A suposição de uma natureza parasitária do ser humano continua atual. Afirmações como a de que a exploração sempre tenha existido, ou de que ela seja uma mera manifestação da natureza humana, continuam sendo usadas para legitimar a expansão da barbárie capitalista. Na Alemanha, a crença numa suposta natureza capitalista da humanidade é expressa tanto pelo senso comum como por alguns intelectuais quando se debate a possibilidade de uma sociedade não-capitalista, sendo apresentada normalmente como explicação para o desmoronamento da experiência soviética nos países do Leste Europeu. Como se pode fundamentar essa argumentação e qual seria mesmo a base do parasitismo social?
Ao contrário da concepção metafísica de natureza humana, a constatação da cultura como constituinte do humano também nos mostra que, embora haja condicionamento, não existe determinação cega da história. O ser humano é um ser inacabado e, como dizia Paulo Freire, é o único ser que possui consciência do seu inacabamento. O ser humano, portanto, aprende a ser humano nas relações com os demais, as quais tendem a reproduzir a forma da sociedade em que vivem. Por outro lado, somente com a existência de uma sociedade livre de relações parasitárias e alienadas é que uma verdadeira humanização se torna possível. A afirmação de uma natureza humana parasitária conduz a uma concepção determinista de ser humano e da sociedade. A base do parasitismo social é a sociedade dividida em classes, cuja gênese é histórica. No capitalismo esta base social tenta se impor de forma racional, ao reproduzir nas relações sociais cotidianas os interesses dos grupos sociais dominantes. A generalização das relações capitalistas de exploração na consciência e na forma de agir das pessoas tende a legitimar o parasitismo como um processo natural. Seu desvelamento e desmistificação, contudo, é um pressuposto para a afirmação da liberdade humana e da possibilidade de construção de uma sociedade baseada na solidariedade e na transformação das relações sociais geradoras de opressão, alienação e preconceito.
2007-02-27 18:54:07
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answer #1
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answered by Ol@!! Virginia 6
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SIM, já fomos todos os seres dos reinos mineral, vegetal, animal e agora "humanos" . Tentamos evoluir com amor para o reino angelical, mas como nem todos vão por amor então vamos com dor mesmo.
2007-02-28 04:00:06
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answer #4
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answered by commando saúde usuário pop 5
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- Imagine ETs que pretendem exterminar a raça humana por uma questão de equilÃbrio ecológico no universo: se a Terra “acabasse”, os danos para o sistema solar seriam muitos.
- Eles seriam como que guardiões do universo: cuidariam para manter tudo em seu equilÃbrio. E, para eles, a raça humana estaria se tornando uma praga, e a solução seria exterminá-la. Como nós, humanos, exterminarÃamos uma praga de formigas, sem nenhum problema, nenhuma maldade. Pelos seus cálculos, o prejuÃzo ecológico do planeta seria um pouco grande, mas com certeza menor do que se continuássemos a existir. A natureza da Terra cuidaria de reequilibrar as coisas.
- Os ETs seriam criaturas extremamente inteligentes, dotadas de uma ciência extraordinária, mas sem a imaginação, a paixão do ser humano. Admirariam muito os humanos por sua grande capacidade de criação (já que, apesar de muito inteligentes, os ets não teriam tanta intuição e criatividade), mas menosprezariam a paixão, a emoção, que fariam-nos buscar objetivos mesquinhos, desequilibrando o planeta e a própria raça só por dinheiro, poder, sexo.
- E em meio à destruição, um deles, porém, acaba se vendo conversando com um ou dois humanos. Sem perceber, deixara-se levar por uma curiosidade que sempre tivera: os seres humanos sempre criaram, com sua imaginação, raças de seres superiores a eles, dotadas de virtudes e poderes infinitamente mais evoluÃdos, como os anjos, elfos, e até mesmo Deus e o demônio. Mas essas criaturas, mesmo sendo tão superiores, sempre acabam exaltando demais o ser humano, e logo nas suas caracterÃsticas mais ligadas à paixão, à emoção, à coragem, à determinação.
- E esse ET, ao mesmo tempo que tenta se lembrar que essas criaturas são só fruto da imaginação dos humanos, e portanto criadas para vangloriarem a própria raça, se vê intrigado com o encantamento que essas criaturas sempre têm com os humanos, e tenta entender o que há de tão encantador na paixão, na imaginação.
- Esse "Deus" dos homens exaltaria o ser humano por completo, e o demônio só uma parte dele, as caracterÃsticas mais mesquinhas. à como se os valores mesquinhos fossem mas aguçados para alguns humanos, mas esses fossem tão dominadores que acabaram por os incutir em todos os outros, como se a sobrevivência de todos dependesse disso. E todos viveriam num eterno conflito entre o que acham que é essencial para a própria sobrevivência, e os bons valores que carregam dentro de si. Só que não se dão conta disso. E fica parecendo, para quem olha de fora, que não há nada de bom... pois nem o próprio ser humano parece acreditar que há algo de bom dentro de si mesmo.
- Seria, na verdade, uma discussão sobre todo o potencial que o ser humano tem. O ET simbolizaria um ser “perfeito”, equilibrado, sem a falta, o grande vazio inerente ao humano, que o leva à paixão, à imaginação, a Deus. Mas, sem o grande vazio, também não haveria grandes motivações. Qual a função da paixão?...
Qual a função da vida?...
2007-02-28 02:05:39
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answer #7
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answered by Gabriel 3
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