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resumirr a resposta,para trab.de hist. do ensino fundamental

2007-02-23 08:13:27 · 7 respostas · perguntado por Florence 1 em Artes e Humanidades História

7 respostas

resposta
resumo sobre as consequências do ilumunismo=As Consequências do Iluminismo

AS JUSTIFICATIVAS EUROPÉIAS PARA 0 IMPERIALISMO

Os políticos, os homens de negócio e os governantes europeus encaravam o Imperialismo como um fator necessário à prosperidade econômica e como uma forma de diminuir os graves problemas sociais de seus países. 0 discurso de Cécil Rhodes,imperialista inglês, milionário e 12 ministro da Colônia do Cabo na África do Sul, proferido em 1895, mostra claramente as raízes socioeconômicas do Imperialismo:

"Ontem estive no East-End (bairro operário de Londres) e assisti a uma assembléia de desempregados. Ao ouvir ali discursos exaltados, cuja nota dominante era: pão! pão!, e ao refletir, de regresso a casa, sobre o que tinha ouvido, convenci-me, mais do que nunca, da importância do imperialismo... A idéia que acalento representa a solução do problema social: para salvar os 40 milhões de habitantes do Reino Unido de uma mortífera guerra civil, nós, os políticos coloniais, devemos apoderar-nos de novos territórios; para eles enviaremos o excedente de população e neles encontraremos novos mercados para os produtos das nossas fábricas e das nossas minas. 0 império, sempre o tenho dito, é uma questão de estômago. Se quereis evitar a guerra civil, deveis tornar-vos imperialistas." (CATANI, Afrânio Mendes. 0 que é Imperialismo. São Paulo, Editora Brasiliense, 1982, p. 36.)

Entretanto, a fim de justificar a violência, e as atrocidades que estavam sendo cometidas no processo de conquista e ocupação das colônias, os europeus introduziram critérios étnicos que estabeleciam distinções entre os dominadores (brancos) e os dominados (de outra cor), estando al implícita a idéia de "superioridade" da civilização e da raça européias.

0 colonialismo passou a ser visto como uma tarefa árdua que beneficiava muito mais o colonizado do que o colonizador. Caracterizava-se como uma missão e um "dever moral" do europeu, a fim de acabar com as doenças tropicais, com o canibalismo, o escravismo e o paganismo e de levar a higiene, a instrução, o cristianismo, a ciência, enfim o progresso, aos povos atrasados.

0 nativo africano ou asiático era visto pelo colonizador como uma mão-de-obra disponível e barata para trabalhar em suas fazendas. Os europeus fossem eles soldados, funcionários públicos ou agricultores, consideravam-se superiores aos habitantes das colônias, aos quais davam ordens. Nas colônias, eles se sentiam verdadeiros cidadãos de seus países e assumiam uma importância que não possuíam em sua pátria. Segundo o historiador Hobsbawn, "em Dakar ou Mombaça, o mais modesto funcionário era um amo e era aceito como um gentleman por pessoas que não teriam notado sua existência em Paris ou Londres; o operário branco era um comandante de negros." (A Era dos Impérios. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1988, p. 107.)

Empobrecimento, subdesenvolvimento, perda da identidade cultural: A exportação de capitais e de produtos manufaturados proporcionou lucros elevados e enriqueceu enormemente os países industrializados, pois nas colônias, juros cobrados eram altos, o preço das terras e dos salários eram baixos e as matérias primas eram baratas. A expansão do capitalismo via colonialismo criou, pela primeira vez, um mercado mundial, onde a economia das colônias fornecedoras de minerais e de gêneros agrícolas era complementar à economia dos países industrializados

Entretanto, a criação de um mercado mundial não representou benefício para as colônias porque a venda de seus produtos não se realizava conforme as leis da oferta e da procura. Foi, antes de tudo, "o produto de uma relação de forças", ou seja, a metrópole, por seu poderio econômico e militar, impunha o preço da matéria prima. A Comercialização dos produtos coloniais ficava a cargo das companhias européias que se apropriavam da maior parte do lucro, restando à burguesia colonial associada a menor parte dele.

