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Assuntos importantes não podem ser decididos pelo Lulla, algum cidadão competente deveria ficar com essa tarefa. Alguém que saiba que esta administrando os recursos de milhões de brasileiros e não a casa de Dona Mariza.

2007-02-23 02:20:19 · 6 respostas · perguntado por xerxes 3 em Governo e Política Política

6 respostas

Acho que ele agiu certo, dá uma olhada nestes dois textos e tire suas conclusões (são textos longos, mas vale a pena)

TEXTO 1

Gás jogado fora

Como tudo o que diz respeito às relações com nossos vizinhos populistas do noroeste e do oeste, a mudança nos contratos de fornecimento de gás pela Bolívia ao Brasil, anunciado nesta quinta-feira, provocou descabelamento e ranger de dentes naqueles brasileiros que falam grosso para os países pobres da América do Sul e ronronam como gatinhos dengosos para os grandes irmãos do norte. Nunca se viu tanta indignação por tão pouco.

Despido da histeria política e ideológica que insuflou, tudo não passou de um aditamento ao contrato de fornecimento de gás, a partir do qual o Brasil concorda em pagar, em média, mais 4% no preço do produto e algo em torno de US$ 100 milhões por ano além dos US$ 1,3 bilhão já pago anualmente pelo Brasil aos bolivianos. No fim das contas, com toda a gritaria que provocou, a confusão toda não passou de um aumento inferior a 8% nas despesas brasileiras com o gás boliviano.

É meio ridículo querer que o governo brasileiro arrotasse seu infinitamente maior poderio para cima dos bolivianos, recusando-se a renegociar os preços do gás que eles nos vendem. Isso até seria possível porque, embora a Bolívia forneça metade do gás consumido no Brasil, o consumo de gás ainda mal chega a 10% da matriz energética brasileira. Logo, no conjunto das fontes de energia utilizadas em nosso País, só 5% provêm do gás boliviano e, portanto, ainda que provocasse algum transtorno, o bloqueio de seu fornecimento não seria o fim do mundo.

Dispensar o gás boliviano, no entanto, seria uma enorme besteira. O gás da Bolívia é a melhor alternativa energética para o Brasil. Primeiro porque é uma fonte mais limpa do que os demais derivados de petróleo e outras fontes não renováveis. Depois porque é muito barato – mesmo depois desse aumento.

Fazendo uma equivalência energética com o petróleo, o gás boliviano saía para nós a US$ 20 por barril e agora não vai custar nem US$ 21. Isso é quase um terço da cotação internacional de um barril de óleo tipo Brent e metade do que custa um barril do petróleo pesado, como o produzido no Brasil. Só com o preço a US$ 7 por milhão de BTUs (unidade térmica britânica, a medida internacional usada no setor) é que o gás da Bolívia começaria a ficar oneroso para o Brasil. Com o aumento negociado agora, o preço nem chega a US$ 5.

Falar grosso com os bolivianos, excetuada a hipótese de uma invasão da Bolívia, com a ocupação dos gasodutos, significaria tomar um de dois caminhos. Substituir o gás por outra fonte de energia ou recorrer aos tribunais internacionais para manter os termos do contrato em vigor.

No primeiro caso, os prejuízos seriam certamente muito maiores, visto que nem um eventual aumento da produção doméstica sairia mais conta. No segundo, não seriam poucos os riscos de uma derrota judicial, tal a discrepância entre os antigos preços definidos nos contratos e as cotações internacionais nos dias atuais.

A política externa de Lula pode ser a pior do mundo e seus resultados para lá de duvidosos. Suas pretensões a líder regional quem sabe refletem, além de um projeto meio jeca, a incapacidade de o ex-torneiro mecânico conter a hiperinflação de seu ego. Nada disso, contudo, elimina o fato de que, diante das circunstâncias, o acordo acertado com a Bolívia sobre o gás fornecido ao Brasil não poderia ser melhor. Arrancar os cabelos e apontar o dedo acusador para o acordo com os bolivianos é pura e rasteira ideologia. E muito gás jogado fora.


José Paulo Kupfer


TEXTO 2

A grande jogada de Lula


O "acordo do gás" com a Bolívia faz parte de uma grande jogada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na política externa. Ao ceder a Evo Morales em termos econômicos aceitáveis para o Brasil, Lula marcou um golaço. Reforçou no cenário internacional a imagem de contraponto moderado a Hugo Chávez, o presidente da Venezuela. Mundialmente, Lula é cada vez mais a referência de liderança responsável e progressista da América Latina.

Tivesse "peitado" a Bolívia como queriam setores da oposição e da sociedade, na linha tanques na fronteira, Lula só teria a perder. Morales é candidato a mini-Chávez. Fez política interna com sua retórica infantil e beligerante em relação à Petrobras e ao Brasil. Lula agiu bem ao ser "generoso" no acordo com a Bolívia.

Técnicos brasileiros afirmam que o preço do gás natural comprado da Bolívia estava mesmo defasado em relação à cotação de mercado. Ora, uma renegociação de contratos assim é algo natural no mundo dos negócios. Longe de ser ruptura de contrato.

