Raul Santos Seixas (Salvador, 28 de junho de 1945 — São Paulo, 21 de agosto de 1989) foi um cantor e compositor brasileiro, pioneiro do Rock'n Roll. Também conhecido como o pai do Rock'n Roll Brasileiro.
Filho do casal Raul Varella Seixas e Maria Eugênia Seixas, Raul cresceu numa Salvador um tanto estagnada, alheia aos progressos de uma modernidade que passava ao largo da capital baiana.
Em casa obtém uma cultura que o faz adiantar-se aquilo que era ensinado nas escolas, mergulhando nos livros que tinha em casa, na biblioteca do pai. Até o final de sua vida, sempre foi avançado para sua época, o que é comprovado pelas músicas por ele compostas e que até hoje são executadas. Como seu parceiro musical Paulo Coelho já disse: "Raul Seixas não é passado, é presente! Futuro!".
[editar] Primórdios
Universo Alternativo - uma fantasia sobre Raul Seixas da autoria de André Koehne.Seu gosto musical foi se moldando: primeiro, no rádio, acompanha o sucesso de Luiz Gonzaga, e nas viagens onde acompanha o pai (inspetor de ferrovia), ouve os matutos desfiarem repentes - e esta "raiz" nordestina nunca o abandonará.
Num segundo momento, nas telas dos cinemas, encanta-se com o talento de Elvis Presley, de quem torna-se fã - e aponta-lhe o rumo musical: o Rock'n Roll. Sempre gostou também de clássicos do rock dos anos 50 e 60.
Junto a alguns amigos de Salvador, monta um conjunto, "Os Relâmpagos do Rock", mais tarde "The Panters", e por último conhecido como "Raulzito e os Panteras". Fazem shows no estado, e a convite do amigo Jerry Adriani, vai para o Rio de Janeiro, gravar um disco pela gravadora Odeon, em 1967 - que foi um total fracasso.
Após algum tempo, volta ao Rio, em 1970- 71, desta feita contratado por outra gravadora - a CBS (atual Sony BMG). Ali participa da produção de diversos artistas da Jovem Guarda, como Jerry Adriani, Leno e Lilian, entre outros.
Mas Raul acaba se rebelando. Aproveitando a ausência do presidente da empresa, grava seu segundo LP (intitulado Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10), onde faz parceria com Sérgio Sampaio, à época um promissor sambista. O disco foi logo retirado do mercado - Isso lhe valeu a expulsão da CBS quando o presidente voltou. O disco então sumiu, "misteriosamente", do mercado.
Em 1972 participa do VII FIC (Festival Internacional da Canção), promovido pela Rede Globo, e tem duas músicas classificadas, o que lhe deu projeção nacional.
[editar] Sucesso e dor
Raul Seixas
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No ano de 1973, já contratado da Philips (atual Universal Music), grava o LP (Krig-Ha, Bandolo!) com o qual Raul alcançou finalmente o sucesso, estabelecendo a parceria com o hoje escritor Paulo Coelho.
No ano de 1974, por divulgar a Sociedade Alternativa nas suas apresentações, acabou sendo preso e torturado pelo DOPS, exilando-se nos Estados Unidos onde tambem conheceria e ser tonar amigo do ex-beatle John Lennon. No entanto, o sucesso do seu LP Gîtâ e da música Gita, que lhe rendeu um disco de ouro, após vender 600.000 cópias, fazem-no retornar ao Brasil. Neste ano separa-se de sua primeira mulher, Edith Wisner, com quem teve uma filha.
Em 1975, casa-se com Gloria Vaquer, e grava o LP "Novo Aeon".
Em 1976, grava o disco "Há dez Mil Anos Atrás", e tem sua segunda filha, Scarlet.
Lançou mais outros três discos pela WEA (hoje Warner Music Brasil), a partir de 1977, que fizeram sucesso de público e desgosto na crÃtica. Por volta deste perÃodo, intensifica-se a parceria com o amigo Cláudio Roberto, com quem Raul comporia várias de suas canções mais conhecidas, como "Maluco Beleza", "O dia em que a terra parou", "Rock das Aranha", "Aluga-se" etc.
A partir do ano de 1978, começa a ter problemas de saúde devido ao consumo de álcool. Neste ano, conhece Tania Menna Barreto, com quem se casa, após abandonar a segunda esposa.
No ano de 1979, separa-se de Tania e conhece Angela Affonso Costa, a Kika Seixas, com quem se casa algum tempo depois.
[editar] Ocaso
No ano de 1980, assinando novamente contrato com a CBS, lançou apenas mais um álbum (Abre-te Sésamo) e rescindiu o contrato.
Em 1981, nasce a terceira filha, Vivian, fruto de seu casamento com Kika.
