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Olá Pessoas,

Respondi diversas perguntas sobre isso nos últimos dias, a maioria dos usuários (salvo engano, claro), concorda com a pena de morte, redução da idade do penallmente imputável, dentre outros.

Apesar de concordar com a redução da maioridade penal, acredito que a pena de morte não resolve o problema, podendo inclusive agravar. Afinal, se qualquer "aperto" que a Polícia dá nos traficantes, eles incendeiam ônibus e matam inocentes: O que ocorreria se um deles fosse penalizado com a pena de morte?!

Ainda, a pena de morte não garante a redução da criminalidade, nem da violência.

Gostaria de saber se leram a Carta de "Aline", irmã de João Hélio, se não leram, por favor o façam (link abaixo) e me respondam:

- As leis realmente são o problema ou a solução?
- O que fazer?

Obrigada pela atenção. B-jos para todos.

http://br.noticias.yahoo.com/s/12022007/25/manchetes-mae-joao-helio-pediu-2-solta-lo-cinto.html

2007-02-13 09:13:51 · 20 respostas · perguntado por Si 7 em Governo e Política Polícia e Aplicação da Lei

Guri: É exigir muito de mim sim, defender uma pena tão grave por motivos simplesmente emocionais. A Lei tem que ser racional, senão não é justa, apesar de eu também ter ficado perplexa com a brutalidade do crime.

Nabosantos: Eu sei que trata-se de cláusula pétrea (Art. 5º, XLVII, a, da CF/88), bem como que a única forma de alterar seria com uma nova Constituinte, mas a minha pergunta é, justamente, devido a polêmica instalada.

https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm

Dic: Eu não tenho, graças a Deus, mas a Aline, cuja carta citei, é irmã de João Hélio.

Nanda: A nação, é o povo, o povo sempre pode fazer algo, nem que seja opinar e manifestar.

Gibi: A pergunta era séria.

Todos: Não seria melhor tornar a Lei aplicável do que alterá-la a cada vez que algo ocorrer?!

2007-02-13 21:54:46 · update #1

Sem limites para a barbárie (Revista Veja): http://veja.abril.com.br/140207/p_046.shtml

2007-02-14 07:29:53 · update #2

A Revista Veja fechou o link para a matéria "Sem limites para a barbárie", permitindo a visualização só para assinantes, por isso indico dois outros links abertos, pelos quais podem visualizar a matéria na íntegra:
- http://www.econet.com.br/veja/mcapa.htm
- http://www.resenha.inf.br/politica/?page=revistas&actions=viewnotice&revis_cod=2000

2007-02-16 03:01:00 · update #3

Leidynalva R: A revolta é um sentimento natural, mas não resolve o problema, pode nos incitar sim a procurar por uma solução, mas a solução deve ser plausível e viável, não violenta.

elidarolim e Lígia Dutra: Parabéns pelas iniciativas, dando resultado ou não, algo está sendo feito.

Predileta®: Intolerância gera intolerância. Não tenho dó dos bandidos, realmente acho que mereciam morrer, mas sempre o que é merecido é justo?! Acho que não, a Justiça deve prever objetivos e soluções, punir é retroceder a Lei de Talião e Código de Hamurabi.

LUCK 5616 - O ETERNO: Aqui não é os EUA e não foi isso que perguntei.

Marcos Vinicius Lopes Gomes: Espetacular o texto, realmente o problema e a solução são exatamente a falta de estrutura: educacional, moral, familiar, social, etc... Pena que eu tenha visto seu texto em outras perguntas. Seria injusto escolher como melhor em detrimento das respostas que foram específicas a minha pergunta, mas de qualquer forma obrigada.

2007-02-20 11:55:23 · update #4

Bruno Cesar: Sabe que eu sou fã de carteririnha de suas respostas. Desta em particular, a visão ampla e criteriosa da sociedade, nosso pensamento é muito similar. Todavia, políticos são eleitos pelo povo, cabe a nós, também fazermos algo. Sei que ironizou, mas mandá-los para a forca também não resolveria. Vamos continuar a fazer essa moçada a pensar, o esclarecimento levará as mudanças significativas, começando pelos votos e eleitos. Com isso, teremos menos criminosos, menos crimes e mais felicidade. Parabéns!

William N: Eles ficariam, (na média nos EUA), 10 anos investigando os casos, mais anos na fila, outros anos de recursos. Com ou sem pena de morte, o Estado gasta.

Alberto: "Só isso" acho que não, mas é um ótimo começo, com políticos e aplicadores melhores, teremos leis melhores. Por enquanto, temos que nos virar assim mesmo.

