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2007-02-13 01:22:46 · 7 respostas · perguntado por Gleici 1 em Ciências e Matemática Biologia

7 respostas

Anti --> contra
Ofídico --> relativo a cobras
Ker dizer na prática um soro contra o veneno das cobras

2007-02-13 01:34:45 · answer #1 · answered by boiler_viewer 6 · 3 1

DE VITAL BRASIL!

Mineiro nascido em 28 de abril de 1865 (dia de São Vital) na cidade de Campanha, Vital Brazil foi um pioneiro da medicina experimental no Brasil e criou a base da imunologia no país, ao elaborar soros específicos contra picadas de cobras a especificidade antigênica, um dos pilares da imunologia moderna. Já formado, Vital Brazil combateu epidemias de febre amarela, varíola e cólera no interior paulista. Desde 1893, como inspetor sanitário, percorreu o interior do estado, tomando conhecimento das precárias condições de saúde em que vivia a população. Afastou-se do serviço público, estabelecendo-se como clínico em Botucatu, quando, em contato com pacientes picados por cobras, iniciou as primeiras experiências com serpentes peçonhentas. Em 1896, a convite de Adolfo Lutz, iniciou suas pesquisas no Instituto Bacteriológico.
Em 1898 participou da identificação do surto epidêmico de peste bubônica em Santos, e passou a preparar o soro contra esta doença na fazenda Butantan (local onde se originou o Instituto). Ao clinicar no interior de São Paulo, Vital Brazil percebeu a necessidade de combater os sintomas de envenenamento por animais peçonhentos em geral. Depois de alguns anos, desenvolveu um soro contra os venenos de cascavel e jararaca - as duas espécies que mais matavam no Brasil. Aceitou o desafio de produzir o soro e, em 1899, assumiu a direção do Instituto Butantan, em São Paulo, na época um estábulo de fazenda onde o desconforto competia com o ambiente insólito das instalações - as vacas eram ordenhadas bem ao lado dos médicos. Dirigiu o Butantan por 20 anos, transformando-o em referência mundial no combate às mortes por envenenamento, a ponto de ter sido visitado pelo presidente norte-americano Theodore Roosevelt em 1915. Ainda fundaria, em Niterói, onde morou o resto da vida, o Instituto Vital Brazil, voltado à preparação de soros e vacinas e pólo de pesquisas nessa área.
Depois de um mês assistindo a conferências sobre medicina nos Estados Unidos, em 1916, Vital Brazil estava de malas prontas para voltar a São Paulo. O médico brasileiro mostrou os trabalhos desenvolvidos pelo Instituto Butantan, mas o soro contra veneno de cobra despertou mais curiosidade que interesse científico. Os americanos argumentaram que lá havia poucas espécies de serpente e os trabalhadores rurais não corriam riscos, pois andavam calçados. Mas o acaso encarregou-se de projetar Vital para o mundo. Ele aguardava a partida do navio quando dois médicos entraram correndo no hotel em Nova York: "Um funcionário do zoológico no Bronx foi picado por uma cobra e encontra-se à beira da morte." Vital pegou algumas ampolas que trouxera do Brasil e aplicou no paciente. Doze horas depois, ele já estava fora de perigo. O fato repercutiu em todo o país e virou manchete no The New York Times.
Diferentemente do que se imagina não foi Vital Brazil quem descobriu o soro-antiofídico. O responsável pela descoberta foi um pesquisador chamado Calmette. Vital trabalhou com Calmette na França e posteriormente descobriu a especificidade do soro, percebendo que cada veneno produzia um soro específico, ou seja, o soro obtido a partir do veneno do animal que causa o acidente só neutraliza a ação desse veneno, produzindo em 1901 as primeiras doses de soro antiofídico.
