Embora existam diferentes critérios para o diagnóstico da síndrome metabólica (OMS, NCP, EGIR), esta é de uma forma geral caracterizada por vários dos seguintes achados:
* Obesidade, definida por um grande perímetro abdominal (cintura)
* Hipertensão arterial
* Hiperglicemia - níveis elevados de açúcar no sangue
* Aumento dos níveis de triglicerídeos - um tipo de gordura no sangue
* Dislipidemia - diminuição do HDL, o colesterol “bom”
* Microalbuminúria - perda de albumina na urina
As causas do desenvolvimento da síndrome metabólica são complexas e não se encontram ainda completamente esclarecidas. Um rastreio dos factores iniciais numa grande proporção dos doentes aponta para que uma dieta desequilibrada, aliada a um estilo de vida sedentário, sejam os principais factores de risco para o desenvolvimento da síndrome.
Todos os “sintomas” encontram-se estritamente relacionados. Uma má dieta e o sedentarismo frequentemente levam, por um lado, a um aumento dos níveis de colesterol que se deposita na parede dos vasos, uma condição designada aterosclerose; e por outro a obesidade. A obesidade encontra-se intimamente relacionada com um aumento da resistência periférica à insulina, que leva a hiperglicemia e pode evoluir para diabetes tipo 2, além de aumentar o nível de triglicerídeos e de colesterol em circulação. A hiperglicemia, e outras alterações típicas da diabetes vão causar dano adicional à parede das artérias e veias, potenciando a aterosclerose na crescente obstrução dos vasos, que irá condicionar um aumento da pressão sanguínea (hipertensão) ou um agravamento desta.
Vários outros mecanismos encontram-se também envolvidos neste processo complexo, que embora possa evoluir de formas diversas, condiciona sempre um aumento do risco de doença cardiovascular, como enfarte do miocárdio ou acidente vascular cerebral, além de várias outras complicações, como insuficiência renal, cataratas, etc.
2007-02-12 23:19:53
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answer #1
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answered by OAS46 5
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olga g,
Existem diversas alterações metabolicas a que eu escolhi é uma delas.
ADIPOSOPATIA
Reginaldo Albuquerque
A ciência é feita por pequenas descobertas que vão se somando até o esclarecimento definitivo de uma questão. Quem trabalha na área de metabolismo tem acompanhado nos últimos anos uma série de pesquisas básicas, que descobriram novos hormônios ou substâncias que estão permitindo compreender melhor a obesidade.
A microfotografia ao lado é de um adipócito e da circulação em sua volta com todos os fatores até hoje conhecidos que interferem com o seu funcionamento.
A dificuldade, hoje, é integrar todas estas substâncias para explicar o funcionamento do adipócito e, sobretudo, as alterações que podem levar à obesidade. A célula gordurosa deixou de ser um corpúsculo inativo de gordura, para se transformar num participante ativo no metabolismo do organismo.
A adiposopatia é definida como um funcionamento patológico do tecido adiposo que pode ser promovido pelo acúmulo de gordura, exarcebado por um estilo de vida em pessoas geneticamente predispostas. A adiposopatia é associada com doenças metabólicas como diabetes do tipo 2, hipertensão e dislipidemia. Mais interessante é que nem todo obeso tem alterações metabólicas, de forma que podemos falar em pessoas “metabolicamente saudáveis, mas obesas” ou pessoas “metabolicamente doentes, mas com peso normal.”
Anatomicamente, a adiposopatia se manifesta por uma deposição de gordura nas vÃsceras, melhor do que na parede do abdômen. Este tipo de distribuição na parte superior do abdômen está associado com o aumento da resistência à insulina, hiperinsulinemia e outras anormalidades metabólicas. Assim os clÃnicos passaram a utilizar a medida da cintura e a razão cintura/quadril como uma parte integrante do exame fÃsico e que pode está associado com o aumento de doença cardiovascular.
Um abraço!
2007-02-13 07:20:01
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answer #2
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answered by ★HELDA★C★ ★ ★ ★ ★ 7
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