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4 respostas

Diogo Cão foi um navegador português do século XV nasceu provavelmente na região de Vila Real em data desconhecida. Enviado por D. João II, realizou duas viagens de descobrimento da costa sudoeste africana, entre 1482 e 1486. Chegou à foz do Zaire e avançou pelo interior do rio, tendo deixado uma inscrição comprovando a sua chegada às cataratas de Ielala. Estabeleceu as primeiras relações com o Reino do Congo. Introduziu a utilização dos padrões de pedra, em lugar das cruzes de madeira, para assinalar a presença portuguesa nas zonas descobertas.


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2007-01-31 07:55:48 · answer #1 · answered by 7 · 2 0

1864 CHEGAR

2007-02-04 09:12:58 · answer #2 · answered by leocir b 5 · 0 0

Diogo Cão

Em 1484, ao serviço do rei D. João II, explorou a costa ocidental africana. Já no Golfo da Guiné, Diogo Cão descobriu a foz do rio Zaire, avançando para o interior do continente africano através do recurso a embarcações a remos. O contacto com as populações locais revelou-se um sucesso tão grande que, no regresso, as caravelas transportaram os primeiros embaixadores do Rei do Congo. Um deles seria baptizado na igreja de Beja, tendo como madrinha a rainha D. Leonor, recebendo o nome cristão de João da Silva.
O período do reinado de D. João II (1481-1495), no que diz respeito às viagens de exploração efectuadas no Atlântico,revela-se muito parco de fontes históricas, permanecendo cheio de situações

obscuras que os historiadores nem sempre têm interpretado convenientemente. Há assim como uma espécie de aura de mistério sobre os acontecimentos náuticos dessa época e, pela certa, que isso não é estranho às controvérsias políticas do reinado e à necessidade de ocultar os conhecimentos portugueses a olhares cobiçosos de estrangeiros. Sobretudo – parece-nos a nós – que as delicadas relações com os reis de Espanha (os reis católicos) devem ter concorrido para algumas das tramas que, nos estudos posteriores, resultaram em grandes dificuldades de interpretação dos factos. Aliás, muito poucos anos após a morte do soberano, já João de Barros confundia os acontecimentos, descrevendo-os com pouca regra e com erros significativos. As "descobertas marítimas" — sobretudo depois de 1481 – já vimos que envolviam projectos ambiciosos que, a concretizar-se, podiam representar uma vantagem significativa dos portugueses no contexto das nações europeias daquela época. É natural que o rei português tentasse esconde-las de observações indiscretas, sendo de admitir que haveria coisas que assumiam as proporções de um segredo de estado, tal como aconteceu e acontece com muitas das descobertas científicas do século XX.

Esta é, seguramente, uma das possibilidades de interpretação da falta de documentos acerca das viagens efectuadas no tempo de D. João II, embora não sejam de pôr de parte as hipóteses que responsabilizam os problemas políticos ocorridos com algumas das mais importantes casas nobres de Portugal ou ainda outras causas que escapam à nossa observação actual. Eu tenho por hábito admitir que, aquelas situações para que se procura uma causa determinante, normalmente são fruto de um conjunto de circunstâncias que determinam uma conjuntura. Por isso, a escassez de documentos sobre as explorações marítimas do reinado do Príncipe Perfeito, também serão fruto de várias causas, actuando no seu conjunto.

As viagens de Diogo Cão estão dentro dos muitos acontecimentos desse tempo sobre os quais ainda subsistem dúvidas de diversa ordem. Durante muitos anos, os historiadores tomaram como verdadeira a hipótese de que este navegador efectuara duas expedições a sul do Equador: uma primeira com saída de Lisboa pela Primavera de 1482 e chegada em 84; e uma segunda entre 85 e 86, tendo (provavelmente) morrido nos mares do sul. Todavia, hoje esta ideia está posta em causa, e Carmen Radulet, numa Reunião internacional de História da Náutica, efectuada em 1987, avançou com a hipótese mais plausível de que tenham ocorrido três viagens, em vez de duas.