Calmette assim se refere a Vital Brasil: "A obra científica de Vital Brazil é absolutamente de primeira ordem. Os seus trabalhos sobre venenos e sobre as soroterapias antivenenosas salvaram milhares de existências. Sinto-me particularmente feliz ao associar-me a homenagem que vos propondes lhe prestar e o Instituto Pasteur de Paris unanimemente partilha os sentimentos de alta estima e admiração que me ligam ao nosso ilustre colega e amigo."
O nome Butantan, que deu origem ao instituto e ao bairro da zona oeste, significa "terra firme-firme", em tupi Ibytatá. e fazia parte da sesmaria pertencente a Afonso Sardinha. No local foi construído um dos primeiros engenhos de açúcar da Vila de São Paulo. O local onde foi construído o instituto era uma fazenda. A primeira dose de soro antiofídico, em 1902, foi para o ex-senador Peixoto Gomide, ex-vice-presidente de São Paulo (quatro anos após, ele matou a filha e suicidou-se em seguida). O combate aos venenos de cobra, no início do século, era feito unicamente pelo curandeirismo. Eram cerca de 3 mil casos por ano no Estado, que então tinha 2,3 milhões de habitantes. Nesse mesmo ano ele publicou seu primeiro trabalho sobre o envenenamento ofídico e demonstrou que o soro para o tratamento dos acidentes tinha que ser específico. Também produziu as primeiras ampolas de soro contra o veneno de jararaca e cascavel.
Até hoje não existe tratamento mais eficaz para a picada de cobra. O soro, feito a partir do próprio veneno da serpente, é produzido por meio de um processo complexo. O soro antiofídico na verdade é obtido à partir do sangue do cavalo. Retira-se o veneno da uma serpente peçonhenta por meio de uma extração manual, feita por um técnico experiente. Após a extração, ele é seco e liofilizado ( processo de remoção total de água ) para armazenamento, sendo mantido em freezer. Para ser utilizado no processo de produção do soro antiofídico, o veneno recebe solução fisiológica para tornar-se líquido novamente. Antes de ser injetado no cavalo o veneno é diluído ainda mais, ficando menos potente. O cavalo recebe, em intervalos de dias, várias aplicações deste veneno, sendo que a cada aplicação a diluição vai diminuindo, apresentando uma maior concentração, mas nunca 100% da atividade ( o que acarretaria danos ao animal ).
Depois de umas 6 semanas, o organismo do cavalo produziu uma quantidade suficiente de anticorpos contra este veneno e o cavalo é então sangrado. Retira-se de 6 a 8 litros de sangue ( o suficiente para o cavalo ficar bem de saúde... ) e desse sangue são separados os anticorpos, através de um processo de centrifugação. Ou seja, o soro antiofídico nada mais é do que parte do sangue do cavalo que produziu agentes defensivos ( chamados de anticorpos ) contra o veneno ( chamado de antígeno ) que foi inoculado em seu organismo.
A utilização dos soros antiofídicos, produzidos por Vital Brazil, permitiu em 15 anos reduzir a mortalidade na zona rural em 50 por cento. A ele deve-se também a introdução do sistema de permuta com fazendeiros e autoridades municipais. A troca de serpentes vivas por soros antiofídicos, seringas, agulhas, laços para captura de serpentes, caixas para transporte e material informativo. Essa atividade sofreu algumas modificações mas se mantém com sucesso até os dias atuais. Vital Brazil Mineiro da Campanha faleceu em 8 de maio de 1950, no Rio de Janeiro, com 85 anos de idade, sem nunca se haver desligado totalmente da Instituição que presidira por tantos anos. Foi responsável por um trabalho pioneiro em medicina experimental no Estado de São Paulo, ajudando a construir o enorme patrimônio que o Instituto Butantan hoje representa para a Ciência.

