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2007-03-01 03:27:28 · 6 respostas · perguntado por vjroberto 2 em Artes e Humanidades História

6 respostas

Faz tempo. Mas vamos relembrar:

LIVROS HISTÓRICOS/AVENTURAS
Colecção Cruzeiro Do Sul

de Deana Barroqueiro
Editora Livros Horizonte

A Pedra do Anel – Pêro da Covilhã II
a terceira etapa da saga de Pêro da Covilhã em busca do Preste João. 2003)
Cap. V – A Cafraria (excerto)

Repousavam, finalmente, junto das fogueiras ou nas tendas, depois de um longuíssimo dia de provações de toda a sorte, capazes de destruir o ânimo mais heróico. Tinham saciado a fome e a sede, mas o sono não chegava, embora a escuridão tivesse caído há muito, pois os sons estranhos e ameaçadores – guinchos, urros, rugidos, roncos e até umas horríveis gargalhadas – pareciam rondar o arraial. Das tendas onde estavam recolhidas as mulheres, vinham os choros sufocados, prantos de uma dor adiada e de um futuro sem esperança. Os cavalos, presos a umas estacas não muito longe da fogueira principal, agitavam-se nervosos e resfolegavam de medo.
Pêro da Covilhã combinara com Marwan os pormenores da viagem para o dia seguinte e o capitão retirara-se para fazer, com os seus dois matalotes, o primeiro quarto de vigia ao acampamento, que do segundo se encarregariam o Escudeiro, Jamil e os persas. A contragosto, Chems fora abrigar-se na tenda que albergava “o serralho” ou o “harém”, como ela dissera em despedida, com um desprezo tal na voz que os companheiros nem arriscaram um chiste, como era hábito.
Os três judeus tinham vindo sentar-se junto deles e todos saudaram com muito acatamento o velho Shmuel Bar Hayoug que já estava recomposto da queda e do ferimento na cabeça. Esperavam o sono como uma libertação, pois toda a comoção do acidente, com mortos e desaparecidos, parecia tê-los esvaziado por dentro. Para afugentar os fantasmas, contavam casos de naufrágios, salvamentos e outras aventuras.
Pêro da Covilhã buscava um pretexto para levar os judeus a retomarem o fio da história da rainha Sabá e... das minas de Salomão, mas ainda não tivera uma boa ocasião para puxar o assunto, porém, para seu contentamento, Jamil resolveu a questão perguntando com a maior sem-cerimónia:
– Ainda vos lembrais da nossa prática, no barco, antes da baleia nos abalroar?
– Sem dúvida – disse Yehouda Houchiel, com um sorriso. – Falávamos da história de Salomão e da Rainha Sabá
– Haveis dito que essa rainha enfeitiçou o rei Salomão e se enamorou dele? Como foi isso?
Yehouda Houchiel apressou-se a retomar o fio da história, com evidente prazer:
– Dizem os livros sagrados que Makeda foi chamada Rainha de Sabá por ter nascido na cidade de Sabath, na ilha Meroe. Reinou em toda a Abissínia e a sua beleza era tão celebrada que lhe valeu os títulos de Deusa Negra, Imperatriz de Ébano e Rainha do Sul, entre outros.
– Como conheceu el-rei Salomão? – Jamil estava de novo preso ao conto fabuloso.
– A fama de Salomão, das suas riquezas, poder e sabedoria chegou-lhe aos ouvidos e ela enviou um embaixador à Judeia para averiguar da verdade dessas novas. No regresso ele tudo lhe confirmou como certo e a formosa rainha desejou conhecer o único soberano que, na sua arrogância desmedida, ela aceitava como seu igual.
O velho Shmuel Bar Hayoug fungou com desprezo:
– Só um povo com pouca polícia entrega o seu reino nas mãos das mulheres!
– Pelo menos esse foi um dos bons ensinamentos que a rainha recebeu do nosso sábio Salomão e que acatou, para bem do seu povo, abdicando mais tarde a favor de seu filho, acabando com essa tradição das mulheres rainhas, que isso só é de bom uso nas colmeias, para a sua abelha-mestra – Vidal Serero, embora falasse muito sério, parecia zombar da rigidez de princípios do seu companheiro.