A introdução do modo de produção capitalista na Ásia e na África levou ao aparecimento do trabalho assalariado e da propriedade privada da terra, concentrada nas mãos dos europeus ou da elite dominante local, dedicada às atividades de exportação. A dissolução do cultivo coletivo da terra nas aldeias e a desintegração do artesanato urbano afastaram os camponeses e artesãos de seus meios tradicionais de subsistência, criando um proletariado miserável concentrado nas cidades.

Do ponto de vista social, a colonização impôs uma hierarquização étnica: o colonizador era considerado superior, racial e socialmente falando. Nesse sentido, ficou famoso o aviso encontrado nos jardins de Shangai: "Proibida a entrada de cachorros e de chineses". As velhas classes dirigentes locais se adaptaram aos modelos ocidentais", procurando imitá-los e adotando sua língua .

0 impacto da expansão capitalista sobre as regiões dominadas resultou quase sempre no empobrecimento e no subdesenvolvimento em que elas se mantêm até hoje. Em algumas regiões, indústria local foi destruída por não poder concorrer com a indústria dos países capitalistas adiantados.

Se o Imperialismo trouxe o progresso representado por processos modernos de cultivo e de irrigação, ferrovias, telégrafos, portos, hospitais escolas, universidades e bancos, significou também muito derramamento de sangue, guerras coloniais, massacres de populações nativas, subalimentação, erosão dos solos, desestruturação de comunidades tribais e descaracterização de culturas. As contribuições das técnicas e da ciência ocidentais foram reais, mas cabe perguntar se elas não poderiam ser repartidas sem a dominação política e a exploração econômica.

b) A Guerra Total

No final do século XIX, ao iniciarem sua participação na corrida imperialista, a Alemanha e a Itália encontraram as principais áreas já tomadas pela Inglaterra e pela França, potências que haviam logrado industrializar-se mais cedo. As reivindicações de reajustes da divisão territorial geraram confrontos e rivalidades que acabaram por contribuir para uma guerra devastadora entre as potências européias: a Primeira Guerra Mundial, de 1914 a 1918.

c) A Revolta do Colonizado A colonização européia gerou, nas regiões dominadas, uma elite intelectual local formada na cultura e nas escolas européias, que tinha acesso a postos subalternos da administração colonial. Aos poucos, essa elite transformou-se no centro da resistência ao domínio colonial.

As ideologias européias predominantes no século XIX, como a democracia, o nacionalismo, o cristianismo e o marxismo foram difundidas nas colônias através dos imigrantes, funcionários, missionários, intelectuais, e acabaram por criar uma consciência crítica contra os colonizadores. 0 pensamento ocidental, baseado na liberdade na igualdade perante Deus e perante a lei, foi usado nas colônias pa ra contestar a exploração econômica, o racismo, a falta de oportunidade e de liberdade aos quais a maioria da população local estava submetida, dando origem aos movimentos nacionais pela libertação, mais fortes principalmente após a 2a. Guerra Mundial (1939/1945).

d) Conscientização e Reação

"A Ásia, que tinha sido berço das grandes civilizações, a cujo gênio a humanidade deve seus primeiros progressos fundamentais, como a domesticação dos animais, a agricultura, a criação, a cerâmica, a metalurgia, o papel, a pólvora, etc, bem como as instituições de vida social (cidades, Estados organizados, moeda, escrita), perdeu, ao longo de dois séculos de dominação européia, cinco milênios de autonomia e liderança. Seus povos, altamente civilizados, tinham padrões éticos bem diversos dos valores que acompanharam a ocupação pelo Ocidente, que atribuíam preeminência à técnica e aos bens materiais.

0 sistema social da Índia, da China e das regiões que recebe ram sua influência, fundamentava-se num conjunto de valores que lidava primeiro lugar ao sábio, àquele que sabe no sentido poético, literário, metafísico e espiritual" (Mathiex-Vincent, Histoire Aujoud'hui, v.II,1973). A perda de sua identidade cultural seguiu-se a perda de suas riquezas, de sua autonomia, à tentativa de lhe arrancar o passado pelas raízes.