2007-02-20 12:03:16 · update #5

horse face: Quando tivemos condições de dissernimento dos cidadãos e tais países, talvez essas penas sejam justad. Por enquanto, acredito que o Estado que não dá aos seus cidadãos outros caminhos a não ser o crime, não é Estado legítimo para condenar a morte os frutos de suas próprias ações. Claro que há exceções, Suzanne e este caso mesmo, de Diego e os demais, mesmo assim a Lei tem que ser igual para todos, sob argumento de não ser justa, então a pena de morte ou a prisão perpétua, neste país ainda são legítimas de serem aplicadas.

ad_summus: Obrigada pelo elogio. Tenho uma pergunta a ti: A falência não seria da sociedade como um todo, principalmente dos omissos? Políticos são eleitos, família é conseqüência das oportunidades (ou falta delas), é fácil culpar e eximir-se de culpa. Acho que todos temos culpa, e todos temos que fazer algo, nem que seja cobrar e fiscalizar.

Marcio L: Bela frase. E daí, o que fazer?!

2007-02-20 12:09:46 · update #6

João S: Muitos seriam o carrasco se o salário fosse bom, além da estabilidade do cargo de "funcionário público", mesmo assim o problema não seria resolvido. Parabéns por ter ciência de que a sociedade tem que mudar como um todo, principalmente o "mundinho" de cada um.

Zé: Pode ser, mas continuaríamos tendo bandidos.

2007-02-20 12:11:48 · update #7

20 respostas

Leio este texto e choro. Assim como chorei lendo a notícia, a matéria da VEJA, o depoimento daquele casal no Fantástico... Até uma moça no ônibus que viu a capa da revista na minha mão se emocionou. E tudo o que eu vejo é que as pessoas tentam imaginar aquela cena e não conseguem acreditar que foi de verdade. Minha amiga da faculdade, Camila, lamentou muito porque o João era muito parecido com o irmãozinho dela. E poderia ter sido ele. Poderia ter sido qualquer um dos nossos... Faz quase um ano que São Paulo foi tomada pelo medo com os ataques do PCC... desde aquela época tento fazer algo para não me sentir tão impotente. E a cada dia que passa sinto que... está cada vez mais difícil... Há uma lista enorme de crueldades sendo cometidas e como sempre a mídia explora o fato até não vender mais e tudo acaba... As pessoas esquecem, ficam amortecidas e continuam suas vidinhas... Continua a ilusão de que tudo está bem, que tudo está sob controle... Que as coisas são assim porque Deus quer assim... Santa ignorância! Por mais que minha vida seja boa e não posso mentir, realmente é abençoada, faz uma semana que durmo pensando naquele menino. Não consigo trazê-lo de volta para os braços daquela mãe. Mas sinto que preciso fazer algo para que outra mãe não passe pelo mesmo terror. E um dia eu posso ser essa mãe. Não posso me conformar, não posso finjir que nada aconteceu, cair no laço do esquecimento como tantos outros casos. Esses pais nunca esquecem, nunca deixam de visitar o quarto dos filhos no meio da noite, nunca deixam de lembrar das travessuras, dos mimos, da esperança que eles tinham de ver eles crescerem e serem alguém... Como eu admiro esses pais, órfãos dos filhos mortos por monstros. Mortos queimados, mutilados... Crianças. E sabe porque isso acontece? Porque pode continuar a acontecer? Porque a gente se acostuma. Porque a gente acha que não tem jeito. Porque nossa vida já é corrida demais pra gente se preocupar com a dor do outro. Até que essa dor nos atinja de verdade... Acabei de ler este texto do Luciano Pires e pensei: meu Deus, milhões de pessoas se mobilizam para discar um número para votar em quem sai do Big Brother... porque não se mobilizam para ir até o congresso lutar por leis mais rígidas? Ano passado saí mais de 3 vezes na rua, fazendo passeata contra a corrupção. Convidei amigos, familiares...e ouvia desculpas de todo o tipo: é copa do mundo, não posso perder o jogo. Tenho medo de confusão... Fultebol é mais importante do que lutar por um país melhor? Confusão? Na boa, todas as nossas passeatas foram pacíficas, não somos baderneiros. Este ano não parei. Continuo trabalhando, dentro do que posso, mas não desisto. Não quero incomodá-los com este e-mail. Só quero pedir ajuda. Por favor, o carnaval vai passar e ninguém mais vai abordar este assunto, afinal não vende mais manchete. Até que aconteça de novo e de novo. Vou marcar com o Reforma Brasil uma manifestação na Av. Paulista, por volta do dia 11/03, em homenagem a todas as crianças que morreram violentamente, levantando soluções palpáveis. Nem que eu saia sozinha na rua, carregando uma placa no pescoço, eu vou. Se algum de vocês, está tão perturbado com isso tudo como eu estou, quiser participar, eu agradeço do fundo do coração. Vocês podem participar de várias formas. Cada um pode levar uma faixa contendo uma solução, uma lei, uma idéia que possa ser discutida. Se não quiserem ir, podem me enviar por e-mail, que já ajuda. Temos que fazer barulho. Temos que chamar a atenção do governo e da mídia para que algo seja feito. Daqui a pouco o João é esquecido e os bonitinhos dos parlamentares voltam a se preocupar com o próprio aumento de salário. Se os escândalos de corrupção não foram motivo suficiente para que o povo se mobilize, não é possível que deixem a morte de uma criança arrastada passar em vão.

