Precisamente a liberação da energia nuclear se dá da seguinte forma: uma particula nuclear, o neutron, é acelerado para colidir com um núcleo qualquer.
Nessa colisão é gerada uma instabilidade atômica ou até mesmo uma divisão (a fissão tão esperada). Essa fissão libera CALOR que aquece a água e gira as turbinas que geram energia. Imagine você que o neutron não possui carga elétrica e portanto, seu trajeto é o que menos sofre interferência "eletrônica" e assim por ter PESO (massa), ao bater no núcleo de um átomo, ocorre uma reação em cadeia na periferia, causando inclusive novas configurações atômicas! Tive um professor que inclusive se desviava de comentar esse assunto pra glorificar sua terra natal dizendo que se utilizavam do mesmo processo, lá na FRNÇA, pra construir OURO. Enfim, imagine a implicância de colocar (sem bater) um NEUTRON dentro de um átomo. A reação que isto provoca na periferia é muita movimentação, com troca de prótons e elétrons, os chamados DECAIMENTOS. É através destes que se reconfigura a composição atômica e LIBERA-SE muita, mas muita ENERGIA.
A viabilidade desse projetos só num enxerga quem não quer. Imagina que um simples copo de água, em termos do absurdo, daria pra você ir e voltar a lua e ainda dar uma passeada bem grande em torno da terra. :D
2007-02-13 20:30:12
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answer #3
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answered by Carlos Bastos 3
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ENERGIA NUCLEAR
O Ciclo da Energia Nuclear
“O combustÃvel nuclear passa por um ciclo de extração, preparação, uso e deposição. Através dos processos desse ciclo, existem perigos que ameaçam a saúde e que, em alguns exemplos, apresentam-se à sociedade como enormes questões sociais e éticas”. (Cassedy e Grosman, 1990. pg 167)
O ciclo inicia-se pela exploração do minério. Depois de extraÃdo das rochas, ele é moÃdo, purificado e submetido a reações quÃmicas para que a seja preparado o hexafluoreto de urânio. Esse composto é enriquecido, ou seja, é aumentada a concentração do isótopo urânio-235 no hexafluoreto de urânio, para só então ser reduzido a urânio metálico que é o combustÃvel usado no reator. O combustÃvel nuclear é usado no reator por aproximadamente dois anos. Então, o lixo produzido é estocado até que sua radioatividade decresça um pouco. Aà ele é enviado para ser reprocessado. Após o reprocessamento, obtem-se urânio, plutônio e lixo de alto nÃvel, esse último composto de uma infiniddade de radionuclÃdeos extremamente radioativos e de meia vida longa.
Efeitos da Radiação e seu Ciclo Biológico
Os efeitos biológicos e sanitários da poluição radioativa são normalmente diversificados, podem ser de extrema gravidade para a saúde do homem e exigem complexos conhecimentos de biologia, no que se refere a distribuição desigual dos elementos radioativos na atmosfera, nos rios e mares, ao metabolismo biológico das espécies animais e vegetais.
A radioatividade que sai da usina dispersa-se na atmosfera, mas o perigo para o homem que a respira diretamente é secundário, pois a quantidade de radioatividade é muito baixa. O risco existe para aqueles que são obrigados a viver, anos e anos, em contato com traços de elementos quÃmicos radioativos e com pequenas doses de radioatividades introduzidas no meio e que chegam ao homem através da cadeia alimentar. São estas pequenas quantidades que, somando-se no tempo, causam sérios prejuÃzos ao homem, uma vez que esses materiais radioativos têm efeito cumulativo nos organismos.
Além disso, elementos diferentes, com diferentes perÃodos de decaimento radioativo, concentram-se em diferentes partes do corpo. O iodo-131 se concentra na tireóide (fatal para recém-nascidos); o enxofre tem como sede seletiva à pele, com a conseqüente possibilidade de câncer de pele; o cobalto se concentra no fÃgado. Os órgãos mais complicados são os ossos, em que o estrôncio substitui o cálcio e irradia a medula, e os ovários, importante devido a transmissão hereditária (genética), que são atacados por todos os isótopos radioativos que emitem radiações gama. O plutônio-239, concentra-se nas gônadas, provocando defeitos biológico congênitos e mau formação desde a primeira geração.