Seus dois discos seguintes ("Raul Seixas" - 1983 e "Metrô linha 743" - 1984) e o livro As Aventuras de Raul Seixas na Cidade de Thor fizeram sucesso, mas depois Raul teve as portas fechadas novamente, devido ao seu consumo excessivo de álcool e constantes internações para desintoxicação.
Em 1985, separa-se de Kika Seixas. Faz um show, em 1 de dezembro deste ano, no Estádio Lauro Gomes, na cidade de São Caetano do Sul. Só voltaria a pisar no palco no ano de 1988, ao lado de Marcelo Nova.
No ano de 1986, Raul, já no auge de sua fama, fez um intercâmbio na França, pelo programa HORACIUS, onde ficou hospedado por 6 meses na Residência Universitária Les Linandes Mauves, sendo expulso mais tarde por motivos de churrasco. Este na sacada.
Conseguindo um contrato com a gravadora Copacabana, em 1986 (de propriedade da EMI), grava um disco que foi grande sucesso entre os fãs, (UAH-BAP-LU-BAP-LA-BEIN-BUM - 1987) estando presente até em programas de televisão, como o Fantástico. Nesta época, conhece Lena Coutinho, que se torna sua companheira. A partir desse ano, estreita relações com Marcelo Nova (fazendo uma participação no LP "Duplo Sentido", da banda Camisa de Vênus).
Um ano mais tarde, 1988, já sozinho, faz seu último álbum solo (A Pedra do Gênesis). A convite de Marcelo Nova, faz alguns shows em Salvador, após três anos sem pisar num palco.
No ano de 1989, faz uma turnê com Marcelo Nova, agora parceiro musical, totalizando mais de 50 apresentações pelo Brasil.
[editar] "Canto do cisne"
O último disco lançado em vida foi feito em parceria com Marcelo Nova, intitulado "A Panela do Diabo", que foi lançado pela Warner Music Brasil dois dias antes da sua morte. Raul Seixas faleceu dia 21 de agosto de 1989, aos 44 anos. Seu corpo foi encontrado à s oito horas da manhã, pela sua secretária, Dalva. Foi vÃtima de parada cardÃaca: seu alcoolismo, agravado pelo fato de ser diabético, e por não ter tomado insulina na noite anterior, causaram-lhe uma pancreatite fatal.
[editar] Principais sucessos
Das canções que "Raulzito" - como era conhecido - deixou, muitas foram aquelas que permaneceram eternizadas pelo gosto do público. Será sempre "uma mosca na sopa" a perturbar a História da Música no Brasil.
Gitá, será um grito ecoando nos ares, acreditando todos que Eu nasci há 10 mil anos atrás, pois muitos compram o Ouro de Tolo, têm Medo da Chuva, mas jamais conseguirão como ele ser a Metamorfose Ambulante. Mas, mesmo assim, Raulzito dirá: Tente Outra Vez... Tome o Trem das 7, encontre o Silvio Santos numa esquina... Não, ninguém jamais fará isto, porque no Brasil Raul foi, é e sempre será o primeiro e único... Maluco Beleza.
[editar] Discografia
1968 - Raulzito e os Panteras
1971 - Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10 (com Sérgio Sampaio, MÃriam Batucada e Edy Star)
1973 - Os 24 Maiores Sucessos da Era do Rock
1973 - Krig-Ha, Bandolo!
1974 - O Rebu (Trilha sonora original - Raul Seixas & Paulo Coelho)
1974 - Gita
1975 - 20 Anos de Rock (Reedição de Os 24 Maiores Sucessos da Era do Rock)
1975 - Novo Aeon
1976 - Há Dez Mil Anos Atrás
1977 - Raul Rock Seixas
1977 - O Dia Em Que a Terra Parou
1978 - Mata Virgem
1979 - Por Quem Os Sinos Dobram
1980 - Abre-Te Sésamo
1983 - Raul Seixas
1984 - Metrô Linha 743
1985 - Let Me Sing My Rock And Roll (Coletânea lançada somente em LP)
1986 - Raul Rock Volume 2
1987 - Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum!
1988 - A Pedra do Gênesis
1989 - A Panela do Diabo (com Marcelo Nova)
[editar] Ãlbuns póstumos
1992 - O Baú do Raul (Raridades)
1998 - Documento
2003 - Anarkilópolis
2005 - Raul Seixas - Série BIS Duplo
[editar] Ãlbuns ao vivo
1984 - Ao Vivo - Ãnico e Exclusivo
1991 - Eu, Raul Seixas (Show na Praia do Gonzaga, Santos, 1982)
1993 - Raul Vivo (Reedição de Ao Vivo - Ãnico e Exclusivo com faixas extras)
1994 - Se o Rádio Não Toca (Show em BrasÃlia, 1974)
ok
2007-01-26 15:30:29
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answer #7
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answered by M.M 7
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