Bom na realidade, o desGoverno Luiz Inércio Mula da Silva perdeu quatro anos de governo com uma política excessivamente cautelosa e meticulosa. Com medo, deixou de progredir em certas áreas e acabamos perdendo espaço no contexto internacional. Portanto é normal que nesse segundo mandato a economia começe a acelerar um pouco mais (esperamos).
Diante disso, e voltando à sua pergunta, acredito que o PAC seja um conjunto de ótimas medidas de incentivo à economia.
Mas, no entanto, porem ,contudo, todavia, sabemos muitíssimo bem que, em se tratando de economia e política existem uma infinidade de meandro, interesses e estratégias, que o governo pode utilizar para atingir seus objetivos e priorizar setores que lhe convém, ou que sejam de interesse dos brasileiros. Portanto atitudes APARENTEMENTE antagônicas e contraditórias sempre irão existir, é normal.
E em relação a esse antagonismo, mais necessariamente na questão da privatização das estradas, pode existir várias explicações:
-- Uma delas seria de caráter técnico. Trabalho na área de licitações e posso lhe assegurar que é uma área extremamente complexa, repleta de interesses mútuos, jogatinas, formação de carteis, etc. Isso normalmente só é divilgado pela empresa depois que a "merd@" está pronta e feita (vide o caso dos "sanguessugas" e das "ambulâncias" ,por exemplo). Diante disso, é possível que a ministra esteja tendo dificuldades quanto as tais licitações (algo que tenho quase certeza), isso poderia gerar um retrocesso estratégico para se ganhar mais tempo e realizar o certame de forma mais coesa e correta. Outra coisa ainda em relação as tais licitações, é que o governo deseja modernizar a Lei 8.666/93 (lei das licitações) e esse pode também ser outro motivo. Outro ponto interessante, o decreto 5.450/05 que estimula qualquer compra e contratação do desGoverno Federal através de pregão eletrônico.
-- No campo econômico. Veja bem, somos economistas. Não podemos nos dar o luxo de acreditar apenas no que a imprensa divulga, precisamos pensar como um todo. Realmente acredito que a ministra esta pouco se lixando para os motoristas, mas ela (e o desGoverno), não pode menosprezar o custo dos altos pedágios na rotina dos caminhoneiros e empresas de transporte e carga. Mais de 90% de nossa produção é escoada pelas estradas. Qual seria o "efeito multiplicador" na economia de um aumento nos pedágios? Quais seriam seus impactos nos preços finais das mercadorias (inflação)? Qual seria o aumento desses pedágios (em certos casos, depois de privatizados certos trechos tiveram seus pedágios aumentados em até dez vezes).
A nesse ponto a necessidade de se fazer uma análise quanto ao "custo de oportunidade", ou inversamente falando, qual a "taxa marginal de substituição" de se privatizar tais estradas reduzindo tal gargalo no escoamento da produção, a correr riscos quanto a uma pressão inflacionária, greves que poderiam ser catastróficas para a economia ou até mesmo custos na fiscalização dos contratos de concessão. Por isso essa APARENTE contradição, pode estar perfeitamente inserida dentro dos objetivos governamentais. Mas infelizmente esses estudos não são divulgados pela imprensa (mesmo porque ninguém iria entender nada...), e sem eles me limito em apenas abrir seus olhos para outros pontos de vistas.
-- Existe também a questão do interesse. Pode ser que não haja interesse, "demanda", por parte dos empresário na questão da privatização. Sejam os empresários donos das transportadoras que terão seus custos aumentados e através de lobby articulem para manterem as coisas como estão. Sejam pelas concessionárias, cuja as concessões podem não ser tão vantajosas, afinal o custo de se manter uma via em perfeitas condiçoes é altíssimo, e o que é pior, boa parte dos materiais empregados tem seus preços cotados em dólar por serem derivados do petróleo (e o dólar esse ano tende a aumentar), e estando as estrada do jeito que estão, terão que desembolsar de forma imediata o suficiente para tornar as vias ao menos trafegáveis, ou se não, não terão o retorno correspondente por parte dos pedágios.
Então, respondendo sua última pergunta, acredito que o desGoverno, tenha tido uma recuada estratégica. Nessa recuada ele poderá melhorar um pouco as condições das estradas, minimizando o desembolso das possíveis interessadas (depois das chuvas é claro). Ou, ele pretende continuar se responsabilizando por esse setor, por julga-lo estratégico (como de fato o é), e não correr riscos quanto a não execução das obras necessárias e ter que arcar com críticas futuras e/ou ser culpado por um processo de privatização ineficiente, ou um processo licitatório fraudulento.
Diante disso acho que dá para acreditar no PAC sim.
E apesar de ser PSDBista, ultimamente vislumbro mais acertos que erros no atual governo. Só acho que tudo isso deveria ter sido feito a quatro anos atrás.
Mas antes tarde do que nunca. Valeu?
Barbosa.
2007-01-30 10:02:41
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answer #1
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answered by BARBOSA® 7
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Se acontecer exatamente como está no papel, acredito que seja um primeiro empurrão para melhorar o Brasil.
Mas tem realmente que vir, no mínimo, um segundo a curto prazo para complementá-lo.
A única forma de fazer com que seja cumprido literalmente é através de iniciativas semelhantes à sua de agora: questionando e divulgando a quantos forem possível para que saibam que estamos acompanhando.
2007-01-30 05:00:28
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answer #2
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answered by Flavia P 5
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O PAC é mais uma peça publicitária...Não adianta, o que está errado é o modelo econômico brasileiro, esse modelo socialista não consegue fazer o PIB crescer em nenhum lugar do mundo.
Veja o caso dos pedágios...é ou não é propaganda...o único dono dos pedágios é o governo, ele arrecada 52% em impostos e taxas e não faz nada...Já a concessionária além de repassar 52% do arrecadado ao governo, ainda arca com a manutenção das estradas(e manutenção é coisa cara) e ainda é mal falada pelos socialistas de plantão(Dilma- o quê se pode esperar de uma guerrilheira?).
2007-01-31 12:53:29
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answer #4
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answered by Anonymous
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O governo não tem condições ou não quer cuidar das rodovias. Não permite a iniciativa privada investir. Há um contra-senso aí. Apesar que, eu acho o pedágio caríssimo p/ quem utiliza com freqüência as rodovias. Essas empresas não tem quase custos nenhum, p/ manutenção das mesmas.
2007-01-30 06:50:28
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answer #5
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answered by frankestein 6
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Oi Bruno,
Nem no PAC, nem no Lula, nem na louca da Dilma. Comentava dias atrás que a Dilma é muito pior que o José Dirceu, aí ontem, quando lia a Revista Veja desta semana, lá estava: os dois recentemente tiveram um pequeno encontro.
Não há em que acreditar, todavia o povo ainda continua acreditando que o dinheiro do Bolsa-Família vai durar para sempre, que o Brasil realmente vai crescer, que a democracia está consolidada e que o Lula, de fato, não sabe de nada.
De todos eu só acredito no último: Realmente Lula não sabe de nada, não sabe nem porque nasceu, coitado.
B-jos para todos.
2007-01-30 04:54:36
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answer #6
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answered by Si 7
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