Conto com vocês.

Obrigada

OBS: Participantes, enviem mensagem para ligiajdutra@gmail.com

www.ligiadutra.blogspot.com

2007-02-16 02:09:26 · answer #1 · answered by Lígia Dutra 1 · 1 2

Oi Sibelly,

Li a carta dela e a reportagem da revista Veja.

A pena de morte é um tema complicado, gera polêmica, divisão, controvérsias, quando então ocorrem casos chocantes como esse de agora, do João Hélio, que atingem diretamente a opinião pública e reacendem a discussão sobre impunidade, como sempre vemos retornar esses protestos pela pena de morte.

Isso talvez ocorra porque a prisão perpétua ou a pena de morte em especial, são de fácil apelo à emoção - quando a sociedade está comovida, se verifica que a pena de morte ganha muito mais força. Se fizéssemos um referendo hoje por exemplo, para ver se teríamos ou não a pena de morte no Brasil, certamente o resultado seria quase unânime à implantação dessa pena. Por isso que é importante ter o "pé no chão", principalmente por parte daqueles como você, que são (ou serão) responsáveis por conduzir a justiça.

Talvez o único argumento inegável de quem é a favor, é o de que o indivíduo condenado à morte não tem possibilidade de reincidência. Certo. Mas e dai? Isso não passa de uma conclusão óbvia, que não chega ao ponto da chave questão. A discussão maior, que é sobre a utilização da pena de morte VISANDO A DIMINUIÇÃO da criminalidade, isto sim, eu penso ser importante como tema a ser discutido diante do avanço da violência.

Porém, retomar a era da vingança, reparando o mal com o mal, definitivamente não é o melhor caminho a ser percorrido. Se fosse possível adotar a pena de morte ou a prisão perpétua no Brasil estaríamos retrocedendo a Lei de Talião. Além disso, QUAIS os destinatários dessas penas? Políticos inescrupulosos, comprovadamente corruptos, ou os marginalizados sociais? Quem é mais criminoso: aqueles que desviam verbas e matam milhares de pessoas que não tiveram seus recursos aplicados, ou os jovens e miseráveis traficantes do Rio de Janeiro?

Questões como essas é que precisam ser avaliadas, não as leis. As leis não são o problema. Mesmo uma eventual redução da maioridade penal, não traria nada além de resultados superficiais e mais radicalizmo para a sociedade, uma vez que, apenas com uma canetada, a "fabricação de criminosos" não iria parar.

2007-02-15 10:46:47 · answer #2 · answered by ஃ panen et circenses ஃ 7 · 4 0

Si, o povo brasileiro está enfadado, de tanto ver crimes que não tem punição, e isso leva ao desespero. Então muita gente pensa que a pena de morte seria uma forma de justiça.
E eu até entendo pq pensam assim. Imagine se alguém da sua família sofre um atentado e o bandido não recebe a devida punição, é difícil né! Aí na hora do desespero passa mil coisas pela cabeça de quem está desesperado.
Mas a solução seria somente cumprir a lei, CUMPRIR a lei, só isso.

2007-02-16 09:27:51 · answer #3 · answered by Alberto 2 · 3 0

Sou contra a pena de morte para seres humanos, mas os autores desse crime não são seres humanos!

2007-02-13 17:32:09 · answer #4 · answered by Gibi 6 · 4 1

E o espetáculo continua.

