Os VULCÕES
No interior da Terra, de fato, encontra-se a magma, que é constituída de substâncias em estado de fusão em altíssimas temperatura, que, solidificadas, constituem a crosta terrestre. Quando a pressão interna atinge o máximo, a magma procura uma saída para o exterior, despejando-se através de um vulcão já existente ou através de um novo, que a massa em fogo faz abrir na superfície terrestre. Da abertura do vulcão, que recebe o nome de cratera, saem lapili, materiais sólidos e fluidos; recaindo em redor da abertura, eles se depositam e constituem o cone vulcânico. Este último pode alcançar dimensões notáveis, por exemplo, Fuji-Yama no Japão, atinge 3778 metros de altura.
Nem todos os vulcões são ativos, ou seja, sujeitos a erupções; alguns, até, conservam-se tranqüilos desde épocas imemoráveis e revelam sua natureza vulcânica somente por fontes termais ou emanação de gás. Este estado de calma pode durar, também, séculos e não é raro o caso de despertar de improviso e de catástrofes súbitas, como no caso do Vesúvio, que, em 79 d.C., destruiu a cidade de Pompéia.
A erupção, em geral, é precedida de um forte estrondo, que prenuncia às populações apavoradas a iminente calamidade. Depois de pouco tempo, uma nuvem densíssima e escura de vapores e cinzas, que, pela forma característica semelhante à copa do pinheiro marítmo, é chamada pinheiro vulcânico, irrompe ameçeadora da cratera: cinzas e lapili são projetadas pelo ar, enquanto, da cratera escancarada, borbulha a lava, semelhante a uma forte torrente. Este material fluido e calidíssimo desce pelos flancos da montanha arrasando e destruindo aldeias inteiras. Cessada a catastrófica emissão de lava, o vulcão volta lentamente ao estado de repouso, emitindo, como último resíduo de sua ira, as fumarolas, compostos de vapor áqueo e gases diversos.
Impressionante foi a erupção do vulcão Pelée, na Martinica. Os ilhéus viram sair lentamente da cratera uma gigantesca camada de lava da altura de 200 metros, depois, imprevistamente, um lado do cone vuilcânico se abriu e uma nuvem ardente, rolando ao longo do declive da montanha, caiu sobre a cidade de Saint Pierre, semeando, em poucos instantes, destruição e morte.
Os vulcões ativos e calmos são numerosos.
Um verdadeiro anel de fogo cinge o Oceano Pacífico: no arquipélago das ilhas Havaí, conhecidas pela sua beleza, ergue-se, majestoso, o Mauna-Loa. Do alto dos seus 5.500 metros, domina as cálidas plantações mexicanas o vulcão Orizaba; no Equador eleva o cume do Chimborazo, já extinto e encapuçado de neve. Ainda em 1965, o Chile, zona de vulcões menores, viu, em poucos minutos, várias de suas aldeias litorânia, desaparecerem por causa de erupções e maremotos.
O vulcanismo consiste nos processos pelos quais o magma e os gases a ele associados ascendem, a partir do interior da Terra, à superfície da crosta terrestre. O ramo da Geologia que se dedica ao estudo do Vulcanismo designa-se por Vulcanologia. O termo que está na origem destas palavras é Vulcão. É uma palavra de origem Latina, Vulcano o deus do fogo. Entendemos por Vulcão uma abertura (respiradouro) na superfície da crosta terrestre, através da qual se dá a erupção do magma, dos gases e das cinzas associadas. Do mesmo modo, a estrutura, geralmente com a forma cónica, que é produzida pelas sucessivas emissões de materiais magmáticos, é nomeada por Vulcão. Em termos gerais, a estrutura vulcânica que forma um vulcão é designada por aparelho vulcânico. Existem diferentes tipos (logo diferentes classificações) de vulcões, resultando daí diferentes configurações dos aparelhos vulcânicos, contudo estes são, normalmente, constituídos pelas seguintes partes:
1 - câmara magmática, local onde se encontra acumulado o magma, normalmente situado em regiões profundas das crustas continental e oceânica, atingindo, por vezes, a parte superior do manto,
2 - chaminé (principal) vulcânica, canal, fenda ou abertura que liga a câmara magmática com o exterior das crustas, e por onde ascendem os materiais vulcânicos,
3 - cratera, abertura ou depressão mais ou menos circular, em forma de um funil, localizada no topo da chaminé vulcânica,
4 - cone vulcânico, elevação de forma cónica que se forma por acumulação dos materiais expelidos do interior das crustas (lavas, cinzas e fragmentos de rochas), durante a erupção vulcânica. Para além da chaminé vulcânica, a maioria das vezes, existem outras condutas, denominadas por filões. Também se podem formar cones laterais, secundários ou adventícios ao cone vulcânico principal.