– Não vos adianteis – protestou o narrador –, deixai-me fazer o conto em seu tempo próprio. Assi, a formosa Sabá decidiu viajar até Jerusalém com grande fausto e numerosa companhia de gente de qualidade, guerreiros, escravos e sobretudo infindas mulheres, escolhidas entre as mais belas dos seus domínios, com riquíssimos presentes de ouro e pedras preciosas para o Templo que Salomão andava a construir.
– Devia ser um cortejo magnífico! – murmurou Saleh.
– Ficou nas lendas do tempo. Viajou em caravana de camelos, carregados de ouro, desde a cidade de Acáxumo ou Axuma até ao mar Roxo, perto de Suaquém, onde a caravana passou, nos navios da sua armada, para as terras da Arábia, cujo deserto Makeda atravessou para chegar a Jerusalém, onde se avistou com Salomão que a recebeu com todas as honras devidas a uma soberana de um reino tão poderoso...
– Talvez tivesse contribuído para esse bom recebimento, o muito ouro, perfumes e pedras preciosas do magnífico presente – interrompeu de novo Serero. – Ou seria antes a beleza da Rainha de Sabá e a das suas damas e escravas que se apresentavam quase nuas, segundo o uso da sua terra, que encantaram Salomão?
Houchiel prosseguiu como se não o tivesse ouvido:
– A Rainha do Sul pediu a Salomão que a instruísse em cousas da nossa religião e ele recebeu-a em sua casa e ensinou-lhe tudo o que ela queria saber como...
– Como cousas de amor, pois a bela Makeda logo ficou prenhe do seu sábio professor! – zombou Vidal Serero, arrancando gargalhadas a Jamil e a Pêro da Covilhã.
Quem não achou graça nenhuma foi Shmuel Bar Hayoug que bradou, irado:
– Toma tento na língua, Vidal, que estás a ser blasfemo! Tu não respeitas nada nem ninguém e devias ser severamente punido. Vou-me daqui que já estou farto de te ouvir e, tu, Yehouda Houchiel, devias fazer o mesmo.
O velho afastou-se, tremendo de indignação e foi deitar-se longe da fogueira, embrulhado numa manta dos salvados. No curto silêncio que se fez entre eles, ouviram-se ao longe, mas sem que fosse possível saber de donde vinham, uns rugidos entrecortados e umas tosses secas tão ameaçadoras que lhes faziam arrepiar os cabelos na nuca. O Escudeiro rompeu o silêncio perguntando com naturalidade:
– E a rainha abexim concebeu mesmo um filho de Salomão?
Houchiel pareceu um pouco enleado, mas acenou afirmativamente e retomou a narração:
– Makeda esteve na Judeia até parir um filho varão que recebeu o nome de Meilech ou Ebna-el-Hakim, o Filho do Sábio. Logo que pôde caminhar, a rainha foi-se embora para a sua terra, deixando o recém-nascido em Jerusalém para ser educado como os demais filhos de Salomão.
– Que eram em tão grande número que el-Rei lhes perdia o conto! – Vidal não resistiu a um novo chiste.
O narrador apenas franziu o sobrolho e prosseguiu:
– Aos dezassete anos, Meilech era mui soberbo e humilhava o povo de Israel que se foi queixar a Salomão dizendo: “Nós não podemos manter tantos reis quantos tu tens, que todos teus filhos são reis, especialmente este da rainha Sabá, que é maior soberana do que tu, por isso manda-o para sua mãe que nós o não podemos sofrer[36]”. E Salomão cedeu e enviou o filho para a Abissínia, com todos os oficiais, sacerdotes e riqueza próprios de um rei e sucessor de sua mãe, ungido com o nome de David. Levava também um representante de cada uma das doze tribos de Israel para formarem o Conselho dos Doze e o ajudarem a governar. Desde então, todos os reis da Abissínia descendem por linha masculina de Salomão e se chamam David. Do mesmo modo, todos os oficiais e sacerdotes do seu serviço são descendentes dos primeiros que vieram com Meilech.
