É um progresso na marcha da humanidade.(...)A abolição do casamento seria o retorno à infância , e colocaria o homem abaixo de certos animais que lhe dão o exemplo de uniões constantes(...)Segundo os objetivos de Deus, o casamento deve ser fundado sobre a afeição dos seres que se unem; o contrário é prova de negação da afeição real e afirmação de
Valores que ressaltam o materialismo: sensualidade, ilusão,
Interesse, futilidade.(questões: 695, 696,701-Lv. dos espíritos).
O Matrimônio implica o regime de Convívio pelo qual duas criaturas se confiam uma à outra, no campo da assistência mútua. Casamento é compromisso e compromisso gera, evidentemente, responsabilidade (ato de responder por nossos atos e por obrigações para com os outros,) seja no mundo material como no mundo espiritual; pois o reencontro de almas, que se individaram entre si, têm no casamento sobretudo, oportunidade de reabilitação e progresso.
A união livre e casual dos sexos é um estado natural da lei divina, sem a qual a reencarnação seria impossível. O casamento é um dos primeiros atos de progresso das sociedades humanas, porque estabelece a solidariedade fraternal e se encontra entre todos os povos, ainda que em condições diversas. O fim do casamento seria o retorno à infância da humanidade e, colocaria o homem abaixo de certos animais que lhe dão o exemplo de uniões constantes, uma vez que Deus quis que os homens aprendessem a amar-se como irmãos.
Um dia, amar será tão fácil como respirar em uma atmosfera pura ou saciar a sede na água límpida. “ No amor real “ , nós desejamos o bem da outra pessoa e nos alegramos com sua evolução; “ no amor romântico “, nós desejamos a outra pessoa, mas no sentido de possui-la , ser seu proprietário, ter seu domínio e o controle total sobre a pessoa.
O relaxamento dos laços de família, perante a sociedade, a que temos assistido nos últimos tempos, é resultado do crescimento do egoísmo, do Orgulho, da vaidade excessiva. A natureza deu ao homem a necessidade de amar e ser amado (“ninguém vai ao Pai senão por mim – Jesus.”). É assim um dos maiores prazeres concedido ao homem sobre a terra, é encontrar corações que simpatizam com o seu e proporcionar-lhe a felicidade.
A melhor forma de destruir um homem é impedi-lo de amar, exterminando assim sua naturalidade e espontaneidade. A atitude de compreender e de amar só é satisfatória quando sincera e espontânea.
“Quem pode querer ser feliz, se não for por amor”.
As estradas que nos levam à felicidade fazem parte de um método gradual de crescimento íntimo cuja prática só pode ser exercitada pausadamente, pois a verdadeira fórmula da felicidade é realizada de um constante trabalho interior. “Ser Feliz não é uma questão de circunstância, de estarmos sozinhos ou acompanhados pelos outros, porém de uma atitude comportamental em fase das tarefas que viemos desempenhar na Terra”.Nosso principal objetivo é progredir espiritualmente e, ao mesmo tempo, tomar consciência de que o momento feliz ou infeliz de nossa vida é o resultado direto de atitudes distorcidas ou não, vivenciado ao longo do nosso caminho.
“ Amar é uma aprendizagem”. Ninguém ama só de sentir. Amor verdadeiro é vivido. Amar precisa de vivência e aprendizagem.
O grande equívoco da humanidade é acreditar que o amor é motivo de fraqueza, vergonha, submissão ou domínio; o anseio de amar é reprimido devido ao medo de algumas pessoas. A tentativa de apagar essa emoção provoca conseqüências angustiantes e desastrosas tanto na área física como na psicológica.
Construímos castelos de areia, sonhamos irrealidades, convertemos em mito a verdade e, por entre ilusões românticas, investimos toda a nossa felicidade em relacionamentos cheios de expectativas coloridas, condenando-nos sempre a decepções crônicas, comprometendo às vezes, seriamente, nossa jornada evolutiva nesta vida. A destinação do ser humano é ser feliz, pois todos fomos criados para desfrutar a felicidade como efetivo patrimônio e direito natural. A afeição quando acontece pela alma é pura e simpática, portanto durável; a afeição quando acontece pelo corpo é perecível. Eis porque, freqüentemente, aqueles que crêem amar-se, com um amor eterno, se doem quando a ilusão termina.