Abrem-se as cortinas dos jornais e o show começa a cada dia. O mais bárbaro espetáculo que chocou o país ocorreu no dia 06 de fevereiro de 2007. Uma criança morta de forma brutal, onde os atores principais são delinqüentes menores de idade.
Os holofotes passam a iluminar um tema antigo: a maioridade penal. No palco central, o Senado, políticos ensaiam novas leis. Com brilhante retórica contracenam com a indignação do povo, buscando uma solução para o acontecimento nefasto.
A peça passa a ter como vilão da história a lei penal. Desmantelada, desproporcional, irracional. Já condenada, ela passa a ser criticada por todos os lados. Como não poderia deixar de ser, a lei penal passa a ser o bode expiatório desse drama.
Entram em cena os mocinhos da história: deputados e senadores brigam por uma lei penal “mais justa”, “mais severa”, de modo a solucionarem o problema da violência, principalmente a praticada por menores. Como coadjuvantes, grande parte da população clama pela mudança de lei, sendo apoiada ainda pelo governador do Rio de Janeiro, o qual também apóia penas mais severas para os menores. Essa é a arma usada para o combate a violência praticada pelos menores.
Equívocos. Esse deveria ser o nome da peça. Também deveria saltar aos olhos de todo o público que o vilão da peça não são as leis, mas sim a miséria que toma conta de todo país e corrói o coração dos vilões desesperados. Falda comida, educação, hospitais, moradia, isto é, condições mínimas para que uma pessoa possa sobreviver dignamente.
O fim do espetáculo não pode ser com menores atrás das grades. Até porque a rigidez penal não é solução para esse problema. Não podemos esperar que um menor enjaulado aprenda a lição e nunca mais cometa um novo delito. A prisão para o menor seria uma espécie de vestibular para o crime.
Isolado do mundo, sem qualquer espécie de ressocialização e sem qualquer ajuda psicológica o menor não tem mais futuro, não tem mais amor. Não estamos diante de um conto de fadas, onde qualquer solução levaria sempre a um final feliz.
O espetáculo do crime não pode ser resolvido de modo fantasioso, isto é, achando simplesmente que leis mais severas resolvera o problema. Esse filme já assistimos muitas vezes, por exemplo, quando foi criada a lei de crimes hediondos durante uma onda de seqüestros, sendo que a criação da lei de crimes hediondos com sua rigidez penal não solucionou o problema, muito pelo contrário, a criminalidade hedionda só aumentou.
As cortinas do teatro só devem fechar quando a miséria nacional diminuir, quando crianças tiverem um caderno para estudar, um hospital para se medicar, uma cama para deitar e uma fruta para comer. Se olharmos para trás, veremos que penas severas como a crucificação, a mutilação e outras são barbáries do passado que não devem voltar ao nosso cotidiano. E, um dia, quando olharmos para trás, veremos que simplesmente debater o aumento de penas para os menores seria um retrocesso para a sociedade. E o espetáculo continua...

Marcos Vinicius Manso Lopes Gomes

2007-02-14 15:46:56 · answer #5 · answered by Anonymous · 2 0

porque não tem teve nenhum " joão" na familia..

2007-02-13 17:28:53 · answer #6 · answered by 2 · 3 1

Esses crimes hediondos estão sendo permitidos pela própria sociedade. Quando a lei não é cumprida, esse tipo de gente que não tem nada a perder na vida se aproveita comentendo qualquer tipo de irracionalidade.
No caso desses individuos não deveriam nem sequer ser julgados. Amarrar eles atrás de um veiculo e arrastá-los no mesmo trajeto feito com aquele inocente. Quem seria o motorista? Indicado pela sociedade - carrasco.

2007-02-19 07:37:26 · answer #7 · answered by João S 2 · 1 0

UMA NAÇÃO QUE NÃO RESPEITA SEUS CIDADÃOS NAO OS MERECE.

MARCIO LANDIN

2007-02-18 17:58:27 · answer #8 · answered by ÍNDIO 7 · 2 1

Brilhante sua pergunta.

Acrescento que, o que aconteceu no Rio de Janeiro, é o reflexo da falência dos valores familiares e da verdadeira incapacidade do poder público em proporcionar a segurança dos cidadãos.

2007-02-18 16:01:51 · answer #9 · answered by Apocallypse 5 · 2 1

NOS EUA ISSO JÁ TERIA VIRADO EM CADEIRA ELETRICA..

2007-02-14 11:44:54 · answer #10 · answered by LUCK 5616 - STAAT IRON 5 · 2 1

Se você quer audar, clique no link abaixo e assine a petição:
http://www.petitiononline.com/07022007/petition.html
valeu!

2007-02-14 00:47:30 · answer #11 · answered by elidarolim 4 · 1 0

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