A África, cuja verdadeira história começa agora a ser escrita pelos africanos, sofreu a espoliação mais completa que se conhece em homens, recursos e valores culturais. Os invasores mudaram os velhos padrões da sociedade tribal, impuseram o trabalho forçado, o racismo, algumas vezes por métodos paternalistas que encobriam a proletarização do trabalhador africano, como foi o caso de katanga (Congo Belga). É conhecida a passagem dos livros franceses de História usados nas escolas de suas colônias pelos "nativos", cuja primeira frase falava de "nossos antepassados os gauleses". A própria memória coletiva de um passado comum lhes era arrancada, apagada.

Na raiz do racismo e da alienação cultural está o regime de brutal exploração do homem pelo homem, sobre o qual repousavam as estruturas coloniais. A tomada de consciência desse processo de expropriação absoluta constitui a essência do processo de descolonização que partirá da intelectualidade colonizada, como Léopold Senghor, Aimé Césaire, David Dion, e de intelectuais antiimperialistas do Ocidente, como Franz Fannon, Albert Memmi e Sartre ( ... ).

Em Paris, a revista "Présence Africaine", com Aliune Diop e um grupo de poetas e escritores negros de expressão francesa, Léopold Senghor, Aimé Césaire, David Dion, lança um movimento de idéias, a negritude, proclamando a consciência do "eu negro". Sobre ele, assim se expressa um historiador negro, do Alto Volta: "Um dos aspectos fundamentais da negritude é a afirmação de si, após a longa noite de alienação, como aquele que sai de um pesadelo e apalpa o corpo todo para se reconhecer a si próprio, como o prisioneiro libertado que exclama bem alto: 'Estou livre!', embora ninguém lhe pergunte nada", (Joseph Kizer bo, História da África Negra, Viseu, 1980)." (LINHARES, Maria Yedda. A.luta contra a metrópole. São Paulo, Brasiliense, 1983, p. 52 a 54.)

SI N T E S E

No século a conquista de novos territórios pelos europeus assumiu uma dimensão e uma proporção desconhecidas. As empresas e os aventureiros procuravam obter oportunidades de lucro e fontes de matérias primas antes dos concorrentes. A presença dos interesses burgueses na África Ásia e América Latina exigiu a intervenção dos governos europeus na defesa do patrimônio de seus cidadãos, passando a atuar nas áreas ocupadas como verdadeiros donos. A conquista assumiu caráter violento, espoliador e racista. 0 imperialismo responsável pela difusão da técnica e da ciência, foi também causa do atraso e do empobrecimento do colonizado. A intensa rivalidade entre as potências provocou a Primeira Guerra Mundial. Após a Segunda Guerra, os povos colonizados, conscientizados de sua brutal exploração, iniciaram um movimento de reação a dominação.

2007-02-23 09:24:33 · answer #1 · answered by Anonymous · 0 0

As conseqüências do iluminismo foram a confiança na razão e nas ciências.O que alçou,com o decorrer dos tempos até os dias de hoje o progresso gradativo das ciências e tecnologias
existentes no mundo atual.

Beye-beye!!.

2007-02-23 18:50:23 · answer #2 · answered by sebasca 5 · 2 0

Na segunda metade do século XIX, mais concretamente a partir de 1870, iniciou-se o grande salto da expansão colonialista européia. Em menos de 30 anos, a febre colonial chegou aos confins do globo. A Grã-Bretanha e a França alargaram e consolidaram seus domínios na Ásia ao mesmo tempo em que se lançaram na grande aventura africana. A Alemanha de Otto von Bismarck (1815/1898), estimulada por um desenvolvimento econômico sem precedentes, provocou a divisão da África. Os holandeses aperfeiçoaram seus métodos de exploração na Insulíndia (hoje Indonésia), e o rei Leopoldo II (1835/1909), da Bélgica, instalou no Congo (hoje Zaire) um "Estado independente". A partir de 1898, após apoderar-se de Porto Rico, Cuba e Filipinas, o governo dos Estados Unidos desencadeou um verdadeiro furacão imperialista. (...) Alguns dados darão a idéia desta extraordinária expansão. Em 1875, os países europeus dominavam apenas 11% do território africano; em 1902, seu domínio estendia se a 90%. No norte da -África, até 1880, se excetuarmos a Argélia, unicamente no Egito e Tunísia existiam indícios de controle europeu. Três decênios mais tarde, os governos europeus tinham a soberania de quarenta unidades políticas em que haviam repartido o continente africano. Como se produziu uma mudança tão espetacular? Que impulsos se ocultavam por detrás do arrebatamento colonialista? (MADRIDEJOS, Mateo. Colonialismo e Neocolonialismo. Rio de Janeiro, Salvat Edit., 1979, p. 23 a 25.)