Os primeiros padrões de pedra colocados pelos portugueses na costa africana datam desta altura também, sendo que o primeiro (S. Jorge) foi colocado na foz do rio Zaire e o segundo (S. Agostinho) no (então) Cabo Lobo (hoje Cabo de Santa Maria - 13º 25’S), ligeiramente a sul de Benguela. Ora o padrão de S. Agostinho tem uma inscrição que diz o seguinte: "na era da criação do mundo de 6681 anos, do nascimento de Nosso Senhor Jesus de 1482 anos, o mui alto, mui excelente e poderoso príncipe, el-rey D. João II de Portugal, mandou descobrir esta terra e pôr estes padrões por Diogo Cão, escudeiro da sua casa". Este padrão fornece-nos pois algumas indicações: o ano da criação do mundo de 6681, de acordo com o que se acreditava naquela época, começara em 1 de Setembro de 1481 e terminaria em 31 de Agosto de 1482; por outro lado, o facto do padrão se chamar de Santo Agostinho, sugere que aquela terra tenha sido alcançada em 28 de Agosto (dia da festa do santo); assim, a data provável da chegada ao local poderá ser a de 28 de Agosto de 1482, dando-nos a ideia de que a partida de Lisboa teria acontecido pelo princípio desse ano ou, mesmo, pelos finais do anterior. À falta de uma relação coeva destas viagens é desta maneira que temos de as reconstituir.

Mas, se Diogo Cão ali estava em Agosto de 1482, porque razão só teria chegado a Lisboa em 1484. Não faz sentido. É tempo demais para um caminho que já não seria difícil para os portugueses. Por outro lado, na sua última viagem, o navegador subiu o rio Zaire e deixou uma inscrição em Ielala, onde está um brasão de armas de Portugal (ver revista anterior) que é posterior às alterações efectuadas em Janeiro de 1485 (o escudo português, desde D. João I que era inscrito na cruz de Avis, mas D. João II alterou-o). Por isso, a partida dessa viagem só pode ter acontecido depois dessa data, ficando um intervalo de tempo de mais de dois anos, entre a primeira e a última viagem. Mas há mais informações que nos podem ajudar a recompor este puzzle: um alvará de D. João II, concedido a Diogo Cão em 8 de Abril de 1484, afirma que ele acabou de chegar de uma viagem a África. Ora isso quer dizer que, depois da viagem de 1982 e antes da de 1485, é preciso considerar uma outra em que o navegador chegou no princípio de 84. A conclusão de Carmen Radulet parece, portanto, lógica: houve três viagens e não duas, como supuseram muitos historiadores portugueses.

Nesta expedição de 1485 os navios portugueses foram até à ponta dos Farilhões (22º 10’S) depois de terem deixado um último padrão de pedra em Cape Cross (Namíbia, poucas milhas a norte da ponta dos Farilhões). Esta informação, acerca do termo exacto da viagem (que poderá não ser muito segura), deve-se a uma legenda de um mapa italiano de 1489 (Martellus), cujo texto sugere que Diogo Cão aí terá morrido. Se assim aconteceu, poderá ter sido essa a razão porque os navios não avançaram mais para sul, mas a questão também não merece uma opinião unânime dos estudiosos que a este assunto se têm dedicado. Apesar de tudo, é possível dizer com segurança que entre 1482 e 86 – provavelmente, depois de três viagens — Diogo Cão chegou (pelo menos) até Cape Cross a 21º 47’ S. Ainda faltava muito para passar o Cabo da Boa Esperança, mas algumas dificuldades já tinham sido vencidas.

2007-02-03 14:13:50 · answer #3 · answered by Genio 5 · 0 0

o objectivo da viagem era a procura do caminho maritimo pra india, mas por coencidecia ou casualidade ou ainda por força do mar foram param na foz do rio zaire em angola, bem na costa quando isso se deu em 1482 nem diogo cao sabia onde estava pois pensava que segui o caminho do oriente.

2007-01-31 16:02:54 · answer #4 · answered by gostosa 3 · 0 0

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