Como a equipe escolar pode reagir diante de atos de violência e vandalismo?

Question

Hoje, as aulas na escola em que trabalho foram interrompidas pela explosão de uma "cabeça de nego" ao lado de uma janela. Quem faz isso, faz pelo status de rebelde e de caso pensado. O quê se pode fazer em casos como esse? Como levar à comunidade escolar ao entendimento de que eles tem responsabilidade pelos seus atos?

Answer 1

Em primeiro lugar, é necessário identificar o autor - ou autores - pelo ato de vandalismo e aplicar a punição prevista no regulamento disciplinar do corpo discente da escola, oferecendo todas as opções previstas para defesa e recurso contra a sanção disciplinar estabelecida. Este procedimento é imprescindível para deixar claro que as normas disciplinares da instituição de ensino devem ser seguidas pelo corpo discente e também para mostrar que a escola não aplica punições de maneira sumária e autoritária sem oferecer o aluno chance para se defender ou explicar os acontecimentos de acordo com sua perspectiva. Esta é uma das formas do discente compreender que ele é responsável pelos seus atos, quaisquer que eles sejam.

Ainda sob este aspecto, a família do(s) responsável(is) pelo ato deve estar ciente de todo este processo - assim como arcar com eventuais prejuízos materiais decorrentes do ato de vandalismo - e os mesmos devem ser orientados - caso isso não esteja acontecendo - a participarem mais ativamente da vida escolar do aluno para evitar a reincidência de tal atitude.

Um outro ponto importante acerca desta questão - até mesmo para evitar sua repetição - é investigar a fundo os motivos que levaram o(s) aluno(s) a cometerem tal ato. Deve-se também ter em mente, que ocorrências como essa - a detonação de um artefato explosivo - são raras. Nesta investigação devem ser ouvidos professores, família, corpo pedagógico, colegas de sala e, principalmente o(s) envolvido(s). Nem sempre um ato de vandalismo é motivado "pelo status de rebelde e de caso pensado". O discente pode realizar um ato desta natureza motivado por um grupo de colegas - como forma de entrar/permanecer/destacar-se em determinado círculo social - ou ter uma motivação de cunho pessoal - como pregar uma peça em um determinado aluno/professor/funcionário achando que tal atitude é inofensiva desconhecendo os riscos e as possíveis conseqüências dela ou mesmo para forçar a suspensão das aulas. De maneira análoga, a execução do ato pode ser extremamente meticulosa - incluindo o planejamento da ação, respeitando uma lista de procedimentos e cronogramas - ou ser uma atitude tomada impulsivamente.

Independentemente das causas encontradas para o ato e da punição adotada pela instituição de ensino, deve-se evitar a publicidade excessiva para o ato e para o(s) seu(s) autor(es). O assunto, por si só, já será muito comentado entre cada segmento da comunidade escolar. A escola deve tomar as medidas apontadas, evitando ao máximo alardear publicamente o ato - mas sem omitir as informações que devem ser comunidades aos responsáveis, funcionários, discentes e docentes – assim como expor o(s) responsável(is) por ele, caso sejam identificados. Um assunto delicado como esse precisa ser tratado com extrema discrição, até mesmo para evitar que alunos desejosos por "fama" ou "status" realizem atitudes semelhantes.

Answer 2

Se o mal feitor for aluno e vc profª ou diretora, faça sua parte: puna-o! exerça sua autoridade, implique a família, faça uma aliança positiva, traga essa família a escola, assim vc poderá conhecer melhor os "rebeldes" tente conhecer seus interesses, tente ouvi-los, talvez os atos de vandalismo queiram dizer na voz do inconsciente: NINGUÉM SE INTERESSA POR MIM...ENTÃO A VIDA PRA MIM TANTO FAZ...SE NINGUÉM SE INTERESSA POR MIM EU TAMBÉM Ñ ME INTERESSO POR NINGUÉM... e o resultado é isso que estamos vendo no dia-á-dia, é a predominância do desamor, da falta de esperânça da baixa auta-estima, desse desarranjo social.