Fez uma pausa que Vidal Serero aproveitou para nova provocação:
– Tínhamos, na Etiópia, um reino judaico aliado de Israel, mas Jeová permitiu que o perdêssemos para os cristãos. Mais de mil anos depois desta rainha Sabá, houve uma outra rainha zarolha, de nome Candace, que se converteu ao Cristianismo e fez converter todo o seu povo, pondo a ferro e fogo todas as povoações rebeldes e matando os que recusavam a nova lei. Agora os reis da Abissínia intitulam-se Presbíteros e adoptam o nome de Johane.
O Presbítero João! Pêro da Covilhã ouvia-os cada vez com mais atenção e regozijo, pois já não tinha dúvidas de que aqueles judeus falavam do Imperador Cristão do Oriente. A Abissínia, não a Índia, era o Reino do Preste João e Portugal, por meio de dois humildes escudeiros, seria o seu descobridor! Portanto, em chegando ao Cairo, por certo iria encontrar um Afonso de Paiva radiante pela missão cumprida e poderiam finalmente volver ao Reino. Este pensamento trouxe-lhe lágrimas aos olhos que procurou disfarçar, lançando mais uns paus na fogueira.
De súbito, a terra estremeceu sob os corpos dos homens à volta da fogueira e o silêncio deu lugar a um som surdo e poderoso, igual ao de uma trovoada que se acerca. O ar pareceu agitar-se no sopro de infindas respirações ofegantes, no coro de latidos, entrecortados e estridentes e de relinchos roucos de pavor, fazendo Pêro da Covilhã e os companheiros erguerem-se de um salto. Os quatro cavalos de Schaban responderam com outros relinchos ainda mais vibrantes, escoucinhando o ar, contorcendo-se e esticando as cordas, num esforço desesperado para se soltarem.
– Que se passa? Que raio de trovoada é esta?
– Parece mais um tornado! Vejam a poeirada que levanta.
– Não, que o ribombar do trovão aproxima-se. Vai cair mesmo em cima de nós!
– Como podes dizer que é trovoada, quando não há relâmpagos nem raios?
De repente, ante os olhos assombrados de Pêro da Covilhã, surgiu aquilo com que os padres da Sé assustavam os fiéis durante os sermões da Quaresma, ao profetizarem o fim do século que se aproximava. Era o Apocalipse a abater-se sobre o arraial, um Apocalipse sem cavaleiros, mas com as montadas da Destruição e da Morte, às dezenas, nas mais desvairadas formas, tamanhos e cores, com as crinas ao vento, os cornos desembolados e os cascos cortantes como lâminas. Passaram como um tornado, arrasando tudo o que apanharam pela frente, resfolegando como toiros numa largada, com o fumo saindo pelas ventas, de olhos esbugalhados, raiados de sangue e beiços arreganhados, mostrando os dentes amarelos por entre a espuma que borbulhava e escorria pelos cantos das bocas ofegantes.
Pareciam nem ver os humanos, embora se afastassem instintivamente das fogueiras, desconcertados por um terror ancestral do ser perseguido, que deixava no ar, à sua passagem, um cheiro nauseabundo a suor e excrementos. De novo se ouviram, mas agora muito mais próximos, os rugidos sonoros e as tosses secas dos leões coordenando o grupo na caça. A manada hesitou, por instantes, e os animais lançaram os longos pescoços para o céu, aspirando o ar com as narinas rasgadas de pavor e logo aceleraram a corrida numa desordem de pânico, com redobrados latidos das gazelas, relinchos das zebras e mugidos dos gnus, num alarme sem freio.
Ainda as últimas alimárias ziguezagueavam pelo acampamento destruído, quando cinco vultos macios, a que a luz das fogueiras arrancava reflexos de oiro, o atravessaram por três lados, em saltos silenciosos e ágeis de gatos gigantes, para desaparecerem na escuridão atrás do tropel que se afastava.
