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Num orfanato, igual a tantos outros que enxameiam por toda parte, havia uma pobre órfã, de oito anos de idade.
Era uma criança lamentavelmente sem encantos, de maneiras desagradáveis, evitada pelas outras, e francamente malquista pelos professores.
Por essa razão, a pobrezinha vivia no maior isolamento. Ninguém para brincar, ninguém para conversar...
Sem carinho, sem afeto, sem esperança... Sua única companheira era a solidão.
O diretor do orfanato aguardava ansioso uma desculpa legítima para livrar-se dela.
E um dia apresentou-se, aparentemente, uma boa desculpa. A companheira de quarto da menina informou que ela estava mantendo correspondência com alguém de fora do orfanato, o que era terminantemente proibido.
- Agora mesmo, disse a informante, ela escondeu um papel numa árvore.
O diretor e seu assistente mal puderam esconder a satisfação que a denúncia lhes causara. Vamos tirar isso a limpo agora mesmo, disse o superior.

2007-02-13 22:45:28 · 3 respostas · perguntado por Leønardø CRF 6 em Sociedade e Cultura Outras - Sociedade e Cultura

E, somando-se ao assistente, pediu para que a testemunha do delito os acompanhasse a fim de lhes mostrar a prova do crime.
Dirigiram-se os três, a passos rápidos, em direção à árvore na qual estava colocada a mensagem.
De fato, lá estava um papel delicadamente colocado entre os ramos.
O diretor desdobrou, ansioso, o bilhete, esperando encontrar ali a prova de que necessitava para livrar-se daquela criança tão desagradável aos seus olhos.
Todavia, para seu desapontamento e remorso, no pedaço de papel um tanto amassado, pôde ler a seguinte mensagem:
"A qualquer pessoa que encontrar este papel: eu gosto de você."
Os três investigadores ficaram tão decepcionados quanto surpresos com o que leram.
Decepcionados porque perderam a oportunidade de livrar-se da menina indesejável, e surpresos porque perceberam que ela era menos má do que eles próprios.
Quantos de nós costumamos julgar as pessoas pelas aparências, embora saibamos que estas são enganadoras.

2007-02-13 22:46:52 · update #1

E o pior é que, se as aparências não nos agradam, marcamos a pessoa e nos prevenimos contra ela e suas atitudes.
Uma antiga e sábia oração dos índios Siuox, roga a Deus o auxílio para nunca julgar o próximo antes de ter andado sete dias com as suas sandálias.
Isto quer dizer que, antes de criticar, julgar e condenar uma pessoa, devemos nos colocar no seu lugar e entender os seus sentimentos mais profundos.
Aqueles que talvez ela queira esconder de si mesma, para proteger-se dos sofrimentos que a sua lembrança lhe causaria.

2007-02-13 22:47:33 · update #2

3 respostas

Me identifiquei com a história. As pessoas me vêem completamente diferente do que sou e ficam me julgando e me DESPREZANDO, eu sei porque eu sinto isso. Algumas que que me conheceram mais profundamente viram que sou bem diferente e passaram a gostar de mim. A primeira vista pareço ser fria e antipática, mas é porque sou extremamente tímida com quem não conheço. Por isso eu sei identificar o que acontece com pessoas(como a criança do orfanato), sei porque elas agem assim, porque são tímidas e carentes e as pessoas que a rodeiam são completamente hostis com ela!

2007-02-13 23:03:37 · answer #1 · answered by Anonymous · 0 0

tb me indentifiquei com a hiistória, pq todas as pessoas que me conhecem me dizem a mesma coisa ,"nossa como vc é diferente do que pareçe, achei q vc era exibida e chata, mas é bem o contrário", juro que todos dizem isso, pq passo essa impressão por ser na minha, quieta, mas depois que me conhecem , todos me adoram,.

2007-02-14 07:17:51 · answer #2 · answered by carla h 4 · 0 0

VAMOS COMBATER O MAL?

2007-02-14 06:51:53 · answer #3 · answered by Anonymous · 0 2

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