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Collor volta a Brasília
Com planos de ser candidato a presidente
em 2010, elle entra para o Senado
despertando temores e reverências
Por Hugo Studart
A profecia está consumada. Quando tinha 14 anos, Fernando Collor de Mello passava férias com o pai no Grande Hotel Araxá, em Minas Gerais, e foi levado à então vidente mais famosa do Brasil, Maria do Correio. “Vai acontecer algo trágico na sua vida por volta dos 40 anos”, previu ela. “A morte?”, perguntou o assustado garoto. “Não, a morte em vida”, respondeu, enigmática. “Mas para sempre?”, insistiu. “Não, um dia essa morte acaba.” Aos 40 anos, Fernando foi eleito presidente da República. Confiscou a poupança popular, desmontou o Estado, abriu o País aos estrangeiros. Muitas vezes parecia em guerra contra os próprios brasileiros. “Eu era muito imaturo”, desculpa-se hoje. Em outubro de 1992, foi afastado do poder pelo Congresso, num processo tão democrático quanto humilhante, o impeachment,
2007-02-05
01:19:39
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16 respostas
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perguntado por
Dan@
6
em
Governo e Política
➔ Lei e Ética
foi afastado do poder pelo Congresso, num processo tão democrático quanto humilhante, o impeachment, em meio a uma torrente de corrupção. Foi a tal morte em vida. Na semana passada, deu-se a ressurreição.
Na quinta-feira, 1º de fevereiro, Collor voltou à cena política. Aos 57 anos e depois de 14 longe dos acontecimentos, ele iniciou um mandato de oito anos como senador por Alagoas. Tomou posse, em sessão solene, no mesmo plenário que o defenestrara Cercado por jornalistas, curiosos e uma claque de aliados alagoanos, entre eles 25 padres benzedeiros, foi festejado pelos colegas como uma estrela de primeira grandeza da política. Elle voltou quase do mesmo jeito, grafando o nome com dois “ll”, sua marca registrada, autoconfiante, ambicioso. O que ele pretende?
2007-02-05
01:20:51 ·
update #1
Ora, Collor prepara sua candidatura à Presidência da República na sucessão de Lula, em 2010. É um acalento que vem crescendo há dois anos, à medida que se consolida a relação com Caroline, sua terceira mulher, 28 anos de idade, 29 anos mais nova. Hoje pai das gêmeas Celine e Cecile, de oito meses, ele tingiu os cabelos de negro, retocou as rugas com Botox e cultua um corpo esculpido com ginástica pesada. Tatuou o nome da mulher no punho esquerdo, como se fosse marinheiro de primeira viagem. A um amigo, confidenciou que está se sentindo com tanta energia que se vê com todas as chances de virar de novo presidente. “O homem tem a idade da mulher que ama”, gaba-se
2007-02-05
01:22:14 ·
update #2
A volta de Collor sacudiu o mundo político de Brasília. “Ele já chega com a força de candidato à Presidência, vai fazer alguns discursos e logo começa a articular a campanha de 2010”, aposta o veterano Antônio Carlos Magalhães, do PFL. “Collor tem experiência e capacidade não lhe falta”, lembra Pedro Simon, do PMDB e decano do Congresso. Já o tucano Álvaro Dias não põe fé. “Ele começa da estaca zero, não vem pau-a-pau com os outros senadores”, diz. “Terá uma tarefa inglória para recuperar a credibilidade.” Pode ser. Mas o fato é que Collor chegou despertando reverências até entre adversários. Minutos depois de tomar posse, o senador Eduardo Suplicy, do PT, o procurou. “Espero ter uma relação construtiva e de respeito com o senhor”, propôs. “Passou-se muito tempo, o senhor já cumpriu a pena de oito anos e o povo o absolveu concedendo-lhe um mandato.” Suplicy acrescenta: “Collor terá um peso forte. Todos estarão atentos a seus movimentos.”