Na primeira metade do século XIX, a expansão européia foi limitada. A Inglaterra manteve seu domínio sobre a Índia, a parte mais importante de seu império ultramarino remanescente da época moderna e ocupou as cidades do Cabo e de Natal no sul da África. A França iniciou, em 1830, um longo processo de colonização da Argélia (norte da África).

A partir de 1870, o forte crescimento industrial, a intensa competição por mercados, a passagem do capitalismo à fase do capitalismo monopolista e a grave crise econômica de superprodução levaram os governos da Inglaterra, da França, da Alemanha, dos Estados Unidos e mais tarde do Japão a assumirem uma política expansionista em busca de novos mercados e áreas de investimentos, dando origem ao IMPERIALIS MO.

Essa política resultou na repartição quase completa da África na ocupação de vastos territórios da Ásia ou sua subordinação a influência européia. Em 1900, a Grã-Bretanha havia incorporado a seu império 4 500 000 milhas quadradas; a França, 3 500 000; a Alemanha,1 000 000; a Bélgica, 900 000;- a Rússia, 500 000; a Itália, 185 000; e os Estados Unidos, 125 000 milhas quadradas.

Para a burguesia, o Estado que até então existia para preservar a propriedade e a segurança de seus cidadãos, deveria agora apoiar a política imperialista, garantindo o capital investido fora da Europa. "Nesse momento, ela (a burguesia) abandona a postura liberal, ou seja, de não intervenção do Estado em questões econômicas, para preservar sua taxa de lucro, deixando também de ser pacifista e humanista". (Arendt, Hannah. 0 Sistema Totalitário. Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1978, p. 201.)

A posse de colônias significava ter o "status" de potência e não possuí-las era reconhecer uma situação de inferioridade em relação aos demais países industrializados. Nesse sentido, o Imperialismo esteve também ligado ao desenvolvimento do nacionalismo e converteu-se numa política nacional seguida pelos Estados europeus, financiados por fundos públicos e apoiada pela criação de aparelhos administrativos nas regiões ocupadas.



As Consequências do Iluminismo

AS JUSTIFICATIVAS EUROPÉIAS PARA 0 IMPERIALISMO

Os políticos, os homens de negócio e os governantes europeus encaravam o Imperialismo como um fator necessário à prosperidade econômica e como uma forma de diminuir os graves problemas sociais de seus países. 0 discurso de Cécil Rhodes,imperialista inglês, milionário e 12 ministro da Colônia do Cabo na África do Sul, proferido em 1895, mostra claramente as raízes socioeconômicas do Imperialismo:

"Ontem estive no East-End (bairro operário de Londres) e assisti a uma assembléia de desempregados. Ao ouvir ali discursos exaltados, cuja nota dominante era: pão! pão!, e ao refletir, de regresso a casa, sobre o que tinha ouvido, convenci-me, mais do que nunca, da importância do imperialismo... A idéia que acalento representa a solução do problema social: para salvar os 40 milhões de habitantes do Reino Unido de uma mortífera guerra civil, nós, os políticos coloniais, devemos apoderar-nos de novos territórios; para eles enviaremos o excedente de população e neles encontraremos novos mercados para os produtos das nossas fábricas e das nossas minas. 0 império, sempre o tenho dito, é uma questão de estômago. Se quereis evitar a guerra civil, deveis tornar-vos imperialistas." (CATANI, Afrânio Mendes. 0 que é Imperialismo. São Paulo, Editora Brasiliense, 1982, p. 36.)

Entretanto, a fim de justificar a violência, e as atrocidades que estavam sendo cometidas no processo de conquista e ocupação das colônias, os europeus introduziram critérios étnicos que estabeleciam distinções entre os dominadores (brancos) e os dominados (de outra cor), estando al implícita a idéia de "superioridade" da civilização e da raça européias.

