Na mesma linha da decadência moral, Lutero encaixa então seu sistema teológico. Veja-se como ele aconselha o atribulado Jerome Weller em termos estarrecedores:
“Quando te vexar o diabo com estes pensamentos, palestra com os amigos, bebe mais largamente, joga, brinca ou ocupa-te em alguma coisa. De quando em quando se deve beber com mais abundância, jogar, divertir-se e mesmo fazer algum pecado em ódio e acinte ao diabo para não lhe darmos azo de perturbar a consciência com ninharias... Quando te disser o diabo: não bebas, responde-lhe: por isso mesmo que me proíbes hei de beber e em nome de J.C. beberei mais copiosamente... Por que pensas que eu bebo, assim, com mais largueza, cavaqueio com mais liberdade e banqueteio-me com mais freqüência, senão para vexar e ridicularizar o demônio que me quer vexar e ridicularizar de mim?... Todo o decálogo se nos deve apagar dos olhos e da alma, a nós tão perseguidos e molestados pelo diabo.” (De Wette, IV, 213, apud Franca, IRC: 187)
Cristo havia mandado o jovem rico guardar os mandamentos.
Lutero mandou seu discípulo apagar os mandamentos dos olhos e da alma! Eis o reformador evangélico
2007-02-16
08:47:54
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perguntado por
Anonymous
em
Artes e Humanidades
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