Fonte:
http://www.terra.com.br/istoe/biblioteca/brasileiro/ciencia/ciencia3.htm
http://www.fapesp.br/memoria50.htm
http://www.bioterium.com.br/bioterium/Novidades/00Novidades.Htm
http://www.estado.estadao.com.br/edicao/pano/00/02/23/cid615.html

acesso em dezembro de 2001
http://www.prossiga.br/vitalbrazil/
acesso em julho de 2002
envie seus comentários para abrantes@inpi.gov.br


BOA SORTE
MARCIO LANDIN

2007-02-16 19:39:25 · answer #2 · answered by ÍNDIO 7 · 0 0

resposta
resumo sobre antiofidico=Mineiro nascido em 28 de abril de 1865 (dia de São Vital) na cidade de Campanha, Vital Brazil foi um pioneiro da medicina experimental no Brasil e criou a base da imunologia no país, ao elaborar soros específicos contra picadas de cobras a especificidade antigênica, um dos pilares da imunologia moderna. Já formado, Vital Brazil combateu epidemias de febre amarela, varíola e cólera no interior paulista. Desde 1893, como inspetor sanitário, percorreu o interior do estado, tomando conhecimento das precárias condições de saúde em que vivia a população. Afastou-se do serviço público, estabelecendo-se como clínico em Botucatu, quando, em contato com pacientes picados por cobras, iniciou as primeiras experiências com serpentes peçonhentas. Em 1896, a convite de Adolfo Lutz, iniciou suas pesquisas no Instituto Bacteriológico.
Em 1898 participou da identificação do surto epidêmico de peste bubônica em Santos, e passou a preparar o soro contra esta doença na fazenda Butantan (local onde se originou o Instituto). Ao clinicar no interior de São Paulo, Vital Brazil percebeu a necessidade de combater os sintomas de envenenamento por animais peçonhentos em geral. Depois de alguns anos, desenvolveu um soro contra os venenos de cascavel e jararaca - as duas espécies que mais matavam no Brasil. Aceitou o desafio de produzir o soro e, em 1899, assumiu a direção do Instituto Butantan, em São Paulo, na época um estábulo de fazenda onde o desconforto competia com o ambiente insólito das instalações - as vacas eram ordenhadas bem ao lado dos médicos. Dirigiu o Butantan por 20 anos, transformando-o em referência mundial no combate às mortes por envenenamento, a ponto de ter sido visitado pelo presidente norte-americano Theodore Roosevelt em 1915. Ainda fundaria, em Niterói, onde morou o resto da vida, o Instituto Vital Brazil, voltado à preparação de soros e vacinas e pólo de pesquisas nessa área.
Depois de um mês assistindo a conferências sobre medicina nos Estados Unidos, em 1916, Vital Brazil estava de malas prontas para voltar a São Paulo. O médico brasileiro mostrou os trabalhos desenvolvidos pelo Instituto Butantan, mas o soro contra veneno de cobra despertou mais curiosidade que interesse científico. Os americanos argumentaram que lá havia poucas espécies de serpente e os trabalhadores rurais não corriam riscos, pois andavam calçados. Mas o acaso encarregou-se de projetar Vital para o mundo. Ele aguardava a partida do navio quando dois médicos entraram correndo no hotel em Nova York: "Um funcionário do zoológico no Bronx foi picado por uma cobra e encontra-se à beira da morte." Vital pegou algumas ampolas que trouxera do Brasil e aplicou no paciente. Doze horas depois, ele já estava fora de perigo. O fato repercutiu em todo o país e virou manchete no The New York Times.Diferentemente do que se imagina não foi Vital Brazil quem descobriu o soro-antiofídico. O responsável pela descoberta foi um pesquisador chamado Calmette. Vital trabalhou com Calmette na França e posteriormente descobriu a especificidade do soro, percebendo que cada veneno produzia um soro específico, ou seja, o soro obtido a partir do veneno do animal que causa o acidente só neutraliza a ação desse veneno, produzindo em 1901 as primeiras doses de soro antiofídico.
