O nome do mapa é "Mapa de Piri Reis" (e não "Pires Reis"). E ele não é de 1500 AC, mas 1513 AD. As alegações de que o mesmo tem precisão e exatidão não conferem com a realidade.
Sobre a história do mapa, tem um artigo no Ceticismo Aberto:
http://www.ceticismoaberto.com/fortianismo/pirireis.htm
Basicamente, Piri Reis era um cartógrafo turco que viveu nos séculos XV e XVI (1470-1554). Ele fez vários mapas entre eles um do Atlântico Sul. É um mapa grosseiro e cheio de erros, como todos os mapas da época, mas, para a época e para as técnicas disponíveis, era o que tinha de melhor. Ele baseou-se em vários mapas, e produziu uma obra bem acabada, mas longe de ser um mapa perfeito...
Veja o que mais tem a dizer um artigo do Ceticismo Aberto:
http://www.ceticismoaberto.com/referencias/preis.htm
- O mapa é acurado?
O mapa não é surpreendentemente acurado. Ele tem fronteiras grosseiramente erradas, com latitudes e longitudes igualmente equivocadas. Mallery e Hapgood, duas pessoas que analisaram o mapa e afirmaram que ele é preciso, referem-se aos mapas originais nos quais o mapa de Piri Reis teria se baseado - mapas originais que embora citados por Reis, nunca foram encontrados.
"[o] Dr Hapgood raciocinou que já que as suas marcações hipotéticas e "mapas originais" podem remover os erros isso prova que esse mapas eram acurados e, já que são acurados, isso prova que os erros foram criados na cópia e compilação do mapa de Piri Reis e não nos mapas originais dos quais ele foi feito. Assim, uma é a prova de outra sem qualquer evidência independente, sem mesmo nem um dos alegados "mapas originais" dos quais o mapa de Piri Reis foi compilado."
Ou seja, os que afirmam que o mapa de Piri Reis é acurado na verdade afirmam que os mapas dos quais o mapa de Piri Reis teria sido criado é que seriam acurados, pois reconhecem que o mapa de Piri Reis em si está repleto de erros grosseiros. Mas não há nenhuma evidência de que tais supostos mapas originais acurados existam, nenhum deles foi encontrado e assim é muito mais provável que os mapas originais em si já contivessem os erros do mapa de Piri Reis que temos, de forma que nenhum mapa acaba sendo acurado.
Não se contesta que existam mapas originais nos quais o mapa de Piri Reis se baseou, mas os erros do mapa de Piri Reis muito provavelmente já estavam nestes mapas originais. Achar que eles eram acurados mas foram copiados e transcritos com erros requer malabarismos, sem qualquer evidência independente.
O mapa em si, para os tempos em que foi feito, é de fato muito acurado, sendo um dos mais precisos mapas da época. Mas essa precisão de forma alguma é anormal, comparável como muito se diz, a "fotos de satélite".
- O mapa de Piri Reis delimita a Antártida em uma época em que ela estava descoberta de gelo?
Diversos outros mapas antigos imaginavam uma terra fictícia ao sul. Essa terra fictícia ao sul era muitas vezes representada como conectada à América do Sul, assim como no mapa de Piri Reis.
Dito isso, a topografia da Antártida sem gelo difere da topografia sub-glacial. Hapgood acreditava que não, e que suas idéias pessoais sem rigor científico de que a topografia do mapa de Piri Reis batia com análises sísmicas da topografia sub-glacial indicava que o mapa teria origens em uma época em que a Antártida estava livre de gelo. A topografia sem gelo seria a topografia sub-glacial sem o peso de 293,778,800 km cúbicos de gelo, de forma que ela seria 950 metros mais elevada no centro e até 50 metros na costa do que a sub-glacial. Além disso, o gelo derretido da Antártida elevaria o nível do mar em 80 metros.
Como se não bastasse, o mapa de Piri Reis obviamente também erra em todos seus contornos da Antártida, seja sub-glacial, seja livre de gelo. As afirmações de Hapgood eram subjetivas, de fato, na época em que escreveu seu livro os dados sobre a topografia antártica eram repletos de incertezas.
Antes que perguntem, dados recentes continuam demonstrando a ausência de acuidade nos contornos do mapa de Reis para com a Antártida.
