A origem da Terra foi tema de estudos científicos por vários séculos, mas somente após 1950 houve grandes avanços nessa área. As mais importantes contribuições vieram da análise quantitativa dos isótopos presentes em meteoritos, feita por geoquímicos, e, particularmente, do estudo das rochas lunares obtidas durante o programa espacial Apolo. Além disso, a pesquisa geoquímica de amostras terrestres, combinada com um novo entendimento dos processos internos proporcionado pela teoria da tectônica de placas, elucidou de forma significativa as formas pelas quais o planeta Terra evoluiu.
Geólogos e astrônomos concordam que a Terra tem aproximadamente 4,6 bilhões de anos. Contudo, as mais antigas rochas conhecidas existem há 3,9 bilhões de anos, e não há registro geológico para um período de aproximadamente 700 milhões de anos. Acredita-se que todo o sistema solar tenha se formado a partir de uma nuvem de gás e poeira, cujas partículas se condensaram em grãos sólidos. A ação de forças eletrostáticas e gravitacionais agrupou esses grãos em fragmentos de rocha cada vez maiores, um dos quais evoluiu para formar a Terra.
Os componentes metálicos, mais pesados, se dirigiram para o interior do corpo, enquanto os mais leves (como hidrogênio e hélio), que devem ter formado a atmosfera primordial, provavelmente escaparam para o espaço sideral. Nesse primeiro estágio de desenvolvimento terrestre, o calor era gerado por três possíveis fenômenos: (1) a desintegração de isótopos radioativos de vida curta; (2) a energia gravitacional liberada pela submersão dos metais; ou (3) o impacto de pequenos corpos planetários (planetesimais). O aumento de temperatura foi suficiente para aquecer todo o planeta. Com isso, o núcleo começou a se fundir e foram produzidos líquidos gravitacionalmente leves, que atingiram a superfície e se cristalizaram, formando a primeira crosta terrestre.
Ao mesmo tempo, líquidos mais pesados, ricos em ferro, níquel e provavelmente enxofre, se separaram e mergulharam, sob a ação da gravidade, em direção ao núcleo da Terra. Os elementos voláteis mais leves do interior do planeta puderam então ascender e escapar, provavelmente durante erupções vulcânicas, e geraram a atmosfera secundária e os oceanos (essa foi a chamada fase de diferenciação). Provavelmente instável, a primeira crosta terrestre afundou. Esse processo gerou mais energia gravitacional, o que permitiu formar uma crosta mais espessa, estável e duradoura. Como o interior da Terra era quente e líquido, acredita-se que esteve sujeito a uma convecção em grande escala, o que pode ter possibilitado a formação da crosta oceânica, acima das correntes de convecção ascendentes.
A rápida troca de material entre a crosta e o manto ocorreu nas chamadas células de convecção, situadas no interior da Terra. As primeiras massas continentais devem ter-se formado dessa maneira, durante o período de 700 milhões de anos entre a formação da Terra e a época de que se conservam os primeiros registros geológicos.
A formação da atmosfera secundária da Terra, provavelmente associada à atividade vulcânica, começou na fase de diferenciação do planeta. Como os gases então expelidos eram bastante diferentes dos emitidos pelos vulcões atuais, a primitiva atmosfera secundária do planeta apresentava composição muito diversa, com predomínio de monóxido de carbono, dióxido de carbono, vapor d'água e metano. No entanto, o oxigênio livre não podia estar presente, já que nem os atuais gases vulcânicos contêm oxigênio.
O oxigênio hoje presente na atmosfera se formou por meio de dois possíveis processos: primeiro, a radiação ultravioleta proveniente do Sol pode ter fornecido a energia necessária para decompor uma molécula de água (no estado gasoso) em hidrogênio (que escapou para o espaço sideral) e oxigênio livre (que permaneceu na atmosfera). É bem provável que esse processo tenha sido relevante antes do aparecimento das mais antigas rochas conhecidas. O segundo processo, a fotossíntese orgânica, predominou depois.
Para produzir os carboidratos necessários ao desempenho de suas funções vitais, os organismos primitivos, como as algas verde-azuladas (cianobactérias), promovem a reação da água com o dióxido de carbono, liberando oxigênio livre. Comprovou-se que as algas verde-azuladas existem há pelo menos 3,5 bilhões de anos, mas foram necessários 2,2 bilhões de anos para que se formasse, na atmosfera, oxigênio suficiente para o desenvolvimento de grande número de formas de vida.
