OVem aí o 1º Salão de Belas Artes "Camargo Freire"
Numa parceria entre a Associação Cultura Comunitária de Campos Jordão e a ACM - Associação Cristã de Moços, será realizado em Campos do Jordão entre os dia 22 e 31 de março, o 1º Salão de Belas Artes "Camargo Freire".
O evento, que reunirá cerca de 35 artistas plásticos da região com trabalhos em desenho, pintura, pastel, aquarela, gravura, artesanato e entalhe em madeira, vai acontecer no Salão Nobre da ACM de Campos do Jordão, com entrada franca.
Após o encerramento, a mostra seguirá para as Estâncias de São Bento do Sapucaí e Santo Antonio do Pinhal, cumprindo o rito itinerante do Projeto Arte na Serra, que por sua vez também engloba apresentações de música, dança e teatro.
Expedito Camargo Freire (1908-1991) que empresta o nome ao evento, foi um importante artista plástico. Nascido em Campinas-SP, estudou no Liceu de Artes e Ofício do Rio de Janeiro, onde participou em companhia de Pancetti, Bustamante Sá, Sigaud, Magali e outros, do "Núcleo Bernardelli".
Expedito Camargo Freire chegou em Campos do Jordão em 1941 para tratar da saúde e acabou se apaixonando pela região, de onde não mais saiu, promovendo importantes eventos de artes plásticas. Suas pinturas figuram nos principais museus do mundo, inclusive no Louvre, em Paris.
As artes plásticas em Campos do Jordão viveram seu período áureo entre as décadas de 80 e 90, com a realização permanente de mostras de artes plásticas, como a "Crio, Exponho, Existo", uma feliz criação de Sílvia Strass, artista plástica de grande talento, que hoje habita São José dos Campos.
Mas nem tudo são flores...
Outra importante realização no campo das artes plásticas foi a criação da "Casa da Xilogravura", pelo professor Antonio Fernando Costella. A Casa da Xilo, como era carinhosamente lembrada por toda mídia nacional, tal sua importância, terminou desativada na administração passada por falta de apoio.
Na atual administração, a cultura também vem sendo pouco incentivada, com eventos mornos, quase todos mal produzidos e pessimamente divulgados.
Basta circular pelas praças, como aquela que fica junto à Igreja de Jaguaribe (foto) para ver em que estado se encontra uma das esculturas da internacionalmente conhecida e consagrada Felícia Leirner: no mais completo abandono, toda pixada e servindo de abrigo para marginais e encontro de drogados.
Detalhe, essa escultura fica a apenas 50 metros da casa do Presidente da Câmara, vereador Edgard Nunes de Carvalho.
Ainda dentro do âmbito cultural, vale destacar o pouco incentivo à música, com o quase total desmantelamento da Banda Municipal "Sebastião Gomes Leitão" e do próprio Gazebo de Vila Abernéssia, inaugurado a menos de quatro anos e abandonado, assim como aquele anfiteatro gramado de Vila Capivari.
Enfim, quando temos a oportunidade rara de divulgar um evento que reúne bons artistas plásticos como essse, que leva como patrono o inesquecível Prof. Camargo Freire, não podemos de nos furtar de fazer esses comentários e críticas pois, como todos sabem, Campos do Jordão ganhou a projeção internacional que têm hoje graças às artes, dentre elas a música e as artes plásticas.
O resto é puro oportunismo.
Acordem!
OUTRO INFORME:
"Camargo Freire 100 anos": mostra-tributo ao pintor
Integrante do Grupo Bernardelli (1936), ao lado de Pancetti, Siagut, Bustamante Sá, Takaoka entre outros notáveis artistas plásticos de sua época, Camargo Freire soube retratar a região de Campos do Jordão e a Serra da Mantiqueira como muito poucos
Campineiro de nascimento (1908), mas jordanense de coração, aqui ele viveu boa parte de sua vida, integralmente dedicada à pintura e a ensinar sua arte.
Sob seus pincéis, lindas imagens de Campos do Jordão, São Bento, Sto. Antonio e a Serra da Mantiqueira.
2007-02-19 10:26:08
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answer #1
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answered by Juarez dos Reis Correa 4
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