O curso de Engenharia de Produção capacita o profissional para atuar na organização, no controle e no aumento da eficiência e da qualidade dos processos. Assim como os profissionais das outras Engenharias, o Engenheiro de Produção projeta, implanta, melhora e mantém os sistemas produtivos. A diferença está na abordagem sistêmica: a Engenharia de Produção lida com sistemas integrados de homens, equipamentos e materiais e não, com tecnologias ou com produtos, isoladamente.
O curso de Engenharia de Produção é constituído por disciplinas de formação básica em Ciências Exatas, disciplinas específicas da Engenharia de Produção, disciplinas de formação técnica complementar e disciplinas optativas.
As disciplinas específicas dividem-se em três grandes áreas:
- Gestão da Produção e Logística;
- Gestão da Qualidade e Desenvolvimento de Produtos; e
- Ergonomia, Organização do Trabalho e Saúde Ocupacional.
O currículo é flexibilizado e oferece aos alunos a possibilidade de traçar diferentes percursos, que incluem disciplinas optativas cursadas em outras Unidades e em outros cursos de Graduação. Atualmente, são oferecidos os seguintes caminhos:
- Processos Discretos - Correspondem aos processos usualmente desenvolvidos nas indústrias mecânica e eletroeletrônica.
- Processos Contínuos - Correspondem à produção automatizada utilizada em processos químicos e siderúrgicos.
O aluno pode escolher livremente disciplinas optativas oferecidas em outros cursos de Graduação da UFMG, em especial em Filosofia, Ciências Sociais, Ciências da Administração, Ciências Econômicas e Ciências da Informação, áreas com que a Engenharia de Produção tem interface direta.
Um Engenheiro de Produção pode atuar em diversas organizações produtivas: empresas industriais e de serviços; indústrias dos ramos automotivo, da construção civil e de processos contínuos em geral, além de outras específicas – como mineração, siderurgia, cimento e química.
Pode, ainda, desempenhar atividades na administração pública e na análise de investimentos, bem como atuar na organização, na logística e na gestão de serviços de apoio a eventos, esportivos ou artísticos.
Pode-se ter uma idéia mais precisa da atuação do Engenheiro de Produção conhecendo-se os problemas de que ele trata:
- Melhoria e garantia da qualidade dos processos - Implanta e desenvolve sistemas de garantia da
qualidade – como os Sistemas ISO 9000 –, focando, sempre, a qualidade do produto e o cliente.
- Produtividade focada em estratégias de manufatura -
Atua na organização e planejamento do fluxo de produção, redução de estoques, diminuição do tempo de atravessamento, otimização e racionalização de processos, entre outras atividades.
- Projeto de produtos ergonômicos - Dedica-se a projeto de softwares ergonômicos, gestão de projetos e da inovação, redução do tempo de produção nominal em uma nova fábrica, transferência de tecnologia e de seu domínio efetivo.
- Organização do trabalho em sistemas complexos -
Volta-se para a formação, a qualificação e o desenvolvimento de competências adequadas a novas tecnologias.
A Engenharia de Produção dedica-se à concepção, melhoria e implementação de sistemas que envolvem pessoas, materiais, informações, equipamentos, energia e o ambiente. Ela é uma engenharia que está associada as engenharias tradicionais, porém, é a menos tecnológica na medida que é mais abrangente e genérica, englobando um conjunto maior de conhecimentos e habilidades, para que utilizando-se desse conhecimento especializado em matemática, física e ciências sociais, em conjunto com análise e projeto de engenharia, ela possa especificar, prever e avaliar os resultados obtidos por tais sistemas.
De modo geral, a Engenharia de Produção, ao enfatizar as dimensões do produto e do sistema produtivo, encontra-se com as idéias de projetar produtos, viabilizar produtos, projetar sistemas produtivos, viabilizar sistemas produtivos, planejar a produção, produzir e distribuir produtos que a sociedade valoriza. Essas atividades, tratadas em profundidade e de forma integrada por esta engenharia, são de grande importância para a elevação da competitividade do país.