Quando os homens crêem amar perdidamente, porque julgam somente as aparências e, quando são obrigados a viver com as pessoas, logo reconhecem que isso não passa de uma admiração material. Não basta estarmos enamorados de uma pessoa que nos agrada e a quem acreditamos possuir belas qualidades; é vivendo realmente com ela que poderemos apreciá-la. Quantas uniões que de início, parecem nada serem simpáticas e, quando um e outro se conhecem bem e se estudam bem, acabam por se amar com um amor terno e durável, porque repousa sobre a estima! È o espírito que ama e não o corpo e, quando a ilusão material predominou e termina, o espírito vê a realidade.
A falta de simpatia entre os seres destinados a viver juntos, é uma fonte de amargo desgosto que envenena toda a existência. É claro que Deus não constrange ninguém a permanecer junto em desarmonia perene; porém é uma infelicidade pela qual somos os únicos culpados uma vez que estamos procurando satisfazer nosso orgulho, nossa ambição, nosso egoísmo, em lugar de procurarmos uma felicidade mútua baseada num umor fraterno, franco, leal e compromissado com as leis supremas do universo. Nossa mentalidade atrai tudo aquilo que irradiamos consciente ou inconscientemente. Portanto certos conceitos que mantemos, atraem prosperidade e nos fazem muito bem; outros tantos nos desconectam do progresso e da realidade espiritual.
Ainda não vemos as coisas sem o manto da ilusão, por isso, é que acreditamos em prêmios e castigos; na realidade, suportamos apenas as conseqüências de nossos atos. Desta forma, tudo o que está acontecendo em nossa vida é produto de nossas crenças e pensamentos que se materializam; não se trata pois de punições nem recompensas, nem da fatalidade é a lei de ação e reação, e de reações desencadeadas pelas nossas
ações mentais ( energia de grande potência em força e alcance ).
Jesus afirmou que as ações benevolentes(boas) impedem os efeitos negativos, quando disse : “ Muito lhe foi perdoado porque muito amou, mas a quem pouco se perdoa, é porque pouco ama ( lucas 7:47 )“ e ainda: “ O amor cobre a multidão de pecados ( I Pedro 4:8, ) “. Portanto aquele que muito amou foi perdoado, não aquele que muito sofreu. O amor resgatou a multidão de pecados, não a punição ou o castigo.
Deus não julga os atos pessoais, mas criou leis perfeitas que dirigem o universo. Porque temos o livre-arbítrio como patrimônio. Devemos admitir que a vida dá chances iguais para todos: a diferença está na credulidade de cada um; nos atos e atitudes praticadas e recebemos respectivamente como conseqüência, as reações decorrentes de nossa liberdade de agir, nossas escolhas.
A união matrimonial exige uma harmonização que envolva não apenas o casal, mas também os espíritos que reencarnarão como filhos, daí ser preciso seu planejamento. Para uma união vir a produzir bons frutos, é preciso saber que a felicidade não está subordinada à satisfação de nossos desejos diante da vida, mas ao empenho por entender o que ela espera de nós. Basta observarmos a lição fundamental de Jesus: fazer ao semelhante o bem que desejamos que ele nos faça, da mesma forma com a mesma intensidade, isso funciona admiravelmente quando se trata de harmonizar as pessoas, particularmente no lar.