2007-02-21 06:00:37
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answer #1
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answered by Sr Americo 7
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resposta
resumo sobre desenhou o mapa de Pires Reis=Quando a Turquia se tornou uma república no final do anos 20, houve uma abertura e redescoberta de tesouros preciosos. Entre os vários cientistas estrangeiros que trabalharam na classificação de documentos antigos estava o teólogo alemão Adolf Deissmann. Em 1929, ele descobriu uma pele de camelo ressecada e pintada com um mapa surpreendente, enrolado em uma prateleira empoeirada do famoso Palácio Topkapi, em Istambul. Ao ver a assinatura logo reconheceu o autor do livro Kitabi Bahriyre, Piri Reis. No ano de 1.513, o almirante e cartógrafo turco chamado Piri Reis (1470-1554) desenhou vários mapas, dentre esses, um mapa do Atlântico Sul englobando a costa oeste da África, a costa oeste da América do Sul e o norte da Antártica(?).
O mapa na verdade é um fragmento de um mapa-mundi (as outras partes estão perdidas), foi pintado em 9 cores e mostra parte do oceano Atlântico com suas terras. Em uma série de notas escritas de seu próprio punho, o almirante Piri Reis diz que não é responsável pelo mapeamento e pela cartografia original dos mapas e que foi confeccionado a partir 20 mapas, desenhos e esboços, alguns de origem desconhecidas que estavam no inventário do palácio. Segundo estudiosos, ele foi baseado em 8 mapas de Ptolomeu, um mapa árabe da Índia e sudeste asiático e 4 mapas portugueses, e de um suposto mapa capturado por seu tio, usado por Colombo. Desenhos de animais ilustram o trabalho e as legendas e anotações em turco.
As Alegações de Hapgood=Após ter sido descoberto em Topkapi, cópias do mapa foram enviadas aos maiores museus do mundo, mas não lhe foi atribuído um grande valor. Em 1953, uma cópia chegou ao engenheiro-chefe do Departamento de Hidrografia da Marinha Americana, que alertou por sua vez Arlington H. Mallery, um especialista em mapas antigos. Foi então quando o "caso" do mapa de Piri Reis veio a tona.
Mallery fez estudar as cartas por algumas das maiores autoridades mundiais do assunto, como o cartógrafo J. Walters e o especialista polar R. P. Linehan. Com a ajuda do explorador sueco Nordenskjold e de Charles Hapgood e seus auxiliares, chegaram a uma conclusão sobre o sistema de projeção empregado nos mapas: embora antigo, o sistema de Piri Reis era exato.
Charles Hapgood foi o responsável por ter tornado o mapa de Piri Reis tão famoso. No seu livro, Maps of the Ancient Sea-Kings, de 1966, faz diversas alegações, que se tornaram mais conhecidas ainda através de Daniken, que as defendeu entusiasticamente. Aqui, um resumo delas:
- O mapa mostra, com nitidez, centenas de pontos do globo terrestre que só seriam conhecidos, oficialmente, séculos depois com os navegadores espanhóis, portugueses, holandeses e ingleses.
- Eles também revelam detalhes geológicos surpreendentes. Existem detalhes curiosos, como por exemplo, a América do Sul e a Antártica são ligadas por terra (o Estreito de Drake está faltando...) e a ilha de Cuba aparece ligada à península da Florida. Várias ilhas e faixas de terras aparecem em vários pontos que não são visíveis hoje em dia, o que indica que o mapa foi feito qdo o nível do oceano era muito mais baixo do que o atual.
- No mapa aparecem extremamente bem desenhados os detalhes da costa do continente americano. Até mesmo a cordilheira dos Andes aparece em detalhes, bem como as montanhas da Antártida. Possuí uma exatidão impressionante nomeadamente no que tange aos contornos da Antártida, cujos contornos mais ou menos exatos, só foram possíveis de determinar nos dias que correm, mais concretamente a partir da década de 60 do século XX, com o recurso a meios aéreos e a satélites.
- O aspecto alongado das massas de terra se devem a uma projeção eqüidistante do centro do mapa, localizado sobre Alexandria, Egito (esquema abaixo), similar ao obtido por um satélite em grande altitude sobre o local.- Os erros que o mapa apresenta foram resultados de erros feitos por Piri Reis na compilação dos dados de fontes milenares e extremamente exatas. Ou então devido a mudanças no nível dos oceanos devido a última de-glaciação, ocorrida a cerca de 6 mil anos atrás.
Essas alegações vieram fundamentadas em testemunhos como esse:
Uma cópia do mapa foi enviado para o Esquadrão de Reconhecimento Técnico da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), encarregado da cartografia militar norte-americana, com a intenção de comprovar a precisão de seus contornos.
Em 6 de Julho de 1960, o tenente-coronel Harold Z. Ohlmeyer relatou suas conclusões. Nelas admitia que a costa antártica que representava o mapa teve, forçosamente, que "ser cartografada antes que fosse coberta pela capa de gelo". Segundo Charles Hapgood, isso aconteceu há mais de 6 mil anos atrás.