Durante o século XIX ocorreu uma revolução que mudou para sempre a forma do homem trabalhar, de pensar, de produzir... mudou para sempre a relação do homem com a máquina. Essa revolução teve origem na Inglaterra e logo se espalhou para o resto do mundo. Esse fato histórico ficou denominado "Revolução Industrial". Com o progresso no setor industrial da época, surgiu a necessidade de organizar e administrar complexos sistemas de produção; nascendo aí a Engenharia de Produção, que em meio a esse processo, fincou suas bases. Contudo, foi no início deste século que a sua difusão foi intensificada, fundamentando-se basicamente na indústria metalo-mecânica. Outros fatores como o recente desenvolvimento japonês e a adoção da temática da Qualidade & Produtividade como pontos centrais nas empresas e organizações privadas, públicas, industriais, serviços e de governos, consolidaram essa difusão. Em sua origem, ela iniciou-se com o nome de Engenharia Industrial sendo preconizado por F.W. Taylor, Frank e Lillian Gilbreth, H.L. Gantt, Walter A. Shewart, Henry Fayol, dentre outros. Para mais tarde, com o advento da produção em massa, difundida por Henry Ford, a Engenharia Industrial ganhasse grande destaque mundial. No Brasil, desenvolveu-se com o nome de Engenharia de Produção, a partir de 1950.
A Engenharia de Produção nasceu dentro da Engenharia Mecânica e por isso se dedicou inicialmente aos sistemas físicos. Na década de setenta, notou-se mesmo no Brasil, que os conceitos e métodos próprios da Engenharia de Produção ganharam notável desenvolvimento e tornaram-se independentes de qualquer área tecnológica sendo aplicada a todas as áreas clássicas das engenharias. A Engenharia de Produção é uma habilitação específica derivada de qualquer uma das seis grandes áreas da engenharia. Assim, existem cursos de engenharia de produção elétrica, de produção civil, de produção mecânica, etc.
e muito mais informações no site abaixo citado...
- meu marido é engenheiro de produção e já atuou em diversos setores na área de metalúrgica; atualmente, ele gerencia uma fábrica de pintura KTL e outros....
sempre se saiu muito bem no que faz e nunca ficou ´limpando chão de fábrica` para conquistar o seu espaço...
2007-02-14 23:57:32
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answer #1
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answered by cemporcentoelda 3
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"Eu, como estudante desta engenharia, curso disciplinas que me permitem fazer qualquer coisa que um administrador pode fazer." Essa sua afirmação é delicada, pois a grade curricular é diferente do seu curso e do curso de Administração. Você provavelmente não tem nenhuma ou apenas uma cadeira de Recursos Humanos no seu curso, Marketing a mesma coisa, Psicologia e Sociologia também.. E normalmente o pessoal de eng. de prod. não da valor a essas cadeiras. Concordo que Engenharia de Produção é um curso muito interessante, e com cadeiras que fornecem uma formação completa e bem abrangente, Porém a formação está mais relacionada com a área de produção de uma empresa.
2007-02-15 08:52:22
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answer #2
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answered by Ribeiro 1
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Os cursos de Engenharia de Produção deverão oferecer um núcleo de conteúdos básicos de no mínimo 35% (1050 horas) da carga horária total mínima prevista nas Diretrizes Curriculares para os Cursos de Engenharia. Os conteúdos são:
Ciências do Ambiente
Expressão Oral e Escrita
Resistência dos Materiais
Economia
Expressão Gráfica
Fenômenos de Transporte
Física
Eletricidade
Informática
Matemática
Materiais
Metodologia Científica e Tecnológica
Probabilidade e Estatística
Psicologia
Química
Sociologia
Ética
Direito
Ciência e Tecnologia
Inglês Técnico
Filosofia
"Compete à Engenharia de Produção o projeto, a modelagem, a implantação, a operação, a manutenção e a melhoria de sistemas produtivos integrados de bens e serviços, envolvendo homens, recursos financeiros e materiais, tecnologia, informação e energia. Compete ainda especificar, prever e avaliar os resultados obtidos destes sistemas para a sociedade e o meio ambiente, recorrendo a conhecimentos especializados da matemática, física, ciências humanas e sociais, conjuntamente com os princípios e métodos de análise e projeto da engenharia." (elaborado a partir de definições do International Institute of Industrial Engineering - IIIE - e Associação Brasileira de Engenharia de Produção - ABEPRO)
Produzir é mais que simplesmente utilizar conhecimento científico e tecnológico. É necessário integrar fatores de natureza diversas, atentando para critérios de qualidade, produtividade, custos, responsabilidade social, etc. A Engenharia de Produção, ao voltar a sua ênfase para características de produtos (bens e/ou serviços) e de sistemas produtivos, vincula-se fortemente com as idéias de projetar e viabilizar produtos e sistemas produtivos, planejar a produção, produzir e distribuir produtos que a sociedade valoriza. Essas atividades, tratadas em profundidade e de forma integrada pela Engenharia de Produção, são fundamentais para a elevação da qualidade de vida e da competitividade do país.
