Nebulosas são muito nebulosas
2007-02-14 23:50:41
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answer #1
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answered by Juliano 4
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Acho que a legenda da foto está errada, à distância de 12 bilhões de anos-luz não vemos estrelas, apenas galáxias, e nenhuma nebulosa. Infelizmente a legenda da foto deixa a desejar. Não há referência sobre a posição em que ela foi feita, nem qual o observatório que tirou a foto (acho que foi o Hubble, mas ele não é o único telescópio do planeta). Até o nome do arquivo está estranho (fala em lentes gravitacionais, mas até agora não se pegou outra coisa em lentes gravitacionais que não fossem galáxias ou quasares). A foto pode ser conferida em http://pt.wikipedia.org/wiki/big_bang
Sobre a formação de estrelas, supondo que o Universo tenha realmente 13,7 bilhões de anos, em menos de um bilhão de anos ele já tinha galáxias e estrelas:
http://pckepler.if.ufrgs.br/univ/eras.htm
http://www.arscientia.com.br/materia/ver_materia.php?id_materia=72
1. A Grande Explosão Inicial
É possível que existam muitos Universos e que eles estejam se formando incessantemente. O nosso passou a se expandir rapidamente - o Big Bang - há ~14 bilhões de anos atrás. Esta pode ter sido sua primeira origem ou apenas o início de uma nova fase. Uma gotícula de energia pura, infinitamente quente e densa entrou em expansão acelerada, fazendo eras inteiras se sucederem em frações de segundos. As partículas de matéria e antimatéria se criam e se destroem em forma de luz. Devido a uma leve assimetria entre essas duas formas, 1 bilionésimo da matéria original escapa da destruição. Essa matéria é feita de prótons (e elétrons), portanto Hidrogênio. Aos fim de 5 minutos, cerca de 10% do Hidrogênio havia se transformado em Hélio (além de lítio, berílio e boro). O Universo está frio demais para continuar a nucleossíntese. Ele se torna uma bola luminosa, como uma nuvem brilhante e muito uniforme. Aos 400 mil anos, a temperatura baixa para 3 mil graus e o céu se torna transparente e escuro, como ainda o vemos hoje.
2. A Formação dos Astros e dos Átomos Pesados
As tênues nuvens de gás do Universo primordial desabam sob o peso de sua própria gravidade, formando “rios” de galáxias, apinhadas de estrelas luminosas, à volta das quais se formam planetas e outros astros menores. O coração quente das estrelas retoma a transmutação dos elementos químicos, produzindo átomos pesados a partir dos mais leves. Aos 200 milhões de anos, explodem as primeiras estrelas de grande massa, enchendo o espaço interestelar de Oxigênio e outros elementos químicos pesados. A água se torna uma substância abundante. Aos 2 bilhões de anos, começam a morrer as estrelas de baixa massa, que geram o Carbono, Nitrogênio e Ferro. Gerações de estrelas se sucedem, cada vez menos numerosas e mais ricas de átomos essenciais para a vida. Há 5 bilhões de anos atrás, na periferia de uma galáxia comum, a Via Láctea, uma nuvem de gás e poeira se condensa formando uma pequena estrela, o Sol, rodeada por um carrossel de planetas. Suas centenas de bilhões de companheiras da mesma Galáxia devem ter planetas, embora só os tenhamos descoberto em uma centena de estrelas até agora.
2007-02-15 22:56:14
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answer #2
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answered by Sr Americo 7
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"As observações indicam ainda que as primeiras estrelas se formaram 400 milhões de anos (dada pela detecção de reionização em z=11±3) depois do Big Bang "
Texto extraido de:
http://astro.if.ufrgs.br/univ/univ.htm#MAP
Portanto não há nenhuma contradição na afirmacão de que estrelas se formaram há 12 bilhões de anos.
Depois disso muitas outras estrelas se formaram em ciclos de renovação. A nossa estrela, o Sol, é uma estrela reciclada de segunda ou terceira geração, feita com o material de outras estrelas mais antigas que explodira lançando o material no espaço (nós somos feitos dos restos destas outras estrelas).
Aliás, leia toda a página citada acima pois tem muita coisa interessante. Foi escrita por um conceituado professor de Física/Astronomia.
A Wikipedia não é 100% infalível, ela é escrita por colaboradores anônimos, qualquer um pode escrever uma bobagem por lá.
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2007-02-15 03:38:12
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answer #3
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answered by Zeca 54_anos de experiência!!! 7
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Bem ... aqui parece-me haver um trocadilho de ideias com algum intuito de confundir. Vamos por partes :
1) As nebulosas são as maternidades de estrelas no espaço.
