"Disse o néscio em seu coração: Não há Deus." Salmo 14:1. E declara o Senhor relativamente aos que pervertem a verdade: "A todos será manifesto o seu desvario." I1 Timóteo 3:9. Depois que a França renunciou ao culto do Deus vivo, "o Alto e o Sublime que habita na eternidade," pouco tempo se passou até descer ela à idolatria degradante, pelo culto da deusa da Razão, na pessoa de uma mulher dissoluta. F isto na assembléia representativa da nação, a pelas suas mais altas autoridades civis a legislativas! Diz o historiador: "Uma das cerimônias deste tempo de loucuras permanece sem rival pelo absurdo combinado com a impiedade. As portas da Convenção foram abertas de par em par a uma banda de música, seguida dos membros da corporação municipal, que entraram em solene procissão, cantando um hino de louvor à liberdade a escoltando, como o objeto de seu futuro culto, uma mulher coberta com um véu, a quem denominavam a deusa da Razão. Levada à tribuna, tirou-se-lhe o véu com grande pompa, a foi colocada à direita do presidente, sendo por todos reconhecida como dançarina da ópera. . .. A essa pessoa, como mais apropriada representante da razão a que adoravam, a Convenção Nacional de França prestou homenagem pública.
"Essa momice, ímpia a ridícula, entrou em voga; e o instituir a deusa da Razão foi repetido a imitado, por todo o país, nos lugares em que os habitantes desejavam mostrar-se à altura da Revolução." - Scott.
Disse o orador que apresentou o culto da Razão: "Legisladores! 0 fanatismo foi substituído pela razão. Seus turvos olhos não poderiam suportar o brilho da luz. Neste dia, imenso público se congregou sob aquelas abóbadas góticas que, pela primeira vez, fizeram ecoar a verdade. Ali, os franceses celebraram o único culto verdadeiro - o da Liberdade, o da Razão. Ali formulamos votos de prosperidade às armas da República. Ali abandonamos ídolos inanimados para seguir a Razzão, esta imagem animada, a obra-prima da Natureza." - História da Revolução Francesa, de Thiers, Vol. II, págs. 370 a 371.
Ao ser a deusa apresentada à Convenção, o orador tomou-a pela mão e, voltando-se à assembléia, disse: "Mortais, cessai de tremer perante os trovões impotentes de um Deus que vossos temores criaram. Não reconheçais, doravante, outra divindade senão a Razão. Ofereço-vos sua mais nobre a pura imagem; se haveis de ter ídolos, sacrificai apenas aos que sejam como este . ... Caí perante o augusto Senado da Liberdade, ó Véu da Razão! . . .
"A deusa, depois de ser abraçada pelo presidente, foi elevada a um carro suntuoso a conduzida, por entre vasta multidão, à catedral de Notre Dame para tomar o lugar da Divindade. Ali foi ela erguida ao altar-mor a recebeu a adoração de todos os presentes." - Alison.
Não muito depois, seguiu-se a queima pública da Escritura Sagrada. Em uma ocasião, "a Sociedade Popular do Museu" entrou no salão da municipalidade, exclamando: "Víve La Raison!" e carregando na extremidade de um mastro cps restos meio queimados de vários livros, entre os quais breviários, missais, e o Velho a Novo Testamentos, livros que "expiavam em grande fogo," disse o presidente, "todas as loucuras que tinham feito a raça humana cometer." - Journal de Pans-, 14 de novembro de 1793 (N° 318
2007-02-20
02:29:25
·
4 respostas
·
perguntado por
Maria Wangler
1
em
Artes e Humanidades
➔ História