0 colonialismo passou a ser visto como uma tarefa árdua que beneficiava muito mais o colonizado do que o colonizador. Caracterizava-se como uma missão e um "dever moral" do europeu, a fim de acabar com as doenças tropicais, com o canibalismo, o escravismo e o paganismo e de levar a higiene, a instrução, o cristianismo, a ciência, enfim o progresso, aos povos atrasados.

0 nativo africano ou asiático era visto pelo colonizador como uma mão-de-obra disponível e barata para trabalhar em suas fazendas. Os europeus fossem eles soldados, funcionários públicos ou agricultores, consideravam-se superiores aos habitantes das colônias, aos quais davam ordens. Nas colônias, eles se sentiam verdadeiros cidadãos de seus países e assumiam uma importância que não possuíam em sua pátria. Segundo o historiador Hobsbawn, "em Dakar ou Mombaça, o mais modesto funcionário era um amo e era aceito como um gentleman por pessoas que não teriam notado sua existência em Paris ou Londres; o operário branco era um comandante de negros." (A Era dos Impérios. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1988, p. 107.)

Empobrecimento, subdesenvolvimento, perda da identidade cultural: A exportação de capitais e de produtos manufaturados proporcionou lucros elevados e enriqueceu enormemente os países industrializados, pois nas colônias, juros cobrados eram altos, o preço das terras e dos salários eram baixos e as matérias primas eram baratas. A expansão do capitalismo via colonialismo criou, pela primeira vez, um mercado mundial, onde a economia das colônias fornecedoras de minerais e de gêneros agrícolas era complementar à economia dos países industrializados

Entretanto, a criação de um mercado mundial não representou benefício para as colônias porque a venda de seus produtos não se realizava conforme as leis da oferta e da procura. Foi, antes de tudo, "o produto de uma relação de forças", ou seja, a metrópole, por seu poderio econômico e militar, impunha o preço da matéria prima. A Comercialização dos produtos coloniais ficava a cargo das companhias européias que se apropriavam da maior parte do lucro, restando à burguesia colonial associada a menor parte dele.

A introdução do modo de produção capitalista na Ásia e na África levou ao aparecimento do trabalho assalariado e da propriedade privada da terra, concentrada nas mãos dos europeus ou da elite dominante local, dedicada às atividades de exportação. A dissolução do cultivo coletivo da terra nas aldeias e a desintegração do artesanato urbano afastaram os camponeses e artesãos de seus meios tradicionais de subsistência, criando um proletariado miserável concentrado nas cidades.

Do ponto de vista social, a colonização impôs uma hierarquização étnica: o colonizador era considerado superior, racial e socialmente falando. Nesse sentido, ficou famoso o aviso encontrado nos jardins de Shangai: "Proibida a entrada de cachorros e de chineses". As velhas classes dirigentes locais se adaptaram aos modelos ocidentais", procurando imitá-los e adotando sua língua .

0 impacto da expansão capitalista sobre as regiões dominadas resultou quase sempre no empobrecimento e no subdesenvolvimento em que elas se mantêm até hoje. Em algumas regiões, indústria local foi destruída por não poder concorrer com a indústria dos países capitalistas adiantados.

Se o Imperialismo trouxe o progresso representado por processos modernos de cultivo e de irrigação, ferrovias, telégrafos, portos, hospitais escolas, universidades e bancos, significou também muito derramamento de sangue, guerras coloniais, massacres de populações nativas, subalimentação, erosão dos solos, desestruturação de comunidades tribais e descaracterização de culturas. As contribuições das técnicas e da ciência ocidentais foram reais, mas cabe perguntar se elas não poderiam ser repartidas sem a dominação política e a exploração econômica.

b) A Guerra Total

No final do século XIX, ao iniciarem sua participação na corrida imperialista, a Alemanha e a Itália encontraram as principais áreas já tomadas pela Inglaterra e pela França, potências que haviam logrado industrializar-se mais cedo. As reivindicações de reajustes da divisão territorial geraram confrontos e rivalidades que acabaram por contribuir para uma guerra devastadora entre as potências européias: a Primeira Guerra Mundial, de 1914 a 1918.

c) A Revolta do Colonizado A colonização européia gerou, nas regiões dominadas, uma elite intelectual local formada na cultura e nas escolas européias, que tinha acesso a postos subalternos da administração colonial. Aos poucos, essa elite transformou-se no centro da resistência ao domínio colonial.