Os gemidos, prantos e gritos dos companheiros de desventura arrancaram Pêro da Covilhã e os amigos ao pasmo que os pregara ao solo. Não havia uma só tenda de pé na parte mais sombria do arraial, junto ao embondeiro, apenas um amontoado de trapos rasgados, cabos cortados e madeirame partido. Os cavalos tinham desaparecido.
– Chems! Allah seja misericordioso! – gritou Saleh, numa voz rouca de ansiedade, lançando-se em corrida para a área devastada, onde pouco antes se alçava a tenda das mulheres.
“Não, meu Deus, outra vez, não!” murmurou o Escudeiro que, com os olhos cheios de lágrimas, tomou uma acha em chamas da fogueira e, erguendo-a como um archote, correu atrás dele, seguido de Jamil e dos dois judeus que se haviam munido igualmente de tochas.
Ao longe, um rugido brutal de triunfo rasgou as trevas, anunciando o fim da caçada pela captura e morte da presa perseguida. No acampamento destruído, o som formidável paralisou por instantes o coração dos homens, como se despertasse um terror primitivo nunca antes experimentado que lhes gelava o sangue e o siso.
A poeira levantada pelo tropel da manada ainda não assentara, mas o pouco que conseguiam distinguir por entre essa cortina sufocante e a escuridão que as tochas mal rompiam era uma desoladora cena de morte e destruição, com corpos espezinhados, dilacerados ou esmagados, de mistura com os destroços irreconhecíveis daquilo que momentos antes fora um arraial bem concertado e ordeiro.
– Chems! Chems ed Douha! – gritava Saleh, erguendo a tocha que arrancara da mão de Jamil e chegando-a aos corpos caídos e sem vida.
– Está aqui uma mulher – bradou Serero – mas não se mexe!
Pêro da Covilhã chegou antes de Saleh junto da mulher que ainda conservava o véu a velar-lhe o rosto e o corpo. Com as mãos a tremer soltou-o e suspirou, num misto de pena e alívio. Era uma das náufragas que ele próprio salvara e trouxera para a praia.
– Não é Chems! – anunciou ao janízaro, imobilizado a poucos passos do corpo mas sem se atrever a olhar. – Continuemos as buscas!
– Saleh! Schaban! Moumen! Sois vós? Estais todos bem? Onde está Jamil? – Chems ed Douha parecia ter-se corporizado na névoa e mostrava no rosto descoberto um alívio e uma alegria quase despropositados em tão trágica situação. – Por momentos receei o pior!
– Allah Akbar! – murmurou Saleh, com os olhos rasos de água. – Nós também te julgámos morta! – Segurou-lhe na mão e perguntou com uma nota de incerteza na voz rouca: – Não estás ferida?! Como pudeste escapar a isto? – e o janízaro olhava em redor, indicando o desastre.
– Yasmin! Pobre mulher! Escapou do urso para cair no fosso...
A tuaregue disse o provérbio árabe com as lágrimas a correrem-lhe dos olhos, mas só então pareceu atentar nas expressões ansiosas dos amigos e compreendeu o seu desespero diante da mulher morta.
– Allah misericordioso! Cuidastes que Yasmin era eu!
Vimos a tenda desfeita e os corpos...
– Mas eu já não me encontrava lá! – apressou-se Chems a contar a sua história. – Na tenda, as mulheres mostravam-se tão aterrorizadas com os rugidos das feras que, para as sossegar, peguei no arco e fui pôr-me de sentinela à entrada.
– Mas... – ia a protestar Schaban, de sobrolho franzido, porém a moça cortou-lhe a palavra com um sorriso triste.
– Foi a minha desobediência às vossas ordens que me salvou a vida, vede como quedou o arraial! Quando senti o chão a tremer debaixo dos pés e ouvi aquele som de trovoada, julguei que era um tremor de terra e chamei as mulheres para as levar para junto de vós, mas elas recusaram-se a abandonar um refúgio que julgavam seguro e eu decidi vir ter convosco. Tinha acabado de tirar um archote daquela fogueira, quando a horda desenfreada atravessou o acampamento e lhes passou por cima.
– Só escaparam os que estavam junto às fogueiras – disse Yehouda Houchiel, com a voz embargada, aproximando-se de novo do grupo. – Shmuel Bar Hayoug está morto, foi despedaçado.