“ As pessoas estão esperando que o casamento dê certo para que sejam felizes, sem compreender que é preciso que sejam felizes para que o casamento dê certo. “
Um coração amargurado, um caráter inoportuno, uma vocação para a agressividade, tudo isso azeda a existência e nos torna incapazes de conviver, particularmente no lar, onde não há o verniz social. Cultivar o individualismo no casamento é condená-lo ao fracasso. As pessoas “Suportam” o cônjuge por amor aos filhos, por respeito à religião ou por uns tantos outros motivos e esquecem-se de que estão juntos para se harmonizarem, aprendendo a conviver fraternalmente; isso implica em mudar a expressão dos pronomes da primeira pessoa do singular ( eu posso, eu quero, eu faço, eu não mudo, eu sou assim mesmo; “ nasci assim e vou morrer assim “ ) para a primeira pessoa do plural ( nós podemos, nós queremos, nós faremos, nós mudaremos, nós somos assim mesmo; “ nascemos assim e juntos cresceremos e mudaremos para melhor antes de morrer “. Existem pessoas que têm grandes dificuldades em assumir compromissos, dividir opiniões / idéias / bens e, de conviver. Provocam assim uma seqüência de desatinos, desacertos, conflitos insuperáveis, separando-se de forma irreversível de outras pessoas em duas ou mais vidas conjugais. O aprendizado e crescimento espiritual é individual, cada uma das pessoas envolvidas na união desfeita, absolve separada e proporcionalmente o ensinamento e aprendizado que lhe cabe naquele momento da vida.
Um homem que fora casado quatro, cinco vezes, não ficará com ninguém; fará um estágio depurador no mundo espiritual (no Umbral), região de sofrimento, onde terá oportunidade de meditar sobre sua frivolidade (leviandade, falta de juízo); O homem é, assim, num grande número de casos, o artífice (construtor) dos seus próprios infortúnios; mas, em vez de reconhecer, ele acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade, acusar a sorte, a providência...”a quem, pois , culpar de todas as suas aflições senão a si mesmo ? “ como disse Jesus : “ A cada um , conforme sua obra “ - “ mais será cobrado daqueles que muito têm “ - “ amai aos vossos irmãos, assim como eu vos amei “.
É sempre fácil demais culparmos um cônjuge, um amigo ou uma situação pela insatisfação de nossa alma , porque pensamos que , se os outros se comportassem de acordo com nossos planos e objetivos, tudo seria invariavelmente perfeito. A felicidade dispensa rótulos, e nosso mundo seria mais repleto de momentos agradáveis se olhássemos as pessoas sem limitações preconceituosas, se a nossa forma de pensar ocorresse de modo independente e se avaliássemos cada indivíduo como uma pessoa singular, distinta e única.
No mundo espiritual continua a existir sempre, a afeição mútua que dois seres tiveram na Terra desde que originada de verdadeira simpatia. Se nasceu devido a causas de ordem física, desaparece com a causa. Casam-se, comumente, corpos; porém em pequeno número casam-se espíritos.
O verdadeiro amor, ao contrário de tudo, é uma construção lenta, feita dia após dia, é um desenvolvimento efetivado pela entrega integral e a responsabilidade com os deveres assumidos junto ao outro; é uma parceria que tende a crescer, na medida em que o par cultiva os valores da cooperação espontânea, do apoio incondicional, da valorização mútua, do diálogo e outros tantos caminhos que fazem da relação uma amizade preciosa e boa de viver, sem os ímpetos infantis e arriscados da paixão, da ilusão.
Paixões fulminantes sempre serão caminhos perigosos para o encontro com o verdadeiro amor, e não será demais lembrar que elas são um capítulo infeliz de histórias que, comumente, terminam em decepções (sentimento de frustração com alguém que havíamos creditado adjetivos, ilusões, sentimentos, reações de acordo com nossas exigências e preconceito e, é claro, que essa pessoa sendo UNA, individual e única, não corresponderá a nossa expectativa, nunca) e muita mágoa (é o orgulho ferido; a pessoa não reage conforme queremos, desejamos), deixando doloridas feridas afetivas. Comumente confundimos Paixão e dizemos estar “ amando loucamente “ , quando se está apaixonado. A paixão (fenômeno ligado ao egoísmo) atrofia o livre-arbítrio, hipnotiza o raciocínio e perturba o comportamento, enquanto o Amor (fenômeno ligado a renúncia espontânea do “eu “.) liberta, amplia o discernimento e gera harmonia no “ Ser “. “ Felicidade não é simplesmente a realização de todos os nossos desejos; é antes a noção de que podemos nos satisfazer com nossas reais possibilidades. “
2007-02-04 04:24:42
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answer #8
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answered by Ambiental 5
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