2) O Big Bang deu-se à cerca de 15 a 18 mil milhões de anos atrás, e foi responsável por toda a matéria existente no Universo.
3) Não podem haver nebulosas com datas muito próximas do nascimento do Universo pelo Big Bang, até porque foi preciso a matéria arrefecer para ter um efeito óptico.
Creio que respondi à sua pergunta.
2007-02-15 00:22:13
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answer #4
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answered by Anonymous
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Aqui está um breve resumo da teoria atual dos eventos nos primórdios do sistema solar:
Uma nuvem de gás e/ou poeira interestelar (a "nebulosa solar") é perturbada e colapsa sobre a sua própria gravidade. A perturbação pode ter sido, por exemplo, a onda de choque de uma supernova nas vizinhanças.
A medida em que a nuvem colapsa, seu calor aumenta e o seu centro é comprimido. Ela aquece o suficiente para a poeira vaporizar. É suposto que o colapso inicial levou menos que 100.000 anos.
O centro comprime o suficiente para tornar-se uma proto-estrela e o resto do gás orbita/flui em torno dela. A maioria deste gás flui para dentro e se soma a massa da estrela em formação, mas o gás está em rotação. A força centrífuga impede que parte do gás chegar à estrela em formação. Ao invés disso, ela forma um ""accretion disk" em torno da estrela. O disco dissipa sua energia e esfria.
Primeiro ponto de quebra. Dependendo das circunstâncias, o gás orbitando a estrela/proto-estrela pode ficar instável e se comprimir sobre sua própria gravidade. Isto produz uma estrela dupla. Se não...
O gás esfria o suficiente para o metal, rocha e (longe o suficiente da estrela e formação) o gelo condensarem em minúsculas partículas. (quer dizer que algum gás torna-se de novo poeira). Os metais condensam tão logo o accretion disk se forma (4,55-4,56 bilhões de anos atrás de acordo com as medidas de isótopos em certos meteoros); as rochas condensam um pouco depois (entre 4,4 e 4,55 bilhões de anos atrás).
As partículas de poeira colidem entre si e formam partículas maiores. Isto continua até que as partículas atingem o tamanho de pedras ou pequenos asteróides.
A velocidade cresce. Uma vez que as maiores destas partículas ficam grandes o suficiente para ter uma gravidade significantiva, seu crescimento acelera. Sua gravidade (mesmo que seja muito pequena) lhes dá uma vantagem sobre as partículas menores; ela atrai cada vez mais e mais rápido as pequenas partículas, fazendo com que os grandes objetos acumulem todo o material sólido próximo à sua órbita. O tamanho que eles vão chegar depende da sua distância até a estrela e a densidade e composição da nebulosa protoplanetária. No sistema solar, as teorias dizem que grandes asteróides e objetos do tamanho da lua estariam no sistema solar interior, e que objetos de uma a quinze vezes o tamanho da Terra no sistema solar exterior. Deveria haver um grande salto em tamanho em algum lugar entre as atuais órbitas de Marte e Júpiter: a energia do Sol teria mantido o gelo e vapor em distâncias próximas, de forma que a matéria sólida, em crescimento se tornaria muito mais comum além de uma distância crítica do Sol. Acredita-se que a aglutinação destes "planetesimais" levou de algumas centenas de milhares até vinte milhões de anos, com os mais distantes levando mais tempo para se formar.
Duas coisas e o segundo ponto de quebra. Quão grandes eram estes protoplanetas e quão rápido eles se formaram? Nesta época, cerca de 1 milhão de anos após a nebulosa ter esfriado, a estrela gerava um vento solar muito forte, que varreria para fora todo o gás restante na nebulosa protoplanetária. Se um protoplaneta fosse grande o suficiente, rapidamente, sua gravidade atrairia o gás da nebulosa, e ele se tornaria um gigante gasoso. Se não, ele permaneceria um corpo rochoso ou de gelo.
Neste ponto, o sistema solar é composto apenas de corpos protoplanetários sólidos e gigantes gasosos. Os "planetesimais" colidiriam lentamente uns com os outros e se tornariam mais massivos.
Eventualmente, após dez ou cem milhões de anos, você teria dez ou mais planetas, em órbitas estáveis, e então um sistema solar. Estes planetas e suas superfícies podem ser pesadamente modificadas por grandes colisões finais que eles venham a sofrer (ex.: a composição altíssima de metal em Mercúrio ou a Lua).
