Eu acredito que o desenvolvimento econômico pode ajudar na promoção das desigualdades sociais, porém, ele não é o único fator e nem o mais imprtante neste caso. Isso porque, mesmo que o país cresça, a renda não vai se auto distribuir, mas vai se concentrar. Toda a política é dirigida para isso, isto é, para o mercado em detrimento das pessoas.
Vê-se, por exemplo, que na época do regime militar no Brasil, o país chegou a crescer 19% e foi um dos países que mais cresceram durante o século XX. No entanto, não havia nenhum direito social e a renda acabou concentrada. Morreu muito trabalhador nas grandes obras faraônicas promovidas pelos grandes projetos do governo militar e estas pessoas, muitas vezes foram enterradas como indigentes e a família não recebeu nenhuma indenização ou, sequer, foi informada de que o parente morreu na obra. O sujeito desaparecia e pronto!
Outra coisa: o ano de 2006 foi um dos anos em que houve um doa maiores índices de crescimento econômico em escala global, porém, ao mesmo tempo, foi o ano em que houve um dos maiores aumentos nos índices de desemprego também em escala global.
Creio que seja muito fácil dizer que o crescimento econômico por si só seja o grande fator para que se consiga reduzir as desigualdades sociais, mas este é um discurso "neoliberal", ou seja, de pessoas que prezam mais pelo mercado do que por seres humanos. Eles acreditam que o mercado consegue regular sozinho a vida das pessoas de um modo justo, e isso faz com que toda a política seja voltada ao mercado, deixando de lado as políticas públicas que se fazem necessárias para o crescimento cultural e social de uma população, como o investimento em educação, cultura, lazer, emprego, formação de valores, etc.
Por isso, acho que, para que seja possível reduzir as desigualdades sociais, devemos formar pessoas através da transmissão de valores que sejam importantes para a sociedade, tais como o respeito, a tolerância, entre outros. Isso só será possível se a política mudar de direção ou se houver uma organização popular que pressione para que isso aconteça. A última hipótese é muito difícil de acontecer, pois não há muita esperança de que as pessoas deixem a comodidade da familia nuclear ou que elas faltem um dia no trabalho para realizar um protesto, ou mesmo que deixem de ser consumistas, pois existem pressões que as pessoas sofrem das diversas instituições das quais elas são filiadas (o trabalho, a família, a religião...não se troca o certo pelo duvidoso e, conseqüentemente, não se arrisca em busca de outro modo de vida).
Enfim, acho que deve haver a promoção da conscientização para que a gente não seja mais enganado por discursos demagogos. O crescimento econômico não basta porque o mercado não é justo em distribuição de renda e ele não humaniza, mas forma competidores e consumidores. Por isso, torna-se difícil organizar as pessoas por uma causa, pois elas são competidoras a vida inteira e cada uma luta pelo sucesso pessoal. Deve se mudar o jeito de pensar, deve se mudar a forma de agir e o Estado deve mudar o foco: deixar de ter o mercado como o grande modelador para focar nas pessoas e nos seus valores culturais através do investimento em educação e em projetos sociais conscientizadores que tratem as pessoas com respeito e que ensinem a respeitar.
Aí sim, poderemos pensar em reduzir as desigualdes sociais.
2007-02-26 05:39:28
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answer #1
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answered by Martín 2
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Com certeza. Se o governo investisse em educação (ensino fundamental,médio,técnico,superior) mais pessoas teriam a oportunidade de ingressar no mercado de trabalho com remuneração justa,isso reduziria as desigualdades.Além disso,com mão de obra qualificada a economia poderia produzir mais mercadorias,em menos tempo,com maior qualidade,ou seja,mesmo tendo de remunerar mais pessoas o lucro seria estupendo e isso levaria au crescimento econômico tão cobiçado.
2007-02-26 04:46:01
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answer #2
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answered by Yumi 3
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Não. Somente com educação.
Se vc observar a pirâmide de distribuição de renda e observar a pirâmide educacional (tempo de estudo) vc verá que elas são muito parecidas. Muitos acreditam q a educacional é consequência da econômica, mas é justamente o contrário.
Somente com educação de qualidade a pessoa terá condições de pleitear um emprego, desenvolver alguma atividade empreendedora ou mesmo melhorar a produtividade naquilo q já faz. Com mais produtividade, mais produção e por consequência mais geração de renda.
O erro da ditadura foi q ela promoveu o crescimento econômico, mas não promoveu a entrada desses "pobres" nesse ciclo, pois o único jeito de fazer isso é investimento na educação dessas pessoas.
Mas infelizmente esta não é a visão do governo e dos próprios brasileiros, que ainda tentam se enganar acreditando em fórmulas mágicas que prometem resolver tudo de imediado ou então tentam ressucitar velhas e fracassadas idéias, como o socialismo, coisa do século 19 que foi tentada e fracassou totalmente no século 20.
Educação é o único caminho!
2007-02-27 00:09:56
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answer #4
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answered by Renan 2
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essa é a diferença entre crescimento economico e desenvolvimento economico, o crescimento é um mero aumento do PIB e o desenvoilvimento se dá quando além desse aumento acontece uma maior inserçao social com mais e melhor distribuiçao de renda, melhoria da qualidade d vida e do mercado d trabalho, justiça social, liberdade e democracia real e nao apenas nominal,enfim quando o crfescimento economico agrega uma seria d demandas q s refletem na melhoria da sociedade impulsionando-a p produzir mais melhorias economicaas e sociais......essa diferença é parecida com uma doença chamada gigantismo, q é ma doença q uma pessoa cresce muito mas fica com sua estrutura ossea fragilizada e com o passar do tempo vira um gigante mais fragil q uma criança recém nascida, e uma outra pessoa q é muito alta mas bem constituída e bem formada com otima saude...
2007-02-26 06:43:44
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answer #5
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answered by Anonymous
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