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6 respostas

Não causa surpresa a informação de que o governo americano tem planos de contingência militar para um ataque à infraestutura nuclear iraniana. Em todo Estado-Maior, analistas de estratégia em geral se debruçam sobre exercícios de cenários em conflitos hipotéticos. Tais avaliações ajudam a dimensionar o tamanho do aparato militar e o volume de recursos materiais e humanos necessários para mantê-los. O que deixa uma certa apreensão é a quase certeza de que, no caso do Irã, Estados Unidos - e por tabela a Grã-Bretanha - Israel e até a Alemanha de Angela Merkel - deram o sinal verde para que o exercício seja transformado em um plano prático.

Se houver esse ataque, seu efeito será muito diferente do registrado, por exemplo, nas invasões do Afeganistão e do Iraque. No primeiro caso, o curto espaço de tempo entre a ordem de ataque e o início efetivo da operação demonstra claramente que o plano de contingência estava pronto muito antes de os atentados de 11 de setembro acontecerem. O Iraque é um caso ainda mais gritante, com o planejamento remontando à Guerra do Golfo, em 1991. Com o Irã, no entanto, há certos aspectos nesses jogos de guerra que são extremamente preocupantes.

O primeiro diz respeito ao prazo. Não se sabe exatamente com que cronograma o Pentágono estaria trabalhando, mas a "janela de oportunidade" se estreita a cada dia em que o reator atômico de Busheir fica mais perto de entrar em operação. Ontem, o anúncio do começo do enriquecimento do combustível deve ter deixado em polvorosa os responsáveis pelo planejamento. O ataque preventivo deveria ocorrer em, no máximo, meses. Depois disso, com o reator abastecido e operando, a possibilidade de uma explosão no núcleo causada pela ação militar poderia causar um desastre dez vezes mais grave que o de Chernobyl.

Outro aspecto fundamental na avaliação é a relação entre o seu custo político e os benefícios que possa eventualmente gerar. A destruição do complexo nuclear de Natanz, além da usina, deixaria os iranianos sem um programa avançado na área, mas não os impediria de tentar, ainda com mais afinco, obter novamente a matéria-prima necessária. O mesmo mercado negro que abasteceu Teerã e Pyongyang poderá retomar o fornecimento. A custos muito mais elevados em função da vigilância, mas não impossíveis de serem pagos.

Lembro do único caso de um bombardeio preventivo a uma usina nuclear - ainda inoperante, vale ressaltar. Foi no Iraque, em 1981, quando caças israelenses encerraram a aventura atômica de Saddam Hussein. Tratava-se do reator de Osiraq, comprado da França em 1976 e que, dizem os experts, podia gerar de 5kg a 7kg de plutônio por ano. O projeto da obra civil do complexo, por sinal, era conduzido por uma empreiteira brasileira. Naquela ocasião, o ataque foi aéreo, com pilotos de caça - entre os quais Ilan Ramon, que morreria em 2003 a bordo do ônibus espacial Columbia. Os jatos haviam treinado antes a forma como lançariam os mísseis, que deveriam penetrar no edifício do reator através de uma passagem específica com menos de dois metros de largura no concreto reforçado. E assim o fizeram.

No Irã de 2006, façanhas assim não têm espaço. Tanto o complexo de Natanz quanto o reator de Busheir ficam próximos de áreas muito povoadas. No Iraque, Saddam havia implantado o programa em uma área no meio do deserto, o que anulou os chamados danos colaterais. Agora, seriam milhares, caso o ataque se desse depois de o equipamento operar. Além disso, o governo iraniano não é ingênuo. As instalações que os satélites espiões americanos e europeus cansam de fotografar seriam apenas a parte externa de um enorme iceberg nuclear enterrado a centenas de metros de profundidade. Não há garantia nenhuma de que os mísseis, lançados de submarinos, teriam sucesso, mesmo aqueles montados especialmente para destruir abrigos subterrâneos ("bunker busters").

Mas é no ponto de vista político que as consequências de um ataque seriam piores. No país da Revolução dos Aiatolás, um bombardeio dessa natureza representaria uma declaração de guerra ansiosamente esperada pelos jihadistas dentro e fora das fronteiras. Com a hábil manipulação do conceito do pan-islamismo, em substituição à idéia do pan-arabismo vigente desde 1945 (em tese acelerado pela marginalização, entre os países árabes, do Egito pós acordos de Camp David) imediatamente se formariam legiões de homens e mulheres dispostos a morrer pelo Islã não só em território iraniano, mas em qualquer lugar. A face moderada do mundo árabe se veria obrigada a se distanciar de qualquer negociação com as potências ocidentais, sob pena de desintegração interna. Além do Egito, a Jordânia, o Catar, o Paquistão, o Afeganistão e a Indonésia ficariam em situação delicada. Arábia Saudita, Líbano, Síria estariam mais à vontade para ceder aos fundamentalistas.

