O Poder Verde
Descubra o que as plantas medicinais podem fazer por sua saúde:
Alcaçuz (Glycyrrhizia glabra)
Apreciado desde a antigüidade, o alcaçuz conquistou o mundo por causa do seu gosto suave. Tanto, que os antigos gregos e egípcios o chamavam de raiz doce. No Brasil, é conhecido como pau-doce, madeira doce, regaliz e alcaçuz da Europa. "O chá de suas raízes é usado contra tosses e bronquites. Já o extrato, encontrado em farmácias de manipulação, serve para o tratamento de úlceras estomacais", conta a professora Elfriede Marianne Bacchi, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP. Para preparar o chá em casa, basta ferver por três a cinco minutos 5 gramas de raízes secas em um litro de água. A dose recomendada é de duas xícaras por dia.
Descrição - O arbusto pertence à família das leguminosas e mede entre 0,30 e 1 metro de altura. Possui caule robusto e oco, suas folhas são verdes, ovais; as flores, azul-claras e lilases.
Toxicidade - Em doses altas, causa aumento da pressão arterial.
Alfazema (Lavandula officinalis ou Lavandula angustifolia)
Nada mais reconfortante do que deitar em lençóis cheirando a alfazema - uma planta de aroma suave e ligeiramente adocicado originária da França e aclimatada em nosso país. Mas dela não se extrai apenas um delicado perfume para a fabricação de sachês e lavandas. Pouca gente sabe que suas flores, de um tom azul-violeta, têm também propriedades terapêuticas, servindo para preparar chás, ótimos como diurético, tranqüilizante e antiespasmódico (contra cólicas e gases). Segundo a farmacêutica Cristina Beerends, da Fundação Herbarium, especializada em ervas medicinais, a dose recomendada são 3 a 5 gramas da flor seca por xícara de água.. Ferva a água e despeje o líquido sobre a planta. Deixe em infusão por dez minutos e coe. Não se esqueça de adoçar, pois seu sabor é amargo. Beba de 3 a 4 xícaras por dia. Agora, se você precisa de um bom anti-séptico e cicatrizante, a alfazema também resolve o seu problema. É só misturar um punhadinho de flores secas numa xícara (chá) de álcool e passar no local. Se friccionado na pele, o remédio atua contra dores nevrálgicas ou reumáticas. E mais: se quiser perfumar o ambiente com o suave aroma de alfazema, basta queimar na brasa um composto de sementes, folhas e flores. Funciona como um incenso.
Descrição - É um arbusto que cresce pouco (não mais do que 60 cm), possui densa ramagem e haste branco-acinzentada. As folhas têm as extremidades agudas, em forma de lanceta e forradas de pêlos na face interior. As flores são azuladas e se reúnem compactamente, resultando na formação de espigas.
Toxicidade - "Em doses elevadas, pode causar sonolência. Portanto, recomenda-se que o uso interno seja feito com muita cautela", diz Cristina Beerends.
Arnica Montana (Arnica montana L.)
A arnica é conhecida na Alemanha desde o século XII e, a partir do momento em que se difundiu pela Europa, ganhou nomes populares, como quina-dos-pobres, tabaco-dos-alpes, tabaco-da-montanha e erva-dos-pregadores. Durante centenas de anos foi usada como remédio para muitos males, como febres e hemorragias. Mas sabe-se, hoje, que o seu forte mesmo é ajudar nos traumatismos. Substâncias como a arnicina, flavonóides e taninos conferem à arnica uma ação antiinflamatória. Em conjunto, atuam sobre o sistema circulatório, aumentando a resistência dos vasos sangüíneos. Daí o uso da tintura ou da pomada de arnica em fricções ou compressas para combater as manchas roxas dos machucados e contusões. É indicada também para ajudar no tratamento de varizes, dores musculares e reumáticas. Atualmente, a planta também está sendo utilizada em cosméticos: xampus e loções capilares, para combater a oleosidade excessiva e escoriações no couro cabeludo; e sabonetes, contra rachaduras de pele.
Descrição - Arbusto de, no máximo, 70 cm de altura. Suas folhas largas e ovaladas ficam bem rente ao solo. Na ponta da haste comprida e delgada surge a flor amarela ou alaranjada, de pétalas ovais, em forma de lança.
Toxicidade - A arnica só é recomendada para uso externo. Seu extrato é extremamente irritante para a mucosa gástrica.
Arruda (Ruta graveolens)
Além de ser considerada um poderoso protetor conta o mau-olhado, essa erva de cheiro marcante também é usada para regularizar a menstruação, principalmente a escassa. Os óleos essenciais da arruda ainda combatem a cólica e os gases. E um outro princípio ativo presente na planta, a rutina, fortalece a parede dos vasos sanguíneos, evitando as varizes. Amasse uma colher de sobremesa de folhas e flores picadas e acrescente uma xícara (chá) de água. Deixe de molho até o dia seguinte e tome todas as manhãs, em jejum, dez dias antes da chegada da menstruação.
