Você dá esmola pra flanelinha ou mendigo? Porque?

Question

Eu não dou pra eles não se acomodarem.Principalmente para os que são fortes e não tem doença física.Se chegar algum com bafo de pinga ou fumando,eu também não dou.Acho muita burrice uma não ter o que comer, não ter onde cair morto,trabalhar o dia todo,conseguir um dinheiro suado e só pra depois gastar com cigarro ou bebida.Não dou e estou me sujando e andando pra humanistas,religiosos e assistentes sociais.Não dou.Não sou e nunca fui o culpado pela miséria e pobreza no país.

Answer 1

Antes eu até dava, mas vi que nada resolvia.
Aqui na minha cidade, tem uns flanelinhas que ganham mais de R$ 900,00 por mês, mais do que muito pai de família. Dia desses, a Prefeitura queria regularizar a situação, propondo-lhes emprego para vender cartões de faixa azul (para o estacionamento nas ruas) e ficalizar os carros que não colocam. Pois bem, a maioria recusou porque o salário era de R$ 400,00. Você acha que iriam querer ganhar menos e trabalhar mais?
Minha amiga ouviu um senhora ser xingada por uma mendiga porque ela lhe disse que no Bairro em que morava havia pessoas precisando de gente para trabalhar (doméstica, jardineiro, babá...). A mendiga mandou esta senhora tomar no ** e lhe falou que estava pedindo dinheiro e não emprego.
Eu mesma já ofereci para podarem a minha grama ou varrerem a frente da minha casa, mas não quiseram. Alegaram que estavam doentes... Estava na cara que era mentira.
Já vi mulher que usava a filha da amiga para pedir esmola nos faróis.
Teve uma vez que tinha um senhor que vivia pedindo esmola na calçada. Um dia, eu e minha mãe estávamos no Banco e eis que surge o tal senhor, que se dirigiu ao caixa, retirou um monte de dinheiro das meias e efetuou um depósito em conta. Ué, não era para comer????
Sabe, quando eu era criança, cansei de ver os meninos da minha rua lavando os carros dos vizinhos para ganhar um dinheirinho. Nunca vi nenhum deles sair pedindo.
Hoje em dia, a maioria se acomodou com a situação e prefere pedir a trabalhar...
É por essas e outras que tenho conhecimento (e não são poucas, viu?) que já não sei quem precisa realmente de nossa ajuda. Por isso, não dou mais dinheiro a flanelinhas, mendigos ou quem quer que seja. Sempre que posso, ajudo instituições de caridade com roupas e genêros alimentícios. Móveis e aparelhos que já não uso mais, também.

Answer 2

@
Costumo dar esmolas para crianças, mulheres, idosos e homens com deficiência física, porque me corta o coração vê-los naquela situação.
Para o flanelinha eu pago obrigada, porque se não pagar antecipadamente, eles riscam o carro.
@

Answer 3

nem eu...penso como ti, não somos culpados pela pobreza do país, e nós tbm somos vítimas dessa pobreza!!

Answer 4

Confissões de um mendigo


Ivone Boechat

Quando nasci, tive enxoval todo azul e o quarto decorado com figura dos heróis favoritos da época. Parecia um conto de fadas. Toalhas, fraldas, lençóis e fronhas tinham monograma com iniciais do nome escolhido: Júnior.
Após a gestação, acompanhada pelos melhores médicos, cheguei amparado e mimado pela família inteira. Mesmo inconsciente do tamanho da festa, fui crescendo, dominando o espaço, invadindo o território dos outros. Eu era o centro de tudo.
Ao perceber a importância que me davam, muito superior à necessária, comecei a fazer todo tipo de chantagem para ter mais, lucrar mais. Cada erro meu era motivo de briga na família, porque a maioria ficava do meu lado, inclusive, meus pais. Quem ousasse me criticar ou dar um conselho era riscado do mapa.
Na adolescência, jcom o vigor de um corpo jovem, saudável e bonito, abusei do excesso de mordomias. Não fiz por menos, queria tudo. Não me contentava com nada e a plateia batia palmas e se contorcia para fazer minhas vontades, cada vez mais extravagantes.
Bem jovem ainda comecei a beber nas festas da família e fui mergulhando no álcool, com o incentivo da turma de amigos. Em casa, nenhuma resistência, levavam tudo na brincadeira. Como eu não percebia o perigo, fui seguindo no mesmo ritmo. Fracassei nos estudos e perdi a vontade de estudar. Perdi o ano, saí da Escola e nem por isto recebi qualquer tipo de orientação, nenhuma advertência, nada. Todos tinham medo de me aborrecer.
A idade foi aumentando, as forças diminuindo e não conseguia emprego. As doses de bebida foram se multiplicando. Comecei a beber durante o dia e, quando não me davam dinheiro suficiente, furtava de qualquer pessoa dentro de casa: aí sim, fui aborrecendo um por um. Perdi o direito de viver com minha família e, numa das voltas, embriagado, sujo, encontrei a porta fechada. Dormi na rua a primeira noite e não me atrevi a tentar novamente entrar em minha casa, continuei na rua.
Hoje, não me sinto com forças para reagir. Sou a pessoa mais fraca do mundo, mais sozinha, mais triste. Vivo procurando pães velhos e migalhas de comida na porta de bares e restaurantes. Não sei por onde andam meus pais. Com vergonha de mim, mudaram-se da cidade. Talvez encontre algum parente, mas eles fingem que não me vêem, com vergonha. Ninguém chega perto de mim para estender a mão, porque seria muito trabalhoso cuidar de uma criança que se perdeu na cortina social das políticas sociais e se escondeu no filó azul da educação mal orientada.

Ivone Boechat

Answer 5

Eu dou só para mendigo. Ah, eu fico com pena.

Answer 6

Nem sempre, mas tem umas vezes que sinto uma grande vontade de ajudar, principalmente idosos e deficientes. Ah, tb gosto de ajudar aquelas estátuas humanas que tem na rua, acho eles lindos, aí não é uma esmola, e sim uma forma de apreciação pela arte deles.

Answer 7

Não dou esmola para ninguém, pois dessa forma não sustento mais um na rua. Se tem dinheiro fácil não tem necessidade de trabalhar. Mas não nego água e nem comida a quem me pede.

Answer 8

eu n p q sempre q tem um no local aonde eu estou eu nunca tenho dinheiro...kkkkkkkjkjkk

Answer 9

Eu também não dou, porque na maioria das vezes eu ignoro essas cenas do nosso cotidiano.

Answer 10

Tenho tanto !
Por que não dividir com alguém que não tem o mínimo ?
Mesmo que seja míseros centavos....