Segundo Tony Corn, diplomata americano e analista de Inteligência da OTAN, bastaria que 1% dos 1,2 bilhão de muçulmanos em todo o mundo aderisse à uma guerra mundial para que o Ocidente e os regimes árabes moderados se vissem diante de 12 milhões de guerreiros espalhados por 60 países. Ainda segundo Corn, se desses, 1% decidissem participar de operações de martírio, estaríamos diante de uma ameaça de 120 mil terroristas suicidas. Para a chamada Guerra Assimétrica - como os teóricos definem conflitos entre Estados e organizações proscritas informais como a Al Qaeda - criou-se um pesadelo matemático.


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I´m not surprised with the news about an american strike over Iran nuclear facilities. In every army, intelligence personel usually works in hypotetical conflicts situations, a kind of exercise that helps command centers operations to calculate human an material resources in order to avoid extra spendings in both aspects. I´m a little bit scared now with a brand new element in this theorical exercise: US, Britain, Israel and even Germany gave the green light to make fiction real. There´s a plan of attack in motion.

An eventual operation in this scale would be very different, for example, from that ones in Afghanistan and Iraq. First, because the shortage of time between the order and the airstrikes over taleban strongholds shows clearly that the plan were completely ready even before 9-11 attacks. In Iraq, the blueprints were ready before Gulf War, in 1991. They were just adapted to 2003 campaign.

Iran is very different. Nobody knows exactly how long we will wait till the Pentagon´s countdown ends. But we all know that they cannot wait too long to give the order, because Busheir nuclear reactor is closing to run each day. The Iran´s announcement, two days ago, that the Natanz complex has already started the uraniun enrichment process, probably left Intelligence operatives still more worried than they already is. With Busheir reactor functioning, the effects of a bombing over the dome certainly will be ten times more catastrophic than Chernobyl were.

Besides the high death tolls in an airstrike, we would have a huge effects in other terms. An attack over Iran could deprieve the country of some of the more strategic features to nuclear development. But I´m not so shure that iranian elite couldn´t restart it. Money can buy everything, even nuclear facilities. Or human resources.

Until now, we have only one episode in History of an a sucessfully attack over a nuclear facility. It happened in 1981, when israeli jetfighters dropped a lot of precisely missiles in Saddam Hussein´s Osirac reactor. The reactor, projected by France and builted by an brazilian company, could have produced 5kg to 7kg of plutoniun each year. Now, this spectacular operation would be almost impossible. Differently from Iraq desert, Natanz complex and Busheir reactor are installed in highly populated areas. Besides that, iranian government probably buried most important sectors hundreds of meters below surface. Targets that american an european spy satellites, and spy drones cannot mark of an full scale attack.

In a political point of view, the consequences would be even worst. Like a tsunami, the airstrike would be interpreted as an declaration of war, the third Crusade. Something that jihadist of whole world are dreaming on so long, to definitely destroy the pan-arabism which comes since 1945 as the main political line in the region. It will be replaced by pan-Islamism, with legions of men and women ready to give their lives by Islam not only inside Iran, but anywhere their masters send them. Moderate face of Arab world would be obliged to cut ties with West in order to avoid internal turmoils. Egypt, Jordan, Indonesia, Pakistan, Lebanon, Sirya would be the most affected.

Tony Corn, US official and Intelligence analyst figures that 1% of 1,2 billion muslims in the world joining themselves to jihad would represents 12 million of warriors. Whether 1% of these 12 million decides to take part in martyrdom operations, we will have to face 120.000 suicide bombers. For the Assimetric War - as theorics usually classify conflicts between formal states and informal organizations like Al Qaeda - we could be dragged into a mathematical

2007-03-02 00:45:43 · answer #1 · answered by Anonymous · 0 0

Conflito nuclear entre Irã e EUA nos fóruns internacionais

Redação Central, 6 mar (EFE).- A inclusão do Irã no "eixo do mal" definido pelos Estados Unidos após os atentados de 11 de setembro de 2001 deu início a uma política de confronto entre os dois países nos fóruns internacionais.

O Irã anunciou que a extração de urânio de suas jazidas seria usada para gerar eletricidade. Mas os Estados Unidos suspeitam que a atividade nuclear será destinada a fabricar armas atômicas.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) não sabe se o Irã tem um programa secreto de armas nucleares, mas conhece as instalações nucleares sofisticadas do país que podem enriquecer urânio.