Formação dos oceanos. A atividade vulcânica do planeta lançou na atmosfera diversos gases, entre os quais vapor d'água. Quando a temperatura superficial da Terra caiu a menos de 100°C, há cerca de 3,5 bilhões de anos, o vapor d'água presente se condensou e deu origem aos oceanos primitivos. As atuais características químicas dos oceanos e seus padrões de sedimentação se fixaram há aproximadamente dois bilhões de anos.
2007-02-13 10:26:54
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answer #1
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answered by tiago farias 4
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Agregação de matéria cósmica vinda de varias estrelas inclusive o sol, em função de uma das 4 forças universais chamada gravidade.
2007-02-13 03:59:54
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answer #2
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answered by Paulistano 1
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A origem dos principais planetas do Sistema Solar, tiveram origem, numa Nebulosa :
( nebulosa solar - pequena nuvem molecular ) que formou o nosso Sol. O restante da matéria-massa foi expelida pelos ventos solares. Estes fragmentos enormes de matéria-massa, começaram agregar-se planatésimalmente, em redor da estrela. Assim, se formaram ao longos de muitos milhões de anos os planetas.
2007-02-13 06:01:52
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answer #3
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answered by Anonymous
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O planeta teria se formado pela agregação de poeira cósmica em rotação, aquecendo-se depois, por meio de violentas reações químicas. O aumento da massa agregada e da gravidade catalisou impactos de corpos maiores. Essa mesma força gravitacional possibilitou a retenção de gases constituindo uma atmosfera primitiva.
O envoltório atmosférico primordial atuou como isolante térmico, criando o ambiente na qual se processou a fusão dos materiais terrestres. Os elementos mais densos e pesados, como o ferro e o níquel, migraram para o interior; os mais leves localizaram-se nas proximidades da superfície. Dessa forma, constituiu-se a estrutura interna do planeta, com a distinção entre o núcleo, manto e crosta (litosfera). O conhecimento dessa estrutura deve-se à propagação de ondas sísmicas geradas pelos terremotos. Tais ondas, medidas por sismógrafos, variam de velocidade ao longo do seu percurso até a superfície, o que prova que o planeta possui estrutura interna heterogênea, ou seja, as camadas internas possuem densidade e temperatura distintas.
A partir do resfriamento superficial do magma, consolidaram-se as primeiras rochas, chamadas magmáticas ou ígneas, dando origem a estrutura geológica denominado escudos cristalinos ou maciços antigos. Formou-se, assim, a litosfera ou crosta terrestre. A liberação de gases decorrentes do resfriamento do planeta originou a atmosfera, responsável pela ocorrência das primeiras chuvas e pela formação de lagos e mares nas áreas rebaixadas. Assim, iniciou-se o processo de intemperismo (decomposição das rochas) responsável pela formação dos solos e conseqüente início da erosão e da sedimentação.
As partículas minerais que compõem os solos, transportados pela água, dirigiram-se, ao longo do tempo, para as depressões que foram preenchidas com esses sedimentos, constituindo as primeiras bacias sedimentares (bacias sedimentares são depressões da crosta, de origem diversa, preenchidas, ou em fase de preenchimento, por material de natureza sedimentar), e, com a sedimentação (compactação), as rochas sedimentares. No decorrer desse processo, as elevações primitivas (pré-cambrianas) sofreram enorme desgaste pela ação dos agentes externos, sendo gradativamente rebaixadas. Hoje, apresentam altitudes modestas e formas arredondadas pela intensa erosão, constituindo as serras conhecidas no Brasil como serras do Mar, da Mantiqueira, do Espinhaço, de Parima, Pacaraíma, Tumucumaque, etc, e, em outros países, os Montes Apalaches (EUA), os Alpes Escandinavos (Suécia e Noruega), os Montes Urais (Rússia), etc. Os escudos cristalinos ou maciços antigos apresentam disponibilidade de minerais metálicos (ferro, manganês, cobre), sendo por isso, bastante explorados economicamente.
Nos dobramentos terciários podem haver qualquer tipo de minério. O carvão mineral e o petróleo são comumente encontrados nas bacias sedimentares. Já os dobramentos modernos são os grandes alinhamentos montanhosos que se formaram no contato entre as placas tectônicas em virtude do seu deslocamento a partir do período Terciário da era Cenozóica, como os Alpes (sistema de cordilheiras na Europa que ocupa parte da Áustria, Eslovênia, Itália, Suíça, Liechtenstein, Alemanha e França), os Andes (a oeste da América do Sul), o Himalaia (norte do subcontinente indiano), e as Rochosas.
2007-02-13 03:56:55
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answer #4
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answered by Fabio Lecina 3
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Com o big bang e a criação do universo a terra apareceu muito quente no comesso, depois foi se resfriando...
2007-02-13 03:50:01
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answer #5
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answered by Cristiana F 1
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