Calmette assim se refere a Vital Brasil: "A obra científica de Vital Brazil é absolutamente de primeira ordem. Os seus trabalhos sobre venenos e sobre as soroterapias antivenenosas salvaram milhares de existências. Sinto-me particularmente feliz ao associar-me a homenagem que vos propondes lhe prestar e o Instituto Pasteur de Paris unanimemente partilha os sentimentos de alta estima e admiração que me ligam ao nosso ilustre colega e amigo." O nome Butantan, que deu origem ao instituto e ao bairro da zona oeste, significa "terra firme-firme", em tupi Ibytatá. e fazia parte da sesmaria pertencente a Afonso Sardinha. No local foi construído um dos primeiros engenhos de açúcar da Vila de São Paulo. O local onde foi construído o instituto era uma fazenda. A primeira dose de soro antiofídico, em 1902, foi para o ex-senador Peixoto Gomide, ex-vice-presidente de São Paulo (quatro anos após, ele matou a filha e suicidou-se em seguida). O combate aos venenos de cobra, no início do século, era feito unicamente pelo curandeirismo. Eram cerca de 3 mil casos por ano no Estado, que então tinha 2,3 milhões de habitantes. Nesse mesmo ano ele publicou seu primeiro trabalho sobre o envenenamento ofídico e demonstrou que o soro para o tratamento dos acidentes tinha que ser específico. Também produziu as primeiras ampolas de soro contra o veneno de jararaca e cascavel.Até hoje não existe tratamento mais eficaz para a picada de cobra. O soro, feito a partir do próprio veneno da serpente, é produzido por meio de um processo complexo. O soro antiofídico na verdade é obtido à partir do sangue do cavalo. Retira-se o veneno da uma serpente peçonhenta por meio de uma extração manual, feita por um técnico experiente. Após a extração, ele é seco e liofilizado ( processo de remoção total de água ) para armazenamento, sendo mantido em freezer. Para ser utilizado no processo de produção do soro antiofídico, o veneno recebe solução fisiológica para tornar-se líquido novamente. Antes de ser injetado no cavalo o veneno é diluído ainda mais, ficando menos potente. O cavalo recebe, em intervalos de dias, várias aplicações deste veneno, sendo que a cada aplicação a diluição vai diminuindo, apresentando uma maior concentração, mas nunca 100% da atividade ( o que acarretaria danos ao animal ).Depois de umas 6 semanas, o organismo do cavalo produziu uma quantidade suficiente de anticorpos contra este veneno e o cavalo é então sangrado. Retira-se de 6 a 8 litros de sangue ( o suficiente para o cavalo ficar bem de saúde... ) e desse sangue são separados os anticorpos, através de um processo de centrifugação. Ou seja, o soro antiofídico nada mais é do que parte do sangue do cavalo que produziu agentes defensivos ( chamados de anticorpos ) contra o veneno ( chamado de antígeno ) que foi inoculado em seu organismo. A utilização dos soros antiofídicos, produzidos por Vital Brazil, permitiu em 15 anos reduzir a mortalidade na zona rural em 50 por cento. A ele deve-se também a introdução do sistema de permuta com fazendeiros e autoridades municipais. A troca de serpentes vivas por soros antiofídicos, seringas, agulhas, laços para captura de serpentes, caixas para transporte e material informativo. Essa atividade sofreu algumas modificações mas se mantém com sucesso até os dias atuais. Vital Brazil Mineiro da Campanha faleceu em 8 de maio de 1950, no Rio de Janeiro, com 85 anos de idade, sem nunca se haver desligado totalmente da Instituição que presidira por tantos anos. Foi responsável por um trabalho pioneiro em medicina experimental no Estado de São Paulo, ajudando a construir o enorme patrimônio que o Instituto Butantan hoje representa para a Ciência.Fonte:
http://www.terra.com.br/istoe/biblioteca/brasileiro/ciencia/ciencia3.htm
http://www.fapesp.br/memoria50.htm
http://www.bioterium.com.br/bioterium/Novidades/00Novidades.Htm
http://www.estado.estadao.com.br/edicao/pano/00/02/23/cid615.html

