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5 respostas

Olá Arthur,

SOU A FAVOR DO ABORTO EM QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA E POR QUALQUER MOTIVO.

Trata-se de um direito do casal, não só das mulheres. Mas, infelizmente, dado o sentimentalismo, carater emocional e religioso com que os brasileiros visualizam a questão, a maioria deles é contrária ao aborto.

* Questão Legal:

De acordo com a cencepção jurídica e científica a vida se inicia com a entrada do ar nos pulmões. Antes disso a concepção é "nascitudo". As Leis brasileiras garantem direitos ao "nascituro", como a vedação ao aborto, por exemplo.

Todavia, acredito que antes de garantir os direitos do "nascituro" o Brasil deveria garantir os direitos daquela que está gerindo a criança, principalmente os direitos já estabelecidos pela Constituição (Artigo 5º, incisos I, II e X da CF/88).

Assim, as leis no Brasil são um tanto "estranhas", eis que primeiro se disciplina direitos para depois veta-los abruptamente. E, pior, vetar direitos sob um argumento político-religioso, eis que, como já citei, na concepção legal (jurídica) o nascituro não é um ser vivo, portanto não pode ser assassinado e nem tem direitos e deveres.

* Questão Religiosa:

A maior parte dos brasileiros é terminantemente contra o aborto, exceções a parte, a maioria por simples concepção religiosa. Devemos lembrar que o direito a religião também é garantido constitucionalmente (Art. 5º, VI e VIII da CF/88), todavia não há como se pautar um Estado Democrático de Direito em questões religiosas, pois crença cada um tem a sua, se há o dever de prestar contas com Deus sobre o aborto feito ou não, aquele que acredita prestará as suas contas, todavia é injusto restrigir direitos de todos em prol da crença de um ou outro. É temerário e um país que estabelece suas leis cultuando um Deus que nem todos acreditam, óbvio que o Brasil não é o país dos aiatolás, mas neste quesito a concepção não é muito diferente.

* Questão Política:

Como a maioria dos eleitores brasileiros são contrários ao aborto, os políticos não se arriscam a tomar partido extremo quando a questão, pois isso faz perder votos. Mais complicado ainda seria explicar ao eleitorado o porque do abordo ou não-aborto, a população mal entende o que é evasão de divisas, inflação, impostos e privatização, quanto mais têm capacidade de discernimento suficiente para decidir quanto a questão tão relevante. Melhor não tocar no assunto.

Ainda, para a política, é melhor deixar as coisas acontecerem (injusticas decorrentes da rejeição da criança, adultos problemáticos, péssimas condições de vida e formação de cárater, péssimas condições de alimentação, educação e higiene) do que assumir a responsabilidade e instituir o aborto.

* Questão pessoal:

A pessoa que gere o feto tem maturidade suficiente para saber se será capaz ou não de criá-lo quando vir ao mundo. Se terá condições financeiras, psicológicas, morais, etc. Independetemente de ser o feto anencéfalo, fruto de estupro, atentado violento ao pudor, desilusão amorosa, falta de prevenção, a genitora não irá tratá-lo com todo o amor e carinho que ele mereceria, eis as circustâncias nas quais foi originado (óbvio que há exceções, mas são raras).

Assim, para que por 15 filhos no mundo e depois não poder criar nenhum deles?

Adoção? Não sejamos hipócritas, sabemos que na realidade os casais só querem bebês perfeitos, na maioria de pele clara e principalmente recém-nascidos. Mas no Brasil a maioria das crianças abandonadas não se encontra nesta condição, pois quando o bebê nasce o remorço ataca a mãe, ela finge cuidar dele uns 06 meses (em média) depois quer dar a adoção, aí ninguém mais quer. Além disso é um método torturante fazer com que a mulher gere uma "coisa" (com o perdão aqueles que se sentirem ofendidos com o termo) que ela não quer, que quer se livrar, só para poder dar aos outros depois, e ainda dar um monte de explicações a justiça, além de ser condenada por quase todos os parentes e vizinhos pela sua crueldade em não querer a criança.

* Há ainda a uma 5ª questão, de ordem Moral.

Pois hipócritas são aqueles que ainda acreditam que a proibição legal de qualquer conduta neste país tem o poder de evitar que "o pior aconteça". Sejamos francos, se a pessoa realmente quiser fazer um aborto, ela fará. Correrá riscos se preciso, mas fará, então melhor garantirmos abertamente a integridade física dela.

* Em conclusão:

O brasileiro ainda é muito imaturo para decidir tais questões, eis que pensa com a concepção religiosa (que pouco pratica) o que deveria ser visto com concepção racional (o que pouco ou nunca utiliza).

Minha opinião em suma: "Se você não quer para você, ótimo, mas isso não lhe dá o direito de não querer para os outros." Mas em geral o povo brasileiro ainda prefere o "cabresto" ao direito de escolher.

B-jos para todos.

2007-02-08 07:02:52 · answer #1 · answered by Si 7 · 1 0

A liberação não,a legalização sim,pois apesar disso ela "sempre" continuará a existir.Os que são contra no congresso são uns hipócritas.

2007-02-08 14:14:49 · answer #2 · answered by Manacá 2 · 1 0

É um direito - polêmico - sim.

2007-02-08 12:45:13 · answer #3 · answered by Clio 5 · 1 0

A mulher pode fazer o que bem entender com o seu corpo, embora muitas coisas nem sempre sejam boas, mas quando se faz um aborto, ela nao está mexendo no corpo dela. Está mexendo no corpo de um outro ser que precisa do dela para viver durante um tempo. É um tremendo absurdo o que está acontecendo. As pessoas concordam que é um absurdo a violencia que existe, que é uma mostruosidade matar uma criança, um adolescente, um adulto. Mas matar uma criancinha que ainda nao nasceu nao é crime, por quê? As pessoas acham que as mulheres tem direito sobre seu corpo, e realemnte tem, mas nao tem direito nenhum sobre o corpo que estão carregando. E uma mae matar seu próprio filho é muito triste. Como poderemos cobrar entao de pessoas que matam outras sem que nunca a tivessem visto?
Um abraço! Fiquem com Deus e que Ele tenha piedade de todos nós!

2007-02-08 13:50:38 · answer #4 · answered by Nath 2 · 1 1

Não, as pessoas não tem o direito de cerciar a vida, seja ela sua ou de outros, não temos o direito nem de acabarmos com as nossas próprias vidas, o aborto, ou o feto, não é de direito apenas da mulher, existe pai, existe outras vidas que podem ser afetadas com uma decisão de aborto.

2007-02-08 12:45:13 · answer #5 · answered by Marco Antonio Vargas 1 · 0 1

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