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2007-02-12 09:21:06 · 2 respostas · perguntado por GiH tSuNaMi 2 em Ciências e Matemática Outras - Ciências

2 respostas

Ondas eletromagnéticas que não "visíveis" pela óptica, são captadas por radiotelescópios que "vêem" outros comprimentos de ondas.

2007-02-14 02:54:18 · answer #1 · answered by Wagner A 4 · 0 0

As origens da radioastronomia remontam a 1930. Neste ano, Karl Jansky começou a investigar a origem da estática que afetava a operação dos circuitos de rádio-telefone transoceânicos da Bell Telephone Company. Usando uma antena direcional especialmente desenvolvida, Jansky descobriu que a estática tinha três fontes: tempestades elétricas locais, tempestades elétricas distantes e uma estática constante, que após um ano de estudo, Jansky identificou como sendo proveniente da Via Láctea. Esta foi a primeira detecção de ondas de rádio de origem astronômica, mas a princípio o trabalho de Jansky não despertou muito interesse na comunidade astronômica. Só após a Segunda Guerra Mundial a radioastronomia se consolidou como um ramo da astronomia observacional.

A principal diferença entre radioastronomia e astronomia ótica é a faixa de comprimentos de onda da radiação eletromagnética observada. A astronomia ótica abrange a faixa de 400 nm (nanômetros = 10(-9)m) a 1000nm, enquanto que a radioastronomia se restringe à faixa de 1 mm a 30 m; em ambos os casos estes limites são ditados pela transparência da atmosfera em cada faixa de comprimentos de ondas.

Radiotelescópios guardam algumas semelhanças funcionais básicas com os modernos telescópios óticos. Em ambos os casos existe um dispositivo que coleta a radiação eletromagnética da fonte e a concentra num ponto focal. Nos telescópios óticos este dispositivo é o espelho primário do telescópio, enquanto que em radiotelescópios esta tarefa é, em geral, feita pelo "prato" da antena parabólica. Ainda, em ambos os casos existe no foco algum tipo de dispositivo detector de radiação eletromagnética. Nos telescópios óticos, o detector pode ser um fotômetro de algum tipo, uma placa fotográfica, uma câmera CCD ou mesmo uma lente ocular com um observador na outra ponta. Em qualquer destes casos, o detector é geralmente precedido de um sistema de filtros ou outros equipamentos, que permite ao observador selecionar a parte do espectro ótico na qual ele deseja fazer suas observações. Nos radiotelescópios, a detecção no foco ocorre através de uma antena com polarização direcional. Toda a parte de filtragem, amplificação e processamento do sinal captado é feita por dispositivos eletrônicos conectados a esta antena.

O resultado imediato de uma observação feita com um radiotelescópio não é uma imagem. O que se obtém é a intensidade do fluxo da radiação eletromagnética num certo intervalo de comprimento de ondas - bem como a polarização desta radiação, observada numa direção num dado instante. Para se obter uma imagem de fonte angularmente extensa é necessário medir numa dada direção, mover um pouquinho o radiotelescópio, medir de novo, e assim por diante, até ter coberto toda a fonte. Depois, as medições individuais podem ser processadas juntas para formar a imagem. E claro, este procedimento só faz sentido se o sinal da fonte não variar consideravelmente durante as observações.

Um problema inerente aos radiotelescópios é a sua baixa resolução angular. O poder resolutor (ou seja, a capacidade de perceber como fontes distintas dois pontos angularmente muito próximos) depende da razão entre o comprimento de onda da radiação observada e o diâmetro do dispositivo coletor. Só para ilustrar, para que um radiotelescópio observando radiação na faixa de 20 cm tenha a mesma definição de um telescópio com espelho de 2m de diâmetro observando luz visível, o diâmetro do prato da parábola teria de ser de 700 km, o que não é nada prático. A resolução das observações pode ser bastante melhorada utilizando-se métodos de interferometria, a qual consiste, basicamente, na comparação da fase do sinal medido simultaneamente por vários radiotelescópios. O VLA (Very Large Array), o conjunto de radiotelescópios que aparece no filme "Contato", foi construído exatamente com esta finalidade. Existe uma grande quantidade de objetos astronômicos que podem ser observados na faixa de Rádio (sendo que alguns deles só são observados nestes comprimentos de onda). A busca por sinais de inteligências extraterrestres (em inglês, SETI) é apenas um dos usos que se pode dar a um radiotelescópio. Mais informações sobre o projeto SETI podem ser encontradas em http://www.setileague.org/homepg.htm e sobre os aspectos astronômicos do filme "Contato" em http://www.setileague.org/articles/contact.htm.

Retirado de

2007-02-12 15:29:09 · answer #2 · answered by Belphegore 5 · 0 0

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