2007-02-13 14:58:22 · answer #3 · answered by neto 7 · 0 0

Soro antiofídico Soro antiofídico Soro antiofídico








Mineiro nascido em 28 de abril de 1865 (dia de São Vital) na cidade de Campanha, Vital Brazil foi um pioneiro da medicina experimental no Brasil e criou a base da imunologia no país, ao elaborar soros específicos contra picadas de cobras a especificidade antigênica, um dos pilares da imunologia moderna. Já formado, Vital Brazil combateu epidemias de febre amarela, varíola e cólera no interior paulista. Desde 1893, como inspetor sanitário, percorreu o interior do estado, tomando conhecimento das precárias condições de saúde em que vivia a população. Afastou-se do serviço público, estabelecendo-se como clínico em Botucatu, quando, em contato com pacientes picados por cobras, iniciou as primeiras experiências com serpentes peçonhentas. Em 1896, a convite de Adolfo Lutz, iniciou suas pesquisas no Instituto Bacteriológico.

Em 1898 participou da identificação do surto epidêmico de peste bubônica em Santos, e passou a preparar o soro contra esta doença na fazenda Butantan (local onde se originou o Instituto). Ao clinicar no interior de São Paulo, Vital Brazil percebeu a necessidade de combater os sintomas de envenenamento por animais peçonhentos em geral. Depois de alguns anos, desenvolveu um soro contra os venenos de cascavel e jararaca - as duas espécies que mais matavam no Brasil. Aceitou o desafio de produzir o soro e, em 1899, assumiu a direção do Instituto Butantan, em São Paulo, na época um estábulo de fazenda onde o desconforto competia com o ambiente insólito das instalações - as vacas eram ordenhadas bem ao lado dos médicos. Dirigiu o Butantan por 20 anos, transformando-o em referência mundial no combate às mortes por envenenamento, a ponto de ter sido visitado pelo presidente norte-americano Theodore Roosevelt em 1915. Ainda fundaria, em Niterói, onde morou o resto da vida, o Instituto Vital Brazil, voltado à preparação de soros e vacinas e pólo de pesquisas nessa área.

Depois de um mês assistindo a conferências sobre medicina nos Estados Unidos, em 1916, Vital Brazil estava de malas prontas para voltar a São Paulo. O médico brasileiro mostrou os trabalhos desenvolvidos pelo Instituto Butantan, mas o soro contra veneno de cobra despertou mais curiosidade que interesse científico. Os americanos argumentaram que lá havia poucas espécies de serpente e os trabalhadores rurais não corriam riscos, pois andavam calçados. Mas o acaso encarregou-se de projetar Vital para o mundo. Ele aguardava a partida do navio quando dois médicos entraram correndo no hotel em Nova York: "Um funcionário do zoológico no Bronx foi picado por uma cobra e encontra-se à beira da morte." Vital pegou algumas ampolas que trouxera do Brasil e aplicou no paciente. Doze horas depois, ele já estava fora de perigo. O fato repercutiu em todo o país e virou manchete no The New York Times.

Diferentemente do que se imagina não foi Vital Brazil quem descobriu o soro-antiofídico. O responsável pela descoberta foi um pesquisador chamado Calmette. Vital trabalhou com Calmette na França e posteriormente descobriu a especificidade do soro, percebendo que cada veneno produzia um soro específico, ou seja, o soro obtido a partir do veneno do animal que causa o acidente só neutraliza a ação desse veneno, produzindo em 1901 as primeiras doses de soro antiofídico.

Calmette assim se refere a Vital Brasil: "A obra científica de Vital Brazil é absolutamente de primeira ordem. Os seus trabalhos sobre venenos e sobre as soroterapias antivenenosas salvaram milhares de existências. Sinto-me particularmente feliz ao associar-me a homenagem que vos propondes lhe prestar e o Instituto Pasteur de Paris unanimemente partilha os sentimentos de alta estima e admiração que me ligam ao nosso ilustre colega e amigo."

