Oi,
As primeiras manifestações da literatura portuguesa são em verso, datam do séc. XII e estão reunidas em três colectâneas: o Cancioneiro da Ajuda (séc. XIII), o Cancioneiro da Vaticana e o Cancioneiro da Biblioteca Nacional (sendo estes cópias de textos mais tardios).
"Cantiga da Garvaia",
Cancioneiro da Ajuda
Os primeiros poetas são João Soares de Paiva e Paio Soares de Taveirós, sendo da autoria deste último a célebre «Cantiga da Garvaia».
Remetendo, nas suas origens, para a tradição oral, esta produção lírica é difundida por trovadores (poetas) e segréis (instrumentistas) e jograis.
Pensa-se que o lirismo medieval sofre a inspiração latina mas se fortalece em poesia popular, estabelecendo as «harjas» moçárabes uma ligação à poesia românica, muito especialmente às cantigas de amigo.
No mundo nom me sei parelha
mentre me for como me vai,
ca ja moiro por vós e ai!
mia senhor branca e vermelha,
queredes que vos retraia
quando vos eu vi em saia.
Mao dia me levantei
que vos entom non vi fea!
Paio Soares de Taveirós, «Cantiga da Garvaia» - (1.ª estrofe)
Quanto à ficção, se pusermos de lado os textos em prosa de feição historiográfica, nomeadamente os que se constroem em torno da figura de D. Afonso Henriques (Crónica Geral de Espanha de 1344 e Crónicas Breves de Santa Cruz de Coimbra, IV), há traduções de obras de matéria da Bretanha (um ciclo da Demanda do Santo Graal, e outro de José de Arimateia) e textos de cariz religioso e edificante (Boosco Deleytoso e Horto do Esposo, sécs. XIV e XV), além de prosa doutrinal, que encontra na família de Avis, no séc. XV, expoentes notáveis: O Livro da Montaria de D. João I, sobre a arte e os prazeres da caça; A Ensinança de Bem Cavalgar Toda a Sela e Leal Conselheiro, sobre a arte de montar e sobre a ética e a prática da vida quotidiana, respectivamente, de D. Duarte; e Virtuosa Benfeitoria, adaptação de Séneca sobre os benefícios dos nobres, do Infante D. Pedro).
Mas é o Amadis de Gaula que marca com relevância a ficção da época. Editado em Saragoça em 1508, o texto é, ao que parece, subsidiário de um texto português do séc. XV. Novela de cavalaria, com entrecho amoroso e guerreiro que obedece ao melhor das convenções do género, salienta-se por um esboçar de realismo em pormenores da acção e da incipiente psicologia e, sobretudo, pela atmosfera de sensualidade que une o par amoroso.
Ainda hoje se mantém hesitante a atribuição da sua autoria, quer para o lado português, quer para o lado espanhol, sendo certo que se trata de uma obra-prima da ficção peninsular.
Os principais trovadores forma: João Soares de Paiva, Paio Soares de Taveirós, o rei D. Dinis, João Garcia de Guilherme, Afonso Sanches, João Zorro, Aires Nunes, Nuno
Fernandes Torneol.
O mais famoso deles foi D. Dinis, o Rei Trovador. Em 1290, ele torna obrigatório o uso da Língua Portuguesa e funda a primeira universidade em Coimbra.
A poesia trovadoresca é importante por documentar a história de nossa língua, os costumes da época e por influenciar e inspirar o lirismo de poetas até hoje.
Um abraço
2007-02-19 04:02:33
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answer #1
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answered by Tin 7
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No ano de 1189 ou 1198 é o marco inicial do Trovadorismo em Portugal , por ser, uma delas, a data presumível da publicação da canção A Ribeirinha ou Cantiga de Guarvaia ( Cantiga de Amor ), de Paio Soares de Taveirós.
2007-02-19 21:34:38
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answer #2
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answered by superman 4
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