O cenário vigente de atuação das organizações caracteriza-se pelo processo de internacionalização e globalização da economia, com graus crescentes de competitividade. Assim, o binômio Produtividade e Qualidade, que historicamente sempre foram elementos fundamentais de interesse e estudo da Engenharia de Produção, tornaram-se agora uma necessidade competitiva de interesse global não apenas de organizações, mas também de inúmeras nações. A formação dos grandes blocos econômicos mundiais (Comunidade Econômica Européia, Nafta, Mercosul, etc.) e conceitos como Manufatura de Classe Mundial ("World Class Manufacturing"), e Gestão da Qualidade Total ("Total Quality Management"), que se transformaram em jargões comuns ao setor industrial, levam à clara compreensão por parte dos empresários e profissionais do setor de que a sobrevivência e sucesso das empresas brasileiras passa pelo estudo e prática dos grandes temas ligados ao processo produtivo, objeto da Engenharia de Produção. Fator adicional é possibilitado pelos avanços tecnológicos, os quais, paradoxalmente, em vez de acentuarem as tendências para a superespecialização, estão revertendo este quadro no sentido de permitirem níveis adequados de integração de sistemas, exigindo profissionais com ampla habilitação nas técnicas e princípios da Engenharia de Produção. Esse contexto, tem alterado significativamente o conteúdo e as habilidades esperadas da mão de obra em termos mundiais e essas mudanças tem se refletido fortemente na realidade e perspectivas profissionais do Engenheiro de Produção.
A necessidade dos conhecimentos e técnicas da Engenharia de Produção tem feito com que o mercado procure e valorize os profissionais egressos dos cursos desta área. Em função disso, a demanda pelos cursos de Engenharia de Produção tem sido muito grande, segundo apontam as estatísticas dos vestibulares. No Brasil, reportagens de revistas como Exame, Isto É e Veja, e de jornais como Folha de São Paulo, apontam a Engenharia de Produção como a Engenharia com as melhores perspectivas de mercado de trabalho previstas para esse final de século, juntamente com Telecomunicações e Mecatrônica.
Em 1993 existiam, no Brasil, 17 cursos de graduação em Engenharia de Produção (Boletim da ABEPRO de 08 de março de 1993). Em 1996, no XVI Encontro Nacional de Engenharia de Produção (ENEGEP), o número de cursos de graduação em Engenharia de Produção já passava de 20. Atualmente, mais de 30 instituições oferecem em torno de 35 cursos de graduação e 15 cursos de pós-graduação em Engenharia de Produção. Calcula-se em cerca de 7500 o número de alunos nos cursos de graduação e de 2500 nos de pós-graduação.
Nota-se com esses dados que, nos últimos 5 anos, o número de instituições que oferecem cursos ligados à Engenharia de Produção (graduação ou pós-graduação) foi mais que duplicado.