O nome Butantan, que deu origem ao instituto e ao bairro da zona oeste, significa "terra firme-firme", em tupi Ibytatá. e fazia parte da sesmaria pertencente a Afonso Sardinha. No local foi construído um dos primeiros engenhos de açúcar da Vila de São Paulo. O local onde foi construído o instituto era uma fazenda. A primeira dose de soro antiofídico, em 1902, foi para o ex-senador Peixoto Gomide, ex-vice-presidente de São Paulo (quatro anos após, ele matou a filha e suicidou-se em seguida). O combate aos venenos de cobra, no início do século, era feito unicamente pelo curandeirismo. Eram cerca de 3 mil casos por ano no Estado, que então tinha 2,3 milhões de habitantes. Nesse mesmo ano ele publicou seu primeiro trabalho sobre o envenenamento ofídico e demonstrou que o soro para o tratamento dos acidentes tinha que ser específico. Também produziu as primeiras ampolas de soro contra o veneno de jararaca e cascavel.

Até hoje não existe tratamento mais eficaz para a picada de cobra. O soro, feito a partir do próprio veneno da serpente, é produzido por meio de um processo complexo. O soro antiofídico na verdade é obtido à partir do sangue do cavalo. Retira-se o veneno da uma serpente peçonhenta por meio de uma extração manual, feita por um técnico experiente. Após a extração, ele é seco e liofilizado ( processo de remoção total de água ) para armazenamento, sendo mantido em freezer. Para ser utilizado no processo de produção do soro antiofídico, o veneno recebe solução fisiológica para tornar-se líquido novamente. Antes de ser injetado no cavalo o veneno é diluído ainda mais, ficando menos potente. O cavalo recebe, em intervalos de dias, várias aplicações deste veneno, sendo que a cada aplicação a diluição vai diminuindo, apresentando uma maior concentração, mas nunca 100% da atividade ( o que acarretaria danos ao animal ).

Depois de umas 6 semanas, o organismo do cavalo produziu uma quantidade suficiente de anticorpos contra este veneno e o cavalo é então sangrado. Retira-se de 6 a 8 litros de sangue ( o suficiente para o cavalo ficar bem de saúde... ) e desse sangue são separados os anticorpos, através de um processo de centrifugação. Ou seja, o soro antiofídico nada mais é do que parte do sangue do cavalo que produziu agentes defensivos ( chamados de anticorpos ) contra o veneno ( chamado de antígeno ) que foi inoculado em seu organismo.

A utilização dos soros antiofídicos, produzidos por Vital Brazil, permitiu em 15 anos reduzir a mortalidade na zona rural em 50 por cento. A ele deve-se também a introdução do sistema de permuta com fazendeiros e autoridades municipais. A troca de serpentes vivas por soros antiofídicos, seringas, agulhas, laços para captura de serpentes, caixas para transporte e material informativo. Essa atividade sofreu algumas modificações mas se mantém com sucesso até os dias atuais. Vital Brazil Mineiro da Campanha faleceu em 8 de maio de 1950, no Rio de Janeiro, com 85 anos de idade, sem nunca se haver desligado totalmente da Instituição que presidira por tantos anos. Foi responsável por um trabalho pioneiro em medicina experimental no Estado de São Paulo, ajudando a construir o enorme patrimônio que o Instituto Butantan hoje representa para a Ciência.

ok

2007-02-13 14:43:51 · answer #4 · answered by M.M 7 · 0 0

idem as anteriores

2007-02-13 11:23:48 · answer #5 · answered by manuela b 2 · 0 0

Antiofídico é o nome do soro usado como antídoto contra picada de cobra. Ofídico é a classe ou família, reino, ñ sei bem, das cobras.

2007-02-13 09:35:08 · answer #6 · answered by freipapinha 4 · 1 1

antiofidico é um soro contra a peçonhas das serpentes

2007-02-13 11:00:06 · answer #7 · answered by joni 2 · 0 1

fedest.com, questions and answers