Acho que é conforme a colonização do lugar. Aqui em Curitiba a gente fala bem o som do e no final das palavras e o r não é puxado. É parecido, em algumas palavras, com a forma que se fala em italiano. No Rio de Janeiro, onde teve colonização portuguesa e francesa, já tem um jeito de falar o r e o s. No Nordeste, outra forma, em São Paulo, várias formas, pq tem tudo que é tipo de gente por lá, enfim. É muito legal observar isso, né?
2007-02-02 12:00:38
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answer #1
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answered by yo_ctba 3
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Sotaque existe quando duas formas de falar o mesmo idioma se confrontam. Eles surgem naturalmente, já que embora um idioma evolua seguindo regras mais ou menos definidas, a ocasião da mudança pode ser diferente, de acordo com o lugar.
SÓ UM EXEMPLO. Veja o caso dos catarinenses, e seu "ti". É bastante comum consoantes oclusivas como o "t" (obstruem o ar completamente) se tornarem fricativas (que sssssibilam como o "f" e o "s") ou africadas (oclusiva+fricativa) na frente de "i", e às vezes de "e". A maior parte dos brasileiros (como eu) pronuncia "tá, té, tchí, tó, tú", o que vai de acordo com a regra. Os catarinenses só mantiveram a forma original, "ti".
Influência de outras línguas também dão muito sotaque. Tanto do estrangeiro que aprende uma língua nova quanto de comunidades bilíngües (o francês surgiu da influência do gaulês sobre o latim).
Sotaque vira dialeto, dialeto vira uma língua próxima, uma língua próxima vira uma língua distante. É bonita essa diversidade, em todos os níveis. Dá tempero às culturas, que ficam diferentes... e tempero DENTRO da cultura, que fica variada.
E como todo bom curitibano (mais um... hehe), tenho orgulho de dizer: leitE quentE dá dor de dentE!!!
2007-02-03 04:32:01
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answer #2
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answered by Eremita 6
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A explicação é neurológica. Quando estamos na infância, nosso cérebro é muito plástico, formando muitas conexões entre os neurônios a cada dia. Ao aprendermos a falar uma língua o cérebro da criança é influenciada pelos pais, escola, tv, enfim, pela cultura que a cerca. Seu cérebro desenvolve as conexões necessárias para a execução do conjunto de fonemas daquela linguagem, e da pronúncia característica daquela língua de forma muito fácil.
Quando adultos, nossos cérebros já não são tão plásticos assim. Por isso, quando vamos aprender outra língua, inglês por exemplo, sempre teremos dificuldade na execução dos fonemas e da cadência daquela língua, caracterizando o sotaque. Os japoneses por exemplo possuem um conjunto menor de fonemas do que o português e o inglês, por isso eles têm muita dificuldade em falar inglês quando adultos, possuindo o sotaque característico dos japoneses. Os espanhois não possuem o som de 'z', e têm dificuldade em pronunciar esse som quando mais velhos.
Esse efeito se manifesta também entre pessoas que falam a mesma língua. Os portugueses têm um sotaque diferente dos brasileiros porque quando crianças foram treinados para o sotaque de portugal. Dentro do Brasil, devido às diferenças regionais, também temos os diferentes sotaques, e a razão é a mesma. A criança desenvolveu e apreendeu um determinado jeito de falar, que depende do ambiente no qual ela está inserida.
É interessante notar que existem lugares em que as crianças são imersas em um ambiente bilíngue ou trilingue desde a infância (Quebec, Bélgica, etc). Nesse caso, quando crescem, essas pessoas tornam-se perfeitas bilíngues, no sentido de que não possuem sotaque perceptível nas duas línguas. Isso porque seus cérebros foram treinados desde cedo, quando ainda estavam mais plásticos. Por fim, isso não significa que um adulto não possa aprender qualquer língua, apenas que é mais difícil do que quando crianças. Após muito treino e muitos anos, é possível falar outra língua sem sotaque perceptível, mas requer muito treinamento.
2007-02-02 21:10:37
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answer #3
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answered by Ken 3
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Em primeiro lugar, você precisa de entender porque as pessoas, após uma certa idade, têm dificuldades imensas em aprender outra língua. A dificuldade é maior precisamente em dois aspectos da língua: O reconhecimento semântico e a fonética.
Imagine o que aconteceria se, durante toda a vida, você conseguisse aprender línguas com a facilidade de uma criança. Quando alguém cometesse um erro de gramática ou de fonética, você iria aprender o erro ou, como dizem os linguistas, iria adquirir o lapso. Em pouco tempo, você estaria falando sua língua materna com tantos erros que ela ficaria incompreensível. Por isso, a natureza criou um bloqueio. Depois de uma certa idade, a capacidade de adquirir línguas é bloqueada.