– Pobre velho! – acrescentou Serero com verdadeira mágoa e remorso. – Sinto-me culpado da sua morte, pois foram as minhas provocações que o levaram a afastar-se de nós para o lugar da sua perdição.
– Não tendes de que vos acusar – consolou-o Pêro da Covilhã –, pois ninguém podia adivinhar semelhante tragédia e até fomos nós que escolhemos este sítio para montar arraial por nos parecer mui seguro e abrigado. Coragem, amigos, não podemos esmorecer agora!
Saleh mostrava ter já recuperado o sangue-frio e a energia que faziam dele o reputado janízaro, guarda-costas dos Bubaka:
– A primeira cousa a fazer é procurar os que escaparam com vida, tratar dos feridos e depois enterrar os mortos para que não sirvam de pasto às feras. Talvez o capitão Yossef Marwan se tenha salvo, pois estava de guarda e deve ter-se apercebido da manada antes dela nos cair em cima. Onde está Jamil?
– Aqui! – respondeu o rapaz, saindo das sombras com um corpo nos braços. – Só achei esta moça com vida, tombada no meio de uns arbustos. Está desacordada e cheia de arranhadelas mas, que eu veja, não tem ferimentos graves.
Rodearam-nos e Covilhã ordenou:
– Levem-na para junto das fogueiras e deixem-na aos cuidados de Chems. Saleh, fica de guarda com Yehouda e Jamil. Vejam também se é possível salvar alguma cousa destes destroços, enquanto nós vamos procurar os sobreviventes na outra banda do arraial. Quanto aos cavalos, se não volverem por si, tentaremos descobri-los quando se fizer dia cerca do ribeiro, antes das feras os apanharem.
Dirigiram-se para a fogueira, onde pouco antes haviam conversado prazenteira-mente sobre os tesouros e os amores de Salomão e da Rainha de Sabá e Jamil estendeu com todo o cuidado a desfalecida jovem no solo, sobre uma manta. Avivaram o fogo com ramos e madeiras secas, pois a moça tremia como se estivesse com sezões e Chems tentou reanimá-la com um pouco de água que tirou de um odre de pele pendurado numa estaca.
– Parece ter febre. Deve ter sido do susto e do choque.
– Conheço-a – disse Houchiel, com tristeza. – É Rute Safarti, parente do velho Bar Hayoug. Ia com os pais para Sofala, a fim de casar com um filho dele. A pobre menina ficou órfã no naufrágio e agora morreu-lhe também o tutor.
– Vai precisar de amigos quando voltar a si e souber que perdeu todos os seus parentes – disse Chems. – Sei bem como dói ver-se só no mundo!
– Nós seremos a sua família – disse Jamil, que também fora uma criança sozinha, olhando com admiração para o rosto de uma brancura quase transparente da formosa judia.
Igual fascínio sentiu Pêro da Covilhã na contemplação da moça, uma emoção como há muito não experimentava diante de uma mulher, por muito bela que fosse. Talvez apenas pela cativa de Fez, D. Filipa de Menezes[37]. Lembrou-se da esposa à sua espera, em Portugal, e sentiu-se corar, não de vergonha por desejar outra mulher, mas por já não sentir mais do que uma vaga ternura ou amizade por aquele ser ausente, cujo rosto se ia esfumando na sua memória, a tal ponto que a pouco e pouco deixara de a recordar, como se a morte a tivesse levado. Com tantas andanças, ao sabor do capricho e mando de dois reis – primeiro de D. Afonso V e depois do filho, D. João II –, nem chegara a passar com essa mulher, escolhida pela sua família, o tempo necessário para a emprenhar e, por isso, quando se viam, sentiam-se ansiosos e desajeitados, como dois seres estranhos, sem nada em comum.
Perturbado, desviou os olhos da face exangue e fez sinal a Schaban e a Vidal Serero para retomarem as buscas no outro lado da clareira onde, à chegada, outros pequenos grupos tinham acendido fogueiras e buscado pouso para a noite. (...)

