História e desenvolvimento
A PNL foi proposta em 1973 por Richard Bandler e John Grinder como um conjunto de modelos e princípios que descrevem a relação entre a mente (neuro) e a linguagem (linguística - verbal e não verbal) e como a sua interação pode ser organizada (programação) para afectar a mente, o corpo ou o comportamento do indivíduo..
A partir dos seus padrões lingüísticos e comportamentais, o Dr. Richard Bandler e o sr. John Grinder construíram modelos mentais que pudessem ser usados por outras pessoas. Os criadores da PNL então aplicaram tais modelos em seu próprio trabalho. Padrões que podem não ter estado disponíveis em qualquer dos modelos anteriores podem agora ser construídos, a partir da representação formal que os criadores da PNL desenvolveram. Novas técnicas e modelos foram (e seguem sendo) desenvolvidos.
Pessoas como Virginia Satir (terapeuta familiar), Milton Erickson (médico psiquiatra e hipnoterapeuta) e Fritz Perls (pai da Gestalterapia) tiveram resultados espantosos com muitos dos seus pacientes.[1][2]
[editar] Tecnologia
Apesar de ser assim considerada em alguns panfletos de propaganda, a PNL não é uma ciência. Mais própriamente é considerada uma metodologia ou uma tecnologia, para enfatizar o fato de que não tem um objeto de estudo independente e, portanto, não é uma ciência no sentido lato do termo. Trata de linguagem, mas não é exatamente Linguística. Fala de sistemas mas não é Cibernética. Fala de comportamento mas não é só Psicologia. Fala de liderança, gestão, motivação, aprendizagem, mas não é só Administração, Política, Comunicação ou Pedagogia. A PNL se aproveita de conhecimentos de vários campos e os inter-relaciona, em uma espécie de "corte transversal" entre vários assuntos, com um jargão próprio, simplificado, e de fácil acesso. Nem tudo que está na PNL passou por teste científico rigoroso. Muito é aplicado como um modelo útil e que faz sentido no conceito sistêmico da PNL. Os resultados são relatados mas ainda não há uma completa sistematização.
A melhor interpretação é a focada no seu objetivo: é um corpo de conhecimentos - uma arte - para desenvolver a excelência na experiência subjetiva e no comportamento objetivo, através da comunicação humana, e com isso facilitar o atingimento de metas de superação. Alguns acreditam que a PNL advoga algum pressuposto análogo à paranormalidade, pensamento positivo, forças espirituais etc. No entanto a PNL é na maior parte das vezes pragmática: utiliza o termo "programação" baseado em uma analogia computacional para a mente humana. Isto é, encara o cérebro como um hardware e a mente e os pensamentos como um software, considerando a hipótese de que podemos "reprogramar" a mente, retirando "bugs", ou seja, erros de programação gerados no passado.
Isto não é própriamente uma novidade - a Dianética já buscava fazer isso desde a década de quarenta. A Dianética chamou os padrões mentais de "engramas" - algo a ver com programas, mas é melhor entendê-los de forma similar ao conceito de "scripts" ou roteiros da Análise Transacional e padrões mentais e "metaprogramas" da PNL (padrões dos padrões). Os padrões são sistemas de crenças e percepções filtradas da realidade, criadas em um momento do passado e que podem, por mudanças das circunstâncias ou da própria pessoa, se tornarem inapropriadas. Assim, "reprogramar" uma pessoa, pelo ponto de vista da PNL, é ajudá-la a modificar os seus padrões mentais e entender os seus metaprogramas básicos, que os formaram.
Mundo real e o mundo percebido
Um dos pontos básicos de que a PNL trata diz respeito ao que é chamado diferença entre o mundo real e o mundo percebido. A mente cria modelos da realidade, usando referências dos cinco sentidos. E estes modelos são "filtrados" pela focalização da atenção, de modo que o mesmo estímulo percebido se transforma em comportamentos totalmente diferentes, para várias pessoas. Um esquimó, por exemplo, percebe o gelo e a neve de forma completamente diferente de uma pessoa urbana. Sua experiência da neve é mais rica, com muito mais referências. De certa maneira, ele "vive em outro mundo subjetivo".
Isso é a mente para a PNL - uma construção de experiências perceptivas, em um processamento em várias camadas. Por praticidade, chama de níveis conscientes e inconscientes, mesmo sem se preocupar se científicamente existe o inconsciente. Usa o termo porque ajuda em seus processos práticos. Ela juntou vários conceitos e constatações da Teoria da Comunicação, da Linguística, da Cibernética, da Teoria dos Sistemas e da Gestalt, da Terapia Familiar, da Hipnose Ericksoniana, da Neurociência e a partir deles criou alguns pressupostos, uma série de parâmetros para entender a "caixa preta" da mente humana, e assim entender como mudar o comportamento humano a partir da comunicação.