2007-02-05
01:22:36 ·
update #3
Suplicy acrescenta: “Collor terá um peso forte. Todos estarão atentos a seus movimentos.”
Na intelligentsia, Collor só desperta ceticismo. “Dizem que o povo tem memória curta, mas o impeachment dele foi há pouco tempo e marcou a geração que é hoje maioria do eleitorado”, disse a Aziz Filho, de ISTOÉ,
no Rio de Janeiro, o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Universidade Federal Fluminense, Eurico de Lima Figueiredo. “Um nome como o dele não desperta mais expectativas nacionais.” O cientista político Nelson Carvalho, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, também considera impossível para Collor repetir o sucesso como líder carismático que quebra instituições.
2007-02-05
01:23:51 ·
update #4
“Se há uma tendência latino-americana preocupante, o Brasil tem trilhado outro caminho, que não permite mais a decolagem de lideranças individuais de natureza carismática.” Ele arremata. “Os ‘descamisados’ de Collor hoje estão incorporados à base do lulismo.”
O novo projeto político de Collor tem começo, meio e fim – e está no meio. Ele já passou pelo eleitorado alagoano, que era o primeiro passo, mas sabe que a rejeição no resto do Brasil ainda é grande. Por isso, pretende primeiro chegar a Brasília demonstrando que mudou, que o exílio o forjou mais humilde. Vai tentar se manter discreto, falando de economia e apresentando projetos de meio ambiente. Se perguntado sobre os planos presidenciais, tem uma resposta ensaiada: “Eu já tive a intenção de resgatar os anos de governo que me foram injustamente tirados, mas já ultrapassei esse desejo.”
2007-02-05
01:24:49 ·
update #5
Collor sabe que precisa de um partido de projeção nacional. Para chegar ao Senado, fez uso da ridícula legislação partidária, ao concorrer em Alagoas pelo PRTB, legenda criada por ele, que só tem 28 filiados, todos amigos ou empregados seus. Agora, quer sair do partido. Já flertou com PMDB, PL e PP, mas não foi recebido com entusiasmo. Está, digamos, noivo do PTB de Roberto Jefferson. Sua idéia: com a perspectiva de o PTB lançar um candidato próprio à Presidência, aumentar a bancada para sete senadores e 30 deputados. Em paralelo, Collor está exigindo de Jefferson que encerre sua briga com o governo. Defende a adesão total a Lula. Como assim? Ora, Collor sabe que o presidente se consolidou como mito entre os mais pobres do Nordeste, sua antiga base eleitoral. Não vai, portanto, trombar de frente com o coração dos descamisados. “Se tem alguma pessoa que poderia encarnar a figura de um anti-Lula, seria eu”, diz Collor. “Mas não acho que isso seja justo. Como eu, Lula amadureceu muito
2007-02-05
01:25:16 ·
update #6
Como eu, Lula amadureceu muito e está fazendo um bom governo.”
2007-02-05
01:25:54 ·
update #7
Collor acha que tem tempo para tecer sua nova trama – e talvez reescrever sua história. “Tenho oito anos de mandato pela frente; é o bastante para pensar em como ajudar o Brasil”, lembra. (...)
2007-02-05
01:26:50 ·
update #8
assim, começando a usufruir todas as mordomias do poder, que as lembranças dos tempos da morte em vida vão se apagando. “As mágoas já se foram”, registra Collor. Ele aceita falar do impeachment. “Eu aguardei sozinho a votação no Congresso”, relembra. “Desliguei a televisão, era só silêncio. De repente escutei ao longe gritos de pessoas festejando, os carros saíram à rua buzinando, não queria ninguém por perto.” Os olhos marejam. O momento mais rude, contudo, ocorreu dias depois, quando ele deixou o Palácio do Planalto. “Havia uma multidão esperando para me agredir. Levantei a cabeça, olhei para a frente e andei até o helicóptero. Então pedi ao piloto para sobrevoar uma escola que meu governo estava construindo antes de ir para casa. Era meu último desejo.