Para evitar o bloqueio da aquisição de línguas, você deve colocar seus filhos a aprendê-las em tenra idade. Comenius, reconhecidamente o maior pedagogo de todos os tempos, dizia que você deve ensinar seu filhos a falar a língua materna, a língua dos vizinhos, latim, a língua mais falada no mundo e a língua internacional do momento. Nos dias de hoje, os brasileiros preocupados com uma boa educação ensinam seus filhos a falar português, chinês, inglês, espanhol (língua dos vizinhos) e latim. O chinês porque é a língua dos negócios, da tecnologia e do comércio; o inglês porque é a língua internacional que, embora prestes a ser desbancada pelo chinês, ainda não o foi; latim porque é a língua da cultura ocidental e da ciência; e o espanhol porque é a língua dos vizinhos. Este aprendizado deve ser realizado em tenra idade. No meu caso comecei a pagar professores destas línguas a meus filhos quando eles tinham 2 anos de idade. A melhor época para começar é assim que a criança deixou as fraldas. Com isto, meus filhos falam estas línguas sem qualquer sotaque. Os americanos pensam que eles são americanos, os argentinos pensam que são espanhois (não sei por quê); bem, os chineses sabem que eles não são chineses porque nâo têm os olhos puxados, mas pelo telefone acham que nasceram em Taiwan.
Agora vamos à sua pergunta. As pessoas têm sotaques porque, devido ao isolamento linguístico, aprendem lapsos fonéticos dos quais, devido ao bloqueio, não conseguem mais se livrar. Além dos sotaques, as pessoas também adquirem hábitos sintáticos e semânticos regionais, que conservam por toda a vida. Um exemplo de hábito sintático é a expressão "namorar com". Exemplos de hábitos semânticos é a troca do sentido das expressões: usar "coitado" (indivíduo que sofreu coito) para significar "digno de piedade"; usar "desenho" para significar projeto, etc. A expressão "a nível de" tem um lapso sintático e um semântico. Sintaticamente deveria ser "no nível de"; semanticamente a expressão só deveria ser usada para líquidos e símiles de líquidos.
2007-02-02 21:07:21
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answer #4
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answered by Eduardo C 3
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uai só, tu ta mangando deu, que pergunta é essa tche, e não se avexe não, pois se não fosse assim que graça teria óxente !!!
2007-02-02 19:47:04
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answer #5
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answered by glauco f 2
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Os sotaques em geral são ditados pelas diferentes colonizações. Assim os Gaúchos e Catarinenses onde a colônia européia 'e forte o sotaque puxa pelo R gutural. Em Pernambuco colonizado pelos holandeses o sotaque também teve sua influência. No Norte, colonizado pelos Portugueses que deixaram também a marca da sua cultura.
2007-02-03 16:18:01
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answer #6
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answered by eliasgorayebodonto 6
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Porque o Brasil não é um país integrado cultural/lingüisticamente!
2007-02-03 13:34:04
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answer #7
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answered by Diego DeBritto 5
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Sotaque é uma maneira particular de determinado locutor pronunciar determinada língua, em relação à linguagem considerada padrão. É a variante própria de uma região, classe ou grupo social, etnia, sexo, idade ou indivíduo, em qualquer grupo linguístico, e pode-se caraterizar por alterações de ritmo, entonação, ênfase ou distinção fonêmica.
2007-02-02 23:17:00
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answer #8
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answered by Alvaro dos S. Saraiva 2
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Vou te explicar o caso aqui da minha cidade, Cuiabá...nossa cultura sofre influencia de espanhóis, paraguaios, que tambem acabaram sendo presos por causa da guerra, os soldados mesmo soltos ficaram por aqui, de modo geral influenciaram na comida, musica, dança, costumes, e tambem do linguajar, que por estudos, é derivado do português falado no interior de Portugal, e mais, mesmo nos dias atuais, por aqui ouve grande imigração de sulistas, gaucho principalmente, então as culturas se misturam e formam determinadas foramas de sotaque...
2007-02-02 19:50:07
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answer #9
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answered by █Lσbσ_∂σ_Áяtι¢σ█ do Pólo Norte 7
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As distâncias geográficas acabam por facilitar as diferenças no falar, já que trocamos conversa com quem está próximo. Ao longo do tempo, as diferenças se acentuam, já que não há como ter como referência alguém que está distante. Se desde criança alguém aprendesse através de uma TV do Rio, por exemplo, não haveriam mais sotaques. è por isto que alguém que se muda do interior para a capital, por exemplo, acaba perdendo o sotaque, pois fica falando a maior parte do dia falando com as pessoas do local onde está.
2007-02-02 19:45:37
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answer #10
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answered by José F 4
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