Cada elemento tem um destino completamente diferente, isto é, participa de reações quÃmico biológicos diferentes, interagindo a diversos nÃveis com diversos órgãos.
Um só átomo radioativo errante ou uma radiação podem danificar a estrutura de uma célula e seu DNA, que controla o crescimento normal. Se essa estrutura for danificada, a célula pode multiplicar-se sem controle, criando milhões de células que podem levar a morte por câncer.
A população que vive na zona de uma usina nuclear está exposta a pequenas doses de radiação e aos átomos radioativos errantes. Essas pequenas doses fracionadas no tempo resultam, no que diz respeito ao câncer, mais perigosa que a soma de tais doses de uma só vez. Os efeitos dessas pequenas doses podem ser somáticos diferidos (tumores) ou genéticos (mutações). à importante salientar que não se pode prever uma limiar de risco, devido à complexidade dos processos celulares, e aos efeitos de fatores externos, além da reação particular de cada organismo.
Como Funciona a Usina ?
· O reator está contido num recipiente sob pressão, esta pressão se destina a impedir a ebulição da água de resfriamento que circula no circuito refrigerador primário;
· do recipiente sob pressão emergem as barras de controle;
· o circuito refrigerador primário no permutador de calor;
· transforma a água sob pressão normal em vapor, que através dos tubos do vapor secundário;
· chega a turbina;
· unida ao gerador elétrico;
· depois do qual um condensador, resfriado por um circuito de água condensada fornecida por um rio ou pelo mar, transforma o vapor que sai da turbina em água a fim de aumentar o salto de pressão disponÃvel para a turbina. A água condensada volta ao ciclo através dos tubos do condensador;
· o reator é rodeado por um edifÃcio muito sólido, capaz de resistir as pressões altÃssimas produzidas por uma eventual pane do reator e impedir assim o vazamento da radiação.
Fissão Nuclear
Deu-se um grande passo à frente no conhecimento dos fenômenos radioativos quando os fÃsicos atômicos após atingir um nÃvel satisfatório na teoria dos movimentos das partÃculas que compõem o edifÃcio atômico, voltaram com decisão para o estudo do núcleo, isto é, a parte mais interna do átomo, elaborando assim uma fÃsica nuclear.
No mundo da pesquisa ocorreu a descoberta em 1934, o casal Fréderic Joliot e Irénie Curie, questionaram a distinção entre elementos radioativos e elementos não radioativos, descobrindo a possibilidade de produzir radioatividades com meios artificiais, partindo de elementos normalmente não-radioativos.
Descobriram então, que a energia nuclear origina-se da reação de fissão nuclear, que consiste na divisão de um núcleo em dois fragmentos com liberação de muita energia. Na reação de fissão nuclear do urânio-235, ele é bombardeado com nêutrons. Originam-se dois outros elementos quÃmicos e cerca de três novos nêutrons com liberação de muita energia.
A quantidade de energia armazenada nos núcleos atômicos é incomparavelmente maior que a armazenada nas ligações quÃmicas. Se todos os núcleos de 1 Kg de urânio-235 se desintegrassem pela fissão, seria liberado mais de um milhão de vezes a quantidade de energia produzida na queima de 1 Kg de petróleo.
Acidente nuclear
O acidente de Chernobyl
Um dos principais acidentes ocorreu em abriu de 1986 quando um dos quatro reatores em Chernobyl na república soviética da Urânia. Liberando 50 a 100 milhões de curies de material radioativo no meio ambiente.
Vinte e nove pessoas morreram contaminados pela radiação logo nos primeiros meses, e outras possuÃam uma pequena perspectiva de vida. Devido a explosão nuclear todos os legumes e animais tiveram que ser retirados do cardápio, pois, estavam inteiramente contaminados pela radiação ( o qual muitas vezes o pareciam com anormalias).
Rejeitos Nucleares e Reprocessamentos
Rejeito nuclear ou lixo nuclear é todo material contaminado cuja produção seja resultado da atividade desenvolvida em uma instalação nuclear. Atualmente o rejeito é produzido pelas 413 usinas espalhadas e cresce constantemente problemático. Os rejeitos podem-se dividir em baixa, média ou alta radioatividade. Uma das soluções encontradas pelos paÃses para esse grave problema é o enterramento do material em aterros especialmente preparados, porém podem ocorrer vazamentos e contaminar o lençol freático.