Nota: esta era como estava a teoria de formação planetária antes da descoberta dos planetas extrasolares. As descobertas não encaixam com a teoria prevista. Isto poderia ser um distúrbio observacional (sistemas solares raros podem ser mais fáceis de detectar da Terra) ou problemas com a teoria (provavelmente com pontos sutis, não com a teoria em geral.) Aqui está um breve resumo da teoria atual dos eventos nos primórdios do sistema solar:
Uma nuvem de gás e/ou poeira interestelar (a "nebulosa solar") é perturbada e colapsa sobre a sua própria gravidade. A perturbação pode ter sido, por exemplo, a onda de choque de uma supernova nas vizinhanças.
A medida em que a nuvem colapsa, seu calor aumenta e o seu centro é comprimido. Ela aquece o suficiente para a poeira vaporizar. É suposto que o colapso inicial levou menos que 100.000 anos.
O centro comprime o suficiente para tornar-se uma proto-estrela e o resto do gás orbita/flui em torno dela. A maioria deste gás flui para dentro e se soma a massa da estrela em formação, mas o gás está em rotação. A força centrífuga impede que parte do gás chegar à estrela em formação. Ao invés disso, ela forma um ""accretion disk" em torno da estrela. O disco dissipa sua energia e esfria.
Primeiro ponto de quebra. Dependendo das circunstâncias, o gás orbitando a estrela/proto-estrela pode ficar instável e se comprimir sobre sua própria gravidade. Isto produz uma estrela dupla. Se não...
O gás esfria o suficiente para o metal, rocha e (longe o suficiente da estrela e formação) o gelo condensarem em minúsculas partículas. (quer dizer que algum gás torna-se de novo poeira). Os metais condensam tão logo o accretion disk se forma (4,55-4,56 bilhões de anos atrás de acordo com as medidas de isótopos em certos meteoros); as rochas condensam um pouco depois (entre 4,4 e 4,55 bilhões de anos atrás).
As partículas de poeira colidem entre si e formam partículas maiores. Isto continua até que as partículas atingem o tamanho de pedras ou pequenos asteróides.
A velocidade cresce. Uma vez que as maiores destas partículas ficam grandes o suficiente para ter uma gravidade significantiva, seu crescimento acelera. Sua gravidade (mesmo que seja muito pequena) lhes dá uma vantagem sobre as partículas menores; ela atrai cada vez mais e mais rápido as pequenas partículas, fazendo com que os grandes objetos acumulem todo o material sólido próximo à sua órbita. O tamanho que eles vão chegar depende da sua distância até a estrela e a densidade e composição da nebulosa protoplanetária. No sistema solar, as teorias dizem que grandes asteróides e objetos do tamanho da lua estariam no sistema solar interior, e que objetos de uma a quinze vezes o tamanho da Terra no sistema solar exterior. Deveria haver um grande salto em tamanho em algum lugar entre as atuais órbitas de Marte e Júpiter: a energia do Sol teria mantido o gelo e vapor em distâncias próximas, de forma que a matéria sólida, em crescimento se tornaria muito mais comum além de uma distância crítica do Sol. Acredita-se que a aglutinação destes "planetesimais" levou de algumas centenas de milhares até vinte milhões de anos, com os mais distantes levando mais tempo para se formar.
Duas coisas e o segundo ponto de quebra. Quão grandes eram estes protoplanetas e quão rápido eles se formaram? Nesta época, cerca de 1 milhão de anos após a nebulosa ter esfriado, a estrela gerava um vento solar muito forte, que varreria para fora todo o gás restante na nebulosa protoplanetária. Se um protoplaneta fosse grande o suficiente, rapidamente, sua gravidade atrairia o gás da nebulosa, e ele se tornaria um gigante gasoso. Se não, ele permaneceria um corpo rochoso ou de gelo.
Neste ponto, o sistema solar é composto apenas de corpos protoplanetários sólidos e gigantes gasosos. Os "planetesimais" colidiriam lentamente uns com os outros e se tornariam mais massivos.
Eventualmente, após dez ou cem milhões de anos, você teria dez ou mais planetas, em órbitas estáveis, e então um sistema solar. Estes planetas e suas superfícies podem ser pesadamente modificadas por grandes colisões finais que eles venham a sofrer (ex.: a composição altíssima de metal em Mercúrio ou a Lua).
Nota: esta era como estava a teoria de formação planetária antes da descoberta dos planetas extrasolares. As descobertas não encaixam com a teoria prevista. Isto poderia ser um distúrbio observacional (sistemas solares raros podem ser mais fáceis de detectar da Terra) ou problemas com a teoria (provavelmente com pontos sutis, não com a teoria em geral.)
2007-02-15 00:06:26
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answer #5
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answered by Anonymous
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