As práticas de PNL, com os exercícios de mudança, podem ser considerados "mecanismos de Eureka". Isto é, eles visam alinhar o pensamento lógico e o intuitivo, a dedução e a indução, conectando toda a motivação e emoção que podem estar dispersas no indivíduo, para ficarem à serviço de suas decisões. A PNL utiliza técnicas que poderíamos chamar de meditativas e hipnóticas para recuperar "estados focalizados" e assim fazer com que a pessoa utilize o seu pensamento da melhor maneira possível. Por isso muitos dos exercícios recorrem a "estados alterados de consciência", ou estados de transe.
[editar] Pressupostos
Os parâmetros em que a PNL se apóia para desenvolver e executar estratégias de mudança, sejam pessoais ou em grupos. Os praticantes de PNL não asseveram que estes princípios sejam reais -- só os consideram os mais práticos de que nos podemos valer, pois enfatizam a flexibilidade e o poder de mudança. Algumas pressuposições são mais polêmicas do que outras, mas juntas dão a entender o que significa "estrutura da mente" para a PNL. Esta diz que a mente é flexível, pensa através de representações dos sentidos, e que a melhor maneira de se orientar para resultados é aumentando a flexibilidade, de tal forma que possa transformar cada experiência em aprendizagem.[3]
O cérebro da imensa maioria dos seres humanos é similar. Não há grande diferença entre os "gênios" e os indivíduos "normais" além de uma maneira mais eficiente de usar os pensamentos;
Padrões de pensamento e comportamento podem ser aprendidos, se aprendermos a eliciar (investigar/descrever) os componentes das crenças (como percebemos o mundo), valores (o que priorizamos no mundo), filtros perceptivos (em que focalizamos a atenção no mundo) e fisiologia (como reagimos corporalmente ao mundo);
Não há substituto para canais sensoriais limpos e abertos;
Todas as distinções que os seres humanos são capazes de fazer em relação ao ambiente e aos comportamentos podem ser representados por registros sensoriais modais (visuais, auditivos, cinestésicos, gustativos e olfativos). Seus subcomponentes são chamados submodalidades de percepção;
O significado da sua comunicação é a resposta que você obtém, independente de sua intenção;
Resistência é um comentário sobre a inflexibilidade do comunicador;
As pessoas têm todos os recursos necessários para fazer as mudanças desejadas;
O valor positivo de uma pessoa é mantido constante mesmo que o valor e a adequação do seu comportamento seja questionado;
O mapa não é o território;
Todo comportamento tem uma intenção positiva;
É mais eficaz, para conseguir mudanças, representarmos a mente como uma coleção de estados internos: constelações de percepções, cognições (crenças/valores) e fisiologias, do que a concepção de um "ego" interno único e indivisível;
Consciente e inconsciente são apenas áreas por onde o foco da atenção flutua, não compartimentos estanques;
Se você fizer o que sempre fez, terá a resposta que sempre obteve;
A natureza do Universo é mudança, tudo é um sistema aberto e tende a mudar. Sistemas fechados, por melhor que pareçam ser, estagnam e decaem;
Não há erros, só resultados;
Não há fracassos, apenas experiências de aprendizagem;
Crenças, valores, percepções, filtros e identidade pessoal transparecem na linguagem, seja a falada, a escrita ou a corporal. Modificações na linguagem podem afetar as anteriores.
[editar] PNL e Terapia
Para a maioria das pessoas, a PNL é uma forma de psicoterapia. E a maioria dos livros de PNL considerados mais "sérios" são, na verdade, de aplicações da PNL na mudança de comportamentos individuais, e, assim, apresentam descrições de resultados terapêuticos. No entanto os praticantes de PNL afirmam que a PNL não é terapia - é aprendizagem.
Porquê? A abordagem psicoterapêutica básica, ensinada nas faculdades, ainda é a clássica "descrição de sintomas - encaixe em um diagnóstico - preceituação de tratamento". Em contrapartida, a PNL seguiu o caminho que poderemos chamar de "Modelagem a partir de Sistemas Eficientes". Isto é, começou com a investigação do que dava certo, não no que estava errado.
Aquilo que a pessoa já sabe fazer certo
Nesta abordagem é privilegiado, desde o início, aquilo que a pessoa já sabe fazer certo, e aquilo que ela pode melhorar. São experimentados modelos novos, mudanças de pontos de vista, sejam cognitivos ou comportamentais (metaposição, ressignificação e remodelagem), e se motiva o indivíduo - agora encarado como um aluno, e não como um paciente - a experimentar estratégias novas de pensar, sentir e agir.
[editar] PNL e Aprendizagem
A Neurolinguística encara o aprendizado de duas formas:
o Aprendizado pela cópia - a chamada Modelagem -
o aprendizado pela inovação - a chamada Ressignificação e Reestruturação/Reframing.
No primeiro tipo de Aprendizado, o indivíduo faz uma conexão com uma pessoa (que é chamada de "Modelo") ou uma descrição de pessoa, dotada de uma habilidade, comportamento ou estratégia de sucesso.
Esta conexão é chamada de "link neurológico" e, em essência, é um estado de focalização mental desencadeado pela atenção, interesse, motivação, envolvimento total. Neste estado é descrito que o indivíduo está "neurológicamente aberto ao aprendizado". É um estado chamado "pleno de recursos".