Mas não são só usinas que se utilizam de material radioativo, muitos equipamento utilizam esse material, por exemplo, o acidente do césio-137. Na produção de 1Kg de plutônio gera 1300 litros de resÃduos lÃquido de alto nÃvel, e mais 10 milhões de água de refrigeração contaminada.
O lixo nuclear pode irradiar o que está à sua volta, ou contamina-los por átomos radioativos. Por isso é necessário embala-lo com uma blindagem de grossas paredes de cimento e chumbo. Essa blindagem também pede que essas partÃculas radioativas do lixo entrem em contato com o ar ou com a água onde está depositado. Com o passar do tempo, diminui a radioatividade do material, tornando-o menos perigoso.
O perigo do lixo de alto nÃvel diminui vertiginosamente conforme ele sofre decaimento natural. Uma maneira de quantificar essa mudança é comparando o perigo potencial combinado de todos os lixos radioativos do lixo em questão com o perigo apresentado por igual volume de minério de urânio na forma em que se encontra quando retirado da terra. O resÃduo de alto nÃvel, no seu primeiro ano de estocagem, é cerca de mil vezes mais perigoso do que o minério de urânio. Mas depois de mil anos de estocagem, o decaimento radioativo do lixo fez seu perigo cair para 1% de seu valor inicial.
O reprocessamento do lixo nuclear foi desenvolvido tanto para extrair o plutônio (formado no reator pela fissão nuclear), utilizado na fabricação da bomba atômica, como para recuperar urânio não consumido no reator. Esse urânio pode ser enriquecido e novamente usado como combustÃvel. O lixo nuclear de reprocessamento também é resÃduo de alto nÃvel, já que dele fazem parte radionuclideos transurânicos que foram formados durante o bombardeamento de nêutrons na fissão nuclear. Muito desses radionuclideos tem a meia vida longa, tornando lento decaimento do lixo de reprocessamento.
Para realizar-se o reprocessamento, o combustÃvel deve ser guardado por meses em piscinas de refrigeração, pois ainda é muito radioativo. Só então é enviado para ser reprocessado mecanicamente, pois o material ainda é muito radioativo para ser manipulado. O combustÃvel é, então, dissolvido em ácido e os produtos da fissão separados do urânio do plutônio (usa-se extração por solventes), na qual os compostos são lavados com diferentes solventes orgânicos. Essa extração baseia-se na solubilidade de certos compostos e na insolubilidade de outros. Com isso é possÃvel transferir compostos sólidos que se encontram misturados com outros, para soluções nas quais estão num estado de pureza bastante grande.
Energia Nuclear na Constituição Federal
A Constituição Federal contém em seu bojo inúmeros dispositivos concernentes à utilização da energia nuclear. à importante que se observe que a utilização da radioatividade tem diversas finalidades, e na Lei Fundamental são tratados temas que variam desde o uso de radioisótopos com objetivos medicinais até proibição de utilização de energia nuclear com finalidades agressivas. à portanto um espectro bastante amplo e diferenciado.
Foi estabelecido no art. 21, inciso XXIII, alÃneas “a”, “b” e “c”, os princÃpios fundamentais para utilização da energia nuclear no Brasil. Esses princÃpios, contudo, não devem ser vistos como únicos aplicáveis à s atividades nucleares. à fundamental que sejam incorporados aos princÃpios especificamente voltados para energia nuclear aqueles que dizem respeito à proteção do meio ambiente e aos princÃpios fundamentais da República.
Art. 21, XXIII, alÃneas:
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacÃficos e mediante aprovação do Congresso Nacional;
b) sob regime de concessão ou permissão, é autorizada a utilização de radioisótopos para a pesquisa e os usos medicinais, agrÃcolas e atividades análogas;
c) a responsabilidade civil por danos nucleares independente da existência de culpa;
Da análise dessas alÃneas, conclui-se que:
1) a atividade nuclear deve estar voltada para fins pacÃficos, ou seja, não pode haver no Brasil atividade nuclear no Brasil com fins de agressão militar;
2) controle democrático da atividade nuclear: o constituinte atribui ao povo o papel preponderante na definição da atividade nuclear no Brasil;
3) a atividade nuclear no Brasil encontra-se submetida ao controle do Estado;
4) a responsabilidade civil na atividade nuclear é objetiva.
2007-02-12 19:04:34
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answer #8
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answered by Anonymous
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