1 - Nuvem de cinzas
2 - Cratera
3 - Cone Adventício
4 - Chaminé
5 - Escoada de lava
6 - Chaminé secundária
7 - Câmara magmática
Um dos muitos aspectos característicos da morfologia vulcânica é a existência de caldeiras que resultam do desaparecimento, parcial ou total, do cone vulcânico. As caldeiras vulcânicas são estruturas colapsadas por explosões, abatimentos ou agentes erosivos. As caldeiras apresentam, geralmente, contornos mais ou menos regulares circulares ou elípticos.
COMPOSIÇÃO DO MAGMA
O magma é uma mistura complexa de silicatos, que se encontra em fusão a temperaturas que variam, mais ou menos, entre os 800º C e 1200º C. Consoante o teor em sílica, os magmas podem dividir-se em: 1) ácidos, quando apresentam mais de 60% do teor em sílica, 2) andesíticos, quando o teor em sílica está compreendido entre 50% e 60%, e 3) básicos, quando o teor em sílica é inferior a 50%. Existe uma estreita relação entre o teor em sílica de um magma e a sua viscosidade. Assim, quanto maior for o teor em sílica, mais baixa será a temperatura para o manter no estado líquido e maior será a sua viscosidade. Deste modo, os magmas ácidos são mais viscosos que os magmas básicos. Também a fluidez de um magma aumenta com a temperatura, com o teor de ferro e magnésio, e com a quantidade de água nele contida. Sempre que o magma atinge a superfície das crustas, liberta os gases nele contidos, passando a chamar-se lava. De acordo com as características (teor em sílica, ferro, magnésio e água, viscosidade, fluidez, temperatura) dos magmas, de uma forma geral, podemos considerar três tipos de actividade vulcânica (efusões lávicas): 1) efusiva, caracterizada pela emissão lenta de lavas, em forma de escoadas, como se de "rios de lavas" se tratasse; os vulcões com actividade efusiva são alimentados por magmas básicos e fluidos, 2) explosiva, caracterizada pela projecção de consideráveis massas de materiais sólidos e por uma violenta libertação de gases; os magmas são, neste caso, ácidos e viscosos, os quais originam lavas que raramente formam escoadas, mas antes originam agulhas e cúpulas, e 3) mista, caracterizada pela alternância de explosões violentas e emissão lenta de lavas.
AGENTES CAUSADORES DE ERUPÇÃO
Às erupções vulcânicas estão associadas a produtos de natureza Gasosa, Líquida e Sólida.
As erupções são precedidas, acompanhadas e seguidas por abundantes emissões gasosas resultantes da desgaseificação do magma que alimenta os vulcões. O gás expelido em maior quantidade é o vapor de água, seguindo-se-lhe o anidrido carbónico (dióxido de carbono), anidrido sulfuroso (dióxido de enxofre), hidrogénio, monóxido de carbono, ácido clorídrico, metano, argon, flúor e outros. As proporções relativas dos diferentes gases variam consideravelmente com o tipo de magma e, dentro do mesmo magma, ao longo do tempo.
Durante a actividade vulcânica explosiva, ocorre a formação de quantidades variáveis de materiais sólidos que resultam de pequenas porções (salpicos) de lava que arrefecem e solidificam no ar ou na água. Estes materiais denominam-se genericamente por piroclastos ou tefra. De entre estes, destacamos:
1) poeiras ou cinzas vulcânicas, são materiais muito finos, com dimensões inferiores a quatro milímetros, facilmente transportados pelo vento e originados pela pulverização das lavas; quando se depositam na superfície terrestre dão origem a solos férteis,
2) bagacina ou «lapilli», são fragmentos de lava consolidada com dimensões compreendidas entre 4 e 32 mm,
3) bombas, são fragmentos de aspecto esponjoso, provenientes de lavas arrefecidas durante as erupções, apresentando formas variáveis e podendo atingir dimensões entre os 32 mm e 0,5 m; os fragmentos com dimensões entre 0,5 m e 1 m têm a designação de blocos e
4) pedra-pomes, são fragmentos de aspecto vesicular, com paredes muito finas, apresentando uma densidade inferior à da água, tendo origem em lavas muito ricas em sílica; à acumulação de pedra-pomes chama-se pomito.
Além dos piroclastos, outros fragmentos sólidos podem ser expelidos durante as erupções violentas. Estes fragmentos, arrancados às paredes da chaminé, têm a designação de ejectólitos.
Tem outras informações em :
http://www.cprm.gov.br/Aparados/vulc_pag01.htm
Tem bastante coisas interessantes sobre o assunto
2007-02-27 15:34:32
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answer #9
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answered by Olliver 6
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