No segundo tipo de Aprendizagem, a pessoa faz uma síntese criativa e, utilizando descrições inusitadas advindas de outras áreas do conhecimento, refaz a percepção, modificando os filtros de percepção, as Crenças e Valores provenientes desta percepção. Um dos mecanismos que usa são as analogias e metáforas e o objetivo é que o significado da experiência seja modificado (Ressignificação) ou a estrutura ambiental ou contextual da experiência seja refeita, ou, pelo menos, percebida de forma diferente (Reestruturação ou reposicionamento ou reframing).
[editar] PNL e Liderança
Objetiva identificar e liberar habilidades de liderança, melhorar a eficácia na comunicação e nos relacionamentos, desenvolver e manter estados de excelência pessoal e abordar o trabalho de grupo com ecologia e visão sistêmica.
[editar] PNL e Hipnose Ericksoniana
A hipnose Ericksoniana, assim denominada por ter sido criada pelo Dr. Milton Erickson, fundador da American Society of Clinical Hypnosis, surgiu como modernização da hipnose clássica.
Trata-se de um estado alterado de consciência e percepção, de profundo relaxamento, no qual o consciente e o inconsciente podem ser focalizados por ficarem mais receptivos à sugestão terapêutica.
O trabalho hipnótico facilita a descoberta de novas opções na vida e a quebra de padrões de sentimentos e comportamentos indesejáveis
O que é hipnose?
veja um artigo completo sobre hipnose.
Várias definições:
A Hipnose é imaginação guiada: o hipnotizador ou outra pessoa ou a própria pessoa (na auto-hipnose) atua como guia para uma experiência , vista como uma fantasia.
A Hipnose é um estado de consciência alterado natural. A pessoa entra no estado hipnótico, um estado diferente do estado “normal” através de um processo natural não envolvendo a ingestão de drogas ou outros tratamentos físicos.
Hipnose é um estado relaxado com maior receptividade a sugestões. A pessoa entra num estado de grande relaxamento físico e mental e subseqüentemente fica mais responsiva a sugestões. Em outras palavras, Hipnose é “imaginação acreditada”.
Hipnose é um estado de intensa concentração, focalizando e maximizando o envolvimento com uma única idéia ou um estímulo sensorial de cada vez.
É o estado de adormecimento perceptivo sensorial trocando-o pelo estado perceptivo espiritual.
A Hipnose Clínica é um processo de comunicação e influência inter-pessoal. O hipnoterapeuta é o componente específico que permite que a experiência subjetiva do cliente seja alterada para que a influência terapêutica aconteça. Abordando a Hipnose do ponto de vista internacional, a ênfase é colocada em ser um bom comunicador. O que significa ser capaz de reconhecer os estilos de pensamento do outro e ter a competência de organizar a sua comunicação para maximizar as chances de ser compreendido em um ou mais níveis de tal maneira que ela seja benéfica ao outro. A comunicação terapêutica é aquela que, de alguma maneira, influencia a pessoa que está sofrendo para sentir e se comportar de maneira diferente que seja mais adaptada, adequada e benéfica
[editar] PNL e Coaching
O termo Coaching vem da palavra “coche”, do inglês medieval e, no atual, “coach”, carruagem. A palavra sempre deu a idéia de levar ou transportar. Coaching tem hoje o sentido de treinar, de ajudar as pessoas a se dedicarem e a ter entusiasmo no cumprimento de seus objetivos. A palavra ainda traz consigo a idéia de ajudá-las a sair de um estado atual e a alcançar um estado desejado.
O coaching é o processo pelo qual o coach e o cliente formam uma parceria para identificar e alcançar as metas do cliente. Essa parceria cria uma sinergia e um momentum que possibilita ao cliente a ser melhor pessoa que ele possa ser. A essência do trabalho de coaching está no trabalho com metas e desenvolvimento de competências para conquistá-las.
O coaching pode funcionar como
Uma forma de estímulo e acompanhamento a longo prazo adaptada às necessidades de desenvolvimento pessoal. Acompanhamento profissional de pessoas em diferente profissões e contextos. Contribuição para a configuração de sistemas de trabalho e de instrução.
Contribuição para a estabilização e o desenvolvimento contínuo do procedimento profissional. Fomento para a motivação, o rendimento, a capacidade de comunicação e o sucesso, aproveitando as capacidades e os conhecimentos comuns do coach e do cliente.
Medida inovadora do desenvolvimento de recursos humanos e instrumento para desenvolver a capacidade de aprendizagem de uma empresa.
Os Diferentes Tipos de Coaching
Coaching Executivo
Visa capacitar executivos na sua performance e excelência pessoal e nos negócios. Assiste o executivo na identificação de metas, valores, missão e propósito da empresa no mercado. Também trabalha a clareza da sua missão pessoal e empresarial, objetivando o equilíbrio dos propósitos da empresa, de suas necessidades humanas e dos diferentes papeis vividos na empresa, na família e na sociedade.
Coaching Pessoal
Objetiva a capacitação das pessoas na sua auto-realização, pelo alcance de suas metas, alinhando-as para uma vida equilibrada com seus valores, missão e propósito de vida.
2007-02-17 00:22:30
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answer #3
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answered by José F 4
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