E ele conclui:
"A evidência apresentada por antigos mapas parece sugerir a existência em tempos remotos, antes do aparecimento de qualquer das culturas conhecidas, de uma verdadeira civilização, de um tipo avançado, a qual estava localizada em uma área mas tinha comércio mundial, ou era, realmente, uma cultura mundial"
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Como foi sugerido que não haveria não haveria conhecimento suficiente para se fazer este mapa no início do século XVI, procurei outras explicações para as origens do mapa, que não incluíssem uma foto tirada por satélite há mais de 6 mil anos atrás.
Aqui farei uma pequena exposição item a item das alegações e dos fatos que eu apurei.
As possíveis origens do mapa, contrapondo as alegações de Hapgood:
-A existência da Antártica
Piri Reis não foi nem o primeiro nem o único cartógrafo a colocar a Antártica nos seus mapas. A existência de uma grande massa de terra na parte austral do globo terrestre já fazia parte do sistema filosófico dos gregos. Segundo eles, serviria para equilibrar o mundo, contrabalançando a enorme porção de terras já conhecidas na época (Ásia, África e Europa), todas no hemisfério norte. O grande geógrafo grego, Claudio Ptolomeu (séc II dC) criou as bases da cartografia que foram usadas até o final da idade média e parte da Renascença. Esta terra ainda não conhecida freqüentava os mapas e a imaginação dos cartógrafos com bastante regularidade.
Em 1508, por exemplo, Francesco Roseli publicou seu mapa-mundi, segundo o estilo ptolomaico, e lá no círculo antártico faz menção a uma terra ainda incógnita. Abaixo um mapa editado na Idade Média (Nordenskiöld, 1483 -Brescia), baseado no trabalho de Ambrosius Macrobios (395-423 dC). Note-se que este mapa era comum durante toda a Idade Média, e que colocava a existência de uma terra coberta de gelo na parte austral do mundo qse como uma certeza.-Elevação do nível do mar
Outros mapas da época (o de Lopo Homem e Jorge Reinel (1519) e os usados por Américo Vespúcio(1523)) apresentam a ilha de Cuba ligada ao continente e uma ligação por terra da América do Sul com uma porção de terrra mais ao sul. Estes mapas tiveram como fontes informações de navegadores portugueses e espanhóis, além de se basearem no mapa de Cristovão Colombo. Colombo pensava que Cuba fazia parte do continente, noção que foi passada a outros cartógrafos e navegantes.Piri Reis, em anotações, tanto no próprio mapa como no seu livro, diz que uma das suas fontes foi o mapa de Colombo, o que explica a "diferença do nível do mar".
- Projeção esférica
Outra alegação, que Piri Reis usou um inédito sistema de projeção esférica, também não corresponde a exata verdade, pois durante a Idade Média, já se conheciam outros mapas que usavam tal método. Exemplifico com o mapa-mundi de Virga (Albertino Virga,1411/1415) que distribuía harmoniosamente os três continentes conhecidos ao redor do mar Morto, que é o ponto central deste mapa.O uso do compasso e das bússolas como instrumentos náuticos, comuns desde o fim do séc XII , junto com o desenvolvimento do astrolábio, foram decisivos para a criação das cartas náuticas, que conseguiram um grande grau de perfeição já no séc. XIV. No final desse século os cartógrafos já tinham conhecimento de latitude e longitude, além de terem idéia dos círculos polares.
O mapa de Piri Reis não foi feito como os mapas modernos, com grades verticais e horizontais para facilitar a localização. O método utilizado é mais antigo, aperfeiçoado por Dulcert Portolano, que utilizava uma série de círculos com linhas se irradiando a partir deles. Os mapas feitos com esse método são, por isso, denominados de mapas "portolanos". Seu objetivo era guiar os navegadores de porto a porto, ao contrário da concepção moderna que é a de localizar uma posição.
Note-se que cada capitão de navio levava consigo um cartógrafo, cujo trabalho era para "consumo interno", ou seja, para orientação do capitão e não como trabalho em prol do conhecimento geográfico do mundo. Por isso cada mapa era praticamente personalizado.
Outro exemplo de mapa portolano e que apresenta as mesmas deformações no continente americano que o mapa de Piri Reis é o feito em 1502/1505, pelo genovês Nicolo Caverini.Também este mapa editado por Martin Waldseemuller, em 1507 apresenta o mesmo formato alongado do continente sul-americano.-A exatidão do mapa
Assim como houve enganos quanto a penínsulas não existentes, algumas ilhas fictícias foram acrescentadas ao mapa. Isso era algo comum aos mapas da época. Há diferenças de latitudes, tanto nos hemisférios sul e norte da América. O rio Amazonas é colocado duas vezes, uma com a foz e outra sem.