As ideologias européias predominantes no século XIX, como a democracia, o nacionalismo, o cristianismo e o marxismo foram difundidas nas colônias através dos imigrantes, funcionários, missionários, intelectuais, e acabaram por criar uma consciência crítica contra os colonizadores. 0 pensamento ocidental, baseado na liberdade na igualdade perante Deus e perante a lei, foi usado nas colônias pa ra contestar a exploração econômica, o racismo, a falta de oportunidade e de liberdade aos quais a maioria da população local estava submetida, dando origem aos movimentos nacionais pela libertação, mais fortes principalmente após a 2a. Guerra Mundial (1939/1945).

d) Conscientização e Reação

"A Ásia, que tinha sido berço das grandes civilizações, a cujo gênio a humanidade deve seus primeiros progressos fundamentais, como a domesticação dos animais, a agricultura, a criação, a cerâmica, a metalurgia, o papel, a pólvora, etc, bem como as instituições de vida social (cidades, Estados organizados, moeda, escrita), perdeu, ao longo de dois séculos de dominação européia, cinco milênios de autonomia e liderança. Seus povos, altamente civilizados, tinham padrões éticos bem diversos dos valores que acompanharam a ocupação pelo Ocidente, que atribuíam preeminência à técnica e aos bens materiais.

0 sistema social da Índia, da China e das regiões que recebe ram sua influência, fundamentava-se num conjunto de valores que lidava primeiro lugar ao sábio, àquele que sabe no sentido poético, literário, metafísico e espiritual" (Mathiex-Vincent, Histoire Aujoud'hui, v.II,1973). A perda de sua identidade cultural seguiu-se a perda de suas riquezas, de sua autonomia, à tentativa de lhe arrancar o passado pelas raízes.

A África, cuja verdadeira história começa agora a ser escrita pelos africanos, sofreu a espoliação mais completa que se conhece em homens, recursos e valores culturais. Os invasores mudaram os velhos padrões da sociedade tribal, impuseram o trabalho forçado, o racismo, algumas vezes por métodos paternalistas que encobriam a proletarização do trabalhador africano, como foi o caso de katanga (Congo Belga). É conhecida a passagem dos livros franceses de História usados nas escolas de suas colônias pelos "nativos", cuja primeira frase falava de "nossos antepassados os gauleses". A própria memória coletiva de um passado comum lhes era arrancada, apagada.

Na raiz do racismo e da alienação cultural está o regime de brutal exploração do homem pelo homem, sobre o qual repousavam as estruturas coloniais. A tomada de consciência desse processo de expropriação absoluta constitui a essência do processo de descolonização que partirá da intelectualidade colonizada, como Léopold Senghor, Aimé Césaire, David Dion, e de intelectuais antiimperialistas do Ocidente, como Franz Fannon, Albert Memmi e Sartre ( ... ).

Em Paris, a revista "Présence Africaine", com Aliune Diop e um grupo de poetas e escritores negros de expressão francesa, Léopold Senghor, Aimé Césaire, David Dion, lança um movimento de idéias, a negritude, proclamando a consciência do "eu negro". Sobre ele, assim se expressa um historiador negro, do Alto Volta: "Um dos aspectos fundamentais da negritude é a afirmação de si, após a longa noite de alienação, como aquele que sai de um pesadelo e apalpa o corpo todo para se reconhecer a si próprio, como o prisioneiro libertado que exclama bem alto: 'Estou livre!', embora ninguém lhe pergunte nada", (Joseph Kizer bo, História da África Negra, Viseu, 1980)." (LINHARES, Maria Yedda. A.luta contra a metrópole. São Paulo, Brasiliense, 1983, p. 52 a 54.)

