Inicialmente, entendo que existe um certo pavor existencial dos juristas e de grande maioria de sociólogos, filósofos e da grande massa formadora de opiniao, que se escondem em discursos cheios de romantismo, um idealismo quase que imaginário do comportamento humano, ou porque são estudiosos que nunca passaram na pele o que é se deparar de frente com a morte, a tortura, a vulnerabilidade de se estar a merce de um bandido. Estes estudiosos se engrandecem em um discurso heróico para no fundo se sentirem bons (semideuses),mas estao fazendo isto com o único propósito inconsciente, que eles sentem que isto não aconteceria com eles, isto só acontece com o meu semelhante, mas ainda bem que foi com o vizinho, nao é, ufa , ou pior se eu for bom terei o reino aqui na terra. Isto se chama hipocresia, pois se fossem os filhos de sociologos, filhos de advogados, filhos de juizes , filhos de ministros, tenho certeza que eles exerceriam a autotutela.
Devemos, sim, fazer uma reforma do direito penal nao para passar a mão na cabeça dos bandidos, devemos, sim, resgatar direitos dos cidadãos que têm como garantia constitucional o direito a segurança, o direito de ir e vir. Aqui eu falo todos os cidadãos brasileiros, pois estas teorias deterministas são de fato a ruína que esta imbuida na cabeça de nossos adolescentes. Voce é pobre, favelado, filho de prostituta, seu pai é bandido, só resta entao ser bandido, quem sabe se um dia nao vai ser um bandido famoso, que gastará uma nota aos cofres públicos, que destruirá diretamente a vida de pessoas com suas ordens que valem mais que as do Presidente e indiretamente com seu comércio de drogas, quantas famílias estão destruídas pelo tráfico de drogas? Devemos começar a reforma pelos presídios, estabelecendo ordem lá dentro, nao deveria ter leis de regimento interno estabelecido pelos próprios bandidos, cade a soberania do país? Vamos endurecer, sim, as leis para que eles(bandidos de crime hediondos) mofem na cadeia, mas somente reduzir a maioridade penal não resolve nada com todas estas lacunas do sistema, pois são homens em formação que no auge de seu vigor físico receberia uma universidade gratuita do crime, poderia se resolver se houvesse a redução da maioridade penal concominante com presídios que recebessem estes, nao falo aqui de febem, pois já existe, presídios para jovens, que só assim eles nao se misturariam com os professores do crime e assim o conhecimento do mal nao iria ser repassado, pelo menos evitaria. Quanto a ser filhinho de papai ou ser pobrezinho nao é a desigualdade social que faz um ser humano ter indole ruim, é simplesmente a falta de moralidade, a falência da família, a perda de valores mínimos como o respeito ao mais velho, o nao roubar dinheiro da carteira do pai, o respeito a dor do semelhante, a sensibilidade humana... isto pode faltar tanto numa família rica quanto numa família pobre e estes fatores se juntam a um ser predisposto a agressividade, predisposto a adrenalina de sempre querer levar vantagem e finalmente com a impunidade . Tanto os filhinhos de papai que matou o índio Galdino se sentiram sem a devida punicao, quanto um menino pobre que anda com escopeta na favela, que já vendeu drogas, que já viu ou ajudou a matar quem desrespeita o traficante, sente que existe um falta de uma punicao devida. O País pertence a eles, de todos que ou têm o tio juiz para acobertar ou têm o padrinhamento do traficante para tanto.Devemos sim entregar ao País, senhor Presidente, aos brasileiros que tentam sobreviver honestamente aos juros mais altos do mundo conjuntamente com o salário indigno que é o salário mínimo, se a falta de comida na mesa dos brasileiros gerassem pessoas de índole ruim, teríamos 90% de bandidos para uma populacao de 10% de pessoas com situação favorável. Isto nao é a realidade do país. Nao podemos comparar o Brasil com os EUA sem se ter uma noção além da Miami brasileira, a realidade de lá também nao sao só flores, existem favelas também, existem traficantes também, só que eles nao duram muito. O discurso que a criminalidade nos EUA não diminuiu é uma hipocresia, a criminalidade sem leis rígidas neste país seriam elevadíssimas, as pessoas são punidas severamente se fumarem em canto público, só assim é que moldamos o comportamento social, eles não desrespeitam a lei. Eles são educados pelos pais e pela escola a ter conhecimento de seus atos e suas consequencias.As maselas sociais da criminalidade americana são fruto da própria sociedade, pois não há sociedade sem crimes, nao há sociedade sem conflitos. A diferença é que no Brasil estatisticamente não se tem o quanto de impunidade se mata, se rouba, falsifica, sonega, pirateia, pois o Estado está desacreditado, muitos crimes nao são nem se quer sabidos pela polícia brasileira.Nos EUA nao há so gente rica, isto é surreal, comida é algo nobre que muitas famílias nao têm, tanto é que o bolsa família brasileira, lá é equivalente ao seguro desemprego financiado e fiscalizado com tempo de duracao pelo governo federal. Comida,sim, os filmes hollywoodianos mostram uma fantasia, eles nao têm porque é caro, nao têm porque a fiscalização nos alimentos é rígida, porque eles nao podem parar para cozinhar, porque o trabalho é duro e o tempo é curto para sobreviver. A vida é cara. Lá, os filhinhos de papai (as anomalias galdininhanas) de vez em quando aparecem também, para atirar nas escolas, mas lá eles nao duram. A sociedade sabe que a morte dos inocentes nao irao se repetir pelo menos nao com o mesmo assassino, aqui nós sabemos que o bandido vai ser solto e vai repetir a dosagem e ainda por cima vai ensinar para os mais novos o caminho do dinheiro fácil e da impunidade, sinto-me sensibilizada com a morte deste menino de seis anos, um brasileirinho que morreu por causa da hipocresia desse bando de estudiosos, políticos, que morreu a toa, morreu como mais um inocente, morreu e vai ser esquecido como mais um que alivia o espírito desumano daqueles que discursam pelos direitos humanos desses bandidos, quantos inocentes como este terão que morrer para que se tomem uma atitude?
2007-02-12 14:22:11
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answer #1
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answered by Maria Luiza 2
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Oi Jackie
Me parece que você está cometendo um pequeno grande engano na sua forma de encarar a sociedade. Sua pergunta me deu a impressão que você se exclue da "sociedade dos pobres" e exclue os pobres da "sua sociedade" ou da "sociedade dos filhinhos de papai".
A sociedade é uma só e, numa visão marxista, ela está dividida em "classes" conforme a sua pergunta sugere.
Quando se diz que uma questão é social, quer-se dizer que o problema deve ser encarado de frente e resolvido por pobres, médio abastados e ricos, pois esse problema afeta a todos os componentes da sociedade em questão.
Os favelados grupos de extermínio, os caranguejeiros matadores do Joãozinho e os assassinos incendiários do Galdino (vamos dispensar o preconceituoso "título" de índio, pois ele é brasileiro como nós), os traficantes de entorpecentes, CDs piratas, crianças, armas e prostitutas, são parte integrante da sociedade na qual vivemos e porisso essa questão é social.
Questão social não é, portanto, questão de pobre. Muito pelo contrário, ela deve ser tratada por todos, desde as bases até a cúpula governamental.
O trato que a nossa sociedade deve dar a essa questão é dar tratamento igual a todos os criminosos independente da posição ou classe econômica que ocupam.
Então, creio que estou concordando com você?
Bjs
2007-02-12 19:58:57
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answer #8
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answered by Químico 7
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