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2007-02-12 06:42:52 · 5 respostas · perguntado por Anonymous em Artes e Humanidades História

5 respostas

resposta
resumo sobre a Guerra do Fogo=O filme trata de dois grupos de hominídios pré-históricos: um que cultuava o fogo como algo sobrenatural e outro que dominava a tecnologia de fazer o fogo. Em termos de linguagem, o primeiro não está muito longe dos demais primatas, emitindo gritos e grunhidos quase na totalidade vocálicos. Esse tipo de comunicação assemelha-se ao que Rousseau considera, em seu Ensaio sobre a origem das línguas, como a primeira manifestação de linguagem no homem, que é a expressão de suas paixões, como a dor e o prazer. Já o segundo grupo parece ter uma comunicação mais complexa, com maior número de sons articulados. Há outros elementos culturais, como habitações e ritos, que denotam um maior grau de complexidade do segundo grupo com relação ao primeiro.

No que concerne apenas à questão da linguagem, uma possível interpretação seria a seguinte: em um determinado estágio de sua evolução biológica, o homem, já se locomovendo como bípede e tendo suas mãos livres, aprendeu a manipular instrumentos, a interferir no seu meio e a fazer, dentre outras coisas, o fogo. A necessidade de preservação desse conhecimento, dessa tecnologia, levou-o a sofisticar a sua capacidade de comunicação. A princípio, sua linguagem pode ter sido meramente gestual, mas ele descobriu que os sons também poderiam se prestar a essa função.

Assim como, ao tornar-se Homo Erectus viu-se com as mãos livres (antes usadas principalmente na locomoção) e descobriu que poderia usá-las para manipular as coisas; assim como, ao tornar-se Homo Sapiens descobriu que poderia usar essa capacidade de manipulação para interferir no seu meio; da mesma forma, descobriu que os órgãos utilizados para funções vitais como a respiração e a digestão, também serviam para emitir sons. A partir do momento em que aprendeu a diversificar os sons através das articulações, conseguiu aumentar as possibilidades de combinação entre eles. Uma vez estabelecidas determinadas convenções entre os seus semelhantes, possibilitou-se a troca de informações (como a tecnologia de fazer o fogo) de um indivíduo para o outro.
sofisticação da linguagem serviu para facilitar a comunicação de uma informação complexa, talvez não expressável meramente pelo gesto. Portanto, como diria o pai da Linguística Moderna, Ferdinand de Saussure, "não é a linguagem que é natural ao homem, mas a faculdade de construir uma língua, vale dizer: um sistema de signos distintos correspondentes a idéias distintas".

As divagações acima são apenas leituras possíveis do interessante filme de Annaud. E os indícios lingüisticos (a distinção entre a linguagem de uma tribo e de outra) foram pensados pelo foneticista Anthony Burgess, que assina o roteiro. Burgess ficou conhecido pelo livro Laranja Mecância, que foi adaptado para o cinema por Stanley Kubrick.

A Guerra do Fogo, com roteiro de Burgess e direção de Annaud, pode ser monótono e cansativo para quem não tem curiosidade pelo tema. Mas aqueles que se interessam não só pela origem da linguagem, mas pelas raízes da espécie humana e pelo florescer da razão e das tecnologias, irá apreciar o filme

2007-02-13 02:37:44 · answer #1 · answered by Anonymous · 0 2

umapica no ** de sua mae

2015-04-08 08:17:47 · answer #2 · answered by Kátia 1 · 0 0

Um dos temas que envolvem a discussão sobre a naturalidade da linguagem falada é o que versa sobre a sua origem. O filme A Guerra do Fogo, de Jean-Jacques Annaud, é uma interessante especulação a esse respeito, e ajuda a refletir sobre a questão.

O filme trata de dois grupos de hominídios pré-históricos: um que cultuava o fogo como algo sobrenatural e outro que dominava a tecnologia de fazer o fogo. Em termos de linguagem, o primeiro não está muito longe dos demais primatas, emitindo gritos e grunhidos quase na totalidade vocálicos. Esse tipo de comunicação assemelha-se ao que Rousseau considera, em seu Ensaio sobre a origem das línguas, como a primeira manifestação de linguagem no homem, que é a expressão de suas paixões, como a dor e o prazer. Já o segundo grupo parece ter uma comunicação mais complexa, com maior número de sons articulados. Há outros elementos culturais, como habitações e ritos, que denotam um maior grau de complexidade do segundo grupo com relação ao primeiro.

No que concerne apenas à questão da linguagem, uma possível interpretação seria a seguinte: em um determinado estágio de sua evolução biológica, o homem, já se locomovendo como bípede e tendo suas mãos livres, aprendeu a manipular instrumentos, a interferir no seu meio e a fazer, dentre outras coisas, o fogo. A necessidade de preservação desse conhecimento, dessa tecnologia, levou-o a sofisticar a sua capacidade de comunicação. A princípio, sua linguagem pode ter sido meramente gestual, mas ele descobriu que os sons também poderiam se prestar a essa função.

Assim como, ao tornar-se Homo Erectus viu-se com as mãos livres (antes usadas principalmente na locomoção) e descobriu que poderia usá-las para manipular as coisas; assim como, ao tornar-se Homo Sapiens descobriu que poderia usar essa capacidade de manipulação para interferir no seu meio; da mesma forma, descobriu que os órgãos utilizados para funções vitais como a respiração e a digestão, também serviam para emitir sons. A partir do momento em que aprendeu a diversificar os sons através das articulações, conseguiu aumentar as possibilidades de combinação entre eles. Uma vez estabelecidas determinadas convenções entre os seus semelhantes, possibilitou-se a troca de informações (como a tecnologia de fazer o fogo) de um indivíduo para o outro.