2007-02-05
01:27:39 ·
update #9
Ele disse que não iria, que não havia combustível para isso. Foi só naquele instante que eu vi a realidade, que senti que chegara ao fim. Acabou, pensei.” Collor abaixa a cabeça, respira fundo, não deixa que o brilho nos olhos se transforme numa lágrima. “Passei dois anos e meio trancado na Casa da Dinda, preparando minha defesa. Só dormia depois das 6 horas da manhã.” Garante que chegou a pensar várias vezes em se matar. Em 2004, o Supremo Tribunal Federal o inocentou.
2007-02-05
01:28:02 ·
update #10
Zilmar da Silva EU NÃO DISSE QUE VOTARIA NELE !!! SOMENTE PERGUNTEIO SE VCS VOTARIAM... !!!!
MEU CANDIDATO É O REQUIÃO, OK!
2007-02-05
01:35:09 ·
update #11
caro amigo...
vejo com muito receio essa volta a vida política de uma figura tão gasta naquele episódio qnt é o collor. porém, há que se ressaltar que nossa democracia era muito imatura aquele momento e que hj, por coisas tão ou mais piores, nosso querido LULA se mantém no poder.
collor, apesar dos erros, teve em seu governo medidas notoriamente importantes ao nosso país.
a abertura ao comércio internacional é sm dúvidas algo extremamente positivo.
a reforma administrativa que trouxe muito mais eficiencia ao nosso serviço público também teve suas bases no governo collor, com as leis 8112/90 e já no governo do itamar a 8666/93, que estabeleceu as regras de licitações.
não estou dizendo com isso que apoio collor... longe disso.
mas entendo que nossa república das bananas... querido brasil... governado por lula é só a certeza da complacncia com a corrupção...
logo... se lula não foi expulso pelo que fez...
não me assustaria em nada o sr collor eleito novamente!
2007-02-05 09:41:22
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answer #1
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answered by hard rocker 2
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Não é possível decidir agora. Quando ele foi eleito o programa dele era moderno, exeqüível, desenvolvimentista, inteligente e de direita. Se ele abraçar o socialismo para ser eleito para o Brasil continuar parado e o povo ficar cada vez mais pobre, aí eu acho que ele não se elege...os socialistas enterraram o país, creio que o continuísmo está sepultado.
2007-02-05 09:40:45
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answer #2
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answered by Anonymous
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não votaria. não seria uma boa coisa mistura ptb, colore pt.
2007-02-05 09:37:40
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answer #3
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answered by alguem muito especial 3
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não votei a primeira vez, e não votaria agora... acho que ele o mesmo talves mais esperto, hoje eles não pegariam ele....
2007-02-05 09:50:04
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answer #4
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answered by estrela 2
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sendo assim acho que esta pergunta é muito confusa pois nem todo mundo pensa igual e ele não vai ganhar é claro mas terá uma grande votação
2007-02-05 09:48:25
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answer #5
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answered by LEOPOLDINO 3
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Ladrão por ladrão vote no LULÃO, ou no MALUFÃO, ou no SERRÃO, ou no ............iiiiiiiii, vai longe.
2007-02-05 09:50:13
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answer #6
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answered by Nerço 2
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É claro que não.Basta de corrupção.
2007-02-05 09:34:30
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answer #7
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answered by Jonathan Capixaba 2019 7
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so ganharia se tiver 100 milhoes de brasileiros como vc.
2007-02-05 09:31:05
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answer #8
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answered by zilmardasilva 3
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Não, minha memória não é assim tão curta.
2007-02-05 09:29:12
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answer #9
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answered by Roberto 7
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Parece até uma declaração de perdão né,ñan,não, nim, nãm não,não!Tá falado!
2007-02-05 09:28:50
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answer #10
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answered by Anonymous
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