A maturidade de Lula ao lidar com a Bolívia é um exemplo claro de que ele luta, sim, para não deixar que Chávez seja a referência da América Latina no cenário mundial. Uma radicalização com Morales só teria levado a Bolívia a se aproximar ainda mais do líder venezuelano, que se meteu numa aventura autocrática de desfecho incerto.

Também faz parte da grande jogada de Lula uma tentativa de estabelecer com os Estados Unidos uma parceria econômica para que o Brasil seja um grande fornecedor de combustível alternativo ao petróleo no enorme mercado americano.

É peça-chave desse plano a revitalização da Eletrobrás, transformando-a, como diz o presidente em conversas reservadas, numa empresa nos moldes da Petrobras que possa virar uma grande companhia de "energia limpa" no mercado global.

Lula e um George Bush enfraquecido se encontrarão duas vezes em março. O americano precisa de uma "agenda progressista" que não deixe sua presidência ser lembrada apenas como a patrocinadora de um desastre chamado Guerra do Iraque.

Estabelecer uma parceria concreta na área de combustível interessa aos dois presidentes. Lula avalia que uma boa herança de sua administração seria fazer do Brasil um dos grandes fornecedores de energia do futuro. Se der certo, será um legado de estadista.

Kennedy Alencar

2007-02-23 03:18:18 · answer #1 · answered by Anonymous · 1 0

lula negociou o contrato favorável a ele, que se dane o brasil.

2007-02-23 10:28:30 · answer #2 · answered by BUCAINA 7 · 2 0

Esta é uma questão complicada. Você constrói uma da maiores refinarias de gás natural do mundo, e de repente vc pode perdê-la do nada, pois está construída em terras extrangeiras e é totalmente inviável, e contra lei do comércio, "desmontá-la" e trazer de volta. O problema é que o país não tem como "forçar" nada, e apenas um poderia fazer algo, e nem precisaria, pois neste caso a Bolívia nem ergueria as asinhas. Estados Unidos da América!!!

2007-02-23 14:21:58 · answer #3 · answered by Pollo 2 · 1 0

É um absurdo o que Lula negociou com a Bolívia. Se esse Congresso valesse alguma coisa, deveria estar questionando a sua moralidade e legalidade. Não bastasse concordar com o aumento do preço do gás e com o rompimento do contrato de refinação do petróleo, Lula se comprometeu a investir 3 bilhões de dólares para refinar gás, junto à fronteira, mas no lado boliviano!

2007-02-23 10:53:26 · answer #4 · answered by podocarpo 7 · 1 0

Não; acredito que não, porque o Brasil vinha explorando gas natural na Bolivia como não gostaria que os Estados Unidos viessem aqui expolorar petroleo em troca de comida quando o Brasil é autosuficiente em comida. Faz anos que isso vinha sendo discutido, pelo menos tres governos ou seja 12 anos que isso vinhja sendo levantado se era justo o que o Brasil pagava à Bolivia em relação a exploração do petroleo por lá. Isso as vezes acontece aqui dentro do Brasil, porque a Petrobrás é uma empresa multinacional mas o petroleo é do Brasil, por isso como produtor do petroleo o Brasil não deve comprar os seus derivados pagando um preço alto. é o que vinha acontecendo com a exploração do gas na Bolivia. os Bolivianos são pobres, ve-se mesmo pelo seu presidente, e não têm condições de desenvolver tecnologia para exploração dos seus proprios recursos, e de 8 anos para cá vinha recebendo ofertas de Paises Europeus para Explorar seu Gas a preços mais baratos, o que algumas empresas já se instalaram na Bolivia. Não foi atoa que a União Europeia vinha oferecendo incentivos ao Mercosul, e fazendo ate força para que alguns Paises que têm recursos minerais entrassem no mercado comum, como é o caso da Bolivia. o Brasil foi extratégico porque ha muitos interesses e a Bolivia recebeu ofertas da União europeia para tirar a Petrobras da Bolivia, só que isso deu errado pelo que apetrobras vem fazendo lá. Para a bolivia é melhor ficar com a Petrobras do que aceitar negociações que não vão durar o tempo suficiente para eles desenvolverem tecnologias para de punho proprio explorarem seus recursos minerais. Foi bom para o Brasil porque vai subsidiar o Estado Boliviano a desenvolver essa tecnologia o que para o Brasil é bom, porque vai dar ser assessoria mesmo depois de desenvolvida, do que perder agora o contrato e ficar sem participação nenhuma na negociação. O Brasil esta jogando pesado, com a França Inglaterra e Estados Unidos da América. Isso pe bom para o cone sul e o mercado comum do sul.

2007-02-23 16:00:24 · answer #5 · answered by Anonymous · 0 1

olha ja t digo d saida pra desconfiar d minha resposta por q eu sou a favor do lula...mas naum incondicionalmente....
mas a meu ver parece q naum...afinal o preço do milhao de metro cubico naum subiu tanto o evo queria 5,5 us$ e noi ficamos em 4,7us$ antes pagavamos 4,2us$ se naum me engano....

2007-02-23 11:10:53 · answer #6 · answered by Anonymous · 0 1

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