A sofisticação da linguagem serviu para facilitar a comunicação de uma informação complexa, talvez não expressável meramente pelo gesto. Portanto, como diria o pai da Linguística Moderna, Ferdinand de Saussure, "não é a linguagem que é natural ao homem, mas a faculdade de construir uma língua, vale dizer: um sistema de signos distintos correspondentes a idéias distintas".

As divagações acima são apenas leituras possíveis do interessante filme de Annaud. E os indícios lingüisticos (a distinção entre a linguagem de uma tribo e de outra) foram pensados pelo foneticista Anthony Burgess, que assina o roteiro. Burgess ficou conhecido pelo livro Laranja Mecância, que foi adaptado para o cinema por Stanley Kubrick.

A Guerra do Fogo, com roteiro de Burgess e direção de Annaud, pode ser monótono e cansativo para quem não tem curiosidade pelo tema. Mas aqueles que se interessam não só pela origem da linguagem, mas pelas raízes da espécie humana e pelo florescer da razão e das tecnologias, irá apreciar o filme.
ok

2007-02-13 06:26:37 · answer #3 · answered by M.M 7 · 0 1

Ele é uma raridade pois poucos diretores fazem filme dessa época e desse tipo, a qualidade da filmagem não é tão boa mas ele apresenta com fidelidade a época nele retradada, mostra bem os clãs (grupos), a rudimentar sociedade, o papel do macho(proteger e caçar) e da fêmea (procriar) no início. Sem contar que é cômico. Mostra tambem o homem que era mais instintivo que racional, como o ato sexual era tratado por eles e as diferenças entre os clãs. Mas tem um erro que poucos percebem no filme aparece um velho como patriarca do clã, mas, naquele tempo a expectativa de vida humana era de no máximo 23 anos deve ser uma utopia (sonho) do diretor. Mas o filme é bom, vlw? Espero ter te ajudado. Ah e mostra o homem em busca do fogo recém descoberto, principalmente, deixando claro os diferentes níveis de cultura e inteligência dos clãs.

2007-02-12 06:59:06 · answer #4 · answered by Cineasta 2 · 0 2

É uma pena que pouquíssimas vezes o cinema tenha abordado a Pré-História
em seus enredos. Uma época tão pouco explorada e semi-desconhecida
merecia mais atenção da sétima arte. Ainda bem que em 1981 Jean-Jacques
Annaud dirigiu este `A Guerra do Fogo`, o filme definitivo sobre a
pré-história, que se mostra um estudo complexo e instigante sobre o
comportamento e a linguagem dos ancestrais humanos.

Baseado na obra do escritor J. H. Rosny Sr., o roteirista Gérard Brach
se juntou à Annaud (diretor de `Em Nome da Rosa` e `Círculo de Fogo`)
para levar às telas este pequeno épico que tem como tema principal a
descoberta do fogo.

Aos mais desatentos: é óbvio que por se passar na pré-história, o filme
não apresenta uma linha sequer de diálogos. Toda a história é
movimentada somente pelas ações dos personagens e pela linguagem
corporal dos mesmos.

Há 80 mil anos atrás, uma tribo de ancestrais humanos que depende do
fogo para proteção e aquecimento acidentalmente tem seu chama extinta.
Assim, 3 membros da tribo se separam do restante do grupo e partem em
busca de uma nova chama. No caminho eles passam pelos mais variados
problemas e parecem ganhar mais consciência e razão à cada novo
obstáculo superado. Há inclusive o envolvimento de um deles com uma
fêmea de outro bando.

Os atores que interpretam os primatas dão shows de atuações. A linguagem
corporal das tribos, desenvolvida por Desmond Morris, é a única
ferramenta da qual os atores dispõem para se expressarem. O resultado é
altamente verossímel e digno de aplausos. Um trabalho tão competente
quanto o visto no início de `2001 - Uma Odisséia no Espaço`.

`A Guerra do Fogo` é quase um documentário de antropologia. Apesar de
haver uma história concreta e bem-estruturada, Annaud também abre espaço
para o estudo do comportamento dos homens pré-históricos. São notáveis,
por exemplo, as diferenças entre as 2 tribos principais. Uma parece ter
uma linguagem oral mais desenvolvida, com sons mais articulados, além de
dominar a criação do fogo. A outra é marcada por seus grunhidos e gritos
e pela ignorância com relação as técnicas de criação do fogo.

São notáveis também a violência e a hostilidade existente entre uma
tribo e seus inimigos e a curiosidade com relação ao sexo, que é mais
acentuada na tribo mais desenvolvida. Não se sinta estranho se você
perceber que, mesmo após 80 mil anos, pouca coisa mudou.

O filme também acerta ao mostrar os membros da tribo menos complexa
adquirindo conhecimento e razão com o passar do tempo. No final,
inclusive, há até uma cena que sugere a `descoberta do amor` entre um
macho e uma fêmea. Além de tudo isso, o filme de Annaud também permite
várias analogias com o mundo atual, mas só vendo mesmo para se tirar
alguma conclusão.

Sem dúvida, `A Guerra do Fogo` é um filme original e peculiar, que
merece ser visto por aqueles que estiverem afim de ver algo realmente
diferente de tudo o que já foi feito no cinema.

2007-02-12 06:54:51 · answer #5 · answered by patpedagoga 5 · 0 2

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