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Já que o povo gostou do poema da Cecília Meireles, agora vai um de Cora Coralina

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NÃO SEI...

Não sei... se a vida é curta...

Não sei...
Não sei...

se a vida é curta
ou longa demais para nós.

Mas sei que nada do que vivemos
tem sentido,
se não tocarmos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silêncio que respeita,
alegria que contagia,
lágrima que corre,
olhar que sacia,
amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo:
é o que dá sentido à vida.

É o que faz com que ela
não seja nem curta,
nem longa demais,
mas que seja intensa,
verdadeira e pura...
enquanto durar.

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Kisses

2007-02-24 13:07:04 · 29 respostas · perguntado por Math Girl 7 em Artes e Humanidades Filosofia

29 respostas

Tenho me perguntado isso todos os dias...me pego pensando no que realmente dá sentido à minha vida...tenho 27 anos e exatamente há 27 anos que nunca descobri um sentido para ela. Agradeço por conviver com duas pessoas que ainda fazem a minha vida ter um pouco de sentido...mas sempre penso que nada é eterno e elas também não são.

Não sei bem...o destino me colocou o curso superior que ainda tenho de terminar...não fosse isso acho que não teria um "norte" na minha vida...uma razão para sair de casa...sei lá. Todos aqueles com quem eu tinha algum contato social se foram...não deste mundo mas de minha vida..amigos, amigas...só sobrou um...meu amigo gay...parece engraçado mas só ele não me abandonou. Acho que é por isso que sinto como um dever moral de gratidão para com os homossexuais. Peço ao Criador para colocar em meu caminho uma pessoa certa que me aceite como sou...em todos os aspectos.

Já que gosta de poema há um que define bem como me sinto:

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Sá Carneiro


*Dispersão*

Perdi-me dentro de mim
Porque eu era labirinto
E hoje, quando me sinto.
É com saudades de mim.

Passei pela minha vida
Um astro doido a sonhar.
Na ânsia de ultrapassar,
Nem dei pela minha vida...

Para mim é sempre ontem,
Não tenho amanhã nem hoje:
O tempo que aos outros foge
Cai sobre mim feito ontem.

(O Domingo de Paris
Lembra-me o desaparecido
Que sentia comovido
Os Domingos de Paris:

Porque um domingo é família,
É bem-estar, é singeleza,
E os que olham a beleza
Não têm bem-estar nem família).

O pobre moço das ânsias...
Tu, sim, tu eras alguém!
E foi por isso também
Que me abismaste nas ânsias.

A grande ave doirada
Bateu asas para os céus,
Mas fechou-as saciada
Ao ver que ganhava os céus.

Como se chora um amante,
Assim me choro a mim mesmo:
Eu fui amante inconstante
Que se traiu a si mesmo.

Não sinto o espaço que encerro
Nem as linhas que protejo:
Se me olho a um espelho, erro -
Não me acho no que projeto.

Regresso dentro de mim
Mas nada me fala, nada!
Tenho a alma amortalhada,
Sequinha, dentro de mim.

Não perdi a minha alma,
Fiquei com ela, perdida.
Assim eu choro, da vida,
A morte da minha alma.

Saudosamente recordo
Uma gentil companheira
Que na minha vida inteira
Eu nunca vi... Mas recordo

A sua boca doirada
E o seu corpo esmaecido,
Em um hálito perdido
Que vem na tarde doirada.

(As minhas grandes saudades
São do que nunca enlacei.
Ai, como eu tenho saudades
Dos sonhos que sonhei!... )

E sinto que a minha morte -
Minha dispersão total -
Existe lá longe, ao norte,
Numa grande capital.

Vejo o meu último dia
Pintado em rolos de fumo,
E todo azul-de-agonia
Em sombra e além me sumo.

Ternura feita saudade,
Eu beijo as minhas mãos brancas...
Sou amor e piedade
Em face dessas mãos brancas...

Tristes mãos longas e lindas
Que eram feitas pra se dar...
Ninguém mas quis apertar...
Tristes mãos longas e lindas...