Partindo-se da definição dada no início do presente documento, identifica-se uma base científica e tecnológica própria da Engenharia de Produção que a caracteriza como grande área. Esse conjunto de conhecimentos, que está em acordo com as sub-áreas (item 3.4), é fundamental para que qualquer tipo de sistema produtivo tenha um funcionamento coordenado e eficaz:
Uma análise mais detalhada da formação oferecida atualmente indica que esse conjunto de conhecimentos é característico da Engenharia de Produção. Além disso, a Engenharia de Produção trabalha esses assuntos de forma integrada, considerando como cada um deles enquadra-se dentro do conjunto que compõe um sistema produtivo. Ressalta-se que a aplicação desses conhecimentos requer a base de formação que existe apenas na Engenharia.
Assim, justifica-se, e na verdade é urgente, o reconhecimento de que a Engenharia de Produção tem conteúdo e base suficientes para caracterizar uma "Grande Área de Engenharia", com formação própria e diretrizes curriculares adequadas.
Sólida formação científica, tecnológica e profissional que capacite o engenheiro de produção a identificar, formular e solucionar problemas ligados às atividades de projeto, operação e gerenciamento do trabalho e de sistemas de produção de bens e/ou serviços, considerando seus aspectos humanos, econômicos, sociais e ambientais, com visão ética e humanística, em atendimento às demandas da sociedade.
Ter competência para:
1. dimensionar e integrar recursos físicos, humanos e financeiros a fim de produzir, com eficiência e ao menor custo, considerando a possibilidade de melhorias contínuas;
2. utilizar ferramental matemático e estatístico para modelar sistemas de produção e auxiliar na tomada de decisões;
3. projetar, implementar e aperfeiçoar sistemas, produtos e processos, levando em consideração os limites e as características das comunidades envolvidas;
4. prever e analisar demandas, selecionar conhecimento científico e tecnológico, projetando produtos ou melhorando suas características e funcionalidade;
5. incorporar conceitos e técnicas da qualidade em todo o sistema produtivo, tanto nos seus aspectos tecnológicos quanto organizacionais, aprimorando produtos e processos, e produzindo normas e procedimentos de controle e auditoria;
6. prever a evolução dos cenários produtivos, percebendo a interação entre as organizações e os seus impactos sobre a competitividade;
7. acompanhar os avanços tecnológicos, organizando-os e colocando-os a serviço da demanda das empresas e da sociedade;
8. compreender a interrelação dos sistemas de produção com o meio ambiente, tanto no que se refere a utilização de recursos escassos quanto à disposição final de resíduos e rejeitos, atentando para a exigência de sustentabilidade;
9. utilizar indicadores de desempenho, sistemas de custeio, bem como avaliar a viabilidade econômica e financeira de projetos;
10. gerenciar e otimizar o fluxo de informação nas empresas utilizando tecnologias adequadas.
Habilidades (rever habilidades)
Iniciativa empreendedora;
Iniciativa para auto-aprendizado e educação continuada;
Comunicação oral e escrita;
Leitura, interpretação e expressão por meios gráficos;
Visão crítica de ordens de grandeza;
Domínio de técnicas computacionais;
Conhecimento, em nível técnico, de língua estrangeira;
Conhecimento da legislação pertinente;
Capacidade de trabalhar em equipes multidisciplinares;
Capacidade de identificar, modelar e resolver problemas.
Compreensão dos problemas administrativos, sócio-econômicos e do meio ambiente;
"Pensar globalmente, agir localmente";
2007-02-15 08:06:39
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answer #3
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answered by patpedagoga 5
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É complicado mesmo! Eu, por exemplo, estou terminando Engenharia de Automação e me dá o maior trabalho explicar o que esse curso é. O povo só conhece o que é Civil, Mecânica e Elétrica.
Existem variás faculdades ou universidades particulares que são suspeitas, mas também existem variás outras que são boas. Eu mesmo faço em uma particular que é boa, e acredito que tem muitas boas como: PUC, Unisal, Unip, USF etc...
2007-02-15 08:04:57
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answer #4
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answered by ? 5
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Parabéns para você .... espero que tenha muito sucesso na sua profissão...
2007-02-15 07:42:09
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answer #5
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answered by Marcio Rockfeller 4
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