Além do mais, o continente Antártico não está representado com a famosa perfeição, tanto em localização (está uns 10° defasado, na altura da costa uruguaia) como em contorno, com ou sem a capa de gelo. O desenho acima mostra os contornos dos continentes (linhas tracejadas) em justaposição aos do mapa de Piri-Reis. Apesar das distâncias entre a África e o Brasil ter uma boa aproximação, há diferenças demasiado grandes para se aceitar o mapa como exato.
Também me chamou a atenção que o continente americano tem a sua costa leste muito mal definida, quase uma linha reta. Tal contorno já se encontrava no mapa de Johanes de Strobnicza, feito um ano antes (1512).-Antártida sem a capa de gelo.
Quando se alega que para se cartografar o continente antártico sem a capa de gelo que hoje a recobre devemos nos reportar a uns 6 mil anos no passado, me deparo com uma enorme incoerência.
Se a Terra está em processo de aquecimento, como nesta época poderia a Antártica estar sem a capa de gelo que a recobre?
Sabemos que a última glaciação ocorreu há 40 mil anos atrás e que a de-glaciação começou a cerca de 12 mil anos. Este fato até é apontado como a causa dos oceanos terem subido e feito desaparecer as ligações por terra da Antártida e da Ilha de Cuba, lembram?
Mas se a de-glaciação começou há 12/10 mil anos, o correto não é supor que que antes disso a capa de gelo sobre a Antártica seria muito mais espessa e maior do que é hoje? E que ela inclusive devia avançar até o continente sul-americano, portanto se hoje a ligação de terra não existe, naquela época seria invisível da mesma forma por estar sob gelo?
Ou seja, se houver um reporte ao tempo em que esta porção de terra estava livre da capa de gelo, devemos ir a mais de 40 mil anos no passado.
-Fontes antigas
Piri Reis, no seu livro Kitabi Bahriyre, diz que se utilizou diversas fontes, entre elas mapas antigos que remontavam ao tempo de Alexandre, o Grande (séc II aC). Porém, a parte que sobrou do mapa está coberta de anotações que indicam de onde cada pedaço ali mapeado foi baseado e nada aí indica esta antiga fonte.
A parte referente a América tem como referências apenas Cristóvão Colombo e navegadores portugueses (há inclusive uma frase que parece falar em como Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil).
A terra austral (Antártica) tem as seguintes indicações:
IX - E neste país parece que há monstros de cabelos brancos nessa forma, e também bois de seis chifres. Os infiéis portugueses escreveram em seus mapas ...
X - Este país é um desperdício. Tudo está em ruínas e diz-se que grandes cobras podem ser encontradas aqui. Por esta razão, os infiéis portugueses não desembarcaram naquelas praias e diz-se também que é muito quente.
Conclusão
Baseando-se apenas no que está no mapa, nada há que esteja incongruente com os conhecimentos do início do século XVI. E nada nele indica que foi utilizada uma tecnologia de mapeamento desconhecida na época. Não há necessidade de foto de satélites para explicá-lo.
Muitas das conclusões foram exageradas e não suportam uma análise mais apurada, tal como a estória do continente livre do gelo numa época em que ela era ainda maior do que hoje. E a exatidão do mapa, então?!!
A suposição que o conhecimento de locais mais distantes só seria possível para povos com conhecimentos tecnológicos mais avançados também não corresponde à verdade. Tanto que há sinais de que os vikings e fenícios estiveram no continente americano muito antes dos espanhóis e portugueses descobrirem o Novo Mundo. Inclusive, atualmente, se aventa a possibilidade de que Colombo já estivera por estas bandas muito tempo antes da expedição oficial de 1492.
A possibilidade de povos em um passado mais remoto terem feito o mesmo não pode ser descartada. E sem necessidade de mais do que conhecemos da antiga arte de navegar. Para os que duvidam da possibilidade, convém lembrar que Thor Heyerdahl atravessou o Atlântico numa canoa de papiro baseada em desenhos egípcios e Tim Severin atravessou-o numa canoa de peles de boi conforme os monges da Irlanda devem ter feito.
Portanto, há uma grande possibilidade de se ter feito muito barulho sobre algo mal estudado. Não há evidência de que as fontes antigas e desconhecidas tenham sido utilizadas nesta porção do mapa.
Creio que o grande valor deste mapa está no fato de ser a mais antiga referência que se tem dos mapas que Colombo deve ter feito. E também por ter tido tanta fontes portuguesas e espanholas, pois mapas náuticos eram considerados como segredos de Estado por estes. Nada mais!
2007-02-21 15:06:01
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answer #3
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answered by neto 7
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