Descrição - A arruda é um arbusto com cerca de 60 centímetros de altura que tem pequenas flores amarelas nas pontas.
Toxicidade - A arruda não é indicada para gestantes porque pode provocar hemorragias. Quem usa essa erva também deve tomar cuidado com a exposição ao sol porque ela tem substâncias que, em contato com a luz solar, mancham a pele
Artemísia (Artemisia annua)
A artemísia , uma substância extraída dessa planta, é usada em pacientes de malária que não respondem ao tratamento com a cloroquina, um medicamento usado contra a doença. Nesse caso, os princípios ativos da planta que são eficazes contra a malária devem ser injetados ou usados na forma de supositório. Isso porque eles são destruídos durante a digestão, caso a pessoa tome um chá da erva.
Um outro princípio ativo da artemísia é um óleo chamado santonio que pode ajudar a combater verminoses. A planta também alivia cólicas menstruais e facilita a digestão.
Para esses casos, basta preparar uma infusão com 15 gramas de pó de folhas e raízes para cada litro de água.
Descrição - A Artemisia annua é uma árvore de cerca de 1,50 metro de altura com folhas verde-escuras na parte superior e prateadas na inferior. Suas flores podem ser de cor púrpura ou amarela e têm sabor doce. As raízes são ligeiramente amargas.
Toxicidade - O extrato de artemísia não é recomendado para pacientes transplantados. Isso porque a planta tem moléculas que podem fazer o organismo rejeitar o transplante. Grávidas também devem consultar o médico antes de fazer uso da planta
Avenca (Adiantum cuneatum)
Além de ter efeito diurético, alguns estudos comprovaram que a avenca combate a hiperplasia prostática, o aumento exagerado da próstata causado por alterações hormonais. Homens com mais de 30 anos são mais sujeitos ao problema. Para preparar o chá, despeje uma xícara de água fervente sobre 1 colher se sopa. Adicione 1 colher de sopa de folhas secas a 1 xícara de água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Tome meio copo de manhã e o restante à noite.
Ums pesquisa da Universidade Harvard, no Estados Unidos, mostrou a eficiência da avenca para combater a calvície. Há evidências também de que seus óleos essenciais são eficazes contra tosse, bronquite e asma. Além disso, na pele, a avenca atua como antiinflamatório.
Descrição - Existem mais de 30 espécies de avenca. A que combate a hiperplasia só cresce em países tropicais. Por aquil, ela é bastante comum no Estado de Santa Catarina. A Adiantum cuneatum tem o cabo em forma de v na ponta do caule mais grosso do que o das outras avencas. Na dúvida, só compre a erva em lojas especializadas. Não confunda a Adiantum cuneatum com as avencas normalmente vendidas nas floriculturas. Elas não têm propriedades terapêuticas e, além disso, costumam estar contaminadas por agrotóxicos, o que pode fazer mal para a saúde.
Toxicidade - Não há relatos.
Baleeira (Cordia verbenacea)
"As folhas da baleeira ou catinga de mulata são muito ricas em flavonóides, substâncias antiinflamatórias de amplo espectro", garante Jayme Sertié, do Departamento de Farmacologia do Instituto de Ciências Biomédicas da USP. Aliás, a idéia de avaliar a eficácia da planta partiu de uma experiência vivida pelo próprio professor numa barraquinha de peixe no Guarujá, no litoral paulista. Um pescador acabara de cortar o dedo e esfregava no local uma folha de erva baleeira. Uma semana depois, ao se encontrar com o homem novamente, uma surpresa: o ferimento estava totalmente cicatrizado, sem qualquer sinal de inflamação. "É que a aplicação tópica cicatriza cortes e arranhões em dois a quatro dias", confirma Sertié.
Descrição - Segundo Cristina Beerends, da Fundação Herbarium, a baleeira é uma espécie nativa do Brasil, de grande ocorrência no litoral. É um arbusto de até 2 m de altura, muito ramificado. As folhas têm até 12 cm de comprimento e 3 cm de largura, ápice agudo, base atenuada com margem dentada. As flores de corola branca e até 8 cm de comprimento reúnem-se em inflorescências espigadas, com mais flores no ápice. Os frutos, quando maduros, são vermelhos e têm aproximadamente 0,4 cm de comprimento.
Toxicidade - A planta é pouco tóxica e não agride a mucosa gástrica.
2007-02-18 14:35:27
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answer #1
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answered by Maikon 2
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