Na Bíblia narra a presença de uma Rainha Africana de grandes riquezas que colaborou com a construção do Templo de Salomão em Israel.

2007-03-04 01:46:40 · answer #1 · answered by ÍNDIO 7 · 3 0

A rainha de Sabbath, ou de Sabá, ou rainha do Sul, era rainha da Abissínia, atualmente o Iêmen e parte da Eitópia. Seu nome era Makeda e dizem que, além de bela, era muito inteligente e culta.
Viveu no século X a. C.
É citada na Bíblia em 1o. Reis 10:1 a 10, 2o. Crônicas 9:1 a 12, e por Jesus, em Mateus 12:42 e Lucas 11:31.
Tendo ouvido falar da grande sabedoria de Salomão, rei de Isarael, filho de Davi, foi, em uma enorme caravana, conhecê-lo, levando preciosos presentes. E colocou-lhe vários enigmas, todos respondidos admiravelmente por Salomão.
Voltou maravilhada, mais carregada de presentes ainda, louvando o Deus de Salomão.
Veja, no site abaixo, os enigmas que ela apresentou para Salomão.
http://www.chabad.org.br/biblioteca/historias/hist66.html

Diz a lenda que ela e Salomão tiveram um filho e que esta seria a origem dos judeus da Etiópia.

2007-03-01 11:53:01 · answer #2 · answered by Vovó (Grandma) 7 · 1 0

A Rainha de Sabá é mencionada no Antigo Testamento e no Corão, como a soberana dum reino muito rico, o reino de Sabá, que teria visitado o rei Salomão. Os árabes chamam a esta mulher Bilqus ou Balkis; na Etiópia, Makedda, Magda, Maqda ou Makera, que significa "grandeza". Anos mais tarde, o historiador judeu Flavius Josephus refere-se a ela como "Nikaulis, rainha da Etiópia." Na Bíblia ela é descrita como "negra e bonita".

No Kebra Negast, ou "As Gloriosas Memórias do Império", um livro sagrado da Etiópia, diz-se que a própria Makedda teria criado uma regra segundo a qual "apenas uma mulher pode reinar". Aparentemente, Sabá era uma sociedade matrilinear, em que o poder é passado aos descendentes pela via feminina. No mesmo livro, afirma-se que a dinastia dos reis da Etiópia provém do filho do rei Salomão e de Makkeda e ainda que foi desta união que a lei mosaica foi trazida para a Etiópia.

2007-03-01 11:32:22 · answer #3 · answered by Anonymous · 1 0

Era a rainha de um lugar chamado Sabah..

2007-03-01 15:08:53 · answer #4 · answered by Jhonny 2 · 0 0

SABAOTH HA MALKA (hebraico) “Rainha do Sabbath”.

O divino como o aspecto feminino da Divindade. Uma expressão dada à Contraparte Divina do Pai da Criação.

Que a Rainha do Sabbath ative a natureza interna de fulgor, composta de inúmeras centelhas que tomam a forma da veste nupcial de poderes amorosos no influxo da Vontade Suprema vinda do lado feminino do Divino.

2007-03-01 11:37:49 · answer #5 · answered by Anonymous · 0 0

Não lembro mto bem, ms acho q foi a que trouxe presentes a Salomão. será?, preciso ver na bíblia.

2007-03-01 11:33:02 · answer #6 · answered by Débys 2 · 0 0

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