A AIEA pediu ao país que assinasse o protocolo adicional do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP), que permitiria inspeções mais cuidadosas sem aviso prévio.

As inspeções da AIEA nas instalações nucleares iranianas não indicaram que fossem usadas com fins bélicos. Mas, em 2002, os inspetores encontraram vestígios de urânio enriquecido capaz de alimentar armas nucleares na usina de Natanz e, em 2003, nas instalações elétricas de Kalaye, os técnicos voltaram a detectar sinais do material.

Em setembro de 2003, o Conselho de Governadores da AIEA deu ao Governo de Teerã um ultimato até final do mês seguinte para que aceitasse as inspeções sem aviso para sanar as dúvidas sobre o programa nuclear.

Se não cumprisse o prazo, o Irã seria submetido a sanções pelo Conselho de Segurança da ONU.

Em outubro de 2003, o Irã se comprometeu com os ministros de Exteriores da Alemanha, França e Reino Unido a assinar o protocolo adicional do TNP e suspender temporariamente o processo de enriquecimento de urânio. Teerã ainda entregou à AIEA um relatório com documentação detalhada sobre seu programa nuclear para provar que não estava tentando fabricar armas atômicas.

Analistas do organismo internacional começaram suas inspeções três dias antes do fim do prazo. Em novembro, divulgaram um documento em que denunciavam a política de ocultação do regime de Teerã, mas não descartavam que as pequenas quantidades de urânio enriquecido fabricadas em segredo tivessem finalidade militar.

De acordo com o jornal americano "USA Today", no início de 2004, os inspetores da AIEA encontraram novamente componentes para o enriquecimento de urânio em centrífuga.

Finalmente, em 8 de março de 2004, a AIEA afirmou que a Líbia e o Irã violaram suas obrigações em matéria nuclear.

Em 13 de março de 2004, o Conselho de Governadores da AIEA aprovou uma resolução de repúdio ao Irã por suspender temporariamente a visita da equipe de inspetores.

Em junho daquele ano, os inspetores da AIEA acharam novos restos de urânio altamente enriquecido do tipo U-235 em Farayand.

Um mês mais tarde, o Irã anunciou que havia retomado a construção de centrífugas e a produção do material para alimentá-las para a produção de eletricidade.

O Conselho de Governadores da AIEA anunciou uma resolução, em 18 de setembro de 2004, que indicava ao Irã que suspendesse o programa de enriquecimento de urânio antes de 25 de novembro. Teerã garantiu que, se fosse punido pelo Conselho de Segurança, se retiraria do Tratado de Não-Proliferação Nuclear.

Em outubro de 2004, o Governo iraniano rejeitou a proposta da União Européia de interromper suas atividades de enriquecimento de urânio em troca de tecnologia para desenvolver energia nuclear.

Em 31 de janeiro de 2006, os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - EUA, Rússia, China, França e Reino Unido -, mais Alemanha e UE, decidiram em Londres que o Conselho da AIEA deveria enviar o relatório feito pelo Irã ao órgão máximo das Nações Unidas em sua reunião de emergência de 2 de fevereiro.

Em fevereiro de 2006, o Irã, sob o regime do presidente ultraconservador, Mahmoud Ahmadinejad, ameaçou cessar "toda colaboração voluntária" com o organismo atômico.

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ONU - Conselho de Segurança das Nações Unidas
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2007-03-06 02:29:44 · answer #2 · answered by Anonymous · 0 0

o que é IRÃO?

2007-03-05 12:59:34 · answer #3 · answered by careca 4 · 0 0

mas é obvio que é o petroleo, mas tem tambem a motivação para as fabricas de armas dos EUA....o resto é o resto

2007-02-26 10:14:57 · answer #4 · answered by aparecidosf 3 · 0 0

Petroleo!
Influência no Oriente médio.
Além disto os EUA adoram guerra! sempre gostaram de uma forma ou outra! qum financiou Saddam Husseim na guerra Irã- Iraque?
Quem financiou o Bin Laden na Invasão Soviética ao Afeganistão na década de 80?
Só para lembrar! os EUA finaciaram a maioria dos golpes dos militares em paises da América Latina.

Na minha opinião os EUA vão atacar o irã em menos de 1 mês.
mas se este ataque acontecer a região vai pegar fogo! vai causar mais problemas para a região.

2007-02-26 08:55:28 · answer #5 · answered by Maykon R 3 · 0 0

Petróleo, nada mais que isso;
bjs

2007-02-26 08:47:32 · answer #6 · answered by - Núbia 6 · 0 0

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