Esperava-se a alta do preço do café e então os estoques eram liberados. Esta polÃtica mantinha o preço do café, principal produto de exportação, sempre em alta e garantia os lucros dos fazendeiros de café.
A crise da República Velha e o Golpe de 1930
Em 1930 ocorreriam eleições para presidência e, de acordo com a polÃtica do café-com-leite, era a vez de assumir um polÃtico mineiro do PRM. Porém, o Partido Republicano Paulista do presidente Washington LuÃs indicou um polÃtico paulista, Julio Prestes, a sucessão, rompendo com o café-com-leite. Descontente, o PRM junta-se com polÃticos da ParaÃba e do Rio Grande do Sul (forma-se a Aliança Liberal ) para lançar a presidência o gaúcho Getúlio Vargas.
Júlio Prestes sai vencedor nas eleições de abril de 1930, deixando descontes os polÃticos da Aliança Liberal, que alegam fraudes eleitorais. Liderados por Getúlio Vargas, polÃticos da Aliança Liberal e militares descontentes, provocam a Revolução de 1930. à o fim da República Velha e inÃcio da Era Vargas.
Galeria dos Presidente da República Velha : Marechal Deodoro da Fonseca (15/11/1889 a 23/11/1891), Marechal Floriano Peixoto (23/11/1891 a 15/11/1894), Prudente Moraes (15/11/1894 a 15/11/1898), Campos Salles (15/11/1898 a 15/11/1902) , Rodrigues Alves (15/11/1902 a 15/11/1906), Affonso Penna (15/11/1906 a 14/06/1909), Nilo Peçanha
(14/06/1909 a 15/11/1910), Marechal Hermes da Fonseca (15/11/1910 a 15/11/1914), Wenceslau Bráz (15/11/1914 a 15/11/1918), Delfim Moreira da Costa Ribeiro (15/11/1918 a 27/07/1919), Epitácio Pessoa (28/07/1919 a 15/11/1922),
Artur Bernardes (15/11/1922 a 15/11/1926), Washington Luiz (15/11/1926 a 24/10/1930).
http://www.suapesquisa.com/republica/
TRABALHO PRONTO
2007-03-01 21:58:38
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