Eu tenho pena de mim,
Pobre menino ideal...
Que me faltou afinal?
Um elo? Um rastro?... Ai de mim!...

Desceu-me n'alma o crepúsculo;
Eu fui alguém que passou.
Serei, mas já não me sou;
Não vivo, durmo o crepúsculo.

Álcool dum sono outonal
Me penetrou vagamente
A difundir-me dormente
Em uma bruma outonal.

Perdi a morte e a vida,
E, louco, não enlouqueço...
A hora foge vivida
Eu sigo-a, mas permaneço...




Castelos desmantelados,
Leões alados sem juba...



Paris - maio de 1913.

2007-02-24 13:48:15 · answer #1 · answered by Cogitação - Cogito, ergo sum - ☼ 6 · 2 2

E aquela canção católica: É amar-te e louvar-te, para que a nossa vida, seja sempre uma cançãããão! LOVADO SEJA O MEU SENHOOOOR!

2007-02-24 13:11:51 · answer #2 · answered by Anonymous · 4 1

Ter sonhos e planos.

2007-02-24 14:45:30 · answer #3 · answered by Silfer 1 · 2 0

O QUE DÁ SENTIDO À VIDA??

.... ........ "Viver não é tudo...
........ ...... É preciso também
........... Realizar algo
............... Construtivo, benéfico
.......................... E, exemplar!!!"

2007-02-24 13:19:59 · answer #4 · answered by Roberto 7 · 2 0

Saber que você esta ai por alguém ou por alguma coisa. Que você tem uma missão.

2007-02-24 13:15:51 · answer #5 · answered by Biaway 3 · 2 0

A morte. É o balizador de todos os nossos atos.

2007-02-24 13:12:55 · answer #6 · answered by carlos 4 · 2 0

AMOR

2007-02-24 13:11:06 · answer #7 · answered by Bella* 4 · 2 0

Motivação.

2007-02-24 13:10:19 · answer #8 · answered by Sueli R 2 · 2 0

Ser realizada em todos os sentidos e ter Jesus no seu coração.

2007-02-24 13:10:08 · answer #9 · answered by Anonymous · 2 0

Se você se voltar para o Irã e verificar que estão construindo uma bomba atômica, não sei o que sentir .............

A Coréia do Sul soltando novas bombas, matando milhares de peixes e você aí lendo MEIRELES ?????

2007-02-24 13:10:01 · answer #10 · answered by Bad Dream 4 · 4 2

O que da sentido a vida é a curiosidade, é querer desvendar seus mistérios, é tentar entende-la mesmo isso parecendo ser impossível, é errar e aprender, cair e levantar-se buscar a felicidade e encontra-la... mesmo ela estando longe e o caminho seja árduo....
O sentido da viva é viver mesmo isso parecendo sem sentido...



UMA LÁGRIMA

Pelo beijo que eu não te dei
Pelo afago que eu sufoquei
Pelos sonhos que malbaratei
Pelo encontro que em vão sonhei
Pelo beijo que não me roubaste
Pelo afago que me recusaste
Pelo encontro que tu evitaste
Pelo sonho que tu não sonhaste



Uma lágrima

Pela mão que não entrelacei
Pelo olhar que jamais cruzei
Pela valsa que eu não dancei
Pela música que não entoei
Pela mão que não apertaste
Pelo olhar que tu desviaste
Pela dança que tu não dançaste
Pela canção que não escutaste



Uma lágrima

Pela espera da festa... sem festa
Pela espera do gozo... sem gozo
Pela espera da vida... sem vida
Pelo ápice do fim... sem fim



Uma lágrima

Sem festa... pela fresta que tu me fechaste
Sem gozo... pois no meio do caminho declinaste
Sem vida... foste minha luz e te apagaste
Sem fim... começaste a amar e não terminaste



Beijos
Vampira

2007-02-24 13:43:48 · answer #11 · answered by Vampira 6 · 2 1

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