SI N T E S E

No século a conquista de novos territórios pelos europeus assumiu uma dimensão e uma proporção desconhecidas. As empresas e os aventureiros procuravam obter oportunidades de lucro e fontes de matérias primas antes dos concorrentes. A presença dos interesses burgueses na África Ásia e América Latina exigiu a intervenção dos governos europeus na defesa do patrimônio de seus cidadãos, passando a atuar nas áreas ocupadas como verdadeiros donos. A conquista assumiu caráter violento, espoliador e racista. 0 imperialismo responsável pela difusão da técnica e da ciência, foi também causa do atraso e do empobrecimento do colonizado. A intensa rivalidade entre as potências provocou a Primeira Guerra Mundial. Após a Segunda Guerra, os povos colonizados, conscientizados de sua brutal exploração, iniciaram um movimento de reação a dominação.

2007-02-23 16:59:16 · answer #3 · answered by Anonymous · 0 0

Olá Florence. Boa pergunta, apesar de não saber se vc quer uma resposta a nível de arte ou em enquadramento do iluminismo. De qualquer forma deixarei uma resposta a vc.

O iluminismo não se trata de uma analítica da verdade, consistiria em algo que se poderia chamar de analítica do presente, uma ontologia de nós mesmos e, me parece que a escolha filosófica na qual nos encontramos confrontados atualmente é a seguinte: pode-se optar por uma filosofia crítica que se apresenta como uma filosofia analítica da verdade em geral, ou bem se pode optar por um pensamento crítico que toma a forma de uma ontologia de nós mesmos, de uma ontologia da atualidade, é esta forma de filosofia que de Hegel à Escola de Frankfurt, passando por Nietzsche e Max Weber, fundou uma forma de reflexão na qual tem se tentado trabalhar. Um abraço

2007-02-23 16:34:38 · answer #4 · answered by SHAW 2 · 0 0

O Iluminismo foi um movimento e uma revolta ao mesmo tempo intelectual surgido na segunda metade do século XVIII (o chamado "século das luzes") que enfatizava a razão e a ciência como formas de explicar o universo. FOI UM DOS MOVIMENTOS IMPULSIONADORES DO CAPITALISMO E DA SOCIEDADE MODERNA.

2007-02-23 16:20:09 · answer #5 · answered by rommel 2 · 0 0

Revolução Francesa e Industrial.

2007-02-23 16:20:05 · answer #6 · answered by Raphael M 6 · 0 0

Florence,

"Chamamos de Iluminismo o movimento cultural que se desenvolveu na Inglaterra, Holanda e França, nos séculos XVII e XVIII. Nessa época, o desenvolvimento intelectual, que vinha ocorrendo desde o Renascimento, deu origem a idéias de liberdade política e econômica, defendidas pela burguesia.

Os filósofos e economistas que difundiam essas idéias julgavam-se propagadores da luz e do conhecimento, sendo, por isso, chamados de iluministas.

O Iluminismo trouxe consigo grandes avanços que, juntamente com a Revolução Industrial, abriram espaço para a profunda mudança política determinada pela Revolução Francesa.

O precursor desse movimento foi o matemático francês René Descartes (1596-1650), considerado o pai do racionalismo. Em sua obra “Discurso do método”, ele recomenda, para se chegar à verdade, que se duvide de tudo, mesmo das coisas aparentemente verdadeiras.

A partir da dúvida racional pode-se alcançar a compreensão do mundo, e mesmo de Deus.

Os principais filósofos do Iluminismo foram: John Locke (1632-1704), ele acreditava que o homem adquiria conhecimento com o passar do tempo através do empirismo; Voltaire (1694-1778), ele defendia a liberdade de pensamento e não poupava crítica a intolerância religiosa; Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), ele defendia a idéia de um estado democrático que garanta igualdade para todos; Montesquieu (1689-1755), ele defendeu a divisão do poder político em Legislativo, Executivo e Judiciário; Denis Diderot (1713-1784) e Jean Le Rond d´Alembert (1717-1783), juntos organizaram uma enciclopédia que reunia conhecimentos e pensamentos filosóficos da época.

♫ ♪ ♫ Um abraço! ♫ ♪ ♫

2007-02-23 16:19:28 · answer #7 · answered by ★HELDA★C★